• Nenhum resultado encontrado

Perfil de ácidos graxos

No documento 201621234 RENAN TRABALHO FINAL (páginas 35-42)

Após a realização das etapas de extração, esterificação e analise por cromatografia gasosa foi comparado ao padrão, aonde se observou que, os grupos de ácidos graxos mais comuns no empanado foram os saturados e os monoinsaturados, porém o mais abundante foi do grupo dos poli-insaturados conforme Tabela 6.

Os elementos 20:0 (Araquídico) e 21:0 (Heneicosanóico) caracterizaram-se como os saturados mais abundantes presentes no empanado, enquanto os elementos 16:1 (Palmitoléico - ω 7) e 18:1 (Elaídico – ω9) foram os monoinsaturados mais abundantes, sendo o elemento 18:1 classificado como trans.

36

O único e mais abundante na amostra foi elemento 18:2 (Linolelaídico), ácido graxo poliinsaturado e também foi classificado como trans.

O consumo de ácidos graxos trans aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Além disso, o consumo desses ácidos graxos também pode aumentar o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 (ANVISA, 2018).

O ômega 9 é um ácido graxo monoinsaturado, estando relacionado a níveis de triglicerídeos mais saudáveis, além de também ajudar na diminuição dos níveis de colesterol total sanguíneo, LDL (colesterol ruim) e, ainda, aumentar o HDL (colesterol bom) (FANI,2011).

Tabela 6 - Perfil de ácido graxos do empanado de salmão.

Ácido Graxo Estrutura Química % de Área

Ácidos Graxos Saturados

Ácido Margárico (C17:0) 2,7027

Ácido Araquídico (C20:0) 15,6549

Ácido Heneicosanóico (C21:0) 4,5104

Ácido behênico (C22:0) 1,1124

Ácido tricosanoato de metila (C23:0) 0,5988

TOTAL 24,5792

Ácidos Graxos Monoinsaturados

Ácido Miristoléico - ω 5 (C14:1) 1,9505

Ácido palmitoléico – ω 7 (C16:1) 13,0544

Ácido heptadecanócio (C17:1) 0,4801

Ácido Elaídico – (trans – 9) ω 9 (C18:1) 3,1950

Ácido erocica - ω 9 (C22:1) 0,7075

Ácido nervonico – ω 9 (C24:1) 2,8230

TOTAL 22,2105

Ácidos Graxos Poli-insaturados

Ácido linolelaídico – (trans-9,12) (C18:2) 28,412

TOTAL 28,412

Fonte: Do autor (2019).

4.4 Comparação com produtos pré-estabelecidos no mercado

Para comparação com produtos pré-estabelecidos, comparou-se as porcentagens da composição centesimal do empanado estudado com os empanados das marcas M1 e M2, segundo Tabela 7.

Tabela 7 - Comparativo entre os empanados.

Atributo Empanado com

CMS

Empanado M1 * Empanado M1

Calorias 210,6 (Kcal) 116(Kcal) 189(Kcal)

Lipídios 6,92(g) 2,6(g) 6.6(g) Proteínas 11,42(g) 9,4(g) 9(g) Fibras Alimentares 1,992(g) - 1,9(g) Carboidratos 24,46(g) 14(g) 23,4(g) *Composto por CMS Fonte: Do autor (2019).

Como pode-se observar os valores de informação nutricional obtidos não diferem muito aos observados nos produtos já comercializados, de forma que estes representam a viabilidade do desenvolvimento.

38

5 CONCLUSÃO

O desenvolvimento de empanado elaborado com 50% de carne mecanicamente separada de salmão e 50% filé de tilápia é uma alternativa viável para o aproveitamento de resíduos do salmão, sendo sua informação nutricional equivalente a produtos já estabelecidos no mercado, estando ainda estes dentro dos padrões de qualidade estabelecidos pela Instrução Normativa nº 6, de 15 de fevereiro de 2001, para máximo de 30% de carboidratos e mínimo de 10% de proteínas.

REFERÊNCIAS

ADITIVOSINGREDIENTES. Ômegas 3, 6 e 9 - Entenda as diferenças e seus benefícios à

saúde. p. 7, 2019. Disponível em: <

https://aditivosingredientes.com.br/upload_arquivos/201605/2016050305014001463408567.p df>. Acesso em 29 de Out. 2019.

AGUIAR, G. P. S.; LIMBERGER, G. M.; SILVEIRA, E. L. Alternativas tecnológicas para o aproveitamento de resíduos provenientes da industrialização de pescados. Revista Eletrônica Interdisciplinar, Barra do Garça, v. 1, n. 11, p. 225-229, 2014.

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. PORTARIA No 540 - Aprova o Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares - definições, classificação e emprego. SVS/MS - Ministério da Saúde, v. 21, n. 3, p. 295–316, 1997. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/391619/PORTARIA_540_1997.pdf/3c55fd22- d503-4570-a98b-30e63d85bdad>. Acesso em 29 de Out. 2019.

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC no 359, de 23 de dezembro de 2003. Regulamento técnico de porções de alimentos embalados para fins de rotulagem nutricional.

Ministério da Saúde, 2003. Disponível em:

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2003/anexo/anexo_res0359_23_12_2003.p df>. Acesso em 29 de Out. 2019.

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC no 360, de 23 de dezembro de 2003. Aprova o Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados, tornando obrigatória a rotulagem nutricional. Ministério da Saúde, 2003. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0360_23_12_2003.pdf/5d4fc713- 9c66-4512-b3c1-afee57e7d9bc>. Acesso em 29 de Out. 2019.

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Rotulagem nutricional obrigatória: manual de orientação às indústrias de Alimentos - 2º Versão. Ministério da Saúde, Universidade de Brasília – Brasília : p. 44, 2005. Disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/389979/Rotulagem+Nutricional+Obrigat%C3% B3ria+Manual+de+Orienta%C3%A7%C3%A3o+%C3%A0s+Ind%C3%BAstrias+de+Alime ntos/ae72b30a-07af-42e2-8b76-10ff96b64ca4>. Acesso em 29 de Out. 2019.

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ácidos graxos trans : Documento de base para discussão regulatória. Ministério da Saúde, p. 93, 2018. Disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/5313808/Documento+de+discuss%C3%A3o+so bre+gordura+trans_vers%C3%A3o+final.pdf/e2604d4a-9434-4bc4-b511-1c76ce7396ab>. Acesso em 29 de Out. 2019.

ALVES DELFINO, L. et al. Elaboração de hambúrguer empanado de tilápia aplicando diferentes sistemas de coberturas comerciais. Brazilian Journal of Food Research, v. 8, n. 2, p. 32, 2017.

AOAC. Official methods of analysis of the association of official analytical chemists. 17 ed. Washington, DC: Association of Analytical Communities, p. 570, 2000.

40

BARDONNET, A.; BAGLINIÈRE, J. L. Freshwater habitat of Atlantic salmon (Salmo salar). Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences, v. 57, n. 2, p. 497-506, 2000. BEHS, G. Efeito do processamento na composição centesimal e na análise sensorial de salmão selvagem e de cativeiro. (2011) 64 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.

BRASIL. Instrução Normativa nº 6, de 15 de fevereiro de 2001. Aprova os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade de Paleta Cozida, de Produtos Cárneos Salgados, de Empanados, de Presunto tipo Serrano e de Prato Elaborado Pronto ou Semipronto Contendo Produtos de Origem Animal. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Diário

Oficial da União, Brasília, 19 Fev. 2001. Disponível em:

<http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-

consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=2198>. Acesso em 30 Out. 2019. BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 9013, de 29 de março de 2017. Regulamenta a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e a Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989, que dispõem sobre a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal. Seção I. Diário Oficial da União, Brasília, 30 Mar. 2017. Disponível em: < http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2017/decreto-9013-29-marco-2017-784536- publicacaooriginal-152253-pe.html >. Acesso em 16 Out. 2019.

BRASIL. Ministério da Pesca e Aquicultura. Boletim estatístico de pesca e aquicultura do Brasil 2011. Brasília: República Federativa do Brasil, 2013.

BURT, J. R., HARDY, R. Composition and deterioration of pelagic fish. In: BURT, J., OHSHIMA, T., SUZUKI, T., KOIZUMI, C. (Orgs.). New developments in surimi technology. Oxford: Fishing News Books, p. 115-141, 1992.

COSTA, T. V.; SILVA, R. R. S.; SOUZA, J. L.; BATALHA, O. S.; HOSHIBA, M. A. Aspectos do consumo e comércio de pescado em Parintins. Boletim do Instituto de Pesca, v. 39, n. 1, p. 63-75, 2013.

COSTA, M. Desenvolvimento de empanado de peixe elaborado com carne mecanicamente separada de salmão e filé de tilápia. 1. ed. Lavras, MG: UFLA, p. 66, v. 1, 2018.

DILL, D. D.; SILVA, P. A.; LUVIELMO, M. M. Processamento de empanados: sistemas de cobertura. Estudos Tecnológicos. v. 5, n. 1, p. 33-49, 2009.

FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations. Fishery and aquaculture statistics 2012. Roma: FAO yearbook, 2014. Disponível em: < http://www.fao.org/3/a- i3740t.pdf>. Acesso em 16 Out. 2019.

DOS SANTOS FOGAÇA, F. H. et al. Caracterização de surimi obtido a partir da carne mecanicamente separada de tilápia do Nilo e elaboraçãso de fishburger. Semina:Ciencias Agrarias, v. 36, n. 2, p. 765–776, 2015.

FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations. The State of World Fisheries and Aquaculture 2018 - Meeting the sustainable development goals. Roma, 2018. Disponível em: < http://www.fao.org/3/i9540en/I9540EN.pdf >. Acesso em 16 Out. 2019.

FOLCH, J.; LEES, M.; SLOANE-STANLEY, G. H.; A simple method for the isolation and purification of total lipids from animal tissues. Journal Biological Chemistry, Baltimore, v. 226, n. 1, p. 497-509, 1957.

GONÇALVES, A. Tecnologia do Pescado: Ciência, Tecnologia, Inovação e Legislação. São Paulo: Editora Atheneu, 2011.

KIRSCHNIK, P. G. Avaliação da estabilidade de produtos obtidos de carne mecanicamente separada de tilápia nilótica (Oreochromis niloticus). 2007. 102 p. Tese (Doutorado em Aquicultura) – Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2007.

KUHN, C. R.; SOARES, G. J. D. Proteases e inibidores no processamento de surimi. Revista Brasileira de Agrociência, v.8, n.1, p.5-11, 2002.

LEE, C. M. Technical strategies for development of formualated seafood products from fish mince. In: Shahidi, F.; Jones, Y.; Kitts, D. D. (Ed.). Seafood safety, processing, and biotechnology. CRC Press; p. 119-129, 1997.

LIMA, L. K. F. Resíduos Sólidos na Cadeia Agroindustrial do Pescado. Embrapa Pesca e Aquicultura, v. 1, p. 28, 2013.

MAI, T. et al. Modalidade do trabalho: Relatório técnico-científico. III Seminário de Inovação e Tecnologia, p. 2–4, 2014.

MARTINS, M. B.; PIOTTO, R. F.; BARBOSA, M. Propriedades dos ácidos graxos poliinsaturados – Omega 3 obtidos de óleo de peixe e óleo de linhaça Properties of Omega-3 polyunsaturated fatty acids obtained of fish oil and flaxseed oil. Revista do Instituto de Ciências da Saúde, v. 26, n. 2, p. 153–156, 2008.

MARTINO, R. C. Exigências e cuidados da adição de lipídeos em rações para peixes e a sua importância para o homem. Parte 2. Revista Panorama da Aqüicultura., v. 13, n. 75, p. 58- 60, 2003.

MINOZZO, M. G.; WASZCZYNSKY, N.; BOSCOLO, W. R. Utilização de carne mecanicamente separada de tilápia (Oreochromis niloticus) para a produção de patês cremoso e pastoso. Alimentos e Nutrição. Araraquara, v. 19, n. 3, p. 315-319, 2008.

MORETTO, E. FETT R.; GONZAGA, L.V.; KUSKOSKI, E.M. Introdução à ciência de alimentos. Editora da UFSC, p. 255, 2002.

OETTERER, M. Produção de silagem a partir da biomassa residual de pescado. Alimentos e Nutrição, v. 5, p. 119-134, 1993.

PEIXEBR – Associação Brasileira da Piscicultura. Anuário PeixeBr da Piscicultura 2019. p.

148, 2019. Disponível em: <

https://www.peixebr.com.br/Anuario2019/AnuarioPeixeBR2019.pdf>. Acesso em 29 de Out. 2019.

42

PEREIRA, A. J.; WASZCZYNSKYJ, N.; BEIRÃO, L. H.; MASSON, M. L. Características físico-químicas, microbiológicas e sensorial da polpa de carpa prateada (Hypophthalmichthys molitrix) e dos produtos reestruturados. Alimentos e Nutrição, Araraquara, v.14, n.2, p. 211- 217, 2003.

PESCADOR, R. Aspectos nutricionais dos lipídeos no peixe: uma revisão e literatura. 2006. 69 p. (Especialista em Gastronomia e Segurança Alimentar) – Centro de Excelência em Turismo, Universidade de Brasília, Brasília, setembro, 2006.

SANTOS, N. F. Processamento, caracterização química e nutricional da silagem biológica de resíduo de pescado para uso e alimentação animal. 2000. 84 p. Dissertação. (Mestrado em Tecnologia de Alimentos) - Universidade Federal do Ceará. Ceará, 2000.

ROMEIRO, S.; DELGADO, M. Aditivos alimentares: Conceitos básicos, legislação e controvérsias. Revista Nutrícias, v. 18, n. 4, p. 22–26, 2013.

SARTORI, A. G. O.; AMANCIO, R. D. Pescado: importância nutricional e consumo no Brasil. Segurança Alimentar e Nutricional, v. 19, n. 2, p. 83–93, 2012.

SEAFOODBRASIL. A história e o presente do salmão no Chile. 2019. Disponível em: http://seafoodbrasil.com.br/a-historia-e-o-presente-do-salmao-no-chile. Acesso em 29 Out. 2019.

SILVA, M. C. E. Avaliação microbiológica e de indicadores sensoriais de aparas de salmão-do- Atlântico (Salmo salar - Linnaeus, 1758). (2011) 42 p. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2011.

SIMOPOULOS, A. P. Omega-3 fatty acids in health and disease and in growth and development. The American Journal of Clinical Nutrition, v. 4, p. 438-463, 1991.

SOAVE, P. B. et al. Avaliação da Composição Centesimal de Preparações Fortificadas com Ferro Destinadas a Alimentação Escolar. Unimep/Fapic. p. 1–7, 2006.

TEIXEIRA, L. Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde : O Uso de Aditivos de Cor e Sabor em Produtos Alimentícios. p. 23, São Paulo, 2008.

TONIAL, I. B. et al. Caracterização físico-química e perfil lipídico do salmão (Salmo salar L.) Physical chemical characterization and lipid profile of salmon (Salmo salar L.). Alimentos e Nutrição. Araraquara, v. 21, n. 1, p. 93-98, 2010.

XAVIER, H. T. et al . V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 101, n. 4, supl. 1, p. 1-20, Oct. 2013 . Available from . access on 04 Nov. 2019. http://dx.doi.org/10.5935/abc.2013S010.

No documento 201621234 RENAN TRABALHO FINAL (páginas 35-42)

Documentos relacionados