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3.1. Breve introdução à Universidade do Minho e ao ILCH

Fundada no ano de 1973, a Universidade do Minho25 recebeu os primeiros

estudantes no ano letivo de 1975/1976. Hoje, a Universidade é reconhecida pela competência e qualidade dos professores, pela excelência da investigação, pela ampla oferta formativa graduada e pós-graduada e pelo seu alto nível de interação com outras instituições. Por estas razões, a UMinho é um agente central na região, uma importante referência nacional e um parceiro reconhecido no panorama europeu e global. Localizada no Norte de Portugal, a Universidade tem um campus na cidade de Braga e outro na de Guimarães. Esta universidade possui no total 11 escolas e institutos, entre os quais o Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH) está presente.

Segundo o estatuto do ILCH26, esta instituição remonta aos inícios da

Universidade do Minho, criada pelo Decreto-Lei n.º 402/73, de 11 de agosto, então designado por Unidade Científico-Pedagógica de Letras e Artes, tendo tomado a presente denominação com a aprovação dos Estatutos da Universidade, elaborados ao abrigo da Lei n.º 108/88, de 24 de setembro (Lei da Autonomia Universitária).

O ILCHadota como cor simbólica do instituto o azul-escuro e pertence a um "espaço por excelência de criação, difusão de conhecimento e inovação", apresentando também, os seus princípios como: "geração, difusão e aplicação do conhecimento, assente na liberdade de pensamento e na pluralidade dos exercícios críticos, visando uma sociedade mais justa e democrática"27. Usufrui de autonomia cultural, científica e pedagógica, bem como de uma autonomia administrativa e do direito de gerir livremente as quantias postas à sua disposição, sendo elas exercidas e delimitadas pelo disposto na lei, nos Estatutos da Universidade e nos presentes Estatutos.

Promovendo a criação e o desenvolvimento a nível cultural, científico e pedagógico, o ILCH tem por missão desenvolver o ensino e a investigação no campo das Letras, Artes e Humanidades, bem como promover a cultura humanística, o

25 Acedido via: https://www.uminho.pt/PT/uminho/Informacao-Institucional/Paginas/Historia.aspx (23/09/2017) 26Acedido via: https://www.ilch.uminho.pt/pt/Instituto/Documents/Estatutos_ILCH_09-05-18_aprovado.pdf (23/09/2017) 27 Acedido via: https://www.ilch.uminho.pt/pt/Instituto/Documents/Estatutos_ILCH_09-05-18_aprovado.pdf (23/09/2017)

desenvolvimento do pensamento crítico, a valorização da língua portuguesa e a construção de um ambiente multilinguístico na Universidade. Para além disso também tem por finalidade garantir o ensino, a investigação e outros serviços, no domínio das Letras e Ciências Humanas, das Artes e das Humanidades, prestando maior sentido à inovação e à interdisciplinaridade.

Os objetivos do instituto são assegurados por órgãos que tem como finalidade a direção, o desenvolvimento e a gestão das suas atividades, nas dimensões cultural, científica, pedagógica e de serviços, bem como a gestão administrativa e financeira. Sendo eles os: (a) Conselho do Instituto; (b) Presidente; (c) Conselho Científico e (d) Conselho Pedagógico. A par disso, existe um Conselho Consultivo, a quem compete o aconselhamento dos órgãos de governo no desempenho das suas funções e emitir parecer nos termos dos presentes Estatutos.

3.2. Os estudantes chineses em Portugal

De acordo com um estudo empírico elaborado pela Rede de Aconselhamento Europa/China (Latham e Wu, 2013), nos últimos anos verificou-se um aumento dos alunos estrangeiros nas universidades portugueses, entre os quais se destacam estudantes chineses, o que, como consequência, criou novos vínculos e dinâmicas entre os países. 28

Neste crescente interesse em estudar na União Europeia, Portugal surgiu como destino de eleição para a frequência de Universidade, destacando-se, também, um aumento no interesse pela língua portuguesa. Assim, as Universidades do Porto, Minho, Coimbra, Lisboa, ISCTE e o Instituto Politécnico de Leiria assumem-se como as instituições de ensino superior portuguesas que mais alunos chineses têm vindo a receber.29

Portugal é um país pequeno e de escassa densidade populacional, não dispondo de muitas Universidades, comparativamente ao que sucede com outros países europeus.

28 Acedido via: https://www.publico.pt/2016/01/04/sociedade/noticia/estudantes-estrangeiros-em-portugal-aumentaram-74-nos-

ultimos-cinco-anos-1719016 (12/11/2017)

Deste modo, o número dos estudantes chineses em Portugal apresenta-se claramente menor se comparado com o de outros países europeus.

No contexto da aproximação entre Portugal e a China, cada vez mais estudantes chineses escolhem a língua portuguesa como o seu curso universitário. Esta tendência traduz-se num número crescente de Universidades na China que oferecem cursos nesta área de ensino. Em Portugal, algumas Universidades também têm vindo a criar cursos para estudantes chineses. Para além da licenciatura em Estudos Orientais –

Estudos Chineses e Japoneses, o Departamento de Estudos Asiáticos do Instituto de

Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho abriu em 2008/2009, o Mestrado em Estudos Interculturais Português/Chinês: Tradução, Formação e Comunicação Intercultural, o primeiro mestrado em Portugal relacionado com a língua chinesa, dirigido tanto a estudantes portugueses de chinês como a alunos chineses de português.

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Segundo informação cedida pelo Conselho Pedagógico do ILCH31, no

Mestrado em Estudos Interculturais Português/Chinês: Tradução, Formação e Comunicação Empresarial – vertente português, o total de alunos inscritos, de nacionalidade chinesa, no 1.º ano foram: 6 (ano letivo 2012/2013), 4 (ano letivo 2013/2014), 9 (ano letivo 2014/2015), 7 (ano letivo 2015/2016) e 8 (ano letivo 2016/2017).

Na licenciatura Estudos Orientais: Estudos Chineses e Japoneses de acordo com a informação obtida pela Divisão Pedagógica da Universidade do Minho32, no 1.º

ano o número total de alunos de nacionalidade chinesa foram: 3 (ano lectivo 2014/2015), 9 (ano 2015/2016) e 11 (ano 2016/2017). No 2.º ano foram: 27 (ano letivo 2013/2014), 29 (ano letivo 2014/2015), 27 (ano letivo 2015/2016), 30 (ano letivo 2016/2017). No 3.º ano 4 (ano letivo 2013/2014), 2 (ano letivo 2014/2015), 3 (ano letivo 2015/2016) e 3 (ano letivo 2016/2017).

Desta forma com a crescente oportunidade de estudar em Portugal e a oportunidade de aprender a língua portuguesa, o aumento dos chineses tem aumentado gradualmente.

30 Acedido via: http://dea.ilch.uminho.pt/ (14/11/2017) 31 Acedido via-email no dia 10/10/2017)