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6.1 ESTUDO 1: GRUPO FOCAL (FOCUS GROUP)

6.1.1 PLANEJAMENTO DO ESTUDO DE GRUPO FOCAL

O primeiro passo para garantir que as sessões do Grupo Focal, possam ser conduzidas de forma adequada, é definir os objetivos do estudo. No caso dessa tese, o objetivo geral, como mencionado anteriormente, é entender a percepção dos especialistas sobre a aplicabilidade de da abordagem para aplicação de MBT em AT proposta nesse estudo e da DSL Aquila.

Para isso, primeiro buscamos entender a percepção dos especialistas sobre a produti- vidade que a utilização de MBT em AT, baseado na DSL Aquila, pode prover. Além disso, nos propusemos a entender qual a avaliação dos especialistas quando a produtividade proporcionada pela DSL Aquila é comparada com a produtividade de um processo de testes que considera a programação manual dos scripts para automação de testes.

Posteriormente questionamos os especialistas a respeito da suas percepções deles sobre a curva de aprendizado do uso da Aquila em comparação com a curso de aprendizagem para a criação manual de scripts de teste. Assim, estabelecemos duas questões de pesquisa (RQ) que queríamos responder até o final do estudo de Grupo Focal:

RQ1: Qual é a percepção dos especialistas sobre a produtividade que pode ser obtida ao usar a DSL Aquila em comparação com a criação manual de scripts de teste para automação de testes?

de Aquila quando comparadas à curva de aprendizado para a criação manual de scripts de teste para automação de testes?

O segundo passo na fase de planejamento foi determinar o perfil e a quantidade de es- pecialistas que participariam da execução do Grupo Focal. Nesse estudo, foram convidados pro- fissionais de TI que trabalham em equipes ágeis de desenvolvimento de software, cujas principais responsabilidades eram análise de negócios, programação ou análise de qualidade de software. Foi realizada uma chamada pública descrevendo o estudo e o perfil requerido para participação, convidando profissionais para colaborarem com o estudo. Esse convite foi feito via redes sociais e os profissionais que demonstraram interesse foram convidados para participar.

Uma vez determinados o perfil e o número de sujeitos, definiu-se a data e o local em que a sessão de grupo focal seria executada. Foi escolhido um local próximo ao trabalho dos sujeitos e também estabelecida uma janela de tempo para que os participantes escolhessem a data mais adequada.Considerando que a maioria dos sujeitos que aceitou participar do estudo trabalha no parque tecnológico da PUC (Tecnopuc), optou-se por realizar o encontro dentro da Universidade.

Para garantir o sucesso da sessão, preparou-se uma sala para que nenhum fator externo interferisse, de modo que fosse possível coletar todos os dados dos participantes. Por exemplo, escolheu-se uma sala de reunião que não tivesse interferência de ruído, com equipamentos de gra- vação de áudio e vídeo previamente testados. Ademais, todos os documentos que seriam usados durante as sessões foram revisados e contabilizados.

Além disso, para verificar se o protocolo do Grupo Focal estava correto, realizamos um estudo piloto com três profissionais de TI com experiência em programação e teste de software. Os resultados desse estudo piloto não foram incluídos na análise final. Basicamente, esse piloto foi utilizado para verificar se a gravação de áudio e vídeo estava capturando de maneira correta e precisa a voz e as imagens dos participantes; se os questionários estavam coletando as informa- ções necessárias para o estudo; se os documentos que seriam fornecidos aos sujeitos continham informações suficientes sobre Aquila, para que eles pudessem fornecer uma boa avaliação; e se a duração estimada da sessão (tempo) seria suficiente. O estudo piloto nos ajudou a melhorar os seguintes aspectos: os documentos que descrevem a Aquila e seu funcionamento; as questões utilizadas nos questionários; a posição do equipamento de gravação.

Para conduzir a sessão de grupo focal, tivemos a participação um moderador e dois assis- tentes para garantir que os dados importantes obtidos durante as sessões não seriam perdidos. A prática de utilizar moderador e assistente está de acordo com o processo descrito por [33].

Para execução do estudo de grupo focal, a sessão foi dividida em duas fases. Na fase 1, a Aquila foi apresentada e os participantes receberam um questionário para responder questões re- lacionadas às questões de pesquisa desse estudo, de acordo com suas percepções individuais. Na fase 2 foi realizada uma discussão coletiva onde todos os participantes apresentaram suas opiniões. Durante esse período, o moderador não interviu na discussão exceto em situações onde se fez ne- cessário assegurar que a discussão permanecesse dentro do escopo estabelecido. Os assistentes

durante toda sessão anotaram pontos importantes das discussões, controlaram o tempo, monitorar equipamento de gravação e distribuíram os documentos aos sujeitos sempre que necessário.

Os seguintes documentos foram fornecidos a todos os participantes: Questionário de Iden- tificação do Perfil do Participante, Formulário de Consentimento da Participação na Pesquisa (Apên- dice B), Roteiro do Grupo Focal (Apêndice A) e Questionário sobre a DSL Aquila (Apêndice C);

As seguintes perguntas foram feitas aos sujeitos participantes para compreender os seus perfis:

1) Qual é a sua área de atuação (teste ou qualidade de software; análise de negócios; gerencia- mento de projetos; desenvolvedor; outros)?;

2) Você tem conhecimento sobre automação de testes? Avalie seu conhecimento; 3) Qual é o seu nível de experiência como um programador de equipe ágil?;

4) Qual o seu nível de experiência em relação à área de negócio (requisitos, cenários, regras de negócio ...)?;

5) Qual o seu nível de experiência em relação ao gerenciamento de equipes ágeis?

6) Qual é o seu nível de conhecimento sobre o BDD ou a criação de cenários usando o Gherkin? Para todas as questões, as alternativas foram as seguintes: Iniciante (já teve contato, era capaz de trabalhar com isso, mas não o fez); Médio (menos de dois anos trabalhando nisso); Pleno (mais de 2 e menos de 5 anos trabalhando nisso); Sênior (mais de 5 anos trabalhando nisso); ou não tem conhecimento disso.

Além disso, foram feitas as seguintes perguntas sobre a DSL Aquila:

Q1) Você acredita que o uso do Aquila pode melhorar a produtividade da equipe? Se sim, como? Q2) Comparado com a criação manual de scripts para automação de testes, você consideraria que o Aquila é mais produtivo, menos produtivo ou indiferente? Explique.

Q3) Qual a sua percepção sobre a curva de aprendizado do uso de Aquila em relação à curva de aprendizado para a criação manual de scripts para automação de testes ?

Q4) Você aplicaria Aquila no projeto de teste que está trabalhando com desenvolvimento de soft- ware ágil? Por quê?

Q5) Caso você aplique Aquila a um projeto, quem você acha que deveria ser responsável por es- crever os cenários?