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Pergunta de partida, questionamentos e objetivo

No documento DM Rosangela Maria Simão Pedreira Cataldi (páginas 67-70)

CAPÍTULO V – Opções metodológicas

5.2. Pergunta de partida, questionamentos e objetivo

A presente pesquisa tem a seguinte pergunta de partida: qual a percepção dos

professores das instituições aqui pesquisadas em relação às ações de seus gestores, identificando e descrevendo os fatores que interferem na sua motivação?

5.2.2. Questionamentos

No decorrer de tantos anos em uma vida acadêmica, surgiram muitos questionamentos, pois sabe-se que o professor precisa estar bem no seu emocional, já que sua carga de trabalho é bastante exigente. Contudo, percebe-se que nem sempre isso acontece; constantemente se encontram profissionais insatisfeitos, desiludidos, frustrados, derrotados e com altos índices de estresse. Pensando em tudo isso, sentiu- se a necessidade de pesquisar o porquê dessas insatisfações no dia a dia do docente e qual o papel da gestão para que esses profissionais, que são o suporte em suas instituições, se sintam motivados a desempenhar seu papel, tão importante dentro e fora desta comunidade. Foram estes questionamentos que levaram à pergunta de partida, pois identificando e descrevendo os fatores que interferem na motivação dos docentes destas instituições pode-se sugerir alternativas pedagógicas, que na percepção deles, possam auxiliá-los em sua prática diária.

5.2.3. Objetivos

Objetivo Geral

O objetivo principal desta pesquisa é verificar, por meio de estudo de caso, qual a percepção dos professores destas instituições em relação às ações de seus líderes.

Objetivos Específicos

Por meio de questionário, analisar as percepções dos professores destas instituições sobre seus líderes educacionais, por níveis de

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concordância e discordância às afirmações contidas no questionário aplicado.

Verificar os resultados obtidos entre as instituições e realizar uma análise comparativa dos dados obtidos no questionário, com base na literatura revisada sobre liderança, gestão escolar e motivação docente.

Por meio de uma investigação-ação, levantar alternativas pedagógicas, que na percepção dos docentes, podem auxiliá-los em sua prática diária.

5.3. Campo de Investigação

Os locais de estudo foram instituições de Brasília, cidade que compõe o Distrito Federal, capital do Brasil, que foram caracterizadas por Unidades A e B, pertencentes à rede particular e à rede pública de ensino, respectivamente.

5.4. Sujeitos Participantes

Integraram-se à pesquisa professores dos ensinos fundamental I e II de uma instituição da rede particular de Brasília, DF, que faz parte de uma grande rede de escolas particulares paulista. Nesta instituição, denominada Unidade A, que possui, aproximadamente, cem (100) professores, foi selecionada uma amostra de quarenta e seis (46) destes docentes.

Também, fez parte desta pesquisa um grupo de professores da rede pública do GDF, dos ensinos fundamental I e II, denominada Unidade B, que possui aproximadamente vinte e seis (26) docentes, dos quais somente quinze (15) fizeram parte desta pesquisa.

Tanto na Unidade A quanto na Unidade B as turmas têm em média 20 a 50 alunos por sala, dependendo do nível de escolaridade.

5.5. Metodologia de investigação

Considerando a temática em estudo e buscando um caminho mais racional para atingir os objetivos desta pesquisa, optou-se pelo método científico de pesquisa de campo, por meio de um estudo de caso em escolas das redes particular e pública do DF.

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Utilizou-se a técnica de observação participante, por meio de uma postura dialética, por se realizar através do contato direto do pesquisador com o fenômeno observado, para se obter informações sobre a realidade dentro do contexto social, desenvolvendo, assim, uma ação recíproca, onde tudo se relaciona. O que se buscou perceber foram algumas ações praticadas pelos indivíduos pesquisados em relação à sua dinâmica de trabalho, sua vida profissional diária e sua motivação, bem como sua relação com seus alunos e gestores. Segundo Yin (2016), o estudo de caso ocorre com pessoas reais em sua vida e em seu trabalho.

Realizou-se a pesquisa de campo, adotando-se o modelo de estudo de caso, por se constituir, neste momento o mais adequado. O estudo de caso é um dos vários modos de se realizar uma pesquisa sólida; é um modo de ajudar o pesquisador a lidar com algumas perguntas mais comuns (e por vezes, difíceis de serem apontadas). Em resumo, o estudo de caso permite uma investigação das características significantes de eventos evidenciados. Segundo Bell (2008, p. 18), no estudo de caso pode-se “identificar ou tentar identificar os vários processos interativos em ação e mostrar como eles afetam a implementação de sistemas e influenciam a maneira como uma organização funciona”. Segundo João (2016, p. 53), o “estudo de caso é uma forma distinta de pesquisa empírica que estuda os acontecimentos descritos em contextos concretos”, pois como existem fontes de dados diversas, faz-se necessária uma pesquisa de campo, em que o pesquisador possa adquirir as informações no próprio cotidiano pesquisado.

André (2005, p. 49) afirma que o estudo de caso deixa evidente o conhecimento do particular, do individual, pois o interesse é selecionar uma determinada unidade e compreendê-la “em sua complexidade e em seu dinamismo próprio, fornecendo informações relevantes para a tomada de decisão”. Portanto, segundo Stake (cit. in. João, 2016, p. 54), o “verdadeiro objectivo do estudo de caso é a particularização, não a generalização”.

Por fim, considerando que se pretendia, além de responder à pergunta de partida, também agir no sentido de melhorar o que não estava adequado, utilizou-se a I.A, que, segundo Fonseca (2013), é “mais que uma metodologia de investigação, é uma ciência educativa que potencia a análise crítica e reflexiva sobre a realidade educativa tendo em vista a sua melhoria, bem como do contexto social que a envolve”.

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A investigação-ação irá proporcionar aos professores o entendimento do que está acontecendo, e incentivá-los a promover uma mudança, dando-lhes suporte e capacitando-os para tal.

5.6. Instrumentos e procedimentos para a coleta de dados

No documento DM Rosangela Maria Simão Pedreira Cataldi (páginas 67-70)

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