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2. Caraterização do Contexto Institucional

2.3. Caraterização da Organização do Ambiente Educativo

2.3.3. Organização Social

É importante existir uma boa relação entre a criança – adulto, adulto – criança, criança – criança e criança – comunidade, respeitando a dimensão relacional. Na sala vermelha existe uma boa relação entre todos os sujeitos.

Para uma melhor compreensão apresento os dados recolhidos através da ECERS-R que me permitem refletir sobre a qualidade do ambiente educativo.

Os dados que seguem são referentes à Linguagem/Raciocínio:

Figura 16: Gráfico da ECERS-R “Linguagem/Raciocínio”

A média do tópico “Linguagem/Raciocínio” é de sete.

Todos os subtópicos deste tópico são de cotação sete. No que diz respeito ao subtópico “livros e imagens”, existem muitos livros disponíveis para as crianças explorarem na área

da biblioteca, bem como existe o cuidado de apresentar e ler diversos livros às crianças, de modo a que estas fiquem familiarizadas com os livros e a leitura.

Nesta sala também se constata o cuidado em falar com as crianças em grupo ou individualmente, e fazer com que as crianças raciocinem e expliquem de forma lógica os seus pensamentos, fazendo relatar acontecimentos ou histórias. Com o cuidado de corrigir e enriquecer o vocabulário das crianças.

Esta sala de atividades apresenta uma boa dinamização a nível da comunicação, pois todas as crianças comunicam entre si e expressam-se razoavelmente. Assim, os resultados parecem indicar bastante estimulação às crianças para o desenvolvimento da linguagem e para o desenvolvimento do raciocínio.

Seguidamente, apresento os dados recolhidos referentes à interação:

Figura 17: Gráfico da ECERS-R “Interação”

A média do tópico “Interação” é de sete, pois todos os subtópicos apresentam a cotação máxima. É importante salientar que esta instituição tem três salas de atividades, mas apenas duas assistentes operacionais para as três salas. No entanto, atendem às necessidades das crianças e zelam pela segurança destas.

De um modo geral, as crianças têm uma boa relação entre elas, existe interajuda, cooperação e respeito. À exceção de duas crianças, que, por vezes têm comportamentos mais desajustados e destabilizam o grupo. Todas as crianças procuram os adultos para esclarecer algumas dúvidas e existe diálogo entre pares.

Na sala existe regras de convivência social, as quais estão expostas numa cartolina. Estas regras foram, inicialmente, estabelecidas em grupo, e vão sendo ajustadas sempre que

necessário. Normalmente, as crianças, também evidenciam ser autónomas e respeitam as regras estabelecidas na sala de atividades.

Existe uma boa interação entre os adultos e as crianças, bem como entre as crianças. De seguida, apresento os dados recolhidos referentes à estrutura do programa:

Figura 18: Gráfico da ECERS-R “Estrutura do Programa”

A “estrutura do programa” encontra-se, com média superior a cinco. O horário desta instituição é bastante aceitável, pois tem um horário de atividades alargado. Sendo que as AAAF e o ATL suportam o horário não letivo para as crianças poderem usufruir das atividades. Dentro da sala de atividades o horário é flexível, ou seja, apesar de existirem horários para as rotinas, a gestão do tempo é ajustada às necessidades das crianças ou a alguma atividade externa. Como também, se as crianças sentirem necessidade de se expressar, ou sentirem dificuldade em algum tema, a educadora cooperante prolonga o acolhimento e atrasa as atividades planeadas.

Durante o meu estágio, observei situações que a educadora cooperante tinha atividades planeadas e não as realizou porque foram convidados para realizar uma atividade fora da sala de atividades.

O “jogo livre” e as “condições para crianças com incapacidades” apresentam a cotação de seis. Na sala de atividade existe bastante jogo livre, isto é, as crianças têm liberdade para explorarem todas as áreas da sala, mas nem sempre são renovados os materiais para as crianças explorarem livremente. Quanto às condições para crianças com incapacidades, existe uma equipa multidisciplinar que apoia as crianças e intervêm. Quando existe essa intervenção as crianças são retiradas da sala de atividades e colocadas num gabinete para esse fim, de modo a que a profissional possa trabalhar com as crianças de uma forma individualizada.

O “tempo de grupo” apresenta cotação de quatro, pois algumas atividades são realizadas em grupos pequenos ou individuais. No entanto, todas as crianças têm a oportunidade de realizar essas atividades. As rotinas são realizadas em grande grupo, não existindo pequenos grupos, para realizar alguma tarefa da rotina.

De imediato, seguem-se os dados recolhidos no que concerne aos pais e pessoal:

Figura 19: Gráfico da ECERS-R “Pais e Pessoal”

O tópico “Pais e Pessoal” encontra-se, na média acima de quatro.

O subtópico “Condições necessidades profissionais do pessoal” apresenta uma cotação baixa, de um. Devido à ausência de telefone no edifício de Jardim de Infância. Sendo assim, só existe telefone no edifício do 1º Ciclo do Ensino Básico. Faz com que o pessoal comunique através do telefone privado.

O subtópico “Oportunidades para crescimento profissional” apresenta uma cotação de dois, pois existe poucas condições para reuniões e privacidade para os profissionais. As salas de atividades estão ocupadas em atividades e o gabinete nem sempre está disponível, porque é ocupado pelos profissionais quando fazem as intervenções com as crianças. Todos os outros itens apresentam cotações razoáveis, entre o valor de seis e sete. No entanto, nesta instituição não existe uma sala de repouso para o pessoal docente e não docente, apenas existe uma sala que funciona como vestiário e possui de um micro-ondas. Esta instituição apenas possui de duas assistentes operacionais, o que faz com que uma das educadoras de infância não tenha ajuda no desenvolvimento das atividades e das rotinas com o grupo de crianças.

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