CAPÍTULO 3. PLANO DE AÇÃO 53
3.1 PARCEIROS DO PROJETO 53
Durante o período de preparação deste trabalho foram identificadas entidades com as quais se poderiam estabelecer relacionamentos relevantes para o desenvolvimento do projeto QEAT. Considere-‐se a Tabela 3 que representa as entidades contactadas e as classifica de acordo com a definição de públicos citada por (Burns, O'connor et al. 2003).
PÚBLICOS ENTIDADES
Cientistas: Instituições científicas e de ensino, indústria e
governo.
Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto
Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto Mediadores: Comunicadores de ciência, jornalistas e
outros profissionais da comunicação, professores e agentes de opinião pública.
Associação Portuguesa de Comunicação de Nutrição Ciência 2.0
Decisores: Decisores políticos, instituições científicas e de
ensino.
Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável
Público atento: parte do público em geral, já interessado e
razoavelmente bem informado sobre ciência e atividades científicas.
Ordem dos Nutricionistas
Associação Portuguesa dos Nutricionistas Tabela 3 – Entidades identificadas para estabelecer parcerias
Para a concretização das parcerias foram conduzidas algumas entrevistas que, a título explorativo, pretenderam compreender como é que a comunicação das ciências da nutrição e alimentação é encarada no seio destas organizações; validar a relevância e a viabilidade do projeto; e aferir o interesse em participar num projeto com estas características. Estas entrevistas são resumidas nos pontos seguintes.
FCNAUP
A Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP) é uma instituição de ensino superior dedicada ao ensino das Ciências da Nutrição que partilha com o projeto a missão desenvolver iniciativas de comunicação de ciência, no sentido de tornar útil para a comunidade e a sociedade civil o conhecimento científico no domínio das ciências da nutrição.
A Presidente do Conselho Diretivo da FCNAUP, Maria Daniel Vaz de Almeida demonstrou, numa reunião presencial, interesse no projeto, para o qual mobilizaria a comunidade de docentes e investigadores, provando a relevância que atribui à iniciativa. O compromisso destes profissionais revela-‐se fundamental ao projeto, por “representarem a academia, a investigação científica e por estarem comprometidos com a confiabilidade e a credibilidade da informação”, referiu a Professora.
O incentivo ao sentido crítico dos próprios alunos foi outro dos principais benefícios identificados pela entrevistada, que sublinhou ser crucial uma articulação entre comunidade académica e sociedade civil em torno de temas relacionados com a nutrição e alimentação, em especial os mais controversos.
ON
A criação da Ordem dos Nutricionistas (ON) foi aprovada em 2011, com a missão de regular e supervisionar o acesso às profissões de nutricionista e dietista e o seu exercício, elaborando as normas técnicas e deontológicas, velando pelo cumprimento das normas legais e regulamentares das profissões e exercendo o poder disciplinar sobre os seus membros, no quadro de um regime disciplinar autónomo.
Durante uma reunião com o Pedro Miguel Pinto, assessor de comunicação da ON, foi evidente a partilha dos interesses com o projeto. À ON importa não só a transmissão de informação clara e fidedigna, já que a disseminação de desinformação pode ter impacto na confiança e reputação da profissão; mas também o incentivo aos nutricionistas, que devem encarar a comunicação das ciências da nutrição com empenho e responsabilidade.
Foi neste contexto de partilha de interesses mútuos que a ON considerou a possibilidade de atuar como um influenciador para a relevância do projeto, através da ativação da sua rede de membros.
APCN
A Associação Portuguesa para a Comunicação em Nutrição (APCN) é uma associação sem fins lucrativos, que tem como missão a comunicação de informação sobre nutrição e alimentação fidedigna, idónea e pertinente, de forma eficaz, eficiente e inovadora. A APCN conta com o contributo de diferentes profissionais da área da comunicação e da saúde, maioritariamente nutricionistas, mas conta também com assessores de comunicação, designers, psicólogos e médicos.
A APCN segue uma conduta de independência, transparência e rigor atestada pelos seus estatutos, onde está expresso que a associação não representa qualquer marca, indústria ou produto, e não age de acordo com qualquer partido ou campanha política. Para a simulação desta proposta de projeto, a APCN funcionará como o centro logístico do projeto, garantindo as funções de comunicação e todo o apoio administrativo na gestão do mesmo. Ainda, os elementos da APCN, pela sua essência de valências transversais desde as ciências da comunicação às ciências da nutrição, contribuirão como um pilar operacional do projeto, com vários membros distribuídos por todas as equipas.
Ciência 2.0
O Ciência 2.0 é um projeto de comunicação de ciência multiplataforma, desenvolvido na Universidade do Porto, que tem como objetivo fundamental promover um maior diálogo entre ciência e sociedade, abrindo ao público a possibilidade de participar com conteúdos de divulgação científica.
Foi o ambiente de jornalismo de ciência, com recurso a multimeios e poder de distribuição em órgãos de informação nacionais, que motivou o agendamento de uma reunião com o coordenador do projeto, José Azevedo. Inicialmente, o objetivo era integrar os jornalistas do Ciência 2.0 na coprodução conteúdos, mas a parceria nestes moldes ficou em aberto devido ao período de indefinição orçamental que o projeto atravessava à altura desta conversa.
O entrevistado validou a relevância do projeto “principalmente pela
atratividade dos temas de nutrição, que têm ainda muito espaço para crescer”, tendo
sido ainda referido que o interesse do público pela nutrição tem aumentado, comparativamente a temas que no passado detinham toda a atenção dos públicos de ciência, como a astronomia, ou a corrida espacial.
PNPAS e APN
As reuniões com o Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), programa prioritário de saúde da Direção Geral de Saúde e com a Associação Portuguesa dos Nutricionistas (APN) não se verificaram a tempo da elaboração deste trabalho. No entanto, reforça-‐se aqui que, por partilharem interesses, valores e objetivos com o projeto, devem ser considerados como parceiros para a sua implementação.