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PIANEJAMENTO DA PESQUISA E DO EXPERIMENTO.

O problema encontra-se inserido nas condições de urna área de cultivo tradicional de cana-de-açúcar, isto é, de uma UPCA, onde está consolidada a técnica de irrigação com sistema "montagem direta", na aplicação de re­ síduos líquidos que efluem da agroindústria. Este problema, para o qual buscamos resposta, requer o coru�ecimento de particularidades inerentes (1) à UPCA, (2) à área onde for implantado o experimento, (3) ao solo desta área e (4) aos líquidos utilizados(vinhaça ín natura e água comum). Espe­ cificamente, é preciso conhecer:

1) o estágio tecnológico em que se encontra a UPCA, principalmente no que se refere à disposição em fazer pesquisas e, mais ainda, com res­ peito ao gerenciamento do projeto de aplicação de resíduos;

2) que tipo de estrutura de condução e distribuição dos resíduos é utilizada pela UPCA, como também no transporte e deslocamento de pessoal, material e equipamentos na área do projeto; isto determina, também, a ope­ racionalização das atividades no experimento;

3) que topografia predomina na região; isto é decisivo na seleção da área destinada à implantação do experimento. É indefensável, em termos científicos e de aplicabilidade dos resultados, a instalação deste experi­ mento em área de topografia acidentada;

4) qual o histórico de cultivo da área do experimento; isto importa no fato de que ela não deve ter recebido vinhaça ou outro resíduo estra­ nho, em passado recente;

5) que tipos gerais de solo predominam na região, na UPCA e qual o tipo de solo da área do experimento; isto importa na abrangência dos dados a serem obtidos, inclusive a nível de Estado;

6) que tipos de efluentes líquidos são predominantemente utilizados nas áreas dos projetos, tanto a nível de UPCA quanto de Estado;

7) quantitativamente, quais as características dos elementos da se­ ção, ou das seções, de canal praticadas pela UPCA; qual a profundidade média de escavação dos canais;

Estes elementos, componentes de uma realidade na qual se insere a pesquisa, interagem na fase de planejamento e de alocação de recursos, otimizando a operacionalização do experimento e, em última instância, ga­ rantindo a obtenção dos dados pretendidos da forma mais científica e consistente possível.

3.3. MATERIAIS.

3.3.1. Localização do experimento.

A área experimental está localizada a 9°48'LS, 36°05'LO e 40m, no

Estado de Alagoas, Município de São Miguel dos campos, em terras da Usina caeté S/A, fazenda São João, lote nº 4. A topografia da área é plana a

levemente ondulada, com 3% de declividade. outros detalhes encontram-se no apêndice 5.

3.3.2. Solo.

Podzólico Acinzentado Tb distrófico A proeminente textura média (leve)/wkdia; moderadamente a imperfeitametne drenado; uso atual cana-de­ açúcar. Através de verificação dos registros históricos de lotes e por informações pessoais dos Engenheiros e Técnicos da UPCA, verificou-se que o lote onde se desenvolveu o experimento não recebeu vinhaça. O quadro 1 contém a composição granulométrica e a classificação textural por horizon­ te. O Apêndice 2 contém uma caracterização mais detalhada deste solo.

QUADRO 03 - Composição granulométrica e classificação textural, por hori­ zonte, do solo da área do experimento.

Horizon- Profun- Composição granulométrica Classificação textu-

tes didade Areia Silte Argila ral

(an) %

Ap 00-20 73,74 6,67 19,50 Franco arenoso

A 20-50 65,09 5,73 29,18 Franco argilo arenoso

E 50-85 57,85 9,22 32,93 Franco argilo arenoso

Btxm 85-195 52,20 14,19 33,61 Franco argilo arenoso

3.3.3. Líquidos.

Como referido no ítem 3.1.2., os líquidos utilizados foram a vinhaça

in natura e a água comum. Toda a vinhaça in natura usada nos tratamentos experbüentais foi de formação instantânea, isto é, recém saída da indús­ tria. A água comum usada adveio parte do açúde da indústria e parte da caixa d'água da garagem do Departamento Agrícola da UPCA. As análises fo-

ram feitas considerando-se a caracterização química, mineral e orgânica, destes líquidos. Os resultados destas análises encontram-se no Apêndice 1. 3.3.4. Trecho de canal.

A figura 3 contém alguns elementos de um TC característico, com al­ guns detalhes dos componentes mais importantes.

3m

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a=52°

0,490m

0,490m

FIGURA 03 - Detalhe do TC e Sub-TC's, com seus principais elementos ca­ racterísticos.

Os TC' s foram abertos manualmente, por um grupo de trabalhadores rurais treinados especificamente para este tipo de atividade. Neste expe­ rimento foram abertos 35 TC' s, os quais se constituíam nas parcelas experimentais.

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Apêndice 3, contém a foto de um TC já concluído.

3.3.5. Acessórios e equiparnentos.

Para o transporte de água da fonte para a área experimental e, aí estando, para derivação deste líquido para dentro dos TC's, instalando os respectivos tratamentos, foi utilizado um caminhão-tanque, com capacidade

de 13 mil litros. Posteriormente, em virtude de necessidades da UPCA, este caminhão foi substituído por um tanque, tracionado, com capacidade para sete mil litros. O caminhão-tanque, a partir daí, ficou realizando o abas­ tecimento deste tanque, quando solicitado.

O transporte da vinhaça da fonte para a área experimental e, aí es­ tando, na derivação do líquido para os TC' s, foram feitos utilizando-se outros dois tanques, com capacidades de 2,5 e 4 mil litros, respectivamen­ te, tracionados por trator. Evidentemente, o trator, de média potência, foi outro equipamento :i.rrprescindível às atividades no experimento, em vir­ tude da constante necessidade de seus serviços, no deslocamento tanto dos tanques de um TC para outro, instalando os tratamentos, quanto dos infil­ trômetros - bastante pesados.

Os infiltrômetros, em número de dois, eram caixas de cimento amian­ to, com capacidade para 1000 litros, adaptadas para realizar a medida do infiltrado no TC correspondente num determinado tempo. O Apêndice 4, con­ tém uma foto mostrando esses aparelhos.

Outro material :i.rrprescindível, embora de s:i.rrples idealização e con­ fecção, foram as comportas. Em número de quatro eram compostas de chapa e cantoneiras de ferro laminado, na forma trapezoidal, utilizadas para con­ ter o líquido no Sub-TC de interesse(Sub-TCC), dando condições para que se medisse a infiltração de acordo com os objetivos da pesquisa.

Os controladores de nível da lâmina de líquido, também em número de quatro, eram dispositivos de madeira, idealizados e confeccionados de for­ ma a possibilitar a verificação constante da altura da lâmina de líquido no TC, mantendo-a sempre na altura requerida e possibilitando as devidas complementações. Este controle era feito diretamente em uma régua milimé­ trica, acoplada ao dispositivo de controle. Os Apêndices 5 e 6, contêm fotos mostrando esses materiais.

Vários outros materiais menores, porém de grande importância nas atividades deste experimento, foram: o cronômetro, o termômetro, as ferra­ mentas para escavação dos TC's, a lona plástica para cobertura dos TC's ou dos infiltrômetros, quando necessário, além de outros.

A equipe de trabalho coonstituiu-se de 4 peões, 1 tratorista, 1 mo­ torista, 1 auxiliar de motorista, além do pesquisador.

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