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PARA O FORTALECIMENTO DE UMA (CONS)CIÊNCIA EMANCIPADORA ' 01/05/2012 256 f MESTRADO ACADÊMICO em

SAÚDE PÚBLICA Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Biblioteca Depositária: BIBLIOTECA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFC

E-mail do autor: SBRIBOUS@HOTMAIL.COM Orientador: RAQUEL MARIA RIGOTTO

Banca Examinadora: LIA GIRALDO DA SILVA AUGUSTO, ALBA MARIA PINHO DE CARVALHO, RAQUEL MARIA RIGOTTO, SANDRA MARIA GADELHA DE CARVALHO

Palavras-chave: Saúde Coletiva. Ciências Sociais. Filosofia. Epistemologia Resumo: RESUMO O paradigma hegemônico de ciência, apesar de suas inquestionáveis contribuições à sociedade, encontra-se em meio a uma descrença ética e epistemológica crescente. Fruto de uma racionalidade que desprezou uma reflexão ontológica sobre sua práxis, contribuiu para criar novos e complexos problemas, colocando em risco a própria sobrevivência da humanidade. Na atual configuração social, temos problemas modernos para os quais não dispomos de soluções modernas. Tal situação tenciona para

a construção de uma nova forma de produção de conhecimentos, capaz de dar resolutividade às questões que a própria ciência moderna contribuiu para engendrar. Objetivou-se uma análise na dimensão praxiológica dos pressupostos teórico-metodológicos e sociopolíticos da pesquisa Estudo epidemiológico da população do baixo Jaguaribe exposta a contaminação ambiental em área de uso de agrotóxicos. Utilizou-se o estudo de caso como método, precedido do uso de grupo focal, entrevista em profundidade e entrevista semiestruturada como técnica. Para a análise do material qualitativo adotou-se a Análise de Discurso em conformidade com os pressupostos da Hermenêutica de Profundidade. Em meio à descrença epistemológica que desponta no horizonte do paradigma moderno, encontra- se a oportunidade para repensar novas práticas de atuação no processo de construção do conhecimento. Dessa forma, esse estudo buscou superar os modos simplificadores de compreensão do real a partir da conjugação de aportes epistêmicos complexos. Fez-se, portanto, transdisciplinar, ao tempo em que objetivou compreender os fenômenos em suas múltiplas acepções. Refutou a falsa neutralidade axiológica que historicamente favoreceu os interesses das classes hegemônicas, contribuindo para ampliar as desigualdades sociais. Preocupou-se com a destinação social do conhecimento que produziu, posicionando-se politicamente em favor das classes menos favorecidas. Nesse sentido, tinha no horizonte a elaboração de um conhecimento científico capaz de comungar com o saber popular, de forma horizontal e fraterna. Assumiu o compromisso de manter o permanente diálogo entre a pesquisa e os atores sociais dos territórios investigados, alimentando os processos de luta e resistência desses sujeitos. Assim, utilizou o conhecimento científico em favor da contra hegemonia no intuito de dar voz às experiências invisibilizadas pelo paradigma hegemônico de ciência. Faz-se presente a necessidade de elaboração de novos processos de trabalho em pesquisa, capazes de incorporar a dimensão da subjetividade e da incerteza. Capaz de reconhecer na incompletude do saber científico, a conjuntura favorável para a tessitura de novas relações com os saberes camponeses, indígenas e tradicionais.

5.1 PASCO, ADRIANA DIAS. PROGRAMA DE HONRA EM ESTUDOS E PRÁTICAS EM ECOSSOCIOECONOMIA: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A ZONA DE EDUCAÇÃO PARA O ECODESENVOLVIMENTO NA LOCALIDADE DE RIO SAGRADO MUNICÍPIO DE MORRETES (PR). ' 01/12/2011 115 f. MESTRADO ACADÊMICO em DESENVOLVIMENTO REGIONAL Instituição de Ensino: UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU Biblioteca Depositária: BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA

E-mail do autor: ADRIBBS@YAHOO.COM.BR Orientador: CARLOS ALBERTO CIOCE SAMPAIO

Banca Examinadora: PAULO HENRIQUE FREIRE VIEIRA, OKLINGER MANTOVANELI JUNIOR, CRISTIANE MANSUR DE MORAES Palavras-chave: Educ.Ecodesenvolvimento, Programa de Honra, Impactos territoriais.

Resumo: O processo de desenvolvimento vem sendo tratado historicamente sob uma ótica reducionista e economicista, privilegiando a acumulação individual e os ganhos de curto prazo em detrimento de uma análise cuidadosa acerca dos problemas socioambientais. Este padrão de desenvolvimento conduziu a uma crise civilizatória sem precedentes e que repousou suas bases de orientação na ciência moderna, de cunho ultra especializado e incapaz de subsidiar soluções para a crise criada pela sua própria dinâmica. Como alternativa a este modelo, tem-se a perspectiva do ecodesenvolvimento, que visa um equilíbrio mais justo entre questões econômicas, sociais e ambientais. E é a partir dos pressupostos teóricos e metodológicos deste novo estilo de desenvolvimento que criou-se em 2006 a Zona de Educação para o Ecodesenvolvimento (ZEE) na Micro-bacia Hidrográfica de Rio Sagrado, município de Morretes (PR), território que abriga cerca de 520 famílias, muitas delas em situação de vulnerabilidade econômica e social como demonstram os resultados do diagnóstico socioparticipativo.O território em questão integra a Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaratuba. Os principais objetivos desta ZEE são a manutenção dos modos de vida tradicionais e a preservação da biodiversidade. Imbricado neste espaço se implantou, nos anos 2009 e 2010, uma experiência de educação de honra pautada nos princípios da educação para o ecodesenvolvimento. Esta experiência objetivou facilitar o processo de hibridização de conhecimentos: promovendo a interação entre sabedoria popular e conhecimento científico com vistas à solução dos problemas socioambientais enfrentados pelas comunidades envolvidas. Assim, o presente trabalho traz a descrição da implantação do Programa de Honra em Estudos e Práticas em Ecossocioeconomia, avaliando as práticas interdisciplinares ocorridas no contexto desta experiência, bem como os impactos territoriais locais e desdobramentos supra-locais gerados. Trata-se de um trabalho qualitativo de pesquisa-ação participativa, que obteve como principal resultado a mensuração de transformações socioambientais ocorridas no território da Micro-Bacia Hidrográfica de Rio Sagrado seja por meio da criação e operacionalização de socioempreendimentos gestados pela comunidade; ou pela inserção e acesso da comunidade a esferas de governança locais e regionais.