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Conforme referido na Nota 3.h), a PT Comunicações é responsável pelo pagamento de pensões de reforma e de complementos de pensões a empregados suspensos, bem como a empregados já reformados ou ainda no activo. Estas responsabilidades, estimadas com base em cálculos actuariais preparados por um actuário independente, são as seguintes:

a)Os empregados ou reformados oriundos dos CTT e contratados antes de 14 de Maio de 1992 têm o direito a rece- ber da Empresa uma pensão de reforma. Os empregados contratados após essa data encontram-se abrangidos pelo Regime Geral da Segurança Social. Os empregados suspensos recebem normalmente um valor igual a 90% do salá- rio-base anterior à suspensão do contrato de trabalho, estando previsto, em algumas situações, um incremento anual.

b)Os reformados e empregados ainda no activo oriundos dos TLP, contratados antes de 23 de Junho de 1994, têm direito a um complemento à pensão de reforma paga pelo Regime Geral da Segurança Social. Os empregados pré- -reformados têm igualmente direito a receber uma prestação equivalente a um montante entre 25% e 80% do seu salário-base na altura da pré-reforma, até que atinjam a idade de reforma definida pelo Regime Geral da Segurança Social. Após esta data, estes antigos empregados têm direito ao complemento de pensão. Os empregados suspensos recebem normalmente um valor igual a 90% do salário-base na altura da suspensão do contrato de trabalho, estando em algumas situações previsto um incremento anual.

Demonstrações financeiras consolidadas_ notas às demonstrações financeiras consolidadas

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c)Os empregados oriundos da TDP, contratados antes de 23 de Junho de 1994, têm direito a receber um comple- mento à pensão de reforma paga pelo Regime Geral da Segurança Social. Os pré-reformados têm igualmente direito a receber da Empresa uma prestação equivalente a um montante entre 25% e 80% do seu salário-base anterior à pré- -reforma, até que atinjam a idade de reforma definida pelo Regime Geral da Segurança Social. Os empregados suspensos recebem normalmente um valor igual a 90% do salário-base na altura da suspensão do contrato de tra- balho, estando, em algumas situações, previsto um incremento anual.

d)Os empregados oriundos da Companhia Portuguesa Rádio Marconi, SA (“Marconi”, uma empresa incorporada na PT Comunicações em 2002), contratados antes de 1 de Fevereiro de 1998, têm direito a receber da Caixa Marconi uma pensão de reforma, bem como dois complementos adicionais (Marconi Fundo de Melhoria e Marconi Fundo Complementar). Os empregados contratados após essa data não têm direito a estes benefícios dado que se encon- tram abrangidos pelo Regime Geral da Segurança Social.

e)No momento da passagem à reforma, a PT Comunicações paga uma gratificação de valor fixo a cada empregado, em função dos anos de serviço.

Os empregados da PT SI que foram transferidos da PT Comunicações ou da Marconi, e que estivessem abrangidos por algum dos planos de benefícios de reforma acima referidos, mantêm tais benefícios.

Os estudos actuariais destes planos de benefícios de reforma foram elaborados com referência a 30 de Junho de 2006 e 2005 e 31 de Dezembro de 2005 por actuários independentes, com base no Projected Unit Credit Unit, utili- zando os seguintes pressupostos e bases técnicas actuariais:

30 Jun 31 Dez

2006 2005 2005

Taxa anual de rendimentos dos fundos de longo prazo 6,00% 6,00% 6,00%

Taxa anual de desconto das responsabilidades com pensões 5,00% 5,75% 4,50%

Taxa anual de desconto das responsabilidades com salários de pré-reformados 4,25% 4,00% 3,50%

Taxa anual de crescimento salarial 3,00% 3,00% 3,00%

Taxa anual de crescimento das pensões 2,00% 2,00% 2,00%

Taxa de inflação 2,00% 2,00% 2,00%

A taxa anual de desconto foi estimada com base nas taxas de rendimento de longo prazo à data de balanço para maturidades equiparáveis às das responsabilidades.

A taxa anual de rendimento dos fundos a longo prazo foi estimada essencialmente com base em informação histó- rica sobre a rentabilidade das várias classes de activos em carteira, na evolução expectável da composição da carteira de activos e em indicadores de mercados financeiros usualmente considerados neste tipo de análises.

Adicionalmente, os pressupostos demográficos considerados nos estudos actuariais em 30 de Junho de 2006 e 2005 foram os seguintes: Tábuas de mortalidade Activos e pré-reformados Homens AM (92) Mulheres AF (92) Pensionistas:

Homens PA (90)m – deduzido de três anos

Mulheres PA (90)f – deduzido de três anos

Tábua de invalidez: Swiss Reinsurance Company Rotação de empregados: Nula

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De acordo com os citados estudos actuariais, as responsabilidades projectadas e o valor de mercado dos fundos de pensões em 30 de Junho de 2006 e 31 de Dezembro de 2005 eram como segue:

euros

30 Jun 2006 31 Dez 2005

Valor actual das responsabilidades projectadas da PT Comunicações e da PT SI

Pensionistas, sobreviventes e pensões a pré-reformados e suspensos 2.390.064.770 2.544.743.313

Salários e prémios a pré-reformados e suspensos 892.671.069 964.731.000

Activos 668.036.000 729.350.000

3.950.771.839 4.238.824.313

Valor de mercado dos fundos (2.208.602.712) (2.200.172.000)

Valor actual das responsabilidades não financiadas 1.742.169.127 2.038.652.313

Em 30 de Junho de 2006 e 31 de Dezembro de 2005, as responsabilidades não financiadas com pensões foram reconhecidas no balanço na rubrica “Benefícios de reforma” do passivo não corrente.

Em 30 de Junho de 2006 e 31 de Dezembro de 2005, a composição dos fundos de pensões por natureza dos investi- mentos era como segue:

30 Jun 2006 31 Dez 2005

Euros % Euros %

Acções (i) 932.116.856 42,2% 798.928.907 36,3%

Obrigações 700.126.814 31,7% 757.849.915 34,5%

Imobiliário (ii) 263.760.081 11,9% 251.229.324 11,4%

Fundos de investimento imobiliário 5.071.276 0,2% 64.249.610 2,9%

Disponibilidades, contas a receber e outros activos de curto prazo 307.527.685 13,9% 327.914.244 14,9%

2.208.602.712 100,0% 2.200.172.000 100,0%

(i) Em 30 de Junho de 2006 e 31 de Dezembro de 2005, esta rubrica inclui investimentos em acções da PT e de partes relacionadas, como segue:

30 Jun 2006 31 Dez 2005

Número de acções Euros Número de acções Euros

Telefónica 8.928.305 116.246.531 8.928.305 113.478.757 Banco Espírito Santo 13.107.904 138.157.308 7.864.744 106.960.518 Portugal Telecom 3.889.922 36.722.864 3.879.192 33.167.092

291.126.703 253.606.367

(ii) Em 30 de Junho de 2006, esta rubrica inclui imóveis arrendados ao Grupo que representam cerca de 97% do valor das propriedades de investimento detidas pelos fundos.

Durante o primeiro semestre de 2006, o movimento ocorrido nos activos dos fundos de pensões foi como segue:

euros

Saldo inicial dos activos dos fundos de pensões 2.200.172.000

Rendimento real dos fundos 26.591.000

Pagamento de benefícios (66.893.000)

Contribuições efectuadas pela PT Comunicações 46.795.000

Contribuições dos empregados 1.938.000

Saldo final dos activos dos fundos de pensões 2.208.603.000

A composição do custo com pensões nos primeiros semestres de 2006 e 2005 é como segue:

euros

2006 2005

Custo com o serviço do período 11.268.000 9.943.500

Custo financeiro do período 87.533.000 96.878.000

Rendimento estimado dos fundos (65.404.000) (60.336.500)

Ganhos com serviços passados (14.642.000) (14.755.500)

18.755.000 31.729.500 Custos com pré-reformas, reformas antecipadas, suspensões de contratos e outros 11.961.800 79.856.701

Custo com pensões 30.716.800 111.586.201

Os ganhos com serviços passados estão relacionados com a alteração da fórmula de cálculo dos benefícios de reforma para funcionários públicos, de 90% do último salário, para 90% da média dos três últimos salários. Os empregados da PT Comunicações, contratados originalmente pelos CTT antes de Maio de 1992, são equiparados a funcionários públicos e por conseguinte as alterações acima mencionadas afectam o cálculo das responsabilidades com estes empregados.

Os ganhos e perdas actuariais resultam essencialmente da alteração dos pressupostos actuariais ou das diferenças entre esses mesmos pressupostos e os dados reais, e são reconhecidos directamente no capital próprio na Demonstração de Ganhos e Perdas Reconhecidas. O movimento nas perdas actuariais acumuladas líquidas durante o semestre findo em 30 de Junho de 2006, foi como segue:

euros

Saldo em 31 de Dezembro de 2005 1.653.137.579

Alteração de pressupostos actuariais (247.027.288)

Diferenças entre os dados reais e os pressupostos actuariais assumidos relacionados com os activos do fundo 38.813.524

Saldo em 30 de Junho de 2006 (Nota 38.6) 1.444.923.815

No primeiro semestre de 2006, a alteração de pressupostos actuariais corresponde ao aumento da taxa anual de des- conto de 4,50% para 5,00% para as responsabilidades com pensões e de 3,50% para 4,25% para as responsabilidades com salários. No primeiro semestre de 2005 não ocorreram alterações nos pressupostos actuariais.

Cuidados de saúde

Conforme referido na Nota 3.i), a PT Comunicações é responsável pelo financiamento dos planos de saúde aplicá- veis aos seus empregados activos, com suspensão de contrato, pré-reformados, reformados e aposentados, bem como aos respectivos familiares elegíveis.

Este plano de saúde patrocinado pela PT Comunicações abrange todos os empregados contratados até 31 de Dezembro de 2003 e os empregados contratados pela Marconi até 1 de Fevereiro de 1998. Alguns empregados da PT SI que foram transferidos da PT Comunicações são igualmente cobertos por este plano.

Para o financiamento do plano de saúde contribuem:

> os beneficiários titulares (beneficiários de algum dos regimes de saúde anteriormente vigentes na Empresa), com 1,5% dos ordenados;

> o Serviço Nacional de Saúde (“SNS”), com uma contribuição por cada beneficiário do plano (Nota 23), que em 2006 será de 325,74 euros; e

> a PT Comunicações, com o valor remanescente necessário à cobertura da totalidade dos custos, através de con- tribuições anuais para a PT ACS ou através de fundos autónomos constituídos para o efeito.

9.2

As avaliações actuariais destes planos são preparadas por actuários independentes, tendo os estudos reportados a 30 de Junho de 2006 e 2005 e 31 de Dezembro de 2005 sido realizados com base no Projected Unit Credit Method, utilizando os seguintes pressupostos e bases técnicas actuariais:

30 Jun 31 Dez

2006 2005 2005

Taxa anual de rendimentos dos fundos a longo prazo 6,00% 6,00% 6,00%

Taxa de crescimento dos custos com saúde

Próximos 3,5 anos 3,50% 3,50% 3,50%

Anos seguintes 3,00% 3,00% 3,00%

Taxa de actualização 5,00% 5,75% 4,50%

Taxa anual de crescimento salarial 3,00% 3,00% 3,00%

Taxa de inflação 2,00% 2,00% 2,00%

A taxa anual de desconto foi estimada com base nas taxas de rendimentos de longo prazo à data do balanço para maturidades equiparáveis às das responsabilidades.

A taxa anual de rendimento dos fundos a longo prazo foi estimada essencialmente com base em informação histó- rica sobre a rentabilidade das várias classes de activos em carteira, na evolução expectável da composição da carteira de activos e em indicadores de mercados financeiros habitualmente considerados neste tipo de análises.

Os pressupostos demográficos considerados nos estudos actuariais para 2006 e 2005 foram os seguintes:

Tábuas de mortalidade Activos e pré-reformados

Homens AM (92)

Mulheres AF (92)

Pensionistas:

Homens PA (90)m – deduzido de três anos

Mulheres PA (90)f – deduzido de três anos

Tábua de invalidez: Swiss Reinsurance Company Rotação de empregados: Nula

Com base nos estudos actuariais, a responsabilidade projectada com cuidados de saúde e o valor actual dos fundos em 30 de Junho de 2006 e 31 de Dezembro de 2005, é como segue:

euros

30 Jun 2006 31 Dez 2005

Valor actual das responsabilidades projectadas 856.244.075 912.807.431

Valor de mercado do fundo de pensões (607.988.000) (315.576.000)

Valor actual das responsabilidades não financiadas 248.256.075 597.231.431

No primeiro semestre de 2006, a Empresa efectuou uma contribuição adicional de 300 milhões de euros para o fundo afecto à cobertura de responsabilidades com cuidados de saúde. Este fundo autónomo é gerido pela PT Prestações de acordo com uma política de investimentos definida pelo Grupo em consonância com o venci- mento das responsabilidades cobertas. Adicionamente, a PT pagou à PT ACS o montante de 15.624.841 euros (líquido das contribuições do SNS), relacionado com as despesas de saúde incorridas com os reformados.

Em 30 de Junho de 2006 e 31 de Dezembro de 2005, as responsabilidades não financiadas com cuidados de saúde foram reconhecidas no balanço na rubrica “Benefícios de reforma” no passivo não corrente.

Em 30 de Junho de 2006 e 31 de Dezembro de 2005, a composição do fundo autónomo afecto à cobertura de respon- sabilidades com cuidados de saúde, por natureza de investimentos, era como segue:

euros 30 Jun 2006 31 Dez 2005 Valor % Valor % Acções 222.345.659 36,6% 105.516.357 33,4% Obrigações 272.118.554 44,8% 128.302.463 40,7% Commodities 45.864.016 7,5% 39.685.738 12,6% Carteiras de moeda 37.873.845 6,2% 39.237.410 12,4%

Disponibilidades, contas a receber e outros activos de curto prazo 29.785.926 4,9% 2.834.032 0,9%

607.988.000 100,0% 315.576.000 100,0%

Durante o primeiro semestre de 2006, o movimento ocorrido nos activos deste fundo foi como segue:

euros

Saldo inicial dos activos do fundo 315.576.000

Rendimento real dos fundos (7.588.000)

Contribuições efectuadas pela PT Comunicações 300.000.000

Saldo final dos activos do fundo 607.988.000

O detalhe das componentes do custo relacionado com cuidados de saúde pode ser analisada como segue:

euros

2006 2005

Custo com o serviço do período 3.530.500 2.585.500

Custo financeiro do período 20.123.000 19.404.000

Rendimento estimado dos fundos (18.468.000) (9.000.000)

5.185.500 12.989.500 Custos com pré-reformas, reformas antecipadas, suspensões de contratos e outros 483.000 9.124.378 5.668.500 22.113.878

Os ganhos e perdas actuariais, resultantes essencialmente da alteração dos pressupostos actuariais ou das diferenças entre esses mesmos pressupostos e os dados reais, são calculados anualmente pelo actuário e reconhecidos directa- mente no capital próprio, sendo apresentadas na Demonstração dos Ganhos e Perdas Reconhecidas. O movimento nos ganhos e perdas actuariais acumulados líquidos, durante os semestres findos em 30 de Junho de 2006 e 2005, foram como segue:

euros

Saldo inicial 316.875.470

Alteração de pressupostos actuariais (65.075.012)

Diferenças entre os dados reais e os pressupostos actuariais assumidos relacionados com os activos do fundo 26.056.000

Saldo final (Nota 38.6) 277.856.458

No primeiro semestre de 2006, a alteração de pressupostos actuariais corresponde ao aumento da taxa de desconto de 4,5% para 5,0%. Durante o primeiro semestre de 2005, não ocorreram alterações nos pressupostos actuariais.

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