Da rocha brava, numa ininterrupta
A
Por que Jeová, maior do que La Não fez cair o túmulo de Plínio Por sobre todo o meu raciocínio P
Pois minha Mãe tão cheia assim daqueles Carinhos, com que guarda meus sapatos, Por que me deu consciência dos meus a P
Quisera antes, mordendo glabros talo Nabucodonosor ser do Pau d’Arco, Beber a acre e estagnada água do charco D
Mas a carne é que é humana! A alma é divina.
eija a peçonha, e não se contamina!
ja,
andar de luto pelo pai que é morto!
s, hupar os ossos das alimarias!
o isto
ara sacrificar-me pelos homens! Dorme num leito de feridas, goza O lodo, apalpa a úlcera cancerosa, B
Ser homem! escapar de ser aborto! Sair de um vente inchado que se ano Comprar vestidos pretos numa loja E
E por trezentos e sessenta dias Trabalhar e comer! Martírios juntos! Alimentar-se dos irmãos defunto C
Barulho de mandíbulas e abdômens! E vem-me com um desprezao por tud Uma vontade absurda de ser Cristo P
Soberano desejo! Soberana
Ambição de construir para o homem uma ma óleo rançoso da saliva humana!
o,
o olho do estuprador se encha de bichos!
a crise,
a mão da meretriz caia aos pedaços!
o, Região, onde não cuspa língua algu O
Uma região sem nódoas e sem lixos, Subtraída à hediondez de ínfimo casc Onde a forca feroz coma o carrasco E
Outras constelações e outros espaços Em que, no agudo grau da últim
O braço do ladrão se paralise E
II
O sol agora é de um fulgor compacto, E eu vou andando, cheio de chamusc Com a flexibilidade de um molusco,
Úmido, pegajoso e untuoso ao tacto!
cesa
as ara despedaçar minha tristeza!
rda!...
ue nas hastes delgadas se balouça!
s,
a ampla circunferência das laranjas.
Reúnam-se em rebelião ardente e a Todas as minhas forças emotivas E armem ciladas como cobras viv P
O sol de cima espiando a flora moça Arda, fustigue, queime, corte, mo Deleito a vista na verdura gorda Q
Avisto o vulto das sombrias granjas Perdidas no alto... Nos terrenos baixo Das laranjeiras eu admiro os cachos E
Ladra furiosa a tribo dos podengos. Olhando para as pútridas charnecas Grita o exército avulso das marrecas
Na úmida copa dos bambus verdoengos.
alho, om a rapidez duma semicolcheia.
los,
s chicotes finíssimos dos juncos.
a...
e todos os corpúsculos do pólen.
cha
Um pássaro alvo artífice da teia
De um ninho, salta, no árdego trabalho, De árvore em árvore e de galho em g C
Em grandes semicírculos aduncos, Entrançados, pelo ar, largando pê Voam à semelhan ça de cabelos O
Os ventos vagabundos batem, bolem Nas árvores. O ar cheira. A terra cheir E a alma dos vegetais rebenta inteira D
A câmara nupcial de cada ovário Se abre. No chão coleia a lagartixa. Por toda a parte a seiva bruta esgui
Num extravasamento involuntário.
-- Augusto,
ualquer ou de qualquer obscura planta!
da o mais incorruptível pergaminho.
a morte
acha-me os pés como se fosse agulha.
,
Eu, depois de morrer, depois de tanta Tristeza, quero, em vez do nome
Possuir aí o nome dum arbusto Q
III
Pelo acidentalíssimo caminho
Faísca o sol. Nédios, batendo a cauda, Urram os bois. O céu lembra uma lau D
Uma atmosfera má de incômoda hulha Abafa o ambiente. O aziago ar morto Fede. O ardente calor da areia forte R
Por saibros e por cem côncavos vales,
e arrasta à casa do finado Toca!
e ue carregava canas para o engenho!
uantas flores! Agora, em vez de flores, intam caretas verdes nas taperas.
,
ostra a cara medonha dos buracos. Como pela avenida das Mappales, M
Todas as tardes a esta casa venho. Aqui, outrora, sem conchego nobre, Viveu, sentiu e amou este homem pobr Q
Nos outros tempos e nas outras eras, Q
Os musgos, como exóticos pintores, P
Na bruta dispersão de vítreos cacos À dura luz do sol resplandecente, Trôpega e antiga, uma parede doente M
Do teto. E traça trombas de elefantes Com as circunvoluções extravagantes
o seu complicadíssimo intestino.
jos,
stão olhando aquelas coisas mortas!
rvore à criança,
ne todas as coisas do Universo!
m brasas
hamando-me do sol com as suas asas! D
O lodo obscuro trepa-se nas portas. Amontoadas em grossos feixes ri As lagartixas, dos esconderijos, E
Fico a pensar no Espírito disperso Que, unindo a pedra ao gneiss e a á Como um anel enorme de aliança, U
E assim pensando, com a cabeça e Ante a fatalidade que me oprime, Julgo ver este Espírito sublime, C
Como o réptil gosta quando se molha E na atra escuridão dos ares, olha
elancolicamente para o mundo!
olo obscuro,
ue o miserável recebeu na estrada!
s re...
ue o escravo ganha, trabalhando aos brancos!
rna, ó, com a misericórdia de um tijolo!...
M
Essa alegria imaterializada,
Que por vezes me absorve, é o ób É o pedaço já podre de pão duro Q
Não são os cinco mil milhões de franco Que a Alemanha pediu a Jules Fav É o dinheiro coberto de azinhavre Q
Seja este sol meu último consolo;
E o espírito infeliz que em mim se encarna Se alegre ao sol, como quem raspa a sa S
E as bocas vão beber o mesmo leite...
orre, da mesma forma que o homem morre.
, u grito
ue eu trago encarcerado da minh’alma!
ame,
carbonização dos próprios ossos!
ersos de amor
um poeta erótico
A lamparina quando falta o azeite M
Súbito, arrebentando a horrenda calma Grito, e se gritio é para que me
Seja a revelação deste Infiniti Q
Sol brasileiro! queima-me os destroços! Quero assistir, aqui, sem pai que me De pé, à luz da consciência infame, À V A
Parece muito doce aquela cana.
Descasco-a, provo-a, chupo-a... ilusão treda!
toda a boca que o não prova engana.
o, das as ciências menos esta ciência!
o inte
hamas amor aquilo que eu não chamo.
a odo de ver, consoante o qual, o observas. O amor, poeta, é como a cana azeda,
A
Quis saber que era o amor, por experiência, E hoje que, enfim, conheço o seu conteúd Pudera eu ter, eu que idolatro o estudo, To
Certo, este o amor não é que, em ânsias, am Mas certo, o egoísta amor este é que ac Amas, oposto a mim. Por conseguinte C
Oposto ideal ao meu ideal conservas. Diverso é, pois, o ponto outro de vista
Consoante o qual, observo o amor, do egoíst M
Porque o amor, tal como eu o estou amando,
ida, uida, entretanto, não o estar pegando!
rudes,
omo anda a garça acima dos açudes!
ou inventar também outro instrumento!
u falo
ossam todos os homens compreendê-lo. É Espírito, é éter, é substância fluida, É assim como o ar que a gente pega e cu C
É a transubstanciação de instintos Imponderabilíssima e impalpável, Que anda acima da carne miserável C
Para reproduzir tal sentimento
Daqui por diante, atenta a orelha cauta, Como Mársias -- o inventor da flauta -- V
Mas de tal arte e espécie tal fazê-lo Ambiciono, que o idioma em que te e Possam todas as línguas decliná-lo P
Para que, enfim, chegando à última calma
omo um saco vazio dentro d’alma!
onetos
meu pai doente
ruas...
u, para amenizar as minhas dores! Meu podre coração roto não role, Integralmente desfibrado e mole, C S I A
Para onde fores, Pai, para onde fores, Irei também, trilhando as mesmas Tu, para amenizar as dores tuas, E
Que coisa triste! O campo tão sem flores, E eu tão sem crença e as árvores tão nuas
E tu, gemendo, e o horror de nossas duas Mágoas crescendo e se fazendo horrores!
ombria,
e assim magoar-te sem pesar havia?!
fim
eus não havia de magoar-te assim!
meu pai morto
em um gemido, assim como um cordeiro!
Magoaram-te, meu Pai?! Que mão s Indiferente aos mil tormentos teus D
-- Seria a mão de Deus?! Mas Deus en É bom, é justo, e sendo justo, Deus, D II A
Madrugada de Treze de Janeiro, Rezo, sonhando, o ofício da agonia. Meu Pai nessa hora junto a mim morria S
E eu nem lhe ouvi o alento derradeiro! Quando acordei, cuidei que ele dormia,
corda-o”! deixa-o, Mãe, dormir primeiro!
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