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4. REALIZAÇÃO DA PRÁTICA PROFISSIONAL

4.3. Participação na escola e relação com a comunidade

“Estimule os alunos a aprender e a aprender a ser na sua dimensão reflexiva, crítica, prática, criativa.”

(Cunha 2008, p.22) Assumir a responsabilidade de orientar a aula de apresentação à turma foi uma das primeiras decisões mais relevantes e marcantes na construção da minha identidade profissional. “Cada profissional é chamado a empenhar-se na construção da sua própria identidade profissional, e isso é sempre fundamental, mas, por outro lado, nunca suficiente, na medida em que a construção da identidade se releva como um processo equacionado a diversos níveis da complexa trama da estrutura social em que se enreda a capacidade de agência de cada sujeito. A construção da identidade profissional do professor está longe, pois, de ser uma obra solitária de uma vontade individual, ou um processo linear de crescimento pessoal e profissional, fruto de aquisição de conhecimento ou acumulação de experiencias. Ela resulta de um jogo complexo de processos de formação e socialização, que não descarta a ação social da pessoa de cada (candidato a) professor, e que, por isso mesmo, não pode ser reduzido a processos unidirecionais de transmissão, assimilação e reprodução social” (Graça, 2014, p.44). Fomos apresentados à turma como estagiários pelo PC, e embora não nos sentíssemos como tal, assumimos desde esse primeiro momento a posição de docente de EF. Tal sentimento de liderança, evidenciou-se enquanto fator positivo para o exercício das minhas funções, criando desde então uma facilidade no próprio controlo da turma.

Este primeiro momento não só serviu para conhecer de uma forma geral a turma com que privei ao longo de todo ano, mas também para realizar a minha apresentação enquanto professor-estagiário. Fora dado a conhecer a minha identidade pessoal e profissional, centrando-se sobretudo na passagem de informações relativas ao meu percurso académico e desportivo.

Nesta aula procedeu-se também ao preenchimento das fichas pessoais de cada aluno que nos permitiu não só fazer o enquadramento como a caracterização da turma em questão.

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4.3.2. Direção de turma

Relativamente à minha participação em contexto escolar exerci duas funções distintas. Uma das tarefas estava mais ligada à parte burocrática em contexto escolar que implicava o acompanhamento das tarefas de direção de turma e a participação nos conselhos de turma. A outra tarefa consistia na colaboração com o grupo de EF na promoção e operacionalização das diferentes atividades organizadas pelo grupo.

De acordo com a Portaria n.º 921/92 o diretor de turma é nomeado pelo diretor de entre os professores da turma, havendo sempre preferência por um professor que já tenha ocupado as mesmas funções na turma.

Assim, a função de diretor de turma tem como principais ações:

“Promover junto do conselho de turma a realização de ações conducentes à aplicação do projeto educativo da escola, numa perspetiva de envolvimento dos encarregados de educação e de abertura à comunidade;

Presidir às reuniões de conselho de turma, realizadas, entre outras, com

as seguintes finalidades:

 Avaliação de dinâmica global da turma;

 Planificação e avaliação de projetos de âmbito interdisciplinar;  Formalização da avaliação formativa e sumativa;

Elaborar e conservar o processo individual do aluno facultando a sua

consulta ao aluno, professores da turma, pais e encarregados de educação;

Promover um acompanhamento individualizado dos alunos, divulgando

junto dos professores da turma a informação necessária à adequada orientação educativa dos alunos e fomentando a participação dos pais e encarregados de educação na concretização de ações para orientação e acompanhamento;

Assegurar a adoção de estratégias coordenadas relativamente aos alunos

da turma, bem como a criação de condições para a realização de atividades interdisciplinares;

Também no decorrer deste ano letivo, participei de forma ativa acompanhando as funções de diretor de turma do PC, na turma que me fora

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atribuída (12ºano). Estas funções estavam sobretudo relacionadas com a manutenção organizada dos processos individuais dos alunos, a justificação de faltas, a atribuição de notas no final de cada período e com a realização do Projeto Curricular de Turma.

4.3.3. Colaboração nas atividades promovidas pelo grupo de Educação

Física

Relativamente à colaboração nas atividades desenvolvidas pelo grupo de EF da ESE, enquanto estudantes estagiários participamos no torneio de basquetebol 3x3, no dia do atletismo, no corta-mato escolar e ainda em algumas visitas de estudo de outras áreas de formação.

Em relação ao torneio de basquetebol 3x3, toda a sua organização ficou ao nosso encargo, executando funções relativas à gestão dos jogos, respetivos horários e espaços, e ainda à transmissão dos resultados para o secretariado. A realização de todas estas tarefas permitiu-nos perceber a importância de uma boa organização para o decorrer harmonioso dos jogos, nomeadamente através da rápida atuação enquanto organizadores, como foi no caso do cumprimento do horário da competição.

Auxiliamos ainda os alunos em situações duvidosas de arbitragem, o que implicava que a nossa atenção tinha que se redobrar, uma vez que era da nossa responsabilidade não só a pontuação e a organização das equipas, mas também o desenvolvimento do jogo propriamente dito.

Quanto ao corta-mato escolar este foi realizado no parque da cidade do porto, um parque público, com boas condições para a realização do evento. A nossa intervenção neste tipo de atividades começou ainda antes do corta-mato, uma vez que anteriormente decorreu um evento na comunidade escolar (ESE) intitulada como o dia do atletismo. Os alunos interessados em participar nestas atividades realizavam a sua inscrição junto de um local nomeado para este efeito, seguindo-se a organização dos alunos participantes por escalão. Postas todas estas formalidades os professores envolvidos nas atividades tinham a cargo diversas funções como: dar o tiro de partida, contabilizar e ordenar os alunos por classificação e por escalão, cronometrar, controlar e delimitar percursos da prova e zonas de chegada.

Ao contrário das provas dos escalões mais novos onde as nossas tarefas eram desempenhas facilmente, visto que os alunos chegavam razoavelmente dispersos, dando tempo para registar os dorsais sem grande confusão. À medida

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que os escalões iam subindo e a competitividade aumentando, a chegada à meta tornava-se mais confusa, sendo assim necessária uma atenção reduplicada. Posto isto, houve uma seleção dos que iam participar no corta-mato, seleção essa, feita através da classificação final do dia do atletismo. No corta-mato tinha como principal função acompanhar e motivar os alunos participantes na atividade.

Tais atividades, permitiram de certo modo aumentar a cumplicidade entre o nosso NE, os restantes docentes de EF e toda a comunidade escolar, dada, a constante interação com todos os elementos da ESE.

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