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Texto da Comissão Alteração

(c) Melaços produzidos como subproduto da refinação de cana-de- açúcar ou de beterraba sacarina desde que sejam respeitadas as melhores normas industriais para a extração do açúcar.

Suprimido

Justificação

O melaço é um subproduto da cana-de-açúcar utilizado na indústria agroalimentar, nomeadamente para a produção de levedura. A sua inclusão no anexo IX provocaria uma escassez de matérias-primas, apesar de as potencialidades não energéticas do melaço representarem uma valorização mais importante em conformidade com a hierarquia dos resíduos.

Alteração 285 Proposta de diretiva Anexo X – Parte A

Texto da Comissão

Parte A: Contribuição máxima de biocombustíveis líquidos obtidos a partir de culturas de géneros alimentícios ou de culturas forrageiras para o objetivo da UE no domínio das energias renováveis, a que se refere o artigo 7.º, n.º 1

Ano civil Quota mínima

2021 7,0% 2022 6,7% 2023 6,4% 2024 6,1% 2025 5,8% 2026 5,4% 2027 5,0% 2028 4,6% 2029 4,2% 2030 3,8%

PE597.755v02-00 160/440 RR\1141446PT.docx

PT

Alteração

Parte A: Contribuição máxima de biocombustíveis líquidos obtidos a partir de culturas de géneros alimentícios ou de culturas forrageiras para o objetivo da UE no domínio das energias renováveis, a que se refere o artigo 7.º, n.º 1.

Ano civil Quota mínima

2021 7,0% 2022 6,3% 2023 5,6% 2024 4,9% 2025 4,2% 2026 3,5% 2027 2,8% 2028 2,1% 2029 1,4% 2030 0%

RR\1141446PT.docx 161/440 PE597.755v02-00

PT

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS O desafio da descarbonização da economia em 2050

O Parlamento Europeu assumiu um compromisso relativo aos cidadãos europeus, à sua qualidade de vida e ao desenvolvimento económico e social.

Esta é a oportunidade de criar um quadro jurídico claro e eficaz que esteja em consonância com o objetivo de descarbonização da economia marcada pelo histórico Acordo de Paris, assinado em 2015 e em vigor desde novembro de 2016.

Na nova diretiva relativa à promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis, mais do que nunca, é necessário ser ambicioso e trabalhar em prol de uma energia limpa, segura, acessível a todos os cidadãos e criadora de emprego.

Europa: líder em energias renováveis?

O importante desenvolvimento atual e previsto do mercado das energias renováveis a nível mundial constitui uma oportunidade fundamental para as nossas empresas e para a criação de emprego de qualidade na União. É necessário aproveitar e promover a base de conhecimento tecnológico, estrutura industrial e profissionais qualificados, que permitiu desempenhar um papel importante no desenvolvimento pioneiro destas tecnologias a nível mundial.

A utilização de fontes de energia renováveis contribui também para aumentar a independência energética da União, reforçando a segurança energética e tornando-nos menos vulneráveis em relação a fornecedores de energia externos.

Nos últimos anos, assistiu-se a um abrandamento do investimento necessário para a descarbonização da economia da UE. Um exemplo disso é a desaceleração do investimento no setor das energias renováveis na Europa, que contrasta com os elevados níveis de investimento registados noutras regiões do mundo.

Rumo a um novo quadro regulamentar que promova as energias renováveis

Objetivo em linha com a descarbonização total até 2050: 35 % de energia proveniente de fontes renováveis

Embora acolha favoravelmente muitas das novas disposições apresentadas na proposta da Comissão, o relator lamenta a falta de ambição do objetivo estabelecido de 27 % de energia proveniente de fontes renováveis na União.

Importa salientar que o Conselho Europeu de outubro de 2014, que aprovou um objetivo em matéria de energias renováveis de, pelo menos, 27 %, se realizou antes da assinatura do Acordo de Paris.

Por outro lado, o objetivo global de 27 % não difere substancialmente do cenário de base, que ascenderia a 24,3 % em 2030 (cenário que não tem em conta a provável descida dos custos das tecnologias renováveis mais avançadas).

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PT

Convém igualmente mencionar que, em 2016, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução em que solicitava a fixação de um objetivo de, pelo menos, 30 % de energias renováveis, indicando que os objetivos devem visar um valor significativamente mais elevado.

Atualmente, mesmo o objetivo proposto pelo Parlamento Europeu é modesto em comparação com as necessidades de descarbonização da economia acordadas na COP21, colocando em risco não só a consecução dos objetivos de Paris, mas também a primazia da União Europeia no domínio da energia limpa.

De facto, vários Estados-Membros estão a estabelecer objetivos claramente superiores aos previstos para 2030.

IRENA (2016), por exemplo, indica que o objetivo de 36 % de energia proveniente de fontes renováveis a nível global até 2030 é não só possível, mas também necessário para limitar o aumento da temperatura média da Terra a 2 °C.

Face ao exposto, o relator propõe o estabelecimento de um objetivo vinculativo para a União de 35 % de energias renováveis no consumo final bruto de energia até 2030. Este objetivo mínimo deve ser alcançado com o esforço conjunto de todos os Estados-Membros, através da definição de novos objetivos nacionais vinculativos, incluindo no setor dos transportes.

Compromissos nacionais no âmbito da energia limpa

O êxito da atual Diretiva 2009/28/CE, no sentido de progredir efetivamente rumo a uma maior utilização de energias renováveis, deve-se, em grande medida, à clareza e certeza dos objetivos nacionais vinculativos.

Os objetivos vinculativos criam certeza para os investidores e reduzem as necessidades de apoio financeiro. Ademais, estabelecem uma nítida repartição de responsabilidades que permite a aplicação de medidas corretivas em caso de incumprimento.

Tendo em conta que a própria Comissão Europeia identificou a definição de objetivos nacionais vinculativos como o instrumento mais eficaz para a consecução dos objetivos no domínio das energias renováveis até 2020, é difícil aceitar que estes possam desaparecer. Um sistema baseado em contribuições nacionais voluntárias não dá um sinal claro de ambição.

Quadro para um apoio financeiro flexível, certo e com uma vocação europeia

Os critérios para o estabelecimento de regimes de apoio baseados no mercado promovem uma maior concorrência e reduzem os custos da promoção de fontes de energia renováveis (FER). Simultaneamente, é necessário garantir que os Estados-Membros possam tomar decisões sobre a sua diversificação tecnológica, tendo em conta fatores sociais, ambientais, geográficos e climáticos. Esta flexibilidade também contribui para reduzir os custos de integração no sistema energético das energias renováveis. Por conseguinte, o relator propõe a definição de princípios gerais comuns para os regimes de apoio às energias renováveis.

RR\1141446PT.docx 163/440 PE597.755v02-00

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