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Em geral, os perfis dos solos tropicais apresentam uma zonalidade vertical poss

identificada no próprio campo, sendo assim, nitidamente, estruturados em horizontes. À medida que se transforma em solo, o material de origem vai se diferenciando em camadas mais ou menos paralelas à superfície, camadas essas deno

ilustra o perfil predominante em regiões de clima tropical baseado na proposta de classificação de Martins (2000).

Devido à complexidade dos solos do Distrito Federal, Cardoso (2002) baseou das várias proposições para a de

os solos lateríticos do Cerrado brasileiro, para sugerir uma nova proposta de descrição dos horizontes em solos lateríticos para o uso nas áreas de ge

que essa proposta se mostrou mais adequada e completa, prevendo, inclusive, a existência de um horizonte pouco contemplado em propostas anteriores

Figura

Com relação ao Brasil, que é um país muito extenso, com variações climáticas ao longo de se que o solo laterítico pode apresentar propriedades e comportamentos bastante variáveis, justamente por ser dependente da localização. Na região do Distrito Federal, onde existe uma variação climática ao longo do ano, com período de secas chuvas bem definidos, constata-se que o processo de alteração responsável pela formação solos é distinto de muitas regiões.

PERFIS DOS SOLOS TROPICAIS BRASILEIROS

Em geral, os perfis dos solos tropicais apresentam uma zonalidade vertical poss

identificada no próprio campo, sendo assim, nitidamente, estruturados em horizontes. À medida que se transforma em solo, o material de origem vai se diferenciando em camadas mais ou menos paralelas à superfície, camadas essas denominadas horizo

ilustra o perfil predominante em regiões de clima tropical baseado na proposta de classificação de Martins (2000).

Devido à complexidade dos solos do Distrito Federal, Cardoso (2002) baseou

das várias proposições para a descrição de perfis de intemperismo e em sua experiênc

errado brasileiro, para sugerir uma nova proposta de descrição dos horizontes em solos lateríticos para o uso nas áreas de geotecnia e geologia

proposta se mostrou mais adequada e completa, prevendo, inclusive, a existência de um horizonte pouco contemplado em propostas anteriores - horizonte ferruginoso.

Figura 2.2 - Perfil laterítico (Martins, 2000).

Com relação ao Brasil, que é um país muito extenso, com variações climáticas ao longo de se que o solo laterítico pode apresentar propriedades e comportamentos bastante variáveis, justamente por ser dependente da localização. Na região do Distrito Federal, onde existe uma variação climática ao longo do ano, com período de secas e de se que o processo de alteração responsável pela formação dos

Em geral, os perfis dos solos tropicais apresentam uma zonalidade vertical possível de ser identificada no próprio campo, sendo assim, nitidamente, estruturados em horizontes. À medida que se transforma em solo, o material de origem vai se diferenciando em camadas minadas horizontes. A Figura 2.2 ilustra o perfil predominante em regiões de clima tropical baseado na proposta de

Devido à complexidade dos solos do Distrito Federal, Cardoso (2002) baseou-se na análise scrição de perfis de intemperismo e em sua experiência com errado brasileiro, para sugerir uma nova proposta de descrição dos otecnia e geologia. O autor informa proposta se mostrou mais adequada e completa, prevendo, inclusive, a existência de

Na realidade, esta proposta é uma adaptação realizada a partir das descrições de Martins (2000), Pastore (1995) e o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA, 1999). Salienta-se que apesar de sua proposta ser baseada nos solos dos Cerrados, sua descrição poderá ser aplicada em perfis de solo laterítico de qualquer região, uma vez que ela mantém como preceito o desenvolvimento do perfil de acordo com o grau de intemperismo local.

A Tabela 2.1 mostra uma tentativa de correlações entre os horizontes das diferentes classificações de perfis lateríticos completos, aplicadas em distintas áreas do conhecimento dos solos (geologia, pedologia e geotecnia). É importante ressaltar que o perfil apresentado tem uma descrição ideal, no entanto, raramente são observados todos estes horizontes em um mesmo perfil. Esses geralmente são truncados, apresentando a predominância de um ou mais horizontes (Delgado, 2007; Martins, 2000 e Cardoso, 2002).

Tabela 2.1 - Correlações entre as diferentes classificações de perfis lateríticos completos.(Cardoso, 2002)

Maiores Subdivisões

Nova Proposta Cardoso (2002)

Martins (2000) Sistema Brasileiro de Classificação de

Solos (EMBRAPA, 1999) Pastore

(1995)

Horizonte O Horizonte O Solo

Horizonte A Horizonte A orgânico

Solum

Horizonte B

Horizonte B Horizonte laterítico

Pedólito Cascalho laterítico Cascalho laterítico Horizonte B com caráter petroplíntico (0 a 30 m) Couraça

ferruginosa

Couraça ferruginosa

Horizonte B

litoplíntico ou similar a litoplíntico

Carapaça Carapaça ? ? ?

Zona

Mosqueada Zona Mosqueada

Horizontes C plíntico ou similar a plíntico, ou glei com mosqueamentos ou similar a

glei com mosqueamentos Saprólito fino

ou argiloso Saprólito fino ou argiloso Horizonte C glei sem mosqueamentos ou similar a glei sem mosqueamentos Solo saprolítico

Saprólito (0 a 100

m)

Saprólito ou

saprólito grosso Saprólito grosso Horizonte C Saprólito Rocha muito

alterada ou arenoso Rocha muito alterada Rocha alterada Saprock Horizonte R alterada Rocha

• Solum (espessura entre 0 e 15 m) - Material superior do perfil e que pode ser residual ou não. Caracteriza-se por ser inconsolidado e apresentar estruturas formadas pela intensa atividade biológica, individualizando os horizontes A e B da classificação morfo-genética de solos.

• Horizontes Ferruginosos - Envolvem um ou mais horizontes, diferenciados pelo grau de endurecimento de feições pedológicas resultantes do enriquecimento de oxi-hidróxidos de Fe e subsidiariamente de Al. Constituem horizontes ferruginosos: o cascalho laterítico, couraça ou duricrosta, carapaça, zona mosqueada ou horizonte mosqueado.

• Saprólito (espessura entre 1 e 100 m) - Pode ser subdividido em saprólito fino ou argiloso e saprólito grosso ou arenoso, apesar desta terminologia não representar a textura real do material. O saprólito fino ocorre acima do saprólito grosso e apresenta-se enriquecido em argilo-minerais do tipo 1:1, enquanto o saprólito grosso pode apresentar argilo-minerais do tipo 2:1. No saprólito ocorrem processos de lixiviação, com retirada de sílica do sistema, produto da hidrólise de silicatos, e geração de argilo-minerais. O Fe é translocado para outros horizontes, ou retirado do perfil, induzindo o aspecto pálido típico desse horizonte.

• Saprock - Em geral, ocorre uma transição entre a rocha-mãe e o saprólito, por meio de fragmentos de rocha fresca imersos em matriz intemperizada. Essas características indicam um intemperismo diferencial em função da organização dos materiais (estrutura, textura e trama) e da composição mineralógica. O limite de diferenciação entre essa transição e o saprólito grosso é tênue. Pode ser definida empregando a proporção entre os materiais fresco e intemperizado, ou seja, se o primeiro domina sobre o segundo, caracteriza-se o saprock, e o inverso, o saprólito grosso.

• Rocha-mãe ou Protólito - Caracterizada pela ausência de feições de intemperismo.

Com relação aos estudos pedológicos, esses se concentram na parte superficial do perfil do solo, onde é mais evidente a atuação de fatores pedogenéticos, diferenciando este perfil em horizontes distinguidos por letras maiúsculas, onde os principais são denominados: O, A, B, C e R.

As características principais destes horizontes estão resumidamente descritas a seguir, segundo Salomão e Antunes (1998):

• Horizonte O - horizonte orgânico superficial constituído por detritos vegetais e substâncias húmicas acumuladas na superfície, em ambientes onde não há impedimento à drenagem. Ocorre, em geral, em áreas de florestas, distinguindo-se do horizonte mineral subjacente, pela coloração mais escura, e pelo conteúdo em matéria orgânica. O mínimo de matéria orgânica é de 20%.

• Horizonte A - horizonte mineral superficial ou subjacente ao Horizonte O, com a incorporação de matéria orgânica mineralizada. É o horizonte de maior atividade biológica, apresentando coloração escurecida pela presença de matéria orgânica. Existem vários tipos de Horizonte A, dependendo dos ambientes em que são formados, uns mais pobres em matéria orgânica e outros com maiores teores de compostos orgânicos.

• Horizonte B - horizonte mineral subsuperficial situado abaixo do Horizonte A. É considerado o horizonte mais importante na diferenciação das classes de solo, resultando de transformações relativamente acentuadas do material originário e/ou ganho de constituintes minerais e/ou orgânicos migrados de outros horizontes.

• Horizonte C - horizonte mineral, relativamente pouco afetado pelos processos pedogenéticos mais superficiais, formado a partir da decomposição do substrato rochoso, não apresentando características diagnósticas dos horizontes A e B.

• Horizonte R - camada correspondente ao substrato rochoso.

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