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Pistas, Meios Mecânicos e Infra-Estruturas de Apoio

2. Conhecimentos Básicos Extra Modalidade

2.4. Pistas, Meios Mecânicos e Infra-Estruturas de Apoio

Pistas

São várias as características inerentes a uma pista e dependendo daquilo que cada utilizador procura, estas assumem diferentes importâncias. Um plano de pistas fornece ao esquiador/snowboarder uma "fotografia" da área escolhida, já que lhe mostra o resumo de tudo o que nela poderá encontrar:

1) Número de pistas e respectivo grau de dificuldade; 2) Meios mecânicos existentes;

3) Infra-estruturas de apoio (restaurantes, lojas de equipamentos, escolas, balneários;

4) Áreas específicas.

Classificação das Pistas:

As pistas (de esqui alpino/snowboard) dividem-se em quatro classes em função do seu grau de dificuldade:

1) Pistas Verdes: Pista muito fácil, ideal para principiantes. O desnível é suave, e é bastante larga;

2) Pistas Azuis: Pista fácil, com um pouco mais de inclinação que a verde; 3) Pistas Vermelhas: Pista com um grau de dificuldade considerável, onde

o esquiador/snowboarder pode encontrar curvas, lombas e zonas estreitas;

4) Pistas Pretas: Pista muito difícil; O desnível é muito pronunciado e frequentemente acidentada com curvas, lombas e saltos.

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São vários os factores que influenciam a dificuldade de uma pista:

O desnível: Indica o grau de inclinação, a distância vertical medida entre o ponto mais alto da pista (cota máxima) e o ponto mais baixo (cota mínima). A maioria das estâncias de esqui oferecem pistas que têm um desnível entre os 10º e os 50º sendo que, de uma forma geral, não ultrapassam os 30º. Os esquiadores e snowboarders mais experientes ou pelo menos à procura de “acção” precisam de uma inclinação de pelo menos 45º. Uma pista cuja inclinação varia é naturalmente mais difícil.

A presença de Obstáculos: Bossas, pistas estreitas e com muita inclinação, trajectórias com árvores, objectos, áreas rochosas ou penhascos são mais difíceis de esquiar (ou fazer snowboard) do que nas chamadas áreas "limpas".

Condições: Pistas geladas são sempre mais difíceis para o esquiador/snowboarder que aquelas com neve “normal”. Obviamente que esquiar (ou fazer snowboard) a nevar aumenta a dificuldade já que diminui a visibilidade drasticamente.

Comprimento e largura: Mesmo uma pista relativamente difícil pode ser mais facilmente esquiada se for larga e curta. Quanto mais estreita for a pista, maior habilidade é necessária para a percorrer. È necessário “estudar” a pista antes de começar a descida, para observar se existem obstáculos, árvores, ou outras particularidades nos terrenos que exijam maior perícia.

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Meios Mecânicos

Os meios mecânicos existem para transportar os esquiadores/ snowboarders para o cimo das pistas e evitar o esforço físico das subidas.

A qualidade da estância prende-se também com a qualidade e variedade dos meios mecânicos, e a adequação destes ao meio envolvente.

Existem os mais variados tipos de meios mecânicos mas, antes de mais, é importante saber que a sua utilização requer a compra de um passe ou forfait.

Assim existem os seguintes meios mecânicos:

Teleski ("Saca-rabos"): O mais simples dos meios mecânicos. Consiste numa ou em duas roldanas que se encontram à altura da cintura e estão unidas por uma corda. O utilizador coloca o gancho entre as pernas e é puxado pela encosta acima, colocando os esquis em paralelo ou no caso do snowboard soltando o pé traseiro da fixação no sentido de se manter em equilíbrio.

Telecadeira: Como o próprio nome indica, neste tipo de teleférico os utentes são transportados em cadeiras. O utilizador coloca-se na trajectória da mesma, espera que esta esteja em posição, e senta-se. Os vários modelos existentes diferem no número de lugares e na existência ou não de apoios para os pés (bastante úteis para descansar nas subidas). Tal como os "teleskis" podem ser de funcionamento simples (a cadeira mantém sempre a mesma velocidade) ou desembraiáveis (a cadeira sai do circuito principal e encaixa noutro, o que a torna mais lenta). No caso das cadeiras desembraiáveis, estas abrandam para poder entrar com maior comodidade e segurança.

Telecabine: É um tipo de teleférico no qual existem pequenas cabines fechadas com capacidade para algumas pessoas.

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Funiculares: Terrestres e aéreos. Funcionam sobre carris, em que duas carruagens servem de contrapeso uma à outra. São normalmente os meios de elevação de maior capacidade.

As regras de segurança mais recomendadas na utilização dos meios mecânicos são as seguintes:

1) Todos os esquiadores devem obedecer aos sinais exibidos nas proximidades das áreas de subida e descida dos meios mecânicos; 2) O esquiador/snowboarder deve prepare-se para subir enquanto

espera pela sua vez na fila;

3) O esquiador/snowboarder deve obedecer às instruções do operador do teleférico quando se estiver a aproximar da área de subida;

4) Usar sempre a barra de segurança dos teleféricos com cadeiras; 5) Nunca saltar dos assentos;

6) Se o teleférico parar, manter a calma e aguardar o reinício do seu funcionamento ou instruções do operador do teleférico ou da patrulha de esqui/snowboard;

7) Quando se viaja num teleski, permanecer no caminho e não fazer “ziguezagues”;

8) Descer apenas na área designada a menos que o teleski/telecadeira pare e um operador desse meio mecânico ou patrulha de esqui/snowboard der instruções para o fazer;

9) Se o esquiador/snowboarder cair, deve tirar os esquis ou a prancha e sair do caminho do teleski o mais rapidamente possível;

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Infra-Estruturas de Apoio

As infra-estruturas de apoio podem ser inúmeras mas a sua combinação e variedade contribuem para fazer uma estância mais ou menos equipada, sofisticada, apetecível e tecnologicamente evoluída.

Canhões de neve: Actualmente, a neve pode ser produzida artificialmente através dos chamados canhões de neve. Os canhões de neve suprem assim as regiões em que haja escassez, possibilitando uma neve constante e uniforme.

Áreas Especificas: Snowparks (locais para prática de freestyle com halfpipe, saltos, e pistas especiais de snowboard cross), estádios de competição, e circuitos de esqui de fundo são algumas das áreas de específicas que um esquiador ou snowboarder pode encontrar numa estância de neve.

Outros: Áreas para aprés-ski, escolas de esqui, escolas de snowboard, áreas de lazer, lojas, restaurantes…

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3. O Snowboard

3.1. O Equipamento

Segundo Neil McNab (2006), o equipamento necessário para a prática de Snowboard é o seguinte:

1) Gorro: Mais de um terço do nosso calor perde-se através da cabeça. Um bom gorro que cubra a zona do pescoço é fundamental;

2) Óculos de Neve: Os óculos de snowboard de caixa são mais eficazes para a prática de snowboard do que os óculos de sol. Uma característica importante é os óculos possuírem lentes adaptáveis às diferentes condições de luminosidade;

3) Vestuário apropriado: É aconselhável um casaco específico de snowboard. As calças devem ser compridas e largas à volta das ancas e dos joelhos para facilitar os movimentos;

4) Luvas: Um par de luvas impermeáveis bem ajustadas é essencial para proteger as mãos do frio da montanha;

5) Botas: As botas devem ser quentes, confortáveis, resistentes e impermeáveis;

6) Leash: É utilizado para prender a prancha ao pé ou à perna dianteira e evitar que ela se afaste;

7) Fixações: As fixações são o intermediário entre as botas e a prancha. As fixações deverão ser de boa qualidade, uma vez que são determinantes na evolução do snowboarder;

8) Prancha de Snowboard: a prancha deverá adequar-se à altura do snowboarder, ao seu nível técnico, às suas condições físicas e aos seus objectivos.

Existem ainda outros equipamentos, mas que não apresentam relevância para um snowboarder de iniciação.

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