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3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA

3.2 Planejamento estratégico para agroindustrialização da ASPRUNE

3.2.2 Passo 2 – Análise dos ambientes internos e externos

entre as décadas de 1960 e 1970, por Albert Humphrey.

Com isso, foi construída a matriz “swot”4 da ASPRUNE, ferramenta utilizada para análise dos cenários internos e externos, com finalidade de otimização do desempenho do empreendimento no mercado.

As tomadas de decisões ocorreram por meio das técnicas de análises diretas e/ou cruzadas das variáveis, utilizando a dinâmica demonstrada nos quadros 06 e 07

Quadro 06 - Análise direta das variáveis

VARIÁVEIS ANÁLISE

Pontos Fortes - Facilidades

(são os caminhos sem obstáculos para fazer as oportunidades acontecerem)

Quais são atualmente os aspectos positivos internos da ASPRUNE ? Como aproveitá-los?.

Pontos Fracos - Fraquezas

(falta de forças para mudar uma deficiência)

Quais são atualmente os aspectos negativos internos da ASPRUNE na situação atual?

Como corrigi-los?

Oportunidades

(tudo que aparece sem esperar pode cobrir lacuna – algo que falta no Plano)

Quais as vantagens que a ASPRUNE tem em relação a outras associações que podem atrair interesses externos? Como aproveitá-las?

Ameaças

(tudo que pode impedir o bom andamento do empreendimento)

Que acontecimentos ou decisões externos podem prejudicar ou impedir o bom andamento da ASPRUNE? como evitá-los ou reduzir sua influência?

Fonte: Elaborado pela própria autora, 2017.

4 MATRIZ SWOT: o norte-americano Albert Humphrey elaborou a técnica de análise SWOT, quando

desenvolvia um projeto de pesquisa na Universidade de Stanford, usou dados da Fortune 500, uma revista que compõe um ranking das maiores empresas americanas. SWOT é a sigla dos termos ingleses Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças) que consiste em uma ferramenta de análise bastante popular no âmbito empresarial.

Quadro 07 - Análise cruzada das variáveis

VARIÁVEIS ANÁLISE

Forças e Oportunidades (estratégias ofensivas)

Tirar o máximo partido dos pontos fortes para aproveitar ao máximo as oportunidades detectadas.

Forças e Ameaças (estratégias de confronto)

Tirar o máximo partido dos pontos fortes para minimizar os efeitos das ameaças detectadas.

Fraquezas e Oportunidades (estratégias de reforço)

Desenvolver estratégias que minimizem os efeitos negativos dos pontos fracos e que em simultâneo aproveitem as oportunidades detectadas.

Fraquezas e Ameaças (estratégias defensivas)

As estratégias a adotar devem minimizar ou ultrapassar os pontos fracos e, tanto quanto possível, fazer face às ameaças.

Fonte: Autor desconhecido

As ferramentas utilizadas para a construção da matriz “Swot” da ASPRUNE foram reuniões, entrevistas formais e informais, assim como, questionários semiestruturados auxiliares.

Essa reunião foi realizada aos sócios, na residência de um dos associados, previamente agendada pela diretoria. Participaram 12 associados (Figura 14) dos efetivamente ativos, pesquisador e colaboradores, resultando no diagnóstico inicial para a análise do ambiente interno e externo da ASPRUNE.

Figura 14 - Reunião em casa de associado

Fonte: Registrada pela própria autora, 2017.

Inicialmente, foi apresentada carta de aceite oficial do desenvolvimento do projeto, após esclarecidas algumas dúvidas existentes sobre o produto dessa pesquisa, houve o aceite formalizado pela assinatura dos participantes.

Em seguida, foram feitas algumas considerações, pela pesquisadora, a respeito do desenvolvimento rural na Amazônia e a importância da agricultura familiar para essa conquista, assim como, esclarecimentos a respeito do significado de pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças e dos questionamentos demonstrados no quadro 06 desta dissertação.

Na sequência, os presentes foram convidados a iniciar a dinâmica em duplas (Figura 15) (na maioria em casais de sócios) e, posteriormente, ao preenchimento do questionário.

Figura 15 - Dinâmicas em duplas e preenchimento de questionários

Fonte: Registrada pela autora, 2017.

Com isso, foi solicitado aos sócios que numa folha de papel colocassem, na opinião deles, o que identificavam como pontos fortes e fracos da associação, assim como ameaças e oportunidades, após o término do prazo estipulado, foram discutidas as respostas (uma a uma) e o resultado acordado entre os sócios.

Em continuidade a dinâmica, foi distribuído aos sócios o questionário semiestruturado auxiliar, apresentado no apêndice C dessa dissertação, para preenchimento pelos sócios presentes.

Por meio dos resultados, e dentre as informações coletadas e compiladas foi construída a matriz Swot da ASPRUNE (Quadro 08).

Quadro 08 - Matriz Swot da ASPRUNE AMBIENTE INTERNO

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

Boa quantidade produzida;

Diversidade da produção;

Prática de Mutirão;

Buscam melhorias para a ASPRUNE;

Acesso a capacitações;

 Inexistência do registro da vigilância da ASPRUNE (SIM, SIE, SIF);

 Inexistência, inicial, do espaço físico para o manejo da produção;

 Área fisica da “sala de polpa” insuficiente;

 Poucos clientes;

 Inexistência, inicial, de infraestrutura e equipamentos adequados;

 Idade avançada de alguns associados;

 Pouco conhecimento sobre associativismo rural;

 Poucos sócios atuantes;

 Embalagem disponível com validade inferior a real;

 Acessibilidade deficitária de internet;

 Dificuldade de acesso aos serviços públicos disponíveis (financeiros e assistência técnica);

 Razoável individualismo dos associados;

 Dificuldade de acessar parceiros;

 Inadimplência das mensalidades;

 Custo de transporte para entrega dos produtos;

 Ausência de procedimentos administrativos (financeiros e estoque);

Fronteira entre dois municípios;

Novos mercados (hospitais, secretarias);

Participação em feiras;

Biovale (monocultura) - estabilização, interesse dos jovens;

Condições climáticas;

Pragas;

Sazonalidade dos produtos (entre safras);

Flutuações nos preços;

Excesso de burocracia administrativa;

Energia Elétrica instável nos ramais;

Elevado custo de transporte;

Telefonia deficitária na região;

Preço bom do principal cliente chamando atenção de outros fornecedores;

Fonte: Elaborado pela própria autora, 2017

O Processo de Elaboração do Diagnóstico foi analisado dessa forma:

O ambiente interno deve ser controlado pelos dirigentes da Associação que não são muito difíceis de serem entendidos, uma vez que ele é resultado das estratégias de atuação definidas pelos próprios membros do empreendimento.

Então, durante a análise, quando for percebido um ponto forte, ele deve ser ressaltado ao máximo; e quando for percebido um ponto fraco, o empreendimento deve agir para controlá-lo ou, pelo menos, minimizar seu efeito.

Já o ambiente externo está fora do controle da associação, uma vez que o que ocorre fora do empreendimento não depende deles. Mas, apesar de não poder controlá-lo, a associação deve conhecê-lo e monitorá-lo com frequência de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças. Evitar ameaças nem sempre é possível, no entanto pode-se fazer um planejamento para enfrentá-las, minimizando seus efeitos.

Por meio da análise “swot” cruzada verificou-se, nesse cenário rural, que um dos pontos fracos, no início desse projeto, era a inexistência do espaço físico coletivo, para o manejo da produção dessa associação, com a oportunidade surgida da liberação da verba pelo BNDES, essa associação utilizou estratégias do PE, transformando o ponto fraco em forte, e construíram a “sala de polpa”. Isso, também, foi possível pelo fato dessa associação ter como um dos pontos fortes a prática do mutirão, facilitando a imediata conclusão das obras.

E, mesmo com a pouca atuação de alguns e a idade avançada de outros, não enfraqueceu a realização de seus objetivos e metas. Apesar do pouco conhecimento do significado de associativismo rural, agiram em coletividade.