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2 REFERENCIAL TEÓRICO

PRINCIPAL UFSM

4.2 Período de inverno

Para o período de inverno são apresentados os resultados do monitoramento dos quartos de internação para levantamento das variáveis ambientais e humanas no período de 24 a 30 de agosto de 2012.

4.2.1 Temperatura do ar (Ta)

A figura 39 apresenta as variações das temperaturas medidas no período no interior de cada um dos quartos e no exterior da edificação no período de inverno. Nela ficou ressaltado o período de 25 a 27 de agosto, o qual foi utilizado para a análise dos resultados. Observando-se os dados se verificou que a temperatura máxima exterior foi de 26,51 ºC e ocorreu no dia 30 de agosto às 11 horas, enquanto

que a temperatura mínima foi de 8,74 ºC, a qual aconteceu às 11 horas do dia 25. A figura 39 mostra uma amplitude térmica externa no período de 17,77 ºC, sendo que a maior amplitude em um único dia foi de 14,38 ºC registrada no dia 29.

No interior da edificação as variações de temperaturas são bem menos acentuadas, sendo que a temperatura máxima registrada foi de 25,25 ºC, no quarto leste 2, às 00 horas do dia 24, no início das medições, pois em seguida entrou uma frente fria que baixou as temperaturas. A menor temperatura interna foi de 17,48 ºC e ocorreu no dia 25 às 8 horas no quarto leste 1.

Temperatura do ar - inverno 5 10 15 20 25 30 24/8/2012 25/8/2012 26/8/2012 27/8/2012 28/8/2012 29/8/2012 30/8/2012 Dias Ta (ºC) Te Ti QL1 Ti QL2 Ti QO1 Ti QO2

Figura 39 – Variação da temperatura externa e interna no período de inverno.

Notou-se que as temperaturas externas apresentaram uma grande amplitude, enquanto que as temperaturas internas não apresentaram grande variação com um valor de amplitude no período de medição de 7,77 ºC, sendo que num único dia a amplitude máxima interna registrada foi de 3,93 ºC que ocorreu no QL2 no dia 24, o que indica uma grande inércia térmica do edifício.

AMPLITUDE EXTERNA DO PERÍODO 26,51 8,74 17,48 25,25

4.2.2 Umidade relativa do ar (UR)

Na figura 40 foram demonstrados os resultados obtidos para a umidade relativa do ar (UR), no interior de cada um dos quartos.

Figura 40 – Variação da umidade relativa do ar no período de inverno.

Conforme se pôde verificar na figura 40, a variação da umidade relativa do ar ficou aproximadamente entre 28% e 75%, O valor máximo de umidade foi de 73,93% no quarto leste 1, enquanto o valor mínimo obtido foi de 27,88% no quarto oeste 2.

Do mesmo modo que nas medições do período de verão a variação da umidade ocorreu de forma semelhante em todos os quartos onde foi efetuado o registro. Na figura 40 foi realçado o período de 25 a 27 de agosto, que foi utilizado para a análise dos resultados.

Umidade Relativa do Ar - inverno

20 30 40 50 60 70 80 24/08/12 25/08/12 26/08/12 27/08/12 28/08/12 29/08/12 30/08/12 Dias UR (%) UR QO2 UR QO1 UR QL1 UR QL2 27,88 73,93

4.2.3 Temperatura radiante média (Trm)

A temperatura radiante média foi medida no dia 25 de agosto em três períodos distintos: manhã, tarde e noite. Os resultados obtidos estão demonstrados na tabela 7, comparativamente às temperaturas internas do ar.

Tabela 7 – Temperatura radiante média para o período de inverno.

Ambiente Data Hora Trm (ºC) Ta (ºC)

QL1 25/08 9h10 18,59 18,20 16h15 19,22 19,96 20h05 19,55 20,19 QL2 25/08 16h35 9h25 18,29 21,12 20,26 20,64 20h20 20,82 20,82 QO1 25/08 16h50 9h40 21,17 20,20 20,74 19,65 20h35 21,00 20,14 QO2 25/08 17h05 9h55 21,38 21,34 20,95 20,15 20h55 21,03 20,57

Considerando-se que a temperatura radiante média aproxima-se da temperatura do ar e a dificuldade de realizarem-se medições durante as 24 horas do dia, no inverno foi definido por utilizar-se a Trm igual à temperatura do ar para a análise do conforto térmico, da mesma forma que no período de verão.

4.2.4 Velocidade do ar (Va)

A velocidade do ar foi medida no dia 25 de agosto em três períodos distintos: manhã, tarde e noite, concomitante com a temperatura média radiante. Os valores registrados estão expostos na tabela 8.

Através da observação da tabela 8 se verificou que a ventilação natural nos ambientes apresenta baixa intensidade. A velocidade máxima registrada foi de 0,32 m/s, enquanto a mínima foi de 0,04 m/s.

Considerando que as janelas dos quartos no período de inverno ficam com os vidros grande parte do tempo fechados, e a inexistência de sistema para ventilação higiênica, optou-se por realizar a medição em um único dia. A média obtida foi utilizada para a análise do conforto térmico de todos dos ambientes nas 24 horas do dia.

Tabela 8 – Velocidade do ar para o período de inverno.

Ambiente Data Hora Va (m/s)

QL1 25/08 9h10 0,13 16h15 0,10 20h05 0,07 Média 0,10 QL2 25/08 9h25 0,32 16h35 0,08 20h20 0,06 Média 0,15 QO1 25/08 9h40 0,12 16h50 0,05 20h35 0,04 Média 0,07 QO2 25/08 9h55 0,08 17h05 0,07 20h55 0,05 Média 0,07

Média dos ambientes 0,10

4.2.5 Variáveis humanas

Para o levantamento das variáveis humanas observou-se a vestimenta e a atividade física dos pacientes internados. Quanto à atividade física dos pacientes não houve variação em relação ao período de verão, portanto foram adotados os mesmos valores: 1,0 met para o metabolismo, ou seja, taxa metabólica (TM) de 60

W/m² para o período diurno (7 horas às 22 horas) e 0,7 met para o período noturno (22 às 7 horas) equivalendo a TM de 40 W/m².

No inverno, a resistência térmica das vestimentas dos pacientes sofreu variação no período diurno e noturno. As roupas utilizadas eram: cueca e camisola hospitalar, mais lençol de algodão (espessura de 1,00 mm) e cobertor (espessura 8,00 mm). A variação na vestimenta no período diurno e noturno consistiu no percentual de área do corpo coberta. O cálculo da resistência térmica final das vestimentas foi realizado da mesma forma adotada para o período de verão.

Para o período diurno adotou-se um índice de resistência térmica total

(isolamento) da vestimenta (Icl) no valor de 2,04 clo, equivalendo às resistências

térmicas parciais (Iclu): cueca = 0,04 clo, mais camisola hospitalar curta de algodão =

0,31 clo, mais 67% do corpo coberto com lençol de algodão (espessura 1,00 mm) = 0,39 clo, mais 67% do corpo coberto com cobertor (espessura 8,00 mm) = 1,02 clo, mais 50% do corpo em contato com a cama = 0,5732 clo.

Já para o período noturno adotou-se um índice de resistência térmica total

(isolamento) da vestimenta (Icl) no valor de 2,72 clo, correspondendo às resistências

térmicas parciais (Iclu): cueca = 0,04 clo, mais camisola hospitalar curta de algodão =

0,31 clo, mais 94% do corpo coberto com lençol de algodão (espessura 1,00 mm) = 0,57 clo, mais 94% do corpo coberto com cobertor (espessura 8,00 mm) = 1,46 clo, mais 50% do corpo em contato com a cama 0,5732 clo.

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