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Operacionalização das Variáveis que Compõem o Nível Tecnológico dos

Algumas formas de mensurar a adoção de tecnologia foram apresentadas nos aspectos teóricos. Embora tenham contribuído para o conhecimento sobre o nível tecnológico da agricultura, os trabalhos apresentados enfocam metodologias que podem levar a conclusões equivocadas quanto à modernização das práticas adotadas. Neles, para a determinação do nível tecnológico, foi utilizado um “pacote” tecnológico específico que serviu como marco comparativo em relação às técnicas utilizadas pelos agricultores. Dessa forma, nas tecnologias não foi considerada a existência de técnicas diferentes e que estas técnicas possuem diversificados graus de eficiência. Acredita se que a melhor forma de medir o nível tecnológico é não só considerar a utilização ou não das tecnologias, mas também as técnicas que as compõem. Foi levado em conta esta idéia para formulação do índice tecnológico da produção de banana.

O índice tecnológico adotado na bananicultura de Mauriti foi calculado através do “pacote” de tecnologias descrito na seqüência. As tecnologias indicadas como mais adequadas para a produção de banana foram elaboradas com auxílio de agrônomos com experiência nessa cultura e extensionistas. Para cada variável que compõe uma determinada tecnologia foi atribuído um escore de acordo com sua utilização e eficiência.

I Tecnologia de Mudas

A operacionalização dessa variável foi dividida em duas partes, o preparo da muda e a utilização de mudas selecionadas, na fase de brotação no campo ou de cultivo em laboratório. Foram atribuídos escores UM para o caso de utilização dos procedimentos descritos e ZERO para o caso contrário (Quadro 1).

Quadro1: Escores utilizados na operacionalização da Tecnologia de Mudas

Variáveis Utiliza Não Utiliza

-. Preparo da muda (limpeza da muda) 1 0

Origem da muda (mudas selecionadas)

/ Direto do campo (bananal) 1

*-!* 2

0 Cultura de tecido 3

II Tecnologia de Irrigação

Para as técnicas de irrigação, foram atribuídos escores de acordo com a eficiência de utilização da água. Isso é, para a forma considerada mais ineficiente, a “molhação” (com o auxílio de uma mangueira ou cano, a água é distribuída não uniformemente pela plantação), foi atribuído ZERO e para a mais eficiente, microaspersão ou gotejamento, foi atribuído TRÊS (Quadro 2).

Quadro 2: Escores utilizados na operacionalização da Tecnologia de Irrigação

Variáveis Utiliza

12 “Molhação” 0

-3 Aspersão, sulcos, faixas ou bacias de nível 1

III Tecnologia de Adubação

Essa tecnologia está dividida em duas variáveis: a adubação de implantação e a de manutenção. Na de implantação, foram considerados os pesos UM quando houve a sua utilização pelo produtor e ZERO, quando não utilizada. Para a de manutenção foram consideradas a via cobertura, feita manualmente, a via irrigação e a feita por estágio de desenvolvimento da planta. As ponderações dessas últimas variaram de UM a TRÊS de acordo com sua eficiência, como está no Quadro 3.

Quadro 3: Escores utilizados na operacionalização da Tecnologia de Adubação

Variáveis Utiliza Não Utiliza

4 Adubação de implantação 1 0

Adubação de manutenção

5 Via cobertura manual 1 0

6 Via irrigação 2 0

7 Por estágio de desenvolvimento 3 0

IV Tecnologia de Tratos Culturais

Os principais tratos culturais recomendados para produção de banana foram considerados nesse trabalho, sendo atribuído o escore UM para o caso de utilização do trato e ZERO para o caso contrário (Quadro 4).

Quadro 4: Escores utilizados na operacionalização da Tecnologia de Tratos Culturais

Variáveis Utiliza Não Utiliza

-/– Capina 1 0 -8 Desbrota ou desbaste 1 0 -0– Escoramento 1 0 -4– Ensacamento do cacho 1 0 -5– Desfolha 1 0 -62 Cobertura morta 1 0

V Tecnologia de Fitossanidade

O combate às principais pragas e o controle das principais doenças que afetam a bananicultura na região geográfica de estudo foram abordados, sendo atribuído o escore UM quando houve esse controle ou combate e ZERO quando não houve (Quadro 5).

No cálculo desse índice, quando não havia o ataque ou infestação da praga ou doença na propriedade, considerou se a ponderação de como se fosse realizado o combate ou controle. Isto porque, nas propriedades não infestadas, deve ser realizada, alguma forma de prevenção que as livre do ataque das pragas e doenças. O não uso dessa suposição poderia levar à subestimação do índice tecnológico de fitossanidade da bananicultura de Mauriti. Optou se por usar esse artifício para manter a padronização da forma e cálculo do índice tecnológico aqui utilizado.

Quadro 5: Escores utilizados na operacionalização da Tecnologia de Fitossanidade

Variáveis Utiliza Não Utiliza

-7– Combate à praga: C (moleque) 1 0

-1– Combate à praga: tripes 1 0

/3– Combate à praga: traça da bananeira 1 0

/- Controle de doença: sigatoka amarela 1 0

// Controle de doença: mal do panamá 1 0

/8– Combate ao nematóide 1 0

VI Tecnologia de Colheita

Foram consideradas as tecnologias de forma de colher e de ponto de colheita. Na última, os critérios utilizados foram: o corte de uma banana do cacho para verificar sua coloração interna, a aparência morfológica do fruto (que resulta da experiência do produtor), o estabelecimento de um prazo de 3 a 4 meses após a saída do cacho e a medida do diâmetro do fruto.

Para a forma de colheita, foi considerada a maneira de condução do cacho do local de colheita ao de despencamento. Tal operação pode ocorrer com proteção de folhas da própria bananeira, com proteção de material acolchoado ou através do cabo aéreo.

As técnicas foram ordenadas e ponderadas de acordo com a sua eficiência, variando seus escores de zero a três (Quadro 6).

Quadro 6: Escores utilizados na operacionalização da Tecnologia de Colheita

Variáveis Utiliza

Critério de Ponto de Colheita

/0 Corta uma banana e verifica a coloração 0 /4 Aparência morfológica (padrão visual) 1 /5 3 a 4 meses após a saída do cacho 2

/6 Diâmetro do fruto 3

Forma de colheita

0

/7– Sem proteção

/1– Com proteção de folhas da bananeira 1

83– Com proteção acolchoada 2

8- Cabo aéreo (equipamento para transporte do

cacho do bananal até o galpão de embalagem) 3

VII Tecnologia de Pós Colheita

Aqui, foram consideradas as técnicas de pós colheita recomendadas para a bananicultura, que são: lavagem, seleção e climatização dos frutos. Foram atribuídos escores UM para utilização e ZERO para não utilização dessas técnicas na pós colheita de banana (Quadro 7).

Quadro 7: Escores utilizados na operacionalização da Tecnologia de Pós Colheita

Variáveis Utiliza Não Utiliza

8/ Lavagem dos frutos 1 0

88 Seleção os frutos 1 0

80– Climatização (temperatura ótima para

amadurecimento: entre 13,9ºC a 23,9ºC) 1 0

VIII Tecnologia da Gestão

Nessa tecnologia também foi considerada a utilização ou não dos instrumentos da gestão para os escores UM e ZERO, respectivamente (Quadro 8).

Quadro 8: Escores utilizados na operacionalização da Tecnologia da Gestão

Variáveis Utiliza Não Utiliza

84 Treinamento para mão de obra 1 0

85– Uso da informática na contabilidade 1 0

86 Uso da informática para controle de estoque

de insumos 1 0

87 Uso da informática para contato com

fornecedores 1 0

81 Uso da informática no atendimento ao cliente 1 0 03 Uso da informática para informações sobre

mercado e preços 1 0

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