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Panorama da Superintendência Regional de Ensino Metropolitana C

1. A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA MINEIRO DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR NAS

1.2. Contextualização da rede de ensino

1.2.1. Panorama da Superintendência Regional de Ensino Metropolitana C

Como a SRE Metropolitana C corresponde ao recorte desta pesquisa, faz-se necessário descrever algumas informações sobre a referida regional.

A SRE Metropolitana C atende a 169 instituições da rede estadual distribuídas em 12 municípios, a maioria da Região Metropolitana de Belo Horizonte, sendo 159 escolas estaduais regulares, 8 Centros Estaduais de Educação Continuada (CESECs) e 2 Colégios Tiradentes da Polícia Militar4. É importante destacar que os Colégios Tiradentes não serão objetos de estudo nesta pesquisa, considerando que não fazem o lançamento dos dados no SIMADE, pois já possuem um sistema próprio específico de gestão e controle acadêmico que seguem as normas da Polícia Militar de Minas Gerais.

Pode-se localizar na figura 14 a abrangência da SRE Metropolitana C em relação ao estado de Minas Gerais.

4 Colégio Tiradentes da Polícia Militar é uma instituição militar de ensino público considerada

Figura 14 - Mapa da região atendida pela SRE-Metropolitana C e sua localização no estado de Minas Gerais.

Fonte: IBGE WWW.ibge.gov.br. Adaptado com base no mapa político do Estado de Minas Gerais.

A figura 15 apresenta o mapa e os municípios atendidos pela SRE Metropolitana C.

Figura 15 - Mapa da região atendida pela SRE Metropolitana C.

Na departamentalização por funções, a SRE Metropolitana C é composta por quatro diretorias: Diretoria Educacional A (DIRE-A), Diretoria Educacional B (DIRE- B), Diretoria de Pessoal (DIPE) e Diretoria Administrativa e Financeira (DAFI). Das quatro diretorias, as que fazem o uso efetivo e sistematizado do Sistema são as diretorias educacionais A e B.

Na superintendência, o Serviço de Documentação e Informações Educacionais (SEDINE), um setor da Divisão de Atendimento Escolar (DIVAE), subordinada à Diretoria Educacional A (DIRE-A), é responsável pelas orientações gerais sobre o SIMADE. O SEDINE, por se tratar de informações, é subordinado indiretamente à Superintendência de Informações Educacionais da SEEMG. Essa superintendência, juntamente com a Superintendência de Tecnologias Educacionais e a Superintendência de Avaliação Educacional compõem a Subsecretaria de Informações e Tecnologias Educacionais. A SEEMG, juntamente com as Superintendências Regionais, está criando estratégias para que todos os setores das SREs façam uso do SIMADE e o conheçam de forma que atenda a todos, de acordo com suas necessidades, pois sua plataforma foi desenvolvida para atender aos vários projetos da SEEMG.

A DIRE-A, por fazer o Planejamento do Atendimento Educacional, está sempre utilizando o sistema para extração de dados relativos a número de turmas existente nas escolas, número de alunos por turmas e em quais turnos a escola funciona. Além disso, a partir de 2012 todas as aprovações de turmas, em caso de aumento de demanda além da prevista no estudo do fluxograma escolar passaram a ser realizadas via SIMADE.

A DIRE-B faz o monitoramento do Projeto Aluno em Tempo Integral (PROETI) no SIMADE, acompanha e aprova as solicitações de turmas para alocar alunos com necessidades educacionais especiais e monitora outros projetos como o Aprofundamento de Estudos. A DIRE-B utiliza a base de dados do SIMADE para aquisição de dados referentes à quantidade de turmas e alunos matriculados para a aplicação das provas do Sistema Mineiro de Avaliação Escolar (SIMAVE) e a partir desses dados a SEEMG realiza o planejamento das despesas e envia para as escolas estaduais participantes os recursos para a impressão dos instrumentos avaliativos.

Entende-se que quem exerce o cargo de superintendente é responsável legal por todas as diretorias que compõem a SRE e corresponsável por todas as escolas

estaduais da respectiva circunscrição. Portanto, entende-se que deve partir desse gestor qualquer decisão e orientação sobre o compromisso dos diretores das escolas estaduais, em relação ao uso e disseminação dos dados do SIMADE, de forma que possa favorecer a tomada de decisão por parte dos Diretores, garantindo a eficiência do sistema.

Além das divisões, cargos e funções citadas, no quadro de pessoal da SEEMG existe a figura do analista educacional – inspetor escolar, um profissional responsável pela intermediação entre a escola e a SRE.

De acordo com o inciso IV, art. 13 da lei nº 7109/77 – estatuto do pessoal do magistério – são funções atribuídas aos inspetores: a inspeção, que compreende a orientação, assistência e o controle em geral do processo administrativo das escolas, e, na forma do regulamento, do seu processo pedagógico (MINAS GERAIS, 1977).

Quando há novas orientações a serem repassadas para as escolas, são os inspetores os responsáveis pelo trâmite das informações. Sendo assim, é necessário que este servidor tenha conhecimento conceitual de todos os projetos e políticas da SEEMG.

Em reunião para capacitação de 600 inspetores do estado de Minas Gerais, em 2012, a secretária de estado na época disse-lhes que a ideia da secretaria é:

(...) introduzir um novo modelo para inspetoria escolar para que esta função tenha cada vez mais caráter estratégico. A escola é um fato social complexo, e todas as esferas contribuem, interferem na sua realidade. Precisamos que todos os inspetores se debrucem sobre todas as atividades que envolvem a esfera escolar, que vão desde o pedagógico até o administrativo. (MINAS GERAIS, 2012).

Portanto, é necessário que o inspetor escolar esteja sempre preocupado com a veracidade de todas as informações da escola relativas à documentação, uma vez que é proposta da SEEMG que o SIMADE possa gerar documentações oficiais, e é necessário que esses inspetores tenham mais conhecimento do sistema, que é composto de informações pedagógicas e administrativas.

Os inspetores escolares têm cargo de dedicação exclusiva com carga horária de 40 horas semanais e, frequentemente, além de sua rotina padrão, realizam uma reunião semanal na SRE, onde recebem todas as orientações emanadas das

instâncias superiores. Em seguida, cada inspetor realiza reunião com os Diretores das escolas sob sua inspeção para repasse das informações e demais orientações.

Dessa forma, o processo de comunicação na hierarquia, entre o órgão central e as escolas, ou vice-versa, é mais ágil e sofre menos distorção ou ruídos. Assim, a SEEMG e a SRE conseguem um contato mais direto com as escolas sem a necessidade de se comunicar diretamente com os Diretores.