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O Planejamento Estratégico é uma técnica administrativa que procura ordenar as ideias das pessoas, de forma que se possa criar uma visão do caminho que se deve seguir (estratégia). Depois de ordenar as ideias, são ordenadas as ações, que é a implementação do Plano Estratégico, para que, sem desperdício de esforços, caminhe na direção pretendida. (Almeida, 2010).

Formular uma estratégia sólida requer tanto análise como síntese, e é uma atividade ao mesmo tempo racional e criativa. Saber aonde se quer chegar e descobrir maneiras criativas e cuidadosamente analisadas para atingir tal objetivo são as marcas inconfundíveis de um desenvolvimento estratégico bem-sucedido. (Kluyer & Pearce II, 2010).

Segundo estes autores, formular estratégias significa criar uma visão de longo prazo para a organização, ao mesmo tempo em que se mantém certo grau de flexibilidade quanto a como chegar lá e a como criar um portfólio de opções para adaptar-se à mudança.

Criar estratégias seguramente implica em escolher uma direção bem definida para os negócios no futuro, fortalecendo a identidade corporativa da organização e estabelecendo um ritmo de trabalho que implique colher determinados resultados em um espaço de tempo bem determinado. (Amoroso, 2002).

A estratégia é um padrão ou plano que integra as principais metas e políticas de uma organização. Uma estratégia adequadamente formulada ajuda a por ordem nas deficiências e nos recursos internos da organização, assim como pode possibilitar possíveis trocas entre as pessoas, melhorando a relação da organização com os stakeholders tanto internos quanto externos. (Silva, Karawejczyk & Pretto, 2002).

As ações tomadas pelas empresas para redução da geração de resíduos, e novas alternativas para o seu tratamento e disposição final, são geralmente estabelecidas devido a pressões externas (exigências legais ou de mercado), principalmente nas empresas exportadoras ou, ainda, nas multinacionais que seguem o padrão de suas matrizes dos países desenvolvidos. (Coral, 2002). Complementa dizendo que o grande desafio das organizações modernas é o de buscar formas de como ser competitiva e sustentável ao mesmo tempo, mas os modelos tradicionais de planejamento e análise estratégica falham em responder tais questões.

Para a autora, a busca pelo desenvolvimento sustentável do planeta exigirá planejamento e esforços internacionais, nacionais, regionais e individuais, pois existem problemas ambientais que afetam todo o planeta e outros que são específicos de um país ou

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região. Desta forma, as macrodiretrizes e metas a serem atingidas pelos países nas questões globais e intercontinentais são estabelecidas pelos acordos internacionais e devem ser desdobradas em políticas nacionais e planos de ação que englobarão também as questões locais e culminarão na operacionalização do planejado no nível micro.

O Planejamento nas entidades é dividido em três níveis: Nível estratégico, em que são planejadas as decisões que afetam o todo da entidade. Além disso, não se pode voltar atrás, uma vez que estas decisões a afetam a longo prazo; nível administrativo, também conhecido como tático ou integrativo que faz a ligação entre as decisões estratégicas e as operacionais; nível operacional, em que as ações realmente acontecem. Existe a necessidade de haver uma integração para que aquilo que é planejado em nível estratégico seja refletido para o nível administrativo e, também, para o operacional. O planejamento em nível operacional é chamado de ações, que devem refletir a real necessidade de pessoas e recursos, servindo para comprometer as pessoas com os planos (Almeida, 2010).

Concorda Coral (2002), quando afirma que a forma como a empresa se posiciona afeta seus resultados diretamente positiva ou negativamente. A análise e implementação de estratégias e ações relacionadas ao meio ambiente natural e ao fator social envolvem todos os setores de uma organização de forma multidisciplinar, não devendo ser tratadas como responsabilidade de apenas um departamento ou função organizacional.

Para desenvolver estratégias vencedoras faz-se necessário compartilhar o pensamento estratégico entre todos os membros da organização, pela identificação individual e posteriormente, grupal dos elementos que constituam o âmago da competência ou competência essencial (Oliveira & Neto, 2008).

No estágio de identificação de regras e fatos inerentes a cada indivíduo envolvido nos processos organizacionais, o indivíduo é levado a conhecer o seu perfil e o seu papel de competência essencial no processo, o que atingirá o seu componente individualista levando-o a compreender que quanto mais os resultados de suas ações forem qualitativas, maior qualidade e competitividade terá a empresa. Se o indivíduo ou o grupo detém o conhecimento de sua função e as implicações, se tornará um agente de mudança, não só contribuindo para o planejamento estratégico como atuando na ação estratégica, de modo compartilhado e responsável. (Trouillet, 1998).

A literatura existente tem evidenciado que não há nenhuma maneira universalmente correta de elaborar e implementar o Planejamento Estratégico, pois cada modelo apresenta suas características. Estes modelos, apesar de terem alguns focos particulares sobre o

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planejamento estratégico, variam dos mais simples aos mais sofisticados. Entretanto, praticamente todos eles levam em conta três premissas básicas para o desenvolvimento do processo de implementação do Planejamento Estratégico: estabelecimento da Visão/Missão; análise interna e externa, levando em conta os pontos fortes e fracos da organização e as oportunidades e ameaças do ambiente; elaboração das estratégias e planos e sua implementação. (Ramos e Almeida, 2006).

Neste estudo, para efeito de comparação de etapas com relação à AAE, utilizaremos o Modelo de Planejamento Estratégico de Almeida (2010), estruturado na figura 3.

Figura 3: Modelo de Planejamento Estratégico de Almeida Fonte: Almeida (2010)

Nas organizações públicas, as principais etapas do planejamento estratégico são a identificação da missão da organização, a avaliação da estratégia vigente, a análise do ambiente onde ela está inserida, a definição e quantificação dos objetivos, a elaboração do orçamento e o controle (Almeida & Cruz, 2002).

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