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4. Revisão da Literatura

4.3. Sistema Nacional de Saúde

4.3.3. Organização

O Sistema de Saúde português é constituído pelo “Serviço Nacional de Saúde [que

abrange todas as instituições e serviços oficiais prestadores de cuidados de saúde] (…) que desenvolvam actividades de promoção, prevenção e tratamento na área da saúde, bem como por todas as entidades privadas e por todos os profissionais livres que acordem com a primeira a prestação de todas ou de algumas daquelas actividades”

(n.º 1 e 2 da Base XII da Lei n.º 48/90, de 24 de agosto).

O Sistema e o Serviço Nacional de Saúde baseiam a sua organização na divisão do território nacional em regiões de saúde: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, as quais ainda se dividem em sub-regiões de saúde que correspondem as áreas dos distritos de Portugal Continental (Base XVIII da Lei n.º 48/90, de 24 de agosto e artigos 3., 4. e 5. do Decreto-Lei n.º 11/93, de 15 de janeiro).

O Sistema Nacional de Saúde é tutelado pelo Ministro da Saúde (artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 11/93, de 15 de janeiro). Para além do Serviço Nacional de Saúde, o Ministério da Saúde têm ainda a responsabilidade de tutelar diversos organismos:

a) Administração Central do Sistema de Saúde, I.P.;

b) INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde,

I.P.;

c) Instituto Nacional de Emergência Médica, I.P.;

d) Instituto Português do Sangue e da Transplantação, I.P.;

e) Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P.;

g) Administração Regional de Saúde do Centro, I.P.;

h) Administração Regional de Saúde do Lisboa e Vale do Tejo, I.P.;

i) Administração Regional de Saúde do Alentejo, I.P.;

j) Administração Regional de Saúde do Algarve, I.P.;

O Ministério da Saúde integra ainda nos seus organismos centrais a Secretaria-Geral, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, a Direção Geral de Saúde e o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (artigos 4.º e 5.º do Decreto-Lei n.º 124/2011, de 29 de dezembro).

Figura 4: Organograma Ministério da Saúde (Ministério da Saúde, 2015)

Em termos de organização cada um dos organismos atrás referidos têm uma missão definida no âmbito do Decreto-Lei n.º 124/2011, de 29 de dezembro:

 A Secretaria-Geral tem por missão “assegurar o apoio técnico e administrativo aos gabinetes dos membros do Governo integrados no MS e aos demais órgãos, serviços e organismos deste ministério que não integram o Serviço Nacional de Saúde, nos domínios da gestão de recursos internos, do apoio técnico-jurídico e contencioso, da documentação e informação e da comunicação e relações

públicas” (artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 124/2011, de 29 de dezembro).

 A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde tem por missão “auditar, inspeccionar, fiscalizar e desenvolver a acção disciplinar no sector da saúde, com vista a assegurar o cumprimento da lei e elevados níveis técnicos de actuação em todos os domínios da actividade e da prestação dos cuidados de saúde desenvolvidos quer pelos serviços, estabelecimentos e organismos do MS, ou por este tutelados, quer ainda pelas entidades privadas, pessoas singulares ou

colectivas, com ou sem fins lucrativos” (artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 124/2011,

de 29 de dezembro)

 A Direcção-Geral de Saúde tem por missão “regulamentar, orientar e coordenar as actividades de promoção da saúde e prevenção da doença, definir as condições técnicas para a adequada prestação de cuidados de saúde, planear e programar a política nacional para a qualidade no sistema de saúde, bem como assegura r a elaboração e execução do Plano Nacional de Saúde (PNS) e ainda, a

coordenação das relações internacionais do MS” (artigo 12.º do Decreto-Lei n.º

124/2011, de 29 de dezembro).

 O Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências tem

por missão “promover a redução do consumo de substâncias psicoativas, a

prevenção dos comportamentos aditivos e a diminuição das dependências”

(artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 124/2011, de 29 de dezembro).

 A Administração Central do Sistema de Saúde, I. P. tem por missão “assegurar a

gestão dos recursos financeiros e humanos do Ministério da Saúde e do Serviço Nacional de Saúde, bem como das instalações e equipamentos do Serviço Nacional de Saúde, proceder à definição e implementação de políticas, normalização, regulamentação e planeamento em saúde, nas áreas da sua intervenção, em articulação com as administrações regionais de saúde no

domínio da contratação da prestação de cuidados” (artigo 14.º do Decreto-Lei

 O INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I. P.

tem por missão “regular e supervisionar os sectores dos medicamentos de uso humano e dos produtos de saúde, segundo os mais elevados padrões de protecção da saúde pública e garantir o acesso dos profissionais da saúde e dos cidadãos a

medicamentos e produtos de saúde de qualidade, eficazes e seguros” (artigo 15.º

do Decreto-Lei n.º 124/2011, de 29 de dezembro).

 O Instituto Nacional de Emergência Médica, I. P. tem por missão “definir,

organizar, coordenar, participar e avaliar as actividades e o funcionamento do Sistema Integrado de Emergência Médica, por forma a garantir aos sinistrados

ou vítimas de doença súbita a pronta e correcta prestação de cuidados de saúde”

(artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 124/2011, de 29 de dezembro).

 O Instituto Português do Sangue e da Transplantação, I. P. tem por missão

“garantir e regular, a nível nacional, a actividade da medicina transfusional e de transplantação e garantir a dádiva, colheita, análise, processamento, preservação, armazenamento e distribuição de sangue humano, de componentes sanguíneos, de órgãos, tecidos e células de origem humana” (artigo 17.º do

Decreto-Lei n.º 124/2011, de 29 de dezembro).

 O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I. P. tem por missão

“contribuir para ganhos em saúde pública através da investigação e

desenvolvimento tecnológico, actividade laboratorial de referência, observação da saúde e vigilância epidemiológica, bem como coordenar a avaliação externa da qualidade laboratorial, difundir a cultura científica, fomentar a capacitação e formação e ainda assegurar a prestação de serviços diferenciados, nos referidos

domínios” (artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 124/2011, de 29 de dezembro).

 As Administrações Regionais de Saúde, I. P. têm por missão “garantir à população da respectiva área geográfica de intervenção o acesso à prestação de cuidados de saúde, adequando os recursos disponíveis às necessidades e cumprir

e fazer cumprir políticas e programas de saúde na sua área de intervenção”

(artigo 19.º do Decreto-Lei n.º 124/2011, de 29 de dezembro).

No documento Patrícia Moita dissertação de mestrado (páginas 63-66)