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O local escolhido para a realização da pesquisa foi Escola Estadual Professor José Ignácio de Sousa, fundada em 1966, localizada na Cidade de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, situada à Rua Osório José da Cunha, nº 631, no Bairro Brasil, numa região próxima ao centro comercial local.

Essa escola é mantida com recursos do Estado de Minas Gerais e recebe supervisão técnica da Superintendência Regional de Ensino de Uberlândia. Possui três unidades de atendimento educacional, sendo uma em Uberlândia e as demais em distritos (Martinésia e Tapuirama). Funciona nos três turnos de atividades de ensino (manhã, tarde e noite), com horário de funcionamento das 07h às 22h45min, atendendo diversos níveis e modalidades de ensino, ensino fundamental 6º ao 9º ano, ensino médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e cursos profissionalizantes como a Habilitação Profissional de Magistério 1º. Grau e Habilitação Profissional de Técnico em Processamento de Dados.

A referida unidade escolar tem uma equipe de 125 (cento e vinte e cinco) integrantes, sendo 01(um) Diretor, 03 (três) Vice-Diretores, 01 (uma) secretária, 11 (onze) assistentes, 28 (vinte e oito) auxiliares, 07 (sete) supervisores, 73 (setenta e três) professores e 01 (um) Inspetor (que atende um conjunto de 15 escolas na região). É assessorada por um Colegiado Escolar e um Conselho Fiscal constituído por membros da comunidade escolar, democraticamente eleitos.

O processo de escolha do diretor e vice-diretores, membros do colegiado e conselho fiscal, acontece por meio de processo eleitoral que é realizado por uma comissão eleitoral constituída pela Assembleia Geral da escola. Essa assembleia é composta por todos os membros da comunidade escolar.

Sobre esse assunto, Dourado (2004, p. 178) destaca que:

A eleição é um importante mecanismo no processo de gestão democrática, mas não é suficiente. Outros processos e mecanismos devem ser vivenciados pelas unidades educativas, entre eles, o Conselho Escolar. Pois pensar a democratização na e da escola implica definir claramente qual a função social da escola. Implica pensar: Para que serve a escola? Quais são as suas funções básicas?

A reflexão sobre essas questões deve ser parte da ação de diferentes segmentos da escola no processo de escolha do dirigente escolar, na participação ativa dos Conselhos Escolares.

Para as eleições são estabelecidos critérios de paridade, em termos de “peso” de voto igualitário, sendo que todos os integrantes da escola (professores e trabalhadores) e também os outros componentes da comunidade escolar (alunos, pais de alunos e sociedade) têm direito ao voto. As chapas devem ser constituídas e registradas previamente para divulgação durante o período eleitoral, e a escolha sempre ocorre por meio de eleição, com peso do voto igualitário.

As chapas das eleições dos conselheiros devem conter representantes de cada segmento da comunidade escolar, permitindo apresentar 02 candidatos e um suplente, representantes dos segmentos (professores, funcionários, alunos, pais de alunos e comunidade) os quais deverão ser informados por seus pares para integrar a chapa de renovação desses conselhos.

A escola conta atualmente com um número de alunos equivalentes a 2056, conforme o censo de 2017, distribuídos em 58 turmas, utilizando de 28 salas de aula.

Durante o percurso da pesquisa e após analisar o Projeto Político Pedagógico escolar, foi identificada a existência de um organograma que demonstrava a política de atenção dedicada ao aluno, colocando-o no centro da figura daquele organograma e rodeado pelos demais setores da escola, mas não demonstrava com clareza os aspectos da gestão administrativa, nem deixava claras as estruturas de poder e liderança das atividades.

Portanto, a partir dessa constatação, estabeleceu-se a necessidade de se fazer um mapeamento da estrutura funcional da Escola Estadual Professor José Ignácio de Sousa, para construir um modelo que fosse estruturado em níveis de atividade e de responsabilidade, com a intenção de demonstrar como é a organização administrativa e financeira da Escola e de que maneira ela se estrutura e se organiza para a condução dos processos internos de gestão.

A construção do novo modelo foi realizada seguindo os critérios de segregação das funções desempenhadas pelos diferentes cargos, evidenciando o comando administrativo exercido pelo diretor escolar e distinguindo também os demais níveis hierárquicos coincidentes com cada um dos diversos setores da escola.

O trabalho foi concluído adotando-se um modelo de organograma funcional vertical, com níveis estruturados para os escalões de poder e que demonstra também que a direção escolar estabelece relações de gestão compartilhada com os vice-diretores e, por fim, representa de forma clara o conceito de “livre acesso do aluno aos demais integrantes do coletivo da escola e atenção dedicada ao aluno”, conforme ficará evidenciado na figura abaixo.

Figura 8 – Organograma Administrativo e Funcional da EEPJIS 201716

Fonte: Documentos oficiais da EEPJIS no período 2016 e 2017.

Essa perspectiva da estrutura organizacional foi necessária para permitir a compreensão dos níveis de responsabilidade existentes na escola, bem como proporcionar o entendimento de como se estabelece o suporte administrativo para materializar as decisões no âmbito escolar.

Ao analisarmos esse organograma podemos observar como se estabelece a Estrutura de poder na Escola EEPJIS e também ficam bem definidas as linhas de comunicação entre cada setor e a diretoria da escola.

Destacamos inicialmente que o Conselho Fiscal, a Comissão de Licitação e o Colegiado Escolar são unidades de assessoramento à diretoria da escola, mas são independentes e não têm uma obrigação de obediência hierárquica nessa estrutura.

Quanto aos demais níveis administrativos, todos se reportam ao diretor escolar e exercem as suas funções para cooperar com a gestão da unidade, cuja integração é fortalecida a partir da liderança exercida pelo gestor, no exercício da gestão democrática. Destaca-se o retângulo que representa o aluno, perpassando por todos os níveis da hierarquia e tendo livre acesso a cada área da escola, podendo se beneficiar dessa condição para o melhor aproveitamento do sistema escolar, facilitando o seu acesso às oportunidades que lhe proporcione o melhor do ensino e aprendizagem ofertados.

2.2. A pesquisa documental qualitativa e os procedimentos de produção e análise dos