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Em todas as manifestações sociais esta presente o direito. Justamente porque onde esta a sociedade esta, o direito adentra todos os meandros da realidade social, regulando condutas, pacificando conflitos, resolvendo cizânias. Mesmo os atos e fatos condicionantes da vida humana, são condicionados pelo direito.

Sem duvida uma função do direito que, se nem sempre é identificada, mas sempre acompanhara a regulação da sociedade pelo direito, é uma

função educativa. São as regras de direito que ajustam os indivíduos. É a sua característica de coerção que ajusta a conduta. Nesse sentido é que afirmamos que a produção do direito e sua aplicabilidade devem necessariamente dirigir-se para uma pedagogia da conduta humana.

Para o professor de Sociologia do direito, Rosa apud Bezerra (2001, p.52)

Todo processo educacional de uma sociedade se desenvolve segundo princípios jurídicos que o amoldam. Através da variada legislação que, dominando toda a atividade educacional da sociedade, nos seus diversos níveis e setores, regula a atribuição de recursos, as atividades de pesquisa pura e aplicada, o regime de sua administração e a propriedade, assim como a aplicação final dos resultados do conhecimento técnico-científico, é que se pode favorecer ou desfavorecer o desenvolvimento cientifico, mediante a concessão de vantagens aos estudiosos, a canalização de verbas, a limitação, ou não, da troca de informações, a garantia de continuidade, o estimulo a iniciativas nacionais, aparentemente destituídas de interesse pratico imediato, mas cujos resultados podem vir a ser inusitados para o progresso da ciência e da tecnologia.

E nesse contexto, observa Bezerra (2001, p.52), que o direito, se apresenta como fator de estabelecimento e conservação da ordem, como também de continuidade e transformação dessa mesma ordem, logo, torna-se também fator de educação social. E se as normas jurídicas possuem função transformadora do meio social, quando editadas, resultam em modificação da sociedade, alterando-lhe o sistema de controle social e, diretamente, a relação de influencias recíprocas dos diversos elementos condicionantes da vida grupal. Por outro lado, contribuem indiretamente para a formação de novas manifestações de consenso, nisso confundidas as funções transformadora e educativa do direito.

sob duas funções básicas: a conservadora e a transformadora. A função conservadora corresponde ao aspecto estático da realidade social; aqui, o direito atua como controle social das áreas de conformidade, protegendo o status quo. A função transformadora corresponde ao aspecto dinâmico da realidade social; o direito atua, então, como controle social das áreas sociais de não-conformidade, incrementando a mudança social, modificando as relações e os valores sociais. A chamada função educativa do direito enquadra-se necessariamente em uma dessas espécies básicas: ou servira à manutenção do status quo ou à mudança das estruturas sociais.

A mudança social é processo extremamente complexo, cuja compreensão como tal e cuja percepção como algo que ocorre sempre e em todas as sociedades, tem sido menor do que seria desejável. É que mudança é princípio permanente no universo e, no que se refere ao universo social, mais ainda se marca essa presença, pois os fenômenos sociais são fenômenos da vida e da vida coletiva, o que se multiplica a números astronômicos as possibilidades de movimento, e, portanto, de transformação.

Contudo, se a sociedade moderna é aquela que reage mais favoravelmente à mudança social, não podemos dizer que ela seja, sistematicamente, receptiva à inovação em sentido estrito. Ao contrario, não o é. Apenas determinados subsistemas da sociedade moderna são em geral, receptivos à inovação. Talvez nem mesmo o subsistema cientifico da sociedade moderna seja em geral favorável à inovação, mas apenas o sejam certos subsistemas de interação social desse subsistema cientifico (sistemas

de interação social entre cientistas de mente mais aberta). Cláudio apud Bezerra, 2001, p. 53).

Para solução dos conflitos individuais e sociais, o direito oferece dois mecanismos, quais sejam: o extrajudicial e o judicial. Para realização deste ultimo, oferece-se a via processual e a via extraprocessual.

A realidade social dos últimos tempos demonstra que o ser humano busca a solução de seus conflitos mais através da via judicial do que através da via extrajudicial. E esta maneira de agir, é um dos pontos em comento.

Com efeito, as atividades propostas desenvolvidas pelo Núcleo de Pratica Jurídica estão inter-relacionadas, abrangendo os vários ramos jurídicos e possuem uma organização didático-pedagógica com vistas a promover uma interação entre o Curso de Direito do CIESA e a comunidade local.

E bem verdade que em geral os cursos de Direito, por meio de seus Nucleos de Pratica Juridica, auxiliam para minorar tal problema, oferecendo a populacao nao apenas atendimento preventivo, como tambem jurisdicional, nos casos em que a garantia do direito do cidadao somente far-se-a por meio de uma acao judicial.

Ocorre, contudo, que esse servico e limitado a um restrito numero de casos, uma vez que, quem presta o servico sao alunos dos ultimos anos desse curso, contando apenas com a infra-estrutura fisica e humana, disponibilizada pelas Instituicoes de Ensino Superior, muito limitada na

grande maioria dos casos. De outra parte, grande parte da populacao sequer sabe as Instituicoes de Ensino Superior que mantem cursos de direito prestam esses servicos, e os que sabem, muitas vezes nao conseguem ser atendidos prontamente, precisando aguardar semanas por uma consulta. Por fim, esse servico apenas existe em um percentual muito pequeno de cidades, notadamente naquelas que possuem um Curso de Direito instalado.

4.4 OS OBSTÁCULOS A SEREM SUPERADOS NOS CAMPOS: POLITICO,