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CAPÍTULO 5 – ANÁLISE TEXTUAL-DISCURSIVA DE FÁBULAS

5.4 Outras vozes

Achou-se pertinente, haja vista a inserção deste estudo numa perspectiva interdisciplinar, apresentar outros discursos que concernem ao tratamento dado às intervenções de um enunciador que constrói o seu discurso, uma vez que é responsável por ele.

Na perspectiva de Koch (2002, 61), ―todo texto é um hipertexto‖ porque se constrói na plurilinealidade, propondo sentidos múltiplos. A autora considera que as chamadas para as notas feitas no desenvolvimento do texto têm a função de ―links‖. Para ela, o leitor pode ler o texto sem fazer interrupções e fazer consultas às notas no final da leitura ou ainda às que lhe forem de maior interesse; o leitor pode até não as ler. A interrupção da leitura também pode acontecer à medida que o leitor precisar integrar a informação dada pela nota à leitura. Entende-se que, para construir o sentido do texto, o leitor da fábula milloriana não prescindirá das notas de rodapé, pois seu conteúdo é muitas vezes de valor metalingüístico e, em outros momentos, metadiscursivos, em que o narrador comenta a narração.

Numa perspectiva funcional da língua, a interrupção da seqüência textual para introduzir uma informação nova é dada por inserções parentéticas, entendidas como uma orientação para a construção do sentido, não importando se são sinalizadas por notas de rodapé ou por parênteses como sinal de pontuação; estes são aspectos formais que não são, obviamente, responsáveis pelos efeitos de sentido oriundos das estratégias discursivas empregadas na organização textual-discursiva de qualquer enunciado e, especialmente, do enunciado da fábula milloriana.

Uma vez que se considera a relevância dessa perspectiva para se ter uma visão mais ampla das estratégias discursivas usadas por Millôr Fernandes na fábula, encetou-se uma breve discussão sobre o trabalho funcionalista de Jubran (1999), contrapondo-o ao pouco produtivo estudo da gramática normativa.

Os parênteses são compreendidos por Jubran (op. cit., 131) como ―um dos recursos pelos quais os interlocutores articulam o texto falado, manifestando, na sua materialidade lingüística, as posições que assumem na situação de enunciação e o correlativo envolvimento

com o ato de fala que executam‖, uma vez que constituem ―marcas do processo formulativo- interacional‖ na superfície do texto e a interação verbal é resultante da prática de uma

competência comunicativa. As inserções parentéticas nos textos falados esclarecem avaliações que os interlocutores fazem da situação sociocomunicativa na qual estão

envolvidos, expondo como se dá o processo discursivo. Vale lembrar que se entende serem esses aspectos perfeitamente analisáveis nos textos escritos em análise neste trabalho, o qual se justifica: fala e escrita se valem do mesmo sistema lingüístico, apesar das especificidades de cada modalidade de uso da língua.

Jubran (op. cit., 133) propõe quatro grandes classes de parênteses, com base na perspectiva textual-interativa assumida por ela, e tais classes focalizam a construção tópica do texto, o locutor, o interlocutor e o próprio ato comunicativo. Ela ressalta que a descrição dos vários tipos de parênteses tem por base seu uso e funcionamento em situações de interação verbal. Não é nosso propósito aqui esmiuçar a tipologia proposta por essa pesquisadora, mas propor que às inserções parentéticas que emergem do texto de Millôr Fernandes seja dado um enfoque textual-interativo, de acordo com a base teórica de nossa investigação.

Enquanto a tipologia para o uso dos parênteses de Jubran (op. cit.) emerge de uma perspectiva funcional – a partir da qual estes são vistos no exercício das suas funções textual- discursivas –, a gramática normativa apresenta-os como um sinal cuja função principal é apontar a melodia, a entoação (Cunha & Cintra, 1985, 625). Para esses gramáticos, os parênteses devem ser empregados para intercalar, em um texto qualquer, indicação complementar, secundária, o que, a nosso ver, está em desacordo com uma perspectiva funcional, pois as inserções parentéticas constituem parte fundamental da construção do sentido do texto, aproximando os seus interlocutores na situação comunicativa em que dialogam: o texto é objeto de interação. Ainda segundo esses gramáticos, a intercalação de uma informação complementar serve para explicar ou mencionar uma circunstância de modo incidente, para fazer uma reflexão, um comentário à margem, uma nota emocional (Cunha & Cintra, 1985, 646). Para eles, são aspectos complementares escritos entre parênteses as referências a datas, a indicações bibliográficas; a citação textual; as indicações cênicas. Entendemos que tais aspectos se referem apenas ao uso formal desses sinais. Os gramáticos acrescentam, ampliando esse uso formal, que os parênteses também são usados para isolar orações intercaladas com verbos declarativos (Cunha & Cintra, 1985, 647). Com o fim de ilustrar as normas apresentadas, os gramáticos se utilizam de excertos literários em que não há contexto para uma análise das funções textual-interativas dos parênteses. Os excertos são apresentados como um simples recorte, em que a língua é vista de forma estanque.

Em Bechara (1999, 604-605), os parênteses são considerados ―sinais de comunicação

ou mensagem‖ e de ―pausa inconclusa‖, quando estão em função inconclusa, ou seja, ―quando as orações estão articuladas entre si‖. Bechara (op. cit., 612) nos chama a lembrar que os

parênteses ―assinalam um isolamento sintático e semântico mais completo dentro do

enunciado, além de estabelecer maior intimidade entre o autor e o seu leitor‖. Isso parece contraditório por este gramático admitir que o uso das inserções parentéticas pode ampliar a intimidade entre os interlocutores, em cujo contexto se vislumbra o entendimento do texto como evento de interação verbal, ao mesmo tempo em que diz se construir, por meio dessas inserções, um isolamento semântico, impossível sob o ponto de vista defendido nesta pesquisa, porque as informações contidas nas digressões contribuem largamente para a construção do sentido do texto.

Ao contrapor essas vozes, salienta-se a necessidade de se compreender que os elementos formais não abrangem os procedimentos empregados na organização do sentido do todo que é o texto e, de modo mais específico, a fábula, especialmente a milloriana. Embora não se tenha feito uso das perspectivas da Lingüística de Texto e do arcabouço funcionalista, entende-se que podem permitir uma análise satisfatória da língua em uso, em situação de interação, como se demonstrou nessa seção.

CONCLUSÕES

As formas de enunciar próprias da fábula milloriana são únicas e provêm de um investimento dispendido na construção do discurso fabular, subvertido a princípio por desprezar o caráter didático do gênero tradicional, mas reinventado por estar voltado às condições de produção cabíveis na atualidade, de acordo com as funções pragmáticas do texto, construto da interação verbal, em que narrador e leitor, interlocutores, mantêm uma relação de cumplicidade e cooperação, em que também se estabelecem relações de tensão. Afinal, o processo de constituição de um texto, em que muitos discursos estão em interseção, é dialógico, ou seja, dá-se na relação entre o enunciador e o enunciatário, que, na interação, interferem na construção do sentido do discurso.

Investigou-se a fábula como gênero discursivo, numa perspectiva sustentada pela compreensão de que a atividade de linguagem tem uma materialidade semiótica, heterogênea, dialógica e, por isso, bastante complexa. Para Bakhtin (1979, 279), a utilização da língua envolve toda atividade humana, em qualquer esfera, representando a variedade desse uso e a amplitude dessa atividade. É nesse contexto que se insere a fábula milloriana, como qualquer outro gênero que vem atender às necessidades sociocomunicativas dos indivíduos.

Entende-se que, ao propor uma análise do gênero fábula, constituído de uma maneira muito particular, como é a fábula milloriana, pôs-se em foco, prova da heterogeneidade da linguagem, as formas de enunciar como objeto de estudo da lingüística atualmente preocupada com as relações entre linguagem, discurso e gênero.

Ao se discorrer sobre os gêneros discursivos, as diversas concepções lingüísticas que se têm deles, a visão bakhtiniana acerca desses gêneros, as unidades textuais narrativas, a história, a composição e a organização da fábula e, sobretudo, da fábula de Millôr Fernandes, espera-se ter criado o contexto necessário à incursão por um estudo semiótico da interação verbal, que autoriza a investigação do discurso e do enunciado em conjunto com o estudo da enunciação. É possível assim comprovar que de fato os procedimentos textual-discursivos têm como suporte a enunciação, sem a qual o discurso não dispõe de condições para se organizar.

A análise empreendida neste trabalho permitiu o exame das relações entre enunciação e discurso sob as diversas formas de o narrador se manifestar, constituindo o que se concluiu ser a instauração de uma nova ordem discursiva para o gênero fábula. Para se proceder a uma análise produtiva desse gênero, como ocorre com qualquer outro, foi necessário entender os elementos que o constituem: o enunciado, seu estilo e sua composição.

As digressões avaliativas se mostraram instâncias profícuas à manifestação do narrador e não ocorrem somente no interior da narrativa. Embora não fosse o alvo principal desta investigação, não se pode negar outros procedimentos bastante peculiares à instauração da singularidade e da expressividade do sujeito. O título, o subtítulo – prototípico da fábula analisada – e a moral também constituem enunciados que possibilitam as digressões.

O fabulista é cotejado por uma série de gêneros que o precederam e, a partir disso, passa a dispor de diversas formas de representar a sua ação de linguagem, num contexto dado, em referência a qualquer objeto de sentido. Daí precisa fazer escolhas: o gênero mais adequado à ação de linguagem que pretende empreender, as formas discursivas e lingüísticas, de acordo com suas intenções comunicativas. O produtor de textos recorre a esse gênero, mas deve ter consciência da sua prática discursiva; sua produção verbal se organiza com base na forma como são determinadas as condições, a época em que vive e como ele a transforma.

Utilizando outras estratégias, o narrador representou um sujeito da enunciação, que tem um modo de dizer, a partir de um lugar social, de uma posição enunciativa, de condições de produção específicas. Ao nomear as personagens, o sujeito atribui-lhes um juízo de valor ou simplesmente cria um jogo de linguagem em que os elementos da tradição e da contemporaneidade sofrem uma interseção e disso decorre a intertextualidade. Numa relação evidente de interação com o leitor, o sujeito o convida a participar da construção do sentido instaurado na fábula, produto, portanto, de uma ação intersubjetiva. A expressividade da fábula milloriana revela justamente que essa ação subjetiva é preponderante para a compreensão que se deve ter dessa fábula.

Da análise, foi possível depreender que as estratégias empreendidas pelo fabulista na sua produção discursiva são ferramentas importantes para a construção do sentido do seu texto, sem as quais não se constituiriam os efeitos de humor, ironia e crítica. Esses procedimentos ora revelavam um sentido, ora o mascaravam, ora o simulavam, no espaço da intertextualidade, seja para se criticar o aspecto maravilhoso da fábula, seja para se questionar e avaliar o próprio fazer discursivo.

Ainda se concluiu que, de fato, uma nova ordem discursiva foi estabelecida para o gênero fábula, porque se identificou uma certa regularidade de estratégias que, ao se tornar significativa, direciona a compreensão desse fenômeno e, conseqüentemente, do próprio discurso. Essa ordem identifica um sujeito que enuncia inusitadamente, a partir de estratégias que o gênero passa a comportar, e que pode enunciar uma diversidade de proposições novas, usando procedimentos dos quais derivam efeitos de sentido. A forma que assume o enunciado

dá ao gênero fábula um estilo compositivo particular, na medida em que se torna coerente e é inserido na realidade concreta.

Acredita-se que os objetivos foram alcançados, embora não se tenha levado à exaustão a pesquisa, utopia necessária ao processo investigativo, que poderá encetar diversos estudos em que ao discurso, de um modo geral, e ao fabular, especificamente, seja dado um tratamento funcional, interativo, considerando os aspectos pragmáticos pertinentes às práticas discursivas. As concepções defendidas nesta pesquisa podem ser relevantes, ainda, na medida em que concorrem para a compreensão de como se dá a construção do sentido de um texto do qual emergem enunciado e estilo próprios.

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