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compreensão e

aplicação de

conceitos como

prana, chacra e

outros; culto à

Linha Cigana

(que em muitas

casas vem,

ainda, em linha

independente,

dissociada da

chamada Linha

do Oriente).

Um banda é capaz de reunir os elem entos m ais diversos, com o exem plificados acim a. Mais adiante, ao tratar das Linhas da Umbanda, verem os que esse m ovim ento agregador é incessante: com o a Um banda perm anece de portas abertas aos encarnados e aos espíritos das m ais diversas origens étnicas e evolutivas, irm ãos de várias religiões chegam aos tem plos em busca de saúde, paz e conforto espiritual, bem com o outras falanges espirituais j untam -se à sua organização.

Há, por exem plo, casas de Um banda com fundam entos teológicos próprios, enquanto outras rezam o terço com os m istérios baseados nos dogm as católicos e/ou se utilizam do Credo católico, em que se afirm a a fé na Igrej a Católica (conform e indicam Guias, Entidades e a própria etim ologia, leia-se “católica” com o “universal”, isto é, a grande fam ília hum ana), na Com unhão dos Santos, na ressurreição da carne, dentre outros tópicos da fé católica. Isso em nada invalida a fé, o trabalho dos Orixás, das Entidades, das Egrégoras de Luz form adas pelo espírito, e não pela letra da recitação am orosa e com fé do Credo católico.

M OM EN TOS

São m uitos os m om entos m arcantes da história da Um banda. Abaixo estão elencados alguns deles, pelo significado nacional que tiveram e têm .

Congre ssos

Im portantes para firm ar a Um banda no cenário nacional, discutir aspectos organizacionais (com o as federações), religiosos, ritualísticos e outros, ocorreram em 1941, 1961 e 1973 (Rio de Janeiro – RJ). Houve outros congressos nacionais, inclusive com a participação efetiva, tem ática, etc. de outras religiões de m atriz africana, com o as cinco edições do Congresso Brasileiro de Umbanda do Século XXI (2008, 2009, 2010, 2011, 2012), organizadas pela Faculdade de Teologia Um bandista (São Paulo – SP), que os agregou às duas edições do Congresso Internacional de Religiões Afro-brasileiras (2011 e 2012) - nom eado Congresso Internacional das Religiões Afro-americanas na edição de 2011. Em 2014 ocorreu em São Paulo o Congresso Nacional de Umbanda pela Renovação.

P rimado de U mbanda

O Primado de Umbanda foi fundado no Rio de Janeiro, em 05 de outubro de 1952. Dentre seus obj etivos está a form ação sacerdotal e iniciática dos Comandantes Chefes de Terreiro das Instituições Federadas e Simpatizantes do Primado de Umbanda. Idealizado pelo Caboclo Mirim e concretizado por m eio de seu médium, o C. C. T. (Comandante Chefe de Terreiro) Sr. Benj am in Figueiredo, o Prim ado se vale da term inologia da língua nhengatu (língua geral dos indígenas brasileiros) para designar os graus de evolução espiritual, de m odo a resgatar os fundam entos esotéricos da Grande Lei de Umbanda. Conta com diversas tendas, m uitas j á na terceira geração de com ando.

Santuário N ac ional de U mbanda

Fundado e adm inistrado por Pai Ronaldo Linares, o Santuário Nacional de Umbanda é um a reserva ecológica m antida pela Federação Umbandista do Grande ABC, com vistas a oferecer local apropriado para a prática dos rituais um bandistas.

Com 645.000 m 2 de m ata nativa recuperada, possui diversos lotes que podem ser utilizados por terreiros (alguns o fazem de m odo perm anente), loj a de artigos religiosos, espaço para oferendas de Um banda e Candom blé (não é perm itido o corte no Santuário), cantina, banheiros, cachoeira e outros.

Vale dos O rixás

Local destinado a rituais um bandistas e de outras religiões de m atriz africana em Juquitiba, SP, num sítio de 21 alqueires m antido por Pai Jam il Rachid e fundado há m ais de duas décadas.

Fac uldade de Te ologia de U mbanda

A Faculdade de Teologia de Um banda, localizada na capital de São Paulo, oferece o curso de Bacharelado em Teologia, com 3350 horas de atividades, com duração m ínim a de quatro e m áxim a de sete anos. Oferece tam bém cursos de extensão e coordena um a farta produção acadêm ica e cultural.

Dentre as várias disciplinas, destacam -se: Botânica Um bandista, Biologia Geral e Espiritual, Biologia Hum ana e Um bandista e Teologia VII (Umbanda – m eio e fim para a paz m undial; Restauração da Tradição do Saber; Convergência planetária; Diálogo interdisciplinar).

Não se deve, porém , confundir o Bacharelado em Teologia com a função de sacerdote. Nas palavras do fundador e prim eiro diretor da Faculdade de Teologia de Um banda, Pai Rivas Neto (Arhapiagha),

“(…) Grassando que todas as Escolas umbandistas têm a mesma importância, tomamos para nós a tarefa de fundarmos uma instituição de Ensino Superior regulamentada pelo Ministério da Educação (MEC). Assim, fundamos em 2004 a primeira Faculdade de Teologia do mundo com ênfase nas Religiões afro- brasileiras ou Umbanda, cuja missão é formar teólogos umbandistas ou das religiões afro-brasileiras. O MEC permite que as faculdades de teologia formem sacerdotes, mas entendemos que, pela tradição, o sacerdote deve ser formado no templo, tendo uma vivência mínima que varia de sete a dezesseis anos, por isso não formamos sacerdotes na FTU, mas teólogos”.

G ue rre iros do Axé

Com raízes na Um banda, no Candom blé e em outras religiões de m atriz africana, o m ovim ento Guerreiros do Axé busca reconhecim ento social legítim o para essas religiões, bem com o representatividade política. Fundado em 07 de setem bro de 2005, espalha-se por todo território nacional e, além da intensa m ovim entação religiosa e política, tem lançado candidatos próprios, por diversos partidos, a cada cam panha eleitoral. Seu principal líder é Pai Heraldo Guim arães.

D ia N ac ional da U mbanda

No dia 16 de m aio de 2012 foi instituído pela presidenta Dilm a Rousseff o dia Nacional da Um banda (Lei 12.644). O proj eto original é do deputado federal Carlos Santana (PL 5.687/2005). A data celebra as com unicações do Caboclo das Sete Encruzilhadas, por m eio de Zélio Fernandino de Moraes, naquela sessão espírita em que o referido Caboclo anunciou sua m issão.

Mesm o antes da instituição da lei federal, diversas cidades brasileiras, am paradas por leis m unicipais, j á com em oravam oficialm ente a data.

O utros marc os le gais

Trata-se de legislação de sum a im portância para as religiões de m atriz africana e, consequentem ente, para a Um banda.

– Constituição Federal de 1988 – artigos 3º., 4º., 5º., 215 e 216; – Lei 9.459, de 13 de m aio de 1997 (inj úria racial);

– Lei 10.639, de 09 de j aneiro de 2003 (obrigatoriedade da inclusão da tem ática História e Cultura Afro-brasileira no currículo oficial da rede de ensino);

– Lei 10.678, de 23 de m aio de 2003 (cria a Secretaria de Políticas de Prom oção da Igualdade Racial);

– Decreto 4.886, de 20 de novem bro de 2003 (instituição da Política Nacional de Prom oção da Igualdade Racial);

– Decreto 5.051, de 19 de abril de 2004 (prom ulgação da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho);

– Resolução núm ero 1, de 17 de j unho de 2004, do Conselho Nacional de Educação (diretrizes curriculares para educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana);

– Decreto 6.040, de 07 de fevereiro de 2007 (instituição da Política Nacional de Desenvolvim ento Sustentável dos Povos e Com unidades Tradicionais);

– Decreto 6.177, de 1º. de agosto de 2007 (prom ulga a Convenção sobre a Proteção e Prom oção da Diversidade das Expressões Culturais da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO);

– Portaria 992, de 13 de m aio de 2009 (instituição da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra);

– Decreto 6.872, de 04 de j unho de 2009 (instituição do Plano Nacional de Prom oção da Igualdade Racial);

– Lei 12.288, de 20 de j ulho de 2010 (Estatuo da Igualdade Racial); – Decreto 7.271, de 25 de agosto de 2010 (diretrizes e obj etivos da Política Nacional de Segurança Alim entar e Nutricional).

Mov ime nto P olític o U mbandista

O Movimento Político Umbandista (MPU) agrega um bandistas, candom blecistas e praticantes de outras religiões de m atriz africana, com o intuito de m elhorar a visibilidade dessas religiões e dá-las m aior representatividade político-eletiva. Para tanto, redigiu-se a Carta Magna de Umbanda, que, em 2013, foi bastante discutida em fóruns em diversos pontos do país e pelas redes sociais e outros m eios eletrônicos, com sugestões e aprim oram entos. O MPU lançou, ainda em 2013, as bases para o Congresso Nacional de Umbanda pela Renovação, ocorrido em novem bro de 2014. Seu principal líder é Pai Ortiz Belo.

Assoc iaç ão Brasile ira de Esc ritore s Af rorre ligiosos

Fundada em 24 de dezem bro de 2013, tem com o m em bros escritores, editores, blogueiros dirigentes espirituais, leitores e interessados em geral, um bandistas, candom blecistas e de outras religiões de m atriz africana. Um dos obj etivos da Associação Brasileira dos Escritores Afrorreligiosos (Abeafro) é dar m aior visibilidade do trabalho dos escritores na m ídia, nas feiras de livros, no contato com o público em eventos em livrarias, terreiros, centros com unitários, etc.

Hino da U mbanda

O Hino da Umbanda, cantado em quase todas as casas (no início ou no final das giras, bem com o em ocasiões especiais), foi com posto por José Manuel Alves, que, vindo de São Paulo em 1960, procurou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, em Niterói, vindo de São Paulo, desej oso de ser curado da cegueira (o que não aconteceu, em virtude de com prom issos cárm icos de José Manuel).

Tem pos depois, José Manuel tornou a procurar o Caboclo das Sete Encruzilhadas e lhe apresentou um a canção em hom enagem à Um banda, tom ada pelo Caboclo com o Hino da Umbanda. Em 1961, o Hino foi oficializado no 2º. Congresso de Umbanda.

A letra:

Refletiu a Luz Divina Com todo seu esplendor É do reino de Oxalá Onde há paz e amor Luz que refletiu na terra Luz que refletiu no mar Luz que veio de Aruanda Para tudo iluminar A Umbanda é paz e amor É um mundo cheio de Luz É a força que nos dá vida E à grandeza que nos conduz. Avante, filhos de fé Como a nossa lei não há Levando ao mundo inteiro A bandeira de Oxalá.

O Hino sintetiza as características gerais da Um banda, bem com o sua m issão. A Um banda vem do plano espiritual para ilum inar e acolher; vem na linha de Oxalá, sob as bênçãos do Mestre Jesus, para fortalecer a todos e auxiliar cada um a desenvolver o Cristo interior.

No acolhim ento que faz a encarnados e desencarnados, a Um banda convida todos a encontrar paz individual e coletiva. O exercício do am or em todos os níveis, – a verdadeira caridade que não se reduz apenas ao assistencialism o – vibra em consonância com os ensinam entos do Mestre Jesus.

A m ensagem de Um banda espalha-se pela terra e pelo m ar, abençoada e orientada pelos Orixás. Trilha espiritual e religião ecológica, valoriza a m agia e o poder dos elem entos em favor do equilíbrio e da evolução de cada um e do

planeta. A luz (fogo) vem de Aruanda (ar, dim ensões), reflete na terra, no m ar (água), disponibiliza-se a todos: a m esm a luz que brilha em Aruanda (plano espiritual elevado) brilha tam bém , guardadas as proporções e adequações a cada plano e a cada indivíduo, para todo espírito, encarnado ou desencarnado.

As portas dos tem plos estão sem pre abertas a todos, sem distinção. Há quem prefira participar de algum as giras, receber conselhos, sugestões, Axé e voltar agradecido para sua casa, sua religião, suas práticas espirituais. A lei da Um banda é o am or/a caridade e, de fato, com o essa lei (evidentem ente, não exclusiva à Um banda), não existe outra. Nesse sentido, levar ao m undo inteiro a bandeira de Oxalá significa com partilhar no cotidiano, nas m ais diversas circunstâncias, o am or e a paz, e não forçar alguém /o m undo à conversão ou ao com parecim ento a giras (o que, aliás, nenhum um bandista consciente faz), nem tentar im por a minha Um banda com o verdadeira. A graça da Um banda está na diversidade. Se conj ugar a minha Um banda à sua, à dele, à dela, j untos, terem os Um banda.

Que a bandeira de Oxalá cubra a todos nós, auxiliando cada um a cultivar o Cristo interno! Que o Hino da Umbanda vibre sem pre em nossos corações!

Bande ira da U mbanda

Saul de Medeiros (Saul de Ogum ), presidente da Associação de Umbanda de Caxias do Sul, idealizou um a bandeira que, no dia 1º. de j unho de 2008, teve seu lançam ento oficial no Teatro Municipal Dr. Paulo Machado de Carvalho. Nas palavras de Pai Saul, a im agem da bandeira representa “A im agem de um lindo sol radiante e, de seu núcleo, sai um a figura que, no prim eiro instante, parece a de um enorm e pom bo branco, m as, olhando com m ais atenção, a form a se m odifica, deixando transparecer um espectro hum ano angelical com enorm es asas, voando com o se se dirigisse a um destino, determ inado a realizar um a m issão”. Pretende-se que a bandeira sej a reconhecida por todos os um bandistas.

SEG M EN TOS U M B A N D ISTA S

Na realidade, a Um banda é um a só. Contudo, há ram ificações diversas, nas quais cada sacerdote, filho e consulente se sentem m ais à vontade para trabalhar sua conexão com o divino e desenvolver a m ediunidade.

Em bora não haj a consenso ou m esm o reconhecim ento de alguns segm entos, a lista abaixo apresenta alguns dos m ais conhecidos.

Umbanda de

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