Y. C., et al., 2007); 2) correção da Classe II com extrações de pré-molares
4) distalização en masse de todos os dentes superiores para correção da má oclusão de Classe II(JEON, et al., 2006); 5)distalização en masse de todos os
2.5 Inserção dos mini-implantes 1 Exame radiográfico inicial
2.5.7 Perfuração do tecido ósseo e inserção do mini-implante
A utilização de mini-implantes autorrosqueantes requer uma perfuração prévia
do tecido ósseo numa profundidade correspondente a 2mm ou 3mm(CARANO, A, et
al., 2005). Kyung et al.(KYUNG, H., et al., 2003) considerou que os mini-implantes
não deveriam ser inseridos sem perfuração prévia devido ao risco de fratura. Além
disso, o autor ressaltou a necessidade de se fazer uma perfuração óssea de
profundidade correspondente ao comprimento total do mini-implante quando o
diâmetro da rosca utilizado for menor do que 1,6mm. O diâmetro da broca utilizada
para a perfuração inicial deve ser 0,2mm a 0,3mm menor do que o diâmetro do mini-
implante inserido(HERMAN; COPE, 2005; HERMAN, et al., 2006; KURODA, et al.,
2007a; MAINO, B G, et al., 2003; MELSEN, 2005; MELSEN; VERNA, 2005;
utilização de uma broca cirúrgica com diâmetro de 1mm para a inserção de mini-
implantes com 1,5mm de diâmetro resulta numa ótima estabilidade primária. Uma
relação incorreta entre o diâmetro do mini-implante e o diâmetro da broca cirúrgica
pode comprometer estabilidade primária e favorecer a falha do mini-
implante(CORNELIS, et al., 2007; WILMES, et al., 2006).
Durante o procedimento de inserção deve-se evitar o aquecimento excessivo
da broca, pois o calor gerado pelo atrito pode causar o aquecimento do tecido ósseo
a uma temperatura acima de 47ºC, aumentando o risco de uma necrose óssea
superficial e o consequente comprometimento da estabilidade do mini-implante.
Estes cuidados devem ser ainda maiores durante as inserções de mini-implantes no
arco inferior, visto que a maior densidade óssea e espessura da cortical da
mandíbula dificultam a perfuração pela broca e favorece o aquecimento excessivo
do tecido ósseo(HEIDEMANN; GERLACH, 1999; HIBI, et al., 2006; KIM, J.W., et al.,
2005; PARK, H.S., et al., 2006a; PARK, H.S., et al., 2008; PRABHU; COUSLEY,
2006). Por esta razão tem sido indicada a perfuração óssea em baixa velocidade
(400 a 1500rpm) sob irrigação constante com soluções salinas refrigeradas. A
refrigeração da broca também foi indicada por Mah(MAH; BERGSTRAND, 2005) sob
a alegação de que as soluções irrigadoras refrigeradas podem não ser eficientes,
visto que não atingem a extremidade da broca onde o maior calor é gerado(CHEN,
C.H., et al., 2006; KYUNG, H., et al., 2003; LIN; LIOU, 2003; MAH; BERGSTRAND,
2005; MAINO, B G, et al., 2003). Considerando que a perfuração óssea realizada é
relativamente pequena, o resfriamento prévio da broca pode ser uma boa estratégia
para evitar o superaquecimento. Em seguida, o mini-implante é inserido,
obedecendo ao limite máximo de torque recomendado pelo fabricante. Se o torque
removido para que outro mini-implante de diâmetro superior seja inserido no mesmo
local. Caso esta manobra não seja suficiente para prover uma boa estabilidade
primária, uma nova perfuração deverá ser realizada(KYUNG, H., et al., 2003).
Quando a broca cirúrgica perfura a cortical e atinge o espaço medular o
cirurgião percebe uma mudança na resistência óssea. Alguns autores têm indicado a
adoção desta estratégia clínica para evitar danos às raízes(CARANO, A, et al., 2005;
KYUNG, H., et al., 2003; MAH; PRASSAD, 2004). Porém, este sinal clínico não
parece ser uma maneira segura de evitar os danos às raízes, pois as variações na
espessura da cortical e na densidade óssea podem levar o profissional a
interpretações equivocadas. Se durante a perfuração a broca sofre maior resistência
para chegar ao osso medular, o profissional não poderá distinguir se a resistência
advém de uma maior espessura da cortical, uma maior densidade óssea ou, ainda,
de um contato direto com a raiz dentária. Por outro lado, o alto poder de corte de
uma broca cirúrgica é suficiente para causar danos significantes mesmo quando
contatos diretos com a raiz ocorrem por um tempo reduzido. Além disso, os relatos
da literatura de acidentes graves ocorridos durante a inserção de mini-implantes
demonstram que este não é um método seguro para a prevenção dos
acidentes(CHEN, Y.H., et al., 2008; COLETTI, et al., 2007; DRIEMEL, et al., 2005;
FARR; WHEAR, 2002; HOLMES; HUTCHISON, 2000; HOMMEZ, et al., 2006;
KOCAELLI, et al., 2006; LEE, J.S., et al., 2007; MAJUMDAR; BROOK, 2002;
ROCCIA, et al., 2005; SUNG, et al., 2006).
A utilização de mini-implantes autoperfurantes não requer perfuração óssea
prévia com broca cirúrgica quando a inserção é na maxila ou nas regiões da
mandíbula onde a cortical é mais fina(CHEN, Y., et al., 2008; HEIDEMANN;
autoperfuante é necessário que o profissional aplique uma certa quantidade de
pressão ao mesmo tempo em que gira no sentido horário a chave do mini-implante.
Esta pressão não deve ser excessiva para evitar a quebra da ponta do mini-
implante, mas deve ser contínua até que a rosca do mini-implante penetre a cortical
óssea e comece o processo de autorrosqueamento(GIBBONS; HODDER, 2003;
HERMAN, et al., 2006).
A ausência de perfurações prévias faz com que o torque de inserção de um
mini-implante autoperfurante atinja valores mais elevados. Esta condição favorece
uma maior estabilidade primária, mas aumenta o risco de fraturas durante a
inserção. Sendo assim, diversos autores têm considerado que mini-implantes
autoperfurantes não deveriam apresentar diâmetros menores do que 1,5mm quando
forem inseridos sem perfuração prévia, sobretudo quando o comprimento de rosca
utilizado for maior ou igual a 8mm(CHEN, Y., et al., 2008; JOLLEY; CHUNG, 2007;
KIM, J.W., et al., 2005) (KRAVITZ; KUSNOTO, 2007; PAIK, et al., 2003; PRABHU;
COUSLEY, 2006; RUNGCHARASSAENG, et al., 2005). Apesar da supressão da
broca cirúrgica, acidentes e complicações como danos às raízes dentárias, fraturas
do mini-implante, fraturas de raízes dentárias, reabsorções radiculares e falhas do
mini-implante podem ocorrer com a inserção inadequada dos mini-implantes
autoperfurantes(CHEN, Y.H., et al., 2008; COLETTI, et al., 2007; HOLMES;
HUTCHISON, 2000; JOLLEY; CHUNG, 2007; KURODA, et al., 2007b; LEE, J.S., et
al., 2007; SUNG, et al., 2006).