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5.3.3 PERÍODO 3 – PLANEJAMENTO ANUAL

O planejamento anual ocorreu após o recesso de carnaval, nos dias 1,2 e 3 de março de 2017.

A reunião de planejamento anual teve início com a palavra da diretora e teve como foco os resultados do SARESP 2016 e a expectativa do trabalho educativo para 2017.

A partir da análise dos indicadores dos resultados da avaliação do SARESP, do resultado da avaliação final dos alunos, ambos referentes ao ano letivo passado, e da avaliação diagnóstica realizada de acordo com o planejamento inicial, do primeiro mês de aula, a escola

obteve subsídios para elaborar o seu planejamento anual, no ano corrente, dando sequência às ações que promoveram um bom desempenho e repensando a atuação que não rendeu o resultado almejado.

No caso particular do 6º ano, por ser uma turma ingressante e não possuir um histórico de vivência, dentro da escola, contou com o elemento diferenciado da avaliação diagnóstica, realizada nos primeiros dias letivos, para apuração das informações e elaboração de estratégias significativas.

Dessa maneira, a ideia seria trabalhar baseado na realidade dos fatos, com o propósito de garantir que se cumpra o direito à aprendizagem do aluno.

No seguinte, a coordenadora conduziu a reunião apresentando os resultados da escola, que se mostraram abaixo das expectativas da equipe, em relação à meta do IDESP. Revelou uma preocupação com os anos finais do Ensino Fundamental II e com o Ensino Médio, no entanto, esse não será o foco desta pesquisa. Anunciou que a Plataforma Foco Aprendizagem, disponível no site da SEE SP, será a ferramenta com que os professores trabalharão para a elaboração do plano de ação.

A Coordenação Pedagógica teve as orientações técnicas para instrumentalizar os professores no uso adequado das funcionalidades da plataforma de trabalho, por meio de vídeo conferências, visitas técnicas à DRE e pelos cursos da Formação Foco Aprendizagem, disponibilizados na AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem), da formação Foco Aprendizagem, da SEE SP, para que sejam habilitados, a analisar os indicadores e dados educacionais, e fossem capacitados a orientar os professores.

Na sequência houve a leitura do material compartilhado pela Diretoria de Ensino, Documento Orientador CGEB, “Com os pés em 2016 e o Olhar em 2017”, com as orientações de trabalho, salientando a exigência de fazer o Planejamento, a partir do material da Plataforma Foco Aprendizagem, e da importância de elaborar, a partir de agora, um plano voltado para ação. É importante verificar quais habilidades não foram desenvolvidas e se houve avanço nos resultados das avaliações.

A equipe gestora recomendou que os professores tivessem o cuidado de trabalhar os conteúdos do currículo, afinados com as exigências dos conteúdos do SARESP, para que não houvesse divergência de interpretação do que deveria ser trabalhado e, consequentemente, não houvesse distorção nos resultados. Nesse sentido, a escola espera atingir a meta, de qualidade da Educação, estabelecida pela Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo, no SARESP e no fluxo escolar.

De modo geral, a equipe gestora enfatizou ao grupo que, do ano anterior para o presente, houve avanço na aprendizagem dos conteúdos, nos resultados das avaliações, porém, a escola foi prejudicada no fluxo, ou seja, nas retenções e evasões.

Momento “sala dos professores”: Entrevista breve 21/03/2017

Pesquisadora: Professor(a), você costuma utilizar tecnologia com os alunos?

Professor(a) de Ciências: Olha, é a primeira vez que dou aula para o 6º ano. Estou conhecendo a turma ainda. Não costumo usar tecnologia, não, mas posso pensar.

Professor(a) de Língua Portuguesa: O 6º ano é uma novidade para mim. Não sei como eles se comportam fora da sala de aula. Estou pensando em usar a sala de vídeo para passar um filme. Vamos ver...

Pesquisadora: Já possui algum em mente?

Professor(a) de Língua Portuguesa: Sim, mas vou pensar com mais calma, para ver se a faixa etária está adequada. Não tenho certeza. Chama-se “O clube do imperador”. Vou conversar com a coordenadora, primeiro.

Professor(a) de Matemática: Sim, uso. Tenho um software educativo de frações. Gosto de levá-los a sala de informática, mas, no momento, para eu fazer isso, teria que ter um olheiro para ficar com uma parte da turma na sala e eu descer com a outra.

Pesquisadora: Por quê?

Professor(a) de Matemática: Não tem computadores para todos. Precisaria revezar.

5.3.3.1 - Observações da Pesquisadora

O uso de tecnologias digitais de informação e comunicação não está incorporado à prática cotidiana do professor, em sala de aula. Ele concebe o planejamento ou modela o currículo, sem empregar as tecnologias como apoio à melhoria de sua ação educativa, tampouco como instrumento que traz possibilidades para o ensino e à aprendizagem acontecerem espontaneamente, assim como também não percebe as tecnologias como uma ferramenta para promover a autonomia; a resolução de problemas; o desenvolvimento do pensamento crítico; a apropriação e/ou construção de conhecimentos; o estabelecimento de novas formas de se relacionar, interagir, se comunicar e socializar o conhecimento, atribuindo, dessa maneira, o seu uso como parte do processo de aprender e ensinar com significado.

O desafio está em inserir esse professor, ainda distante das TDIC, num espaço de sociabilidade em que experiências cognoscitivas e socioculturais diversificadas consigam superar as formas, centralizada e hierarquicamente unilateral, de ensinar e aprender. Desse modo, se torna indispensável reconhecer que este profissional necessita de conhecimento prévio, essenciais à educação contemporânea, e mais, que a equipe gestora assuma sua responsabilidade formadora, ao mesmo tempo em que a escola se reveja como uma comunidade capaz de aprender ao ensinar.

5.3.3.2 - Entrevista com a Coordenadora Pedagógica 1

24/04/2017

Pesquisadora: Como você analisa o Planejamento, deste ano, proposto pela SEE SP?

Coordenadora 1: Eu não gosto do Planejamento deste ano. É uma