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Orientações de desenvolvimento

No documento All About Portugal (páginas 33-36)

2.1 Otimização orientada aos motores de pesquisa

2.1.4 Orientações de desenvolvimento

Com vista em melhorar os resultados das pesquisas feitas pelos seus utilizadores, os vários motores de pesquisa disponibilizam documentação e um conjunto de ferramentas que orientam os webmasters e web developers numa mais uniforme e eficiente estruturação dos seus conteúdos web. Conforme indicado anteriormente, o foco deste capítulo vai para o motor de pesquisa Google, no entanto é de notar que, apesar de existirem, entre Google, Bing e Yahoo!, pequenas divergências ao nível da implementação técnica, a maior parte das orientações são comuns [Mavridis & Symeonidis, 2015].

15 Seguem-se, além de uma recolha de orientações fornecidas pela Google [Google, 2015], guias que resultam do estudo descrito nos capítulos anteriores.

Orientações relacionadas com a estrutura de dados e conteúdo:

• A hierarquia de páginas e ligações entre elas deve ser apropriada, sendo capaz de facilitar o motor de pesquisa na tarefa de descobrir, navegar, e indexar devidamente o conteúdo do portal;

• Cada página deve ser acessível através de um link estático;

• É de extrema importância que o conteúdo das páginas seja claro, único e relevante;

• Devem ser incluídas palavras chave que estejam diretamente relacionadas com o conteúdo de que tratam as páginas, bem como ser tidas em conta as palavras que o seu público-alvo mais usará nas pesquisas que lhes dizem respeito;

• É também relevante a presença de palavras-chave sinónimas ou variantes próximas;

• É prioritário o uso de texto em detrimento de imagens no caso de elementos importantes, isto porque o Googlebot (e de outros importantes motores de pesquisa como o Bing) não é capaz de reconhecer texto em imagens;

• Os websites devem ser desenhados e estruturadas em função do utilizador e não dos motores de pesquisa.

Orientações de cariz técnico:

• Os ficheiros estáticos - como imagens, ficheiros CSS ou JavaScript – devem ser acessíveis pelos crawlers uma vez que o sistema de indexação da Google vê as páginas em HTML com as alterações implicadas na importação dos seus ficheiros estáticos;

• Deve ser permitida, ao crawler, a navegação pelo site sem session IDs ou argumentos que o rastreiem;

• Deve ser habilitado o headerHTTP “If-Modified-Since” no servidor que aloja o site em questão. Isto permite ao servidor web notificar o crawler se o seu conteúdo sofreu alterações desde a última visita;

• Deve ser garantido suporte alargado aos diferentes dispositivos e versões de

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• A performance do portal – por exemplo, no que se refere ao tempo de carregamento das páginas – deve ser otimizada uma vez que este é um fator relevante no que à experiência do utilizador diz respeito, tornando-se, por isso, um fator preponderante para o posicionamento das páginas no ranking dos motores de pesquisa;

• O ficheiro XML descritivo do mapa de site, que pretende ajudar o crawler dos motores de pesquisa a analisarem a estrutura e conteúdo do website, não deve exceder os 10mb ou as 50 000 entradas. Caso tal aconteça, é necessário dividi-lo em vários ficheiros que cumpram estas restrições de dimensão e disponibilizar um índice para os mesmos;

• O layout das páginas deve ser responsivo, isto é, deve adaptar-se às várias dimensões de ecrã dos diversos dispositivos disponíveis no mercado, de forma a que seja passível de consulta em qualquer um deles. Este é fator bastante valorizado na última atualização da Google [Makino & Phan, 2015]. De notar que o impacto do não cumprimento deste requisito afeta maioritariamente as pesquisas feitas através de dispositivos móveis, e menos as pesquisas feitas através de desktops;

• O design do portal e a usabilidade são hoje fatores importantes;

• Ainda que pouco expressiva, a especificação de dados estruturados (Schema.org) e de mecanismos de comunicação com as plataformas de social media (Twitter Cards ou Open Graph) começam a ganhar cada vez mais importância;

• O título da página presente no código HTML e o URL devem conter palavras-chave relevantes;

• Por forma a satisfazer o requisito do tópico anterior as páginas devem ser servidas através de um URL semântico. Isto ajuda também a uma melhor perceção da estrutura do portal e do conteúdo da página por parte do utilizador, o que lhe transmite maior confiança em relação ao portal web;

• O tempo de resposta do servidor não deve exceder os 200ms. Orientações de cariz estratégico:

• Uma elevada taxa de rejeição – percentagem de utilizadores que terminam a sua sessão num determinado website sem interagirem com o mesmo – pode ser prejudicial no momento da avaliação da relevância de uma página para uma dada pesquisa. No caso de uma percentagem muito elevada de novos utilizadores o mesmo efeito pode ser esperado;

• A quantidade e qualidade (reconhecimento que têm as referências) de ligações externas que apontem para o website em causa é muito relevante para a

17 avaliação da importância do mesmo. O número de links presentes (assim como outros dados como likes do Facebook) nas redes sociais é também relevante, embora não tenha ainda o mesmo peso que as ligações externas a partir de domínios reconhecidos.

Fatores altamente prejudiciais:

• A presença de links não naturais, ou seja, links que não tenham sido colocados com fins editoriais ou estruturais, mas apenas com vista a tentar “enganar” o

ranking;

• Conteúdo duplicado;

• Páginas de fraco ou pouco conteúdo;

• Textos descritivos de ligações sobre-otimizados ou excessivo número de palavras-chave;

• Publicidade em demasia ou que impeça uma navegação natural;

• Páginas com metadados HTML relativosao título ou descrição duplicados;

• Links não existentes ou erros de HTML são altamente prejudiciais.

No documento All About Portugal (páginas 33-36)