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Pessoas residindo em domicílios com ao menos uma inadequação domiciliar, segundo as Unidades da Federação

No documento SÍNTESE DE INDICADORES SOCIAIS (páginas 69-73)

Condições de moradia

Cartograma 5 Pessoas residindo em domicílios com ao menos uma inadequação domiciliar, segundo as Unidades da Federação

Em 2018, a Região Norte obteve os piores resultados para a cobertura de cada um dos três serviços de saneamento básico. O Gráfico 13 mostra a proporção da po- pulação sem acesso aos serviços de saneamento, em cada uma das Grandes Regiões.

Também são significativas as variações das condições de moradia e saneamento conforme outras características socioeconômicas e demográficas dos moradores. A Tabela 2.19 mostra a ocorrência das inadequações domiciliares desagregadas por sexo, cor ou raça, faixa etária, nível de instrução, posição na ocupação e tipo de ar- ranjo domiciliar. A Tabela 2.21 traz as mesmas desagregações para a proporção da população sem acesso aos serviços de saneamento.

Tanto em relação às inadequações habitacionais como em relação à ausência de saneamento, as proporções registradas são maiores entre pretos e pardos do que entre brancos, e são mais elevadas entre pessoas com menores níveis de instrução e entre as pessoas em posições informais na ocupação. Também são maiores as proporções registradas entre os mais jovens, conforme o Gráfico 14 – resultado que se relaciona com a maior presença de crianças e jovens em domicílios com menores rendimentos (Tabelas 2.19 e 2.21).

Gráfico 13 - Proporção da população residindo em domicílios com ausência de serviços de saneamento, por Grandes Regiões, segundo o tipo de serviço - 2018

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2018. Nota: Dados consolidados de primeiras entrevistas.

Ausência de coleta direta ou indireta de lixo % 18,6 7,2 5,7 3,3 21,3 41,8 20,7 12,5 11,5 7,7 79,3 57,1 45,3 33,8 11,8 Ausência de abastecimento de água

por rede geral

Ausência de esgotamento sanitário por rede coletora

ou pluvial

A PNAD Contínua coleta informações sobre os domicílios desde 2016. A Tabela 2.18 mostra os resultados para posse de bens, acesso a serviços de saneamento e as inadequações domiciliares também para os anos de 2017 e 2016 – a única exceção é a informação relativa à presença de banheiro de uso exclusivo, que só foi investigada a partir de 2017.

No intervalo entre esses três anos não foi possível notar uma evolução signi- ficativa da proporção de ocorrência das inadequações domiciliares. Já em relação aos serviços de saneamento básico, nota-se uma expansão, ainda que moderada, do esgotamento sanitário por rede coletora e da coleta de lixo. Entre 2016 e 2018, a proporção da população residindo em domicílios com esgotamento sanitário por rede coletora aumentou 0,6 ponto percentual (de 63,7% para 64,3%) e a proporção residindo em domicílios com coleta de lixo subiu 0,8 ponto percentual (de 89,5% para 90,3). Já o acesso à rede de abastecimento de água manteve-se estacionado entre 2016 e 2018, de acordo com a PNAD Contínua.

Quanto à posse de bens, nota-se variações um pouco mais aceleradas na posse de máquina de lavar roupas e de automóvel. A proporção de pessoas resi- dindo em domicílios com máquina de lavar roupa ampliou 1,8 ponto percentual (de 63,8% a 65,6%) e a de pessoas residindo em domicílios com automóvel elevou- -se 1,6 ponto percentual (de 49,6% a 51,2%). Para esses dois bens, o movimento de expansão da posse foi mais forte entre 2017 e 2018 do que entre 2016 e 2017, o que está em linha com os resultados observados para os rendimentos médio e mediano da população, que se mantiveram estáveis entre 2016 e 2017, mas regis- traram uma expansão moderada entre 2017 e 2018 (Gráfico 1 na seção Distribuição de rendimento).

Gráfico 14 - Proporção da população residindo em domicílios com ausência de ao menos um serviço de saneamento e presença de ao menos uma

inadequação domiciliar, por grupos de idade - Brasil - 2018

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2018. Nota: Dados consolidados de primeiras entrevistas.

30 a 59 anos 60 anos ou mais

0 a 14 anos 15 a 29 anos

%

Ausência de ao menos

um serviço de saneamento Presença de ao menos uma inadequação domiciliar

42,4 39,0 35,3 33,3 20,9 14,9 10,3 5,6

A posse de geladeira não apresentou variação significativa e a posse de telefone avançou apenas 0,6 ponto percentual. Essa maior estabilidade é esperada, uma vez que esses bens já se encontravam relativamente próximos à universalização.

Uma evolução mais rápida foi verificada no acesso domiciliar à Internet. Em 2016, 68,0% da população residia em domicílios com acesso à Internet. Em 2018, essa proporção passou para 79,9%. Conforme mostra o Gráfico 15, essa expansão foi mais rápida entre os mais pobres. A proporção da população residindo em do- micílios com acesso à Internet, entre aqueles com rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 5,50 PPC avançou 18 pontos percentuais entre 2016 e 2018 (de 47,9% para 65,9%), enquanto o resultado para a população em geral foi de 11,9 pontos percentuais (de 68,0% para 79,9%).

Gráfico 15 - Proporção da população residindo em domicílios com acesso a internet, total e com rendimento domiciliar per capita

inferior a US$ 5,50 PPC diários - Brasil - 2016-2018

2016 2017 2018 70,0 80,0 60,0 50,0 79,9 74,9 68,0 47,9 58,3 65,9 40,0 % 30,0 90,0

Total Inferior a US$ 5,5 PPC 2011 (1)

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016-2018. Notas: 1. Dados consolidados de primeiras entrevistas.

2. Rendimentos deflacionados para reais médios de 2018.

(1) Taxa de conversão da paridade de poder de compra para consumo privado, R$ 1,66 para US$ 1,00 PPC 2011, valores diários tornados mensais e inflacionados pelo IPCA para anos recentes.

Apesar da redução na desigualdade de acesso domiciliar à Internet entre as fai- xas de rendimento, ainda persiste uma diferença considerável na forma de acesso. Em 2018, no total da população, 40,2% residia em domicílios onde havia acesso à Internet por computador. Entre a população com rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 5,50 PPC, essa proporção era de apenas 13,1%. Isso ocorre porque a expansão do acesso se deu por meio de outros equipamentos eletrônicos, especialmente o telefone celular (Tabela 2.18).

No documento SÍNTESE DE INDICADORES SOCIAIS (páginas 69-73)