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Outros serviços a integrar no Portal das Escolas: Web 2.0

O Portal das Escolas pretende fornecer aos utilizadores registados um conjunto de possibilidades de comunicação e colaboração que exigem a utilização de servidores e sistemas informáticos ágeis e fiáveis. Prevendo-se desde o início do funcionamento do Portal uma carga substancial de acessos, e antecipando o seu sentido crescente de desenvolvimento – quer em simples navegação e download de ficheiros quer no domínio do upload de recursos e publicação de posts – torna-se relevante equacionar a contratualização com fornecedores comerciais de alguns serviços a disponibilizar no Portal.

Entendido como uma mais valia do Portal das Escolas, o recurso aos serviços de empresas que comercializam aplicativos no domínio da comunicação e colaboração não deve no entanto deixar de atender a todos os aspectos envolvidos e aconselha um posicionamento negocial informado quer do ponto de vista técnico quer do ponto de vista legal.

É portanto central a definição de orientações e normas básicas para os fornecedores desses serviços. Estas orientações devem ser coerentes com o framework legal e ético enunciado anteriormente (a aplicação de políticas e processos claros de identidade digital e de garantia de privacidade) e deve contemplar diversos aspectos.

7.1) Serviços Web a integrar no Portal das Escolas

O desenvolvimento sustentado por princípios de qualidade, actualidade, robustez e fiabilidade dos serviços a disponibilizar pelo Portal das Escolas reclama o envolvimento de entidades fornecedoras de serviços Web de relevância no quadro actual e de representação em território nacional.

De igual modo, exige-se definir e seleccionar o conjunto de ferramentas e serviços que se considera vantajosos para disponibilizar aos utilizadores no Portal. Ainda que se considere a utilização do Portal, numa visão ampla, pela comunidade educativa de Língua e Expressão Portuguesa, para o exercício em causa entende-se adequado pensar explicitamente na comunidade escolar, professores, alunos e outros técnicos do palco escolar (elementos dos Serviços de Apoio Educativo, SPO’s, Acção Social escolar, Serviços Administrativos, Centro de Recursos).

Serviços Web

A identificação dos serviços e funcionalidades mínimas que se considera que deverão ser disponibilizadas ao utilizador do Portal, deverá ser pensada numa perspectiva evolutiva, na medida em que se prevê e se defende um desenvolvimento escalar, aferido de forma regulada pelos padrões de utilização que se irão registar em tal ambiente.

Num primeiro momento, considera-se vantajoso procurar fornecer a escolas, professores, alunos e outros técnicos educativos:

. Contas pessoais e institucionais de email em domínio específico do sistema educativo nacional, centralizado em torno do conceito de “educação” e organizado de forma democraticamente estabelecida entre os diversos fornecedores de serviços de email, permitindo assim que seja o utilizador a definir a entidade cujos sistemas pretende utilizar para a gestão da sua caixa de endereço electrónico. Uma abordagem descentralizada revela maior transparência ética nos processos de contratualização de serviços, da mesma forma que fornece ao utilizador empowerment e poder de decisão, estimulando de igual forma a sua responsabilidade pessoal.

. Serviços de comunicação síncrona como, por exemplo, chats com sistemas de VOIP e Vídeo, permitindo aos utilizadores do Portal que se encontram em utilização simultânea no Portal das Escolas estabelecerem comunicação em tempo real, na medida em que um dos objectivos de tal espaço será o estímulo à constituição de uma rede educativa activa, participativa e colaborativa, ampliando expansivamente as redes de trabalho presenciais.

. Serviços de suporte e alojamento de diversos tipos de ficheiros de texto, som, imagem e vídeo, no sentido de enriquecer e expandir o repositório de recursos educativos digitais que será, numa primeira fase, o benefício mais imediato que o Portal das Escolas traz aos seus utilizadores.

. Serviços de alojamento e partilha de ficheiros (texto, folhas de cálculo, questionários, suporte a apresentações, imagens, vídeos, calendário), estimulando a partilha de recursos, práticas e experiências entre utilizadores e sobretudo a construção partilhada de produtos e a colaboração na definição e gestão de tarefas, estimulando deste modo a valorização de uma dimensão de simetria e co-construção na aprendizagem entre pares.

. Serviços de suporte à criação e migração de páginas pessoais online (website e weblogs), numa vertente individual, colectiva e/ou institucional, fornecendo desta forma elementos que promovam a definição e partilha de uma identidade digital.

. Serviços para constituição e dinamização de grupos sociais e comunidades online, elementos fundamentais para a criação de um efeito de rede entre os diversos agentes das comunidades educativas, transcendendo-se assim o isolamento restritivo de uma visão “localizada” do domínio de acção mas promovendo e estimulando igualmente a formação de redes colaborativas de âmbito local que se constituem na sequência de contactos estabelecidos pela vivência no ambiente conjunto que o Portal das Escolas fornece.

. Serviços de gestão pessoal de informação e conteúdos, que integre elementos do processo pessoal do utilizador, a sua actuação online, bem como uma base de dados para ficheiros, websites (bookmarks) e outros links de interesse, os seus projectos, as suas comunidades, as suas avaliações, etc.

. Sistema de e-portefólio (profissional/de aprendizagem/grupo/institucional) com campos e áreas de estruturação definidas atendendo ao perfil de utilizador e com capacidade ampla para a gestão e o armazenamento de processos e produtos desenvolvidos no seu percurso profissional/educativo não apenas no contexto escolar mas igualmente em actividades educativas extra-escolares (ex: formação, clubes e projectos, actividades extra-curriculares, etc.).5

. Sistema de planificação e gestão de projectos, com organização e calendarização de tarefas e produtos a desenvolver; entende-se que o mesmo apresenta vantagem em ser associado a bases de dados nacionais integrativas de projectos educativos de âmbito colaborativo (em Área-projecto, Desporto Escolar, Projectos Educativos de Escolas, Projectos de Investigação e Desenvolvimento ligados ao Ensino Superior, Projectos no âmbito de programas internacionais, etc.) que pretendem ser desenvolvidos ou integrados por agrupamentos, escolas, grupos de professores, alunos e outros agentes educativos.

. Serviços de Video-conferência entre múltiplos utilizadores, à semelhança do serviço do Flash

Meeting facultados pela Open-University do Reino Unido.

Atendendo ao design transformacional que se prevê para o Portal e à visão faseada do desenvolvimento do mesmo, propõe-se a seguinte organização do processo de integração de tais serviços, bem como os serviços que se entende como fundamentais (serviços básicos) e complementares (serviços avançados):

5 Pela forte orientação educativa que tal ferramenta reveste, pela multiplicidade de utilizações que se prevê serem associadas à

mesma, tanto no suporte ao trabalho como elemento do processo de avaliação, por parte de professores e alunos, considera-se que o e-portefólio enquanto ferramenta Web deverá ser definido na sua estrutura e funcionamento pelo Ministério da Educação. Deste modo, que não se integra aqui com o mesmo estatuto que as restantes funcionalidades a contratualizar com entidades fornecedoras de serviços Web.

Figura 21: Serviços Web a integrar no Portal e respectivo faseamento

7.3.1) Standards a observar

i. robustez e estabilidade. Por forma a assegurar robustez e estabilidade é importante assegurar que os aplicativos inseridos no Portal estejam de acordo com os standards Web aceites e definidos pelo W3C (http://www.w3.org ) e IETF (http://www.ietf.org )

ii. acessibilidade e segurança Deve ser dada uma atenção especial aos standards relacionados com acessibilidades, privacidade e segurança.

Outros standards específicos de sites educacionais devem ser considerados relevantes tais como o

SCORM (http://www.adlnet.gov/Technologies/scorm) e IMS LD

(http://www.imsglobal.org/learningdesign). Adicionalmente o Portal poderá considerar suportar standards open stack tais como, por exemplo, o OpenID (http://openid.net) para aumentar a interoperabilidade e a experiência do utilizador.

iii. interface simplificado. O Portal das Escolas deve contemplar a possibilidade de single sign-on , permitindo ao utilizador (de acordo com o seu perfil) aceder a todas as ferramentas e funcionalidades existentes no Portal incluindo as que são disponibilizadas pelos fornecedores de serviços, através de um registo único.

iv. escalabilidade. É importante que o desenvolvimento do Portal das Escolas siga as necessidades emergentes das práticas dos utilizadores e, actuando conjuntamente com os fornecedores de serviços, implemente ou seleccione soluções que respondam adequadamente a essas necessidades. O mesmo espírito deve ser aplicado nas questões de robustez e estabilidade.

v. interoperabilidade e transferibilidade. É importante a possibilidade de interoperabilidade num nível apropriado e de transferibilidade dos conteúdos entre diferentes ferramentas e aplicações.

vi. registo de dados estatísticos de utilização. O Portal das Escolas deve permitir o registo dos dados dos utilizadores que permitam posteriormente a elaboração de estatísticas quer de utilização quer de desempenho do Portal. Mais uma vez se realça o imperativo da protecção dos dados dos utilizadores, bem como da adequada informação sobre a utilização dos seus dados.

O enunciado de princípios orientadores para fornecedores de serviços deverá ser usado na operacionalização desse fornecimento de acordo com os objectivos a que se destinam os aplicativos contratualizados.

VIII. FASEAMENTO E CENÁRIOS PROSPECTIVOS

DE IMPLEMENTAÇÃO