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CAPÍTULO IV: A PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA

IV. 3. Descrição e análise das atividades desenvolvidas durante a Prática de Ensino

IV. 3.5. Outras atividades extracurriculares

IV. 3.5.2. Participação no dia do patrono da Escola, Festejar o Pensamento,

Homenagear António Damásio

No dia 23 de novembro de 2016, na Escola António Damásio festejou-se o Pensamento14, como homenagem ao patrono da escola, o Professor Dr. António Damásio,

que efetuou a última intervenção da manhã e respondeu às questões dos alunos do Agrupamento de Escolas Santa Maria dos Olivais. Contámos ainda com a presença e intervenção do Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, em representação e substituição do Dr. João Mata, da Presidência da República.

13 Consultar Anexo XI. Exercício público de cidadania – A Terra treme, página 91.

50 SÍNTESE AVALIATIVA DA PES

Findado todo o processo, podemos, em jeito de conclusão, confirmar que perante um público-alvo heterogéneo as estratégias de diferenciação pedagógica se mostraram facilitadoras e motivadoras ao processo ensino-aprendizagem. O desenvolvimento e implementação das estratégias definidas surtiram efeito e acabaram por dar uma resposta positiva aos objetivos que tínhamos.

Os objetivos eram claros, perceber de que forma a implementação de um projeto de diferenciação podia ter implicações na motivação e, principalmente, na melhoria do aproveitamento dos alunos, bem como dar respostas a questões como: as práticas de diferenciação pedagógica permitirão aos professores adequar o ensino aos níveis dos alunos e maximizar as suas capacidades de aprendizagem? a motivação e os resultados dos alunos serão também beneficiados? e quais as vantagens e desvantagens da aprendizagem cooperativa no processo ensino-aprendizagem.

Concluída mais esta etapa, podemos retirar algumas ilações sobre as estratégias desenvolvidas e sua implementação e de que forma estas contribuíram para a concretização dos objetivos a que nos propusemos.

Durante a Prática de Ensino Supervisionada, vários foram os momentos de intervenção. Num primeiro momento, ao longo de todo o primeiro período, a observação das aulas lecionadas pela professora cooperante, foram vitais e de uma utilidade extrema, pois permitiram a recolha de informação relativa ao comportamento, à recetividade e, principalmente, aos ritmos de aprendizagem dos alunos. Todas as informações e observações recolhidas comprovaram a unicidade de cada aluno e os seus ritmos de aprendizagem distintos.

Colocadas em prática as metodologias delineadas quer para a turma do 8.º F, quer para a turma do 10.º S, esta última aquela em que debruçámos o nosso estudo, e verificando a evolução das classificações dos alunos, parece-nos também que as atividades propostas e todos os materiais didáticos utilizados contribuíram para a autonomia, cidadania e fundamentalmente para o desenvolvimento das competências geográficas dos alunos.

Também o feedback dos alunos foi positivo. Mostraram-se bastante motivados e satisfeitos com a adoção e utilização de estratégias e recursos diferentes dos que

51 habitualmente são utilizados. Mostraram-se agradados com o que diziam ser mentes mais abertas e a possibilidade de recorrer a novas tecnologias.

A evolução das classificações pode considerar-se bastante positiva, e com isso dizer-se que as práticas de diferenciação favorecem não só a motivação como a melhoria do aproveitamento dos alunos, na medida em que é possível adequar o ensino ao nível dos alunos, maximizando as suas capacidades de aprendizagem. Também foi possível constatar vantagens no desenvolvimento de trabalho cooperativo, os alunos, estabelecem relações próximas de confiança e partilha, ao mesmo tempo que desenvolvem capacidades de autonomia, que lhes permitem desenvolver a sua capacidade crítica, criativa e ao mesmo tempo cognitiva.

A grande conclusão que se retira deste estudo, é que ao serem aplicadas estratégias de diferenciação, numa sala de aula perfeitamente heterogénea, os alunos sentem-se mais motivados e aprendem mais, quão mais se tentar explorar as suas capacidades e interesses de acordo com os seus perfis de aprendizagem. Podemos, portanto, considerar que os objetivos a que nos propusemos para este trabalho foram alcançados.

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ANEXOS

Anexo I – Alunos matriculados por nível de educação/ensino e sexo, em Portugal

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