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Os custos de produção na Kepler Weber Industrial

1.7 CUSTOS DA PRODUÇÃO

1.7.4 Os custos de produção na Kepler Weber Industrial

empresa que produz um único produto é simples e rápida de se determinar. Porém, em empresas que produzem diversos tipos de produtos utilizando a mesma infraestrutura, é necessário ratear os custos e despesas de uma determinada operação entre todos os produtos em que esta operação é realizada.

Para que isto possa ser possível, o método amplamente utilizado nas indústrias é o método dos centros de custo, também conhecido como RKW, (Reichskuratorium für Wirtschaftlichkeit), método das secções homogêneas. Este método consiste na divisão da empresa em diversos centros de custos, cada um com o seu custo determinado. A determinação do custo de cada um destes centros é realizada levando em consideração o investimento realizado em infraestrutura e tecnologia, bem como da depreciação deste investimento, o custo da mão-de-obra, os custos de energia e/ou outros consumíveis do processo, entre outros.

O custo de um centro de custo é informado levando em consideração sua utilização em um período, (R$/hora). Assim, o custo de manufatura do produto final pode ser calculado em função do tempo em que cada um dos produtos leva para ser processado em cada um dos centros de custo.

Custo de manufatura = Tempo de processamento x Custo operacional/período

1.7.4 Os custos de produção na Kepler Weber Industrial

Considerando estas etapas de produção, passa-se agora a avaliar os tempos do processo e de que forma estas etapas estão interferindo no custo final do produto.

Os custos de produção podem ser divididos basicamente em três grupos: Os custos com Matéria-Prima (MP), os custos com gastos gerais de fabricação (GGF), e os custos com a mão-de-obra (MO).

Os custos de matéria-prima são custos diretos, que estão ligados diretamente à peça a ser fabricada. Trata-se do material que é utilizado para a confecção da longarina de silo (chapa galvanizada). A mão-de-obra é calculada em função dos

gastos da empresa com a sua mão-de-obra. Neste caso, consideram-se não somente os valores salariais dos funcionários, mas todos os recursos e investimentos necessários para garantir que ela esteja disponível e capacitada ao trabalho, considerando que a mesma esteja alocada a algum centro de custo onde aconteça alguma das operações de transformação.

Os gastos gerais de fabricação tratam-se dos custos gerados pela amortização, manutenção e controle de equipamentos ou operações fabris. Assim sendo, a empresa está dividida em Centros de Custos e cada um destes possui um custo / hora de trabalho. Por exemplo, uma determinada máquina de corte a laser possui um determinado custo para cada hora de trabalho, calculado em função dos custos de compra de consumíveis, manutenção e operação de todos os equipamentos deste centro de trabalho.

Para determinação do custo final de um produto são considerados, portanto, os seguintes fatores:

a) Quantidade e preço da matéria-prima utilizada na fabricação do produto. No caso da longarina de silo, não se pode considerar somente a quantidade de material da peça acabada, e sim a quantidade total de material que foi consumida para a sua fabricação. No caso da longarina é levada em consideração a perda ocasionada no corte, em virtude do processo de corte transversal não possibilitar que o blank fique no esquadro.

b) Quantidade de pessoas envolvidas no processo, o tempo que estas pessoas dedicaram-se à manufatura do produto e o custo que estes funcionários geram para a empresa por período de tempo.

c) O valor dos gastos gerais de fabricação de todos os centros de trabalho utilizados no processo, em função do tempo que cada um destes foi utilizado na fabricação do produto.

Considerando que o produto em questão é fabricado em diversos processos de fabricação, e que as máquinas para sua transformação são operadas por diversos colaboradores, e que o processo não segue um fluxo contínuo, pois o regime de produção é por batelada e o layout da fábrica é organizado por processo,

significa que a operação é transferida para o outro processo somente quando todas as peças do lote forem concluídas.

Assim para a obtenção do custo de produção de uma longarina de silo é necessária a multiplicação do tempo de cada processo pelo valor correspondente ao centro de custo onde a máquina que realiza a operação está ligada.

A partir dai é simples chegar ao custo do produto. Considerando o tempo de fabricação de uma longarina de silo e o custo operacional dos centros de custos por onde ela foi transformada, (Gastos gerais de fabricação somados à mão-de-obra) pelo período que a mesma foi transformada, o produto destes dois fatores nos permite chegar ao custo de manufatura do produto. Sendo assim, basta agregar ao resultado os custos da matéria-prima utilizada na fabricação produto e temos o custo final da peça. Estes são apenas os custos industriais, já que não pode ser utilizado como preço de venda. Este é definido através da adição de despesas financeiras, administrativas e de vendas, além do lucro objetivado para o produto.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

A utilização de tecnologias e o desenvolvimento de novos conceitos, processo denominado melhoria continua, permitem que sejam adotados novos processos industriais com o objetivo principal de reduzir os custos, de manter e melhorar a qualidade dos produtos. Esses foram sem dúvida o objetivo desse trabalho, que além de organizar o processo produtivo quer apresentar que a alteração é extremamente viável e um diferencial entre tantos processos produtivos.

2.1 PROCESSOS ATUAIS E SUAS CARACTERÍSTICAS

O processo produtivo dentro da empresa Kepler Weber é organizado por processos, assim equipamentos com as mesmas características são agrupados. Esse modelo de organização do processo produtivo é muito interessante quando a empresa possui uma variedade muito grande de peças e produtos.

Desta forma para a obtenção de uma longarina de silos são necessárias diversas máquinas distribuídas dentro da fábrica da empresa. Os equipamentos utilizados para a obtenção de uma longarina são: Linha de corte transversal, uma ponte rolante para 16 toneladas de capacidade de carga, uma guilhotina de 6 metros de comprimento, uma puncionadeira com mesa de 3 metros com reposição, e uma dobradeira de 6 metros.

Com o objetivo de simplificar o entendimento, será demonstrado o detalhamento das operações, considerando somente o processo de transformação. A localização das máquinas e a movimentação necessária entre elas, não serão consideradas neste momento, bem como os tempos de esperas para a utilização da ponte rolante e esperas relacionadas ao término de processamento de outro produto, pois afinal, esta fábrica é montada em um layout por processo.

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