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C.10 Métodos para os quais não foram encontrados os PDFs Parte 2

3.2 Planejamento

As próximas subseções descrevem os três passos realizados durante o Planejamento da revisão sistemática. A Seção 3.2.1 mostra a identificação de que há a necessidade de uma revisão sistemática neste trabalho, a Seção 3.2.2 descreve todo o processo do PICOC que servirá de base para criação das questões da pesquisa e do protocolo; por fim, a Seção 3.2.3 descreve o protocolo da revisão sistemática gerado.

3.2.1

Identificação da necessidade de uma revisão sistemática

O objetivo deste trabalho é entender o uso de requisitos não-funcionais como entrada nos métodos de estimativa de esforço (OBJ-1), conforme descrito na Seção 1.2. Das metodologias de pesquisa disponíveis para Engenharia de Software listadas na Seção 2.3, a revisão sistemática é conhecida como sendo um bom mecanismo para entender o estado da arte de um determinado tema na literatura.

Apesar do trabalho bastante abrangente e importante na área ter sido feito por Jor- gensen e Shepperd [73] em 2005, não foi encontrada nenhuma revisão sistemática focada em analisar o impacto de RNF em estimativa de esforço. Executando uma busca ainda mais aberta no Google Scholar, deixando de lado RNF, com o seguinte query de busca “allintitle: (systematic AND review AND requirement AND software)” somente 3 publicações foram retornadas, e nenhuma delas está focada em métodos algorítmicos de esforço.

Desta forma, podemos concluir que há uma clara necessidade de conduzir uma revisão sistemática neste tema a fim de cumprir o OBJ-1. Assim, é esperado produzir resultados que nos ajudarão a entender como os requisitos não-funcionais são tratados atualmente pelos métodos de estimativa de estimativa de esforço.

3.2.2

Método PICOC

A Tabela 3.2 mostra a aplicação do método do PICOC a esta pesquisa, conforme deta- lhado na Seção 2.3.2. A Tabela 3.2 é dividida em duas colunas, a primeira mostra os aspectos que devem ser levados em consideração na aplicação do método e a segunda coluna define o significado daquele determinado aspecto para esta pesquisa. Por exemplo, na primeira coluna da Tabela, o aspecto “População” descreve que o foco desta pesquisa será apresentar os resultados a empresas e grupos de pesquisas interessados na melhoria dos métodos algorítmicos de estimativa de esforço.

Tabela 3.2: Aspectos da revisão sistemática para criação das questões de pesquisa (PI- COC).

Aspectos Descrição

População Organizações ou grupos de pesquisa interessados na me- lhoria dos métodos algorítmicos de estimativa de esforço de projetos computacionais.

Intervenção Métodos algorítmicos de estimativa de esforço. Os méto- dos não-algorítmicos não serão estudados, pois suas va- riáveis de entrada não são definidas, dependendo muitas vezes da análise subjetiva dos especialistas envolvidos. Comparação Avaliação dos métodos de estimativa de esforço, ressal-

tando as diferenças quanto ao uso de requisitos não- funcionais como entrada.

Resultados Classificação dos métodos existentes quanto ao uso de requisitos não-funcionais e identificação dos melhores métodos de estimativa de esforço que utilizam requisitos não-funcionais como entrada.

Contexto A avaliação será realizada nas publicações selecionadas na literatura (basicamente em conferências, revistas ci- entíficas e relatórios técnicos).

3.2.3

Protocolo da revisão sistemática

Com os aspectos descritos pelo método PICOC na sub Seção anterior é possível criar uma versão do protocolo da revisão sistemática. A Tabela 3.3 descreve o protocolo de nossa revisão sistemática, após diversas rodadas de ajuste, incluindo as quatro questões de pesquisa.

Tabela 3.3: Protocolo da revisão sistemática realizada. Aspecto Descrição

Background Existem muitas publicações sobre métodos de estimativa de esforço, mas não uma análise profunda do uso dos requisitos não-funcionais em tais métodos. Portanto, serão avaliadas todas as publicações que descrevem métodos algorítmicos de estimativa de esforço. Questões de

pesquisa

Q1: Quais métodos usam requisitos não-funcionais como entrada e

quais requisitos não-funcionais são utilizados? Q2: Como os requi- sitos não-funcionais são usados na fórmula de cálculo da estimativa de esforço? Q3: Quais metodologias de tamanho de software são utilizadas por estes métodos de estimativa? Q4: Os métodos de estimativa de esforço que utilizam requisitos não-funcionais tem um desempenho melhor comparado com os que não usam?

Síntese dos dados

As respostas a Q1 serão organizadas em uma tabela indicando, para cada método de estimativa, quais requisitos não funcionais ele uti- liza em sua modelagem. Já as respostas da Q2 serão tabuladas mostrando em cada método como o requisito não-funcional é utili- zado. As respostas a Q3 irão mapear cada método de estimativa a utilização de uma ou mais metodologia de estimativa de tamanho. Por fim, na Q4 indicaremos a precisão média de cada método. Estes dados sintetizados nos darão base para realizar análises quantitati- vas e qualitativas.

Cronograma Cronograma desta dissertação de mestrado.

A primeira coluna da tabela mostra o aspecto do protocolo e a segunda coluna o que foi planejado para ele. Importante notar que tanto a questão de pesquisa Q2 quanto Q3 tem as respostas seguindo uma categorização (não são perguntas abertas). A categorização das respostas da Q3 foi definida antes da realização sistemática. Já a categorização da Q2 foi definida somente durante a Execução da revisão sistemática. Por fim, evidenciamos abaixo a relação das questões de pesquisa amarradas aos objetivos desta dissertação:

• Q1, Q2 e Q3 <> OBJ-1 Entender como os métodos algorítmicos de estimativa de esforço existentes tratam os requisitos não-funcionais;

• Q4 <> OBJ-2 Entender a relação do uso de requisitos não-funcionais com a precisão dos métodos algorítmicos de esforço.

As questões de pesquisa foram criadas visando possibilitar mais análises sobre o uso de requisitos não-funcionais em estimativa de esforço de software. A Q1 é uma questão mais situacional, onde queremos entender apenas se os métodos utilizam requisitos não- funcionais e em caso positivo quais requisitos são utilizados. Tanto a questão Q2 quanto a Q3 trazem outras informações sobre como o método de estimativa trabalha, para que no final possa ser possível entender se a precisão do método (Q4) melhora ou piora de- pendendo de como o método trata o requisito (Q2), ou qual metodologia de tamanho ele

usa (Q3). Além disso, será possível comparar o desempenho do método (Q4) de acordo com o uso ou não requisitos não-funcionais (Q1), podendo até eleger o melhor método de estimativa de esforço de software que utiliza requisitos não-funcionais.

Conforme descrito na Seção 2.3.2, é recomendável que o protocolo seja avaliado levando em conta diversos aspectos como: proposta da pesquisa, qualidade desejada, tempo, ques- tões financeiras e etc. O protocolo desta dissertação foi avaliado pelo orientador e professor doutor Mario Côrtes.

Finalizado o Planejamento da revisão sistemática, a próxima Seção 3.3 descreve a Execução desta revisão sistemática e a Seção 3.4 realiza a Análise completa dos resultados.

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