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Patrimônio de Referência (PR)

ESTRATÉGIAS DE GESTÃO

9.1 Capital Regulatório

9.1.1 Patrimônio de Referência (PR)

Em 28.02.2007, o Conselho Monetário Nacional aprovou alterações nas regras de definição e apuração do Patrimônio de Referência das instituições financeiras por meio da Resolução CMN 3.444/07. Em 01.03.2007, foi editada pelo BACEN a Circular 3.343/07, que dispõe sobre os procedimentos a serem adotados para solicitação de enquadramento de instrumentos de captação no Nível I e Nível II do PR.

O PR, para fins da verificação do cumprimento dos limites operacionais das instituições financeiras, é constituído pelo somatório do Nível I e Nível II, deduzidos os saldos dos ativos representados pelos seguintes instrumentos de captação emitidos pela instituição financeira: ações, instrumentos híbridos de capital e dívida, instrumentos de dívida subordinada e demais instrumentos financeiros descritos na Resolução CMN 3.444/07, art. 12 e art. 13, § 3º.

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As informações e saldos contábeis do Banco Votorantim não são incluídos, exclusivamente, nos demonstrativos de limites operacionais e documentos de gestão de riscos e na base de apuração do Índice de Basileia do Banco.

Tabela 33. Patrimônio de Referência

Nivel I

Capital Social

O Capital Social, totalmente subscrito e integralizado, de R$ 33.122.569 mil (R$ 33.122.569 mil em 31.12.2011 e 33.078.042 mil em 31.03.2011) do BB-Banco Múltiplo está dividido em 2.865.417.020 ações ordinárias representadas na forma escritural e sem valor nominal. A União Federal é a maior acionista, detendo o controle.

O aumento do Capital Social no período de 31.03.2011 à 31.03.2012, no valor de R$ 44.527 mil, decorreu do exercício do direito de subscrição de 1.496.831 bônus “C”.

O Banco poderá, independentemente de reforma estatutária, por deliberação e nas condições determinadas pela Assembleia Geral dos Acionistas, aumentar o Capital Social até o limite de R$ 50.000.000 mil, mediante a emissão de ações ordinárias, concedendo-se aos acionistas preferência para a subscrição do aumento de capital, na proporção do número de ações que possuírem..

Banco do Brasil S.A. 65 Reservas de Reavaliação

As reservas de reavaliação, no valor de R$ 4.709 mil (R$ 4.730 mil em 31.12.2011 e R$ 5.982 mil em 31.03.2011), referem-se às reavaliações de ativos efetuadas por empresas ligadas/controladas. No primeiro trimestre de 2012, foram realizadas reservas no montante de R$ 21 mil (R$ 259 mil no primeiro trimestre de 2011) decorrentes de depreciação, transferidas para a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Conforme Resolução CMN n.º 3.565/2008, o saldo remanescente será mantido até a data de sua efetiva realização. Para efeito de cálculo do Patrimônio de Referência, as Reservas de Reavaliação são excluídas do Nível I e adicionadas ao Nível II.

Reservas de Capital e de Lucros

Tabela 34. Reservas de Capital e de Lucros

1) No BB-Consolidado, os valores da Reserva de lucros e das Reservas estatutárias são de R$ 23.887.696 mil e R$ 20.391.134 mil, respectivamente, devido à eliminação do resultado não realizado de empresa controlada, no valor de R$ 228.446 mil.

A Reserva Estatutária para Margem Operacional tem por finalidade garantir margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações da sociedade e é constituída em até 100% do lucro líquido, após as destinações legais, inclusive dividendos, limitada a 80% do capital social.

A Reserva Estatutária para Equalização de Dividendos assegura recursos para o pagamento dos dividendos, constituída pela parcela de até 50% do lucro líquido, após as destinações legais, inclusive dividendos, até o limite de 20% do Capital Social.

Banco do Brasil S.A. 66 Ajustes de Avaliação Patrimonial

Tabela 35. Ajustes de Avaliação Patrimonial

Participação dos não Controladores

Tabela 36. Partcipação dos não Controladores

Ativo Permanente Diferido

Refere-se aos valores registrados no Ativo Permanente Diferido, deduzidos os ágios pagos na aquisição de investimentos, constituídos a partir de 02 de março de 2007.

Contempla, principalmente, os gastos de reestruturação da Empresa e os gastos efetuados, até 30.09.2008, em imóveis de terceiros, decorrentes de instalação de dependências, e com aquisição e desenvolvimento de sistemas.

Ajuste ao Valor de Mercado

Para efeito de cálculo do Patrimônio de Referência o saldo dos ganhos e perdas não realizados decorrentes do ajuste a valor de mercado dos títulos e valores mobiliários classificados na categoria “títulos disponíveis para venda” e dos instrumentos financeiros derivativos utilizados para “hedge” de fluxo de caixa, constituídos a partir de 02 de março de 2007, é excluído do cálculo do Nível I e incluído no Nível II..

Créditos Tributários excluídos do Nível I

Refere-se a créditos tributários registrados na contabilidade até 20.12.2002, inclusive os decorrentes de contribuição social sobre o lucro líquido relativos a períodos de apuração encerrados em 31.12.1998, com expectativa de realização superior a cinco anos.

Banco do Brasil S.A. 67 Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida – Nível I

Os Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida que atendam aos requisitos exigidos pela Resolução CMN n.° 3444/2007 podem compor o Nível I, desde que autorizados pelo Banco Central do Brasil, limitados a 15% (quinze por cento) do total do Nível I do PR.

Tabela 37. Bônus Perpétuos autorizados a compor o Capital Nível I

O montante de R$ 5.692.188 mil dos Bônus Perpétuos compõe o nível I do Patrimônio de Referência - PR (R$ 2.718.895 mil em 31.12.2011 e R$ 2.360.455 mil em 31.03.2011), em conformidade com a Resolução CMN n.º 3.444/2007.

Banco do Brasil S.A. 68 Nível II

Dívidas Subordinadas Elegíveis a Capital

Os Instrumentos de Dívidas Subordinadas que atendam aos requisitos exigidos pelo BACEN podem compor o Nível II, desde que autorizados pelo Banco Central do Brasil, limitados a 50% do PR Nível I.

Sobre os valores de instrumentos de dívida subordinada autorizados a integrar o Nível II do PR será aplicado redutor de acordo com o prazo remanescente de vencimento.

Tabela 38. Dívidas Subordinadas

Banco do Brasil S.A. 69 Deduções do Patrimônio de Referência

Instrumentos Financeiros Excluídos do PR

A partir de 02 de julho de 2007, são deduzidos do PR o saldo dos ativos representados pelos seguintes instrumentos de captação emitidos por instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

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Tabela 41. Série histórica do PR – Conglomerado Financeiro

Banco do Brasil S.A. 71 9.1.2 Patrimônio de Referência Exigido (PRE)

O Patrimônio de Referência Exigido (PRE) é o patrimônio exigido das instituições e dos conglomerados financeiros e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN, para fazer face aos riscos a que estão expostas, em função das atividades por elas desenvolvidas.

O PRE, de acordo com a Resolução CMN 3.490/07, é composto das parcelas a seguir:

onde:

PEPR = parcela referente às exposições ponderadas pelo fator de ponderação de risco a

elas atribuído;

PCAM = parcela referente ao risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira e em

operações sujeitas à variação cambial;

PJUR = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação de taxas de juros e

classificadas na carteira de negociação;

PCOM = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de

mercadorias (commodities);

PACS = parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de ações;

POPR = parcela referente ao risco operacional.

Nas tabelas abaixo, são apresentados o PRE do Conglomerado Financeiro e do Consolidado Econômico-Financeiro, por tipo de risco.

ܴܲܧ = ܲ

ܧܴܲ

+ ܲ

ܥܣܯ

+ ܲ

ܬܷܴ

+ ܲ

ܥܱܯ

+ ܲ

ܣܥܵ

+ ܲ

ܱܴܲ ,

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Banco do Brasil S.A. 74 9.1.3 Índice de Basileia (IB)

Em conformidade às recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, o BACEN estabeleceu limites operacionais a serem observados pelas instituições financeiras, dentre os quais destaca-se o Índice de Basileia (IB).

O IB, definido pela Circular BACEN 3.477/09, é apurado conforme a seguinte fórmula:

onde:

EPR = somatório dos produtos das exposições pelos respectivos FPR, apurado conforme a Circular BACEN 3.360/07;

F = fator aplicável ao EPR, nos termos da Circular BACEN 3.360/07.

O Comitê de Basileia recomenda que o IB mínimo seja de 8,0. No Brasil, a relação mínima exigida é dada pelo fator F, atualmente igual a 11,0.

O BACEN determina que as instituições financeiras devem manter, permanentemente, valor de PR superior ao valor do PRE, conforme Resolução CMN 3.490/07. Além disso, estabelece também que as instituições mantenham PR suficiente para fazer face ao risco

de taxa de juros das operações não incluídas na carteira de negociação (parcela RBAN),

chamada de margem de compatibilização do PR com o PRE, a qual é calculada conforme a fórmula abaixo:

onde:

PR = Patrimônio de Referência, calculado conforme Resolução CMN 3.444/07;

PRE = Patrimônio de Referência Exigido, apurado conforme Resolução CMN 3.490/07;

RBAN = capital para cobertura do risco das operações sujeitas à variação de taxas de

juros não classificadas na carteira de negociação, na forma da Resolução CMN 3.464/07.

As tabelas a seguir demonstram a evolução do Índice de Basileia, da parcela RBAN e da

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Tabela 45. Índice de Basileia e margem de capital - Conglomerado Financeiro

Banco do Brasil S.A. 76 9.2 Capital Econômico

O Banco do Brasil utiliza em seus processos internos de gestão de riscos o conceito de capital econômico. A tabela abaixo apresenta a exigência de capital econômico total, segregado por tipo de risco.

Tabela 47. Capital econômico

Apresentamos a seguir a exigência de capital econômico para risco de crédito, detalhada por macrossetores e por natureza da pessoa, sem considerar as operações do Banco Votorantim S.A.

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Na tabela abaixo, apresentamos a exigência de capital econômico para risco de mercado, por fator de risco, para o BB Consolidado.

Tabela 49. Capital econômico para risco de mercado por fatores de risco

Na tabela a seguir consta a exigência de capital econômico para risco operacional, por categoria de eventos de perda operacional. Para realização dos cálculos, foram incorporados os dados associados à severidade e à frequência dos eventos de perda, registrados na base de dados interna.

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