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1 – EIXO I – ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO-CONCETUAL Um percurso com história

CAPÍTULO 1- PARTE I – FASE DIAGNÓSTICA DE SITUAÇÃO

Consideramos a Fase Diagnóstica do estudo, como um ensaio, um momento preparatório, também ele empírico que nos permitiu inventariar inicialmente o material escrito de autoria de enfermeiros e que se revelou essencial para a compreensão global do fenómeno.

Neste capítulo damos a conhecer os passos empreendidos, durante o percurso da Fase Preliminar, no que se reporta a análise da informação obtida, no período correspondente a julho de 2006 a outubro de 2008.

A Divulgação do Conhecimento em Periódicos de Enfermagem e a Evolução da Profissão, em Portugal, no século XX e início do século XXI

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O rumo do trabalho desenvolveu-se em dois momentos chave, o primeiro correspondeu à Fase Diagnóstica da divulgação da escrita até à data das Provas Probatórias para submissão a Registo Definitivo da tese, que equivaleu à tomada de decisões metodológicas em relação ao material selecionado, constituindo o segundo momento.

1.1 - Procedimentos de busca das fontes e documentos

Quando iniciámos o trabalho, tínhamos uma ideia muito vaga do tipo de documentos a selecionar para estudo e a forma como os encontrar. Deste modo, havia que proceder a um Levantamento Documental o mais integral possível, Mas por onde começar?

Uma ideia que nos acompanhou desde muito cedo foi a de que teríamos de recorrer a diferentes fontes pela inexistência de uma única entidade responsável pelo Arquivo que aglutinasse toda essa informação.

Neste sentido, a estratégia utilizada consistiu na pesquisa na Internet no programa de busca PORBASE – Base Nacional de Dados Bibliográficos Coleção da Biblioteca Nacional – Títulos publicados em Portugal e que deram entrada por Depósito Legal com a palavra- chave Enfermagem, sem filtro cronológico.

Foi identificada uma lista com um total de 992 títulos, de diversos autores nacionais e estrangeiros.

Deste modo, selecionámos para estudo apenas documentos de autoria de enfermeiros portugueses, constituindo este o nosso universo.

Para a identificação dos documentos (Livros, Periódicos, Jornais, Teses de Doutoramento, Dissertações de Mestrado e Trabalhos de Investigação no contexto de Cursos de Especialização ou Projetos Profissionais e outros) definimos como critérios de seleção os seguintes pontos:

- Que fosse possível a identificação profissional (enfermeiro) e a nacionalidade Portuguesa;

- Que os assuntos tratados se enquadrassem na profissão e disciplina de enfermagem, em qualquer área de atuação do exercício profissional;

- No caso de Teses de Doutoramento ou Dissertações de Mestrado ou outros Trabalhos: . Que fossem realizados em Universidades públicas, particulares ou privadas nacionais ou estrangeiras;

Maria do Rosário Silvestre Machado Pág. 59 . Que os contextos da publicação pudessem ou não ser resultado de Teses de

Doutoramento, Dissertações de Mestrado, Trabalhos de Provas Públicas para Concurso para Professor Coordenador ou Professor Adjunto;

. Que fossem de autoria de autor, ou de editora, qualquer que fosse a entidade

responsável, podendo tratar-se ou não de uma Instituição ou Associação Profissional. Com estes critérios, após análise da lista geral, sinalizámos um total de 569 Títulos de autoria de enfermeiros portugueses e, assim, obtivemos a primeira ideia do volume, tipo e localização dos documentos.

Desta lista constavam as seguintes categorias de documentos: Teses de Doutoramento, Dissertações de Mestrado, Trabalhos de Provas Públicas de Concurso para Professor Coordenador, Professor Adjunto, Livros, Publicações Periódicas, Artigos, Textos, Sebentas, Traduções de Livros estrangeiros, cartas, cartazes, panfletos, entre outros.

Verificou-se que alguns Livros, Dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento não faziam parte desta lista, situação que ficou a dever-se ao facto dos serviços de Arquivo da Biblioteca Nacional apresentarem à data um atraso de seis meses a um ano.

Mesmo, assim, não desistimos de obter uma lista mais completa deste espólio documental, o que foi conseguido com o recurso a outras fontes e com o alargamento dos prazos inicialmente previstos para esta fase.

A síntese desta informação recolhida é representada nos quadros seguintes. Estes enumeram o Roteiro das fontes primárias e as estratégias seguidas em relação a colheita de dados, referentes às principais categorias de documentos: Dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento; Livros Publicados; Publicações Periódicas; Trabalhos de Provas de Concurso para a categoria de Professor Adjunto e Professor Coordenador.

O quadro que se segue refere as fontes e estratégias que utilizámos em relação às Dissertações e Teses, produzidas pelos enfermeiros nas Universidades nacionais ou estrangeiras.

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Quadro nº 1 – Roteiro das Fontes e Estratégias utilizadas no recenseamento de Dissertações e Teses entre julho de 2006 a dezembro de 2008

Fonte Chave

Fontes Primárias Localização das fontes e

estratégias de recolha de informação Tipo de Documentos Bi b li o te c a N a c ion al U n ive r si d ad e s Fontes Universidades

- Lisboa: Católica, Aberta, Clássica de Lisboa, Lusófona, Nova e Instituto Superior de Psicologia Aplicada;

- Porto: Universidade do Porto e Instituto Ciências Biomédicas Abel Salazar;

- Coimbra: Universidade de Coimbra e Instituto Superior Miguel Torga; - Universidade do Minho;

- Universidade da Beira Interior; - Universidade Évora;

- Universidade Algarve; - Universidade Funchal; e - Universidade Ponta Delgada.

Estratégias

Pesquisa na Internet

Consulta nos Repositórios e nos Centros de Documentação Contactos com responsáveis dos Centros de Documentação ou Bibliotecas

Contacto com Enfermeiros Doutorados e Mestres

Dissertações e Teses

Os livros técnicos e científicos, escritos por enfermeiros, constituíram, desde sempre, por excelência, os tipos de documentos mais utilizados para veicular o conhecimento, seja na sua forma escrita em português ou na forma de tradução, atingindo várias reedições, o que é demonstrativo do sucesso dos seus conteúdos. Assim, os livros publicados por editoras e ou outras instituições, bem como os livros de edição do próprio autor, foram outro tipo de documentos que fizeram parte deste processo de reconhecimento, cujas fontes e estratégias estão descritas no quadro seguinte.

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Quadro nº2 – Roteiro das Fontes e Estratégias utilizadas no recenseamento de Livros Publicados entre julho de 2006 a dezembro de 2008

Fonte

Chave Fontes Primárias

Localização das fontes e estratégias de recolha de informação Tipo de Documentos Bi b li o te c a N a c ion alSociedade Portuguesa de Livreiros e Autores Editoras Escolas Superiores de Enfermagem Ordem dos Enfermeiros Associação Católica dos Enfermeiros e Profissionais de Saúde Associação Portuguesa de Enfermeiros Sindicato dos Enfermeiros Portugueses da Zona Sul Sindicato dos Enfermeiros da Zona Norte Fontes Editoras:

FORMASAU, Quarteto, Fim de Século e Lusociência

Estratégias

Consulta de Catálogos Pesquisa on-line Consulta nos Centros de Documentação e Informação Contacto com colegas informantes chave e autores

Livros Publicados

Tal como afirmámos, anteriormente, as Publicações Periódicas constituem, em relação aos livros, o paradigma da informação escrita mais atualizada, mais curta, mais acessível e mais disponível, que os enfermeiros têm à sua disposição, quer como autores, na divulgação de trabalhos, quer como leitores.

Como autor, qualquer enfermeiro que pretenda publicar os seus trabalhos, basta submetê- los a uma comissão científica que analisará da sua pertinência de conteúdo técnico ou científico, de acordo com as regras de publicação.

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Enquanto leitores, a divulgação também está presentemente bastante mais facilitada, particularmente pelas redes de Internet ou através da aquisição de assinatura individual, ou por assinatura institucional. Porém, a dificuldade que muitas vezes se coloca é a interrupção de assinatura ou manter as coleções completas.

Deste modo, estes documentos, comparativamente com os anteriores, constituem a literatura preferencial entre os enfermeiros, muito embora reconheçamos que a oferta seja já substancial, e algumas das publicações tenham tiragens pequenas.

Quadro nº3 – Roteiro das Fontes e Estratégias utilizadas no recenseamento de Publicações Periódicas entre julho de 2006 a dezembro de 2008

Fonte Chave

Fontes Primárias Localização das fontes e

estratégias de recolha de informação Tipo de Documentos B ib li o te ca N a ci on a l

Directores das revistas

Escolas Superiores de EnfermagemOrdem dos Enfermeiros Hospitais Associação Católica dos Enfermeiros e Profissionais de Saúde Associação Portuguesa de Enfermeiros Sindicato dos Enfermeiros Portugueses da Zona Sul Sindicato dos Enfermeiros da Zona Norte Hemeroteca Municipal de Lisboa Fontes

Directores das revistas:Servir,

Informar, AESOP,

AconteceEnfermagem, Referência, (Re)encontro Néphros, Trajectos e Projectos, VitaEnfermagem, Enfermagem e Sociedade, O Cluny, Enfermagem em Foco, Ecos de Enfermagem e Revista Portuguesa de Enfermagem.

Escolas Superiores de Enfermagem:

Artur Ravara, Ângelo da Fonseca, Ana Guedes, Bissaya Barreto, Francisco Gentil, Imaculada Conceição, Lopes Dias, Calouste Gulbenkian de Braga, Cruz Vermelha Portuguesa, Maria Fernanda Resende, Santarém, Stª Maria, S. Francisco das Misericórdias, S. José de Cluny, S. João, S. João de Deus, S. Vicente de Paulo, Viana do Castelo e Vila Real.

Hospitais:

S. José e Instituto Português de Oncologia da Região Centro.

Estratégias

Contacto e consulta directa nos Centros de Documentação ou Bibliotecas das Escolas Superiores de Enfermagem, Hospitais, Associações profissionais e Sindicatos

Contacto com colegas informantes chave.

Publicações Periódicas

Maria do Rosário Silvestre Machado Pág. 63 Por último, o quadro que se segue reporta-se à descrição das fontes e estratégias utilizadas para o reconhecimento dos Trabalhos de Provas de Concurso para Professor, que à semelhança das Teses e das Dissertações são importantes para desocultar a produção dos Professores das Escolas, correspondendo também à exigência de progressão da Carreira Docente do Ensino Superior.

A integração do corpo docente das Escolas de Enfermagem na Carreira Docente do Ensino Superior representou mais uma etapa sobretudo ao nível da Disciplina de Enfermagem. O reconhecimento por parte da Academia, de que os docentes de enfermagem possuíam requisitos de admissão semelhantes aos seus congéneres, representou a confirmação social na mudança paradigmática ao nível da Formação e da Investigação. Esta mudança de estatuto e de papéis sociais conferiu-lhes o sentido de pertença institucional, bem como o acesso ao conhecimento científico, sendo-lhe reconhecida competência para desenvolver, supervisar e divulgar o seu próprio conhecimento, em circunstâncias académicas idênticas aos demais pares da academia.

Quadro nº 4 – Roteiro das fontes e estratégias utilizadas no recenseamento de

Trabalhos de Provas de Concurso para a categoria de Professor Adjunto e Professor Coordenador entre julho de 2006 a dezembro de 2008

Fonte Chave

Fontes Primárias

Localização das fontes e estratégias de recolha de informação Tipo de Documentos Bi b li o te c a N a c ion a l Escolas Superiores de Enfermagem Fontes Escolas Superiores de

Enfermagem: Santarém, Coimbra,

S. João, Maria Fernanda Resende, Calouste Gulbenkian de Braga, Viana do Castelo e Lopes Dias

Estratégias

Contacto directo com os Presidentes dos Conselhos Científicos e responsáveis dos Centros de Documentação e Informação das Escolas Superiores de Enfermagem

Contacto com colegas informantes chave. Trabalhos de Provas de Concurso para a categoria de Professor Adjunto e Professor Coordenador

Outras fontes de carácter informal foram também utilizadas, como sendo as provenientes de referências bibliográficas de trabalhos, contactos de colegas, como interlocutores, junto de algumas Instituições. De todo este conjunto de fontes e estratégias, foi possível atingir o objetivo que nos propúnhamos e que consistia na atualização dos dados recolhidos no site da Biblioteca Nacional. Todavia, esta recolha de dados nem sempre foi muito conclusiva,

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por não ser possível identificar os autores como sendo enfermeiros portugueses. Por vezes, a informação estava desatualizada e não foi disponibilizada em tempo útil.

Neste sentido, a estratégia de trabalho que selecionámos foi prolongar este período de consulta e recolha de dados até ao momento que tomaríamos a decisão final. Assim, pensámos em qual ou quais os tipos de documentos que constituiria o nosso material e fontes objeto de investigação, o que apresentaremos no capítulo seguinte.

1.2 - O Percurso – Informação recolhida e caraterização das fontes

Nesta secção apresentamos o resultado da informação recolhida e sua caracterização relativo às fontes da Base de Dados da BN e a outras fontes, correspondendo este percurso aos dois momentos que envolveram esta tarefa (afim de completar a informação, foi necessário a prorrogação do prazo previsto).

Os procedimentos que desenvolvemos em relação a todos os dados recolhidos consistiram na cópia e arquivo em vários ficheiros informáticos e em pastas arquivo, em suporte de papel, constituindo assim o nosso primeiro fundo documental.

No primeiro momento, os dados provenientes da pesquisa no site da Biblioteca Nacional foram organizados em oito ficheiros, constituídos por listas de identificação dos documentos.

O primeiro ficheiro é constituído pela lista dos 992 Títulos, no qual constou: o número de ordem, o autor, o título e a data de arquivo.

O segundo ficheiro foi organizado por referência bibliográfica, descrição física, tipo de documento, depósito legal e local de arquivo. Os restantes foram organizados segundo os tipos de documentos: Tese de Doutoramento, Dissertações de Mestrado, Livros, Publicações Periódicas e Trabalhos Provas de Concurso, de acordo com Instituição (Universidade; Instituto; Escola…), número de registo, data de publicação ou de registo, no arquivo na Biblioteca Nacional, título do documento, autor, depósito legal e editora. Este processo de Arquivamento Documental tornou-se bastante complexo e moroso, devido ao elevado volume de dados e permanente atualização do site da Biblioteca Nacional, dificultando a localização dos títulos, uma vez que sempre que era adicionado à lista anterior um novo título, a numeração atribuída passava a ser outra.

No segundo momento, da informação procedente de outras fontes, foi feita a validação da mesma sempre que se encontraram imprecisões. Esta validação constou do confronto das

Maria do Rosário Silvestre Machado Pág. 65 várias informações recolhidas, atualizando e completando as listas de títulos, no sentido de obter apenas uma lista única tanto mais completa possível. Deste modo, esta lista final foi considerada como adequada e suficiente por preencher os requisitos de exclusividade, exaustividade, fidedignidade e confiabilidade, assumindo que esta seria a nossa matriz principal de trabalho.

Seguidamente, passamos à descrição de toda esta informação, que apresentamos no quadro seguinte.

Na primeira coluna podemos observar que os maiores percentuais referem-se a Títulos de Dissertações de Mestrado e de Livros com 33,77% e 27,32%, respetivamente.

Com percentagens menores seguem-se com 8,27% a categoria de Textos; Traduções de Livros 7,56%; 5,64% Trabalhos de Provas de Concurso e 5,04%de Artigos publicados em revistas.

Na generalidade foram identificadas 37 Revistas e Jornais. Da lista constavam 21 Teses de Doutoramento.

Na segunda coluna constam os dados relativos após o seu refinamento, sendo possível reconhecer um total de 595 Títulos,(59,98%) de autoria de enfermeiros portugueses. Do total de 271 livros, que constam na primeira coluna, apenas foi possível identificar 82 de autoria de enfermeiros (observar na segunda coluna).

Foram identificadas um total de 26 Revistas e Jornais de Enfermagem.

Ao compararmos os dados relativos às duas colunas, verificamos que o maior percentual obtido continua a pertencer a Dissertações de Mestrado, sendo identificado um Título proveniente de outra área profissional.

Todos os Títulos de Doutoramento foram identificados como de Enfermeiros (21) em diversas áreas do conhecimento.

Estes resultados revelaram-nos que, do total dos documentos encontrados, no site da BN 40,02%, foram escritos por autores de diversas áreas profissionais (Médicos, Sociólogos, Assistentes Sociais e Fisioterapeutas). No entanto, houve outros em que não foi possível identificar a área profissional e constatámos que há ainda outros de autoria de alunos de enfermagem, de formação inicial.

Na terceira coluna os resultados obtidos representam o universo dos documentos identificados como sendo de enfermeiros portugueses num total de 730 Títulos.

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Após a consulta das outras fontes, já enunciadas anteriormente, constatámos que a categoria – Livros Traduzidos – foi a única que se manteve com a mesma percentagem, enquanto todas as restantes sofreram um acréscimo de 18,5%.

O maior percentual (48,21%) manteve-se na categoria de Dissertações de Mestrado, seguido de 20,54% de títulos relativos a Livros; 6,76% a Traduções de Livros e 4,24% de Teses de Doutoramento.

Quanto aos Textos, Cartazes, Conferências, Boletins e Manuscritos não foram identificados como sendo de autoria de enfermeiros.

Quadro nº 5– Distribuição de tipologia dos documentos encontrados entre julho 2006 a outubro de 2008

Fontes Biblioteca Nacional Outras

Áreas Profissionais Diversas Enfermeiros Enfermeiros

Tipos de Documentos Nº % Nº % Nº % Livros 271 27,32 82 8,26 150 20,54 Traduções de Livros 75 7,56 49 4,94 49 6,76 Revistas e Jornais 37 3,73 26 2,62 36 4,93 Artigos Publicados em Revistas 50 5,04 23 2,32 34 4,64 Teses de Doutoramento 21 2,12 21 2,12 31 4,24 Dissertações de Mestrado 335 33,77 334 33,67 352 48,21 Trabalhos/Cursos/ Provas de Concurso 56 5,64 56 5,65 66 9,04 Sebentas/Manuais/Dossiers/ Cadernos 15 1,51 4 0,40 12 1,64 Textos 82 8,27 - - Cartazes 30 3,02 Conferências 11 1,11 Boletins 8 0,81 Manuscrito 1 0,10 Total Geral 992 100,00 595 59,98 730 100,00

Toda esta informação permitiu-nos compreender melhor a extensão do fenómeno da divulgação escrita em enfermagem a nível nacional, possibilitando a tomada de decisão quanto à categoria dos documentos a estudar com base em fundamentos científicos.

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CAPITULO 2 – PARTE II – FASE EMPÍRICA

O presente capítulo representa o grande enfoque metodológico e conceptual do estudo, constituído pela fase principal Empírica, correspondente aos procedimentos decorrentes da tomada de decisão, de restringirmos a pesquisa apenas aos Periódicos de Enfermagem publicados, durante o século XX e inicio deste século.

Durante todo o percurso da Tese, tornou-se muito claro que, até ao momento, se tratava de um tema pouco ou deficientemente estudado entre nós, sendo, por isso, mesmo um critério de relevância, que contribuiria para um melhor entendimento dessa mesma realidade, comportando em si mesmo também alguns constrangimentos e limitações. A especificidade que envolveu esta realidade, bem como a ênfase que se pretendeu dar à descoberta de ideias e discernimentos constituíram os principais eixos do mesmo.

Um dos constrangimentos com que nos deparámos, logo no início da investigação, foi a que envolveu a recolha de dados referente ao recenseamento das Publicações Periódicas, no período selecionado, pois a pesquisa efetuada, na Fase Preliminar, apresentou-se muito sucinta e incompleta. Por conseguinte, tivemos necessidade de encetar um caminho semelhante para a complementaridade de dados, embora apenas se restringisse a este tipo de documentos (Publicações Periódicas nacionais).

Assim, e no sentido de dar continuidade a todo o processo, houve necessidade de estabelecermos um plano lógico com vista a obter a informação que possibilitaria encontrar respostas válidas às questões de investigação colocadas. Este plano revelou-se da maior importância como factor de controlo de potenciais fontes de enviesamento, que poderiam influenciar os resultados do estudo. Permitiu-nos ainda a forma de selecionar e analisar os dados, de forma a assegurar criteriosamente as variáveis, isolando as mais importantes e medi-las com precisão, procedimento que, na opinião de Wood e Haber, (1998) e Fortin (1999), garante a credibilidade dos dados.

2.1 - Contextualização Temporal

A ciência, enquanto modo de conhecimento, não é mais do que uma representação

intelectualmente construída da realidade, tendo como objectivo primordial a

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A investigação científica começa precisamente pela definição de problemas, susceptíveis de resolução através de uma actividade de pesquisa, isto é, de uma interrogação sistemática e coerente.

É a delimitação de um conjunto de problemas que, ao permitir a elucidação de regularidades, a formulação de leis, e a construção de modelos interpretativos, que se encontram na base da construção de um objecto próprio, através do qual as diferentes disciplinas pretendem aceder ao estatuto de ciência.

Após a definição do objeto de estudo e dos objetivos delineados, houve que decidir sobre qual o período de tempo que pretendíamos estudar e que se tornasse como suficiente e adequado.

A história da enfermagem, em Portugal, que dista desde a criação da primeira escola de

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