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4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1 PERFIL DOS SUJEITOS

Para delinear o perfil dos sujeitos da pesquisa - representados por gestores e TAE – foram formuladas questões que os caracterizassem. No que se refere ao gênero, entre os TAE, participaram 56 mulheres e 44 homens da pesquisa; já os gestores foram constituídos de 3 mulheres e 5 homens. Ressalta-se que, nos cargos de direção, prenominou a categoria docente (8) em relação aos TAE (3). Quanto à ocupação dos cargos técnicos administrativos, o perfil profissional caracteriza-se majoritariamente pelo cargo de assistente em administração (38%), seguido do auxiliar de biblioteca (11%). Porém, entre as demais ocupações, houve diversidade na distribuição, confirmando a variedade de capacitações que a IFE deve oferecer em consonância com esta multiplicidade de cargos e funções, conforme o gráfico 1.

Gráfico 1 - Distribuição por cargos entre os TAE.

No tocante à unidade de lotação, salienta-se que 5 (63%) dos gestores docentes estão temporariamente na Reitoria, porém são lotados nas unidades acadêmicas de Petrolina, Petrolina Zona Rural e Floresta. Já os 3 gestores TAE, que correspondem a 37% dos dirigentes, fazem parte do quadro de servidores permanente da Reitoria, embora apenas um não é mais servidor do IF Sertão. Quanto aos técnicos administrativos, estes estão distribuídos em 8 unidades da instituição, como demonstrado no gráfico 2.

Gráfico 2 - Distribuição dos TAE por unidade de lotação.

Fonte: pesquisa de campo, 2017.

Percebe-se que entre os TAE, o maior número de respondentes (66%) pertence às unidades localizadas na cidade de Petrolina, ou seja, Reitoria (33%), Campus Petrolina (22%) e Campus Petrolina Zona Rural (11%), das quais, conforme observações participantes, este número corresponde aos servidores mais presentes nas capacitações, justamente por estas acontecerem, na sua grande maioria, na referida cidade.

Sobre o tempo de serviço na IFE, a maior parte dos gestores, aproximadamente 63% destes, tem mais de 12 anos, enquanto os outros, o equivalente a 37%, estão em tempos distintos, conforme gráfico 3. Já no que se refere ao tempo de exercício nos cargos de direção, observou-se que a maioria dos gestores tinha entre 3 a 12 anos, antes do processo eleitoral de 2015. Com a posse do novo reitor, em abril de 2016, os atuais dirigentes completaram um ano de exercício nos cargos.

Gráfico 3 - Distribuição dos gestores por tempo de serviço.

Fonte: pesquisa de campo, 2017.

Enquanto isso, entre os TAE predominam servidores mais novos, ou seja, 83% possuem entre 0 a 7 anos, dos quais 42% têm entre 0 a 3 anos e 41% de 4 a 7 anos de exercício, ficando apenas 9% entre 8 a 11 anos e 8% acima de 12 anos, de acordo com o gráfico 4. Este quantitativo de técnicos recém-admitidos ocorre em virtude da expansão da rede federal de ensino, na qual houve a necessidade de contratação de novos servidores tanto para as novas unidades de ensino (Campus Santa Maria e Serra Talhada), como para a reestruturação da Reitoria e das demais unidades de ensino.

Gráfico 4 - Distribuição dos TAE por tempo de serviço.

Fonte: pesquisa de campo, 2017.

No que tange ao maior nível de escolaridade dos participantes, percebe-se que 38% dos gestores possuem especialização, 50% mestrado e 12% doutorado. Entre os TAE, 8% têm

ensino médio e 92% formação superior, possuindo, estes últimos, especialização (56%) e mestrado (16%), conforme exposto no gráfico 5. O predomínio do nível superior entre os TAE pode também ser compreendido em virtude da ampliação dos cargos de nível E, nos últimos oito anos, fruto da expansão da rede federal de ensino, bem como do incentivo financeiro contido no PCCTAE.

Gráfico 5 – Distribuição de gestores e TAE por nível de escolaridade.

Fonte: pesquisa de campo, 2017.

A respeito da formação dos dirigentes, conforme o quadro 5, é possível observar que as ciências se dividem entre exatas e humanas, em igualdade de proporção. Entre as exatas, há predominância das engenharias Civil (2) e Agronômica (1) e Química (1), e entre as humanas uma diversidade de áreas do conhecimento, tais como: História (1), Serviço Social (1), Administração (1) e Tecnologia em Fundamentos Jurídicos (1). Quanto à qualificação, apesar da variedade de áreas, percebe-se o predomínio das ciências humanas sobre as exatas.

Tanto a formação como a qualificação podem desenvolver competências individuais relevantes para o exercício dos cargos. No entanto, ao analisar o quadro 5, presume-se que entre os dirigentes, apenas um possui competências individuais e específicas para o cargo de direção que exerce, através da formação e qualificação em Administração. Neste caso, o diretor de planejamento. Contudo, observa-se que, apesar de os demais não possuírem formação específica para o exercício do cargo, estes vêm buscando se qualificar em cursos de pós-graduações em áreas afins, tais como: especialização em Gestão Pública (2) e Gestão de Pessoas (1), mestrado em Gestão de Processos (1) e Administração (1).

Quadro 5 - Formação e qualificação dos gestores.

Função Formação Qualificação

Reitor Engenharia Civil Especialização: Gestão Pública; Matemática Avançada;

Mestrado: Ensino Superior

Reitor Química Mestrado e Doutorado: Química Orgânica

Pró-reitor de Desenvolvimento Institucional

Engenharia Agronômica Especialização: Gestão Pública; Engenharia da Irrigação

Engenharia Civil Especialização e Mestrado: Engenharia da Computação

Serviço Social Mestrado: Gestão de Processos Institucionais Diretor de

Planejamento

Administração Especialização e Mestrado: Administração

Diretor de Gestão de Pessoas

História Especialização: História do Brasil Mestrado: Administração

Diretor de Gestão de Pessoas

Tecnologia em

Fundamentos Jurídicos

Especialização: Gestão de Pessoas

Fonte: pesquisa de campo, 2017.

Quanto à formação em nível de graduação ou tecnólogo dos técnicos, percebe-se uma variedade de áreas nas formações (25), predominando as áreas de humanas e sociais com: Letras (11%), Administração (7%), História (4%), Pedagogia (3%), Comunicação Social (3%) e Gestão Pública (3%). Além destas, destacam-se as formações das áreas de informação e exatas, respectivamente: Biblioteconomia (7%), Ciências Contábeis (3%) e Matemática (7%). Ressalta-se que entre os técnicos, 69% especificaram a formação, 11% descreveram apenas ter graduação e 20% não quiseram detalhar a formação, conforme o gráfico 6.

Gráfico 6 - Distribuição por área de formação dos TAE.

A variedade encontrada nos cursos de graduação/tecnológicos realizados pelos TAE ocorre também nas especializações (Lato Sensu), ao se identificar 42 tipologias, o que é justificado pela própria diversidade de cargos da referida categoria. Entre estas, novamente, observa-se o predomínio das ciências humanas: Gestão de pessoas (6), Gestão pública (5), Língua Portuguesa e Literatura (5) e Educação (4). Já nas Stricto Sensu, especificamente, mestrado, em um número reduzido de servidores (18), o equivalente a 18% dos respondentes TAE, destaca-se a área de Educação (7), que corresponde à atividade-fim da instituição pesquisada.

Diante do perfil dos servidores da instituição, percebe-se que o mesmo é multifacetado, talvez pela própria dimensão e diversidade de serviços ofertados pelo IF Sertão, para os quais é demandado um número considerável de servidores, cargos e, consequentemente, atribuições. Descrito o perfil dos participantes da pesquisa, a próxima seção vem analisar os dados no tocante à condução das capacitações na instituição.