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Parte II: enquadramento metodologico

8. Escolha metodológica

8.2. Amostra documental

8.2.1. Planificação anual

A Planificação Anual constitui a primeira fase do planeamento e da estruturação do ensino. Este tipo de planificação é elaborada no início do ano letivo e implica um

49 trabalho colaborativo do grupo de professores de cada área disciplinar e para cada nível de ensino. Com estes propósitos, logo no início do ano letivo e no âmbito da prática de ensino supervisionada em Geografia, foi-nos solicitado pela supervisora e pela orientadora, a elaboração deste documento para as turmas do 8º e do 11º ano ( Ver anexo 4 ). Apesar de compreendermos o processo de elaboração de uma planificação anual, uma vez que esta temática fora abordada nas unidades curriculares de Didática de História e Geografia durante o 1º ano de mestrado, proceder à sua elaboração de forma coerente e ajustada a uma determinada realidade, revelou-se ser uma tarefa complexa. Constatámos que saber conjugar adaptativamente o ensino de conteúdos, as técnicas, os procedimentos e as estratégias em função de uma situação concreta, para quem está a ensinar a aprender, se revela um trabalho árduo e complexo que só se conseguirá aperfeiçoar com a prática.

O nosso plano anual para o 8º ano de escolaridade foi elaborado a partir dos roteiros temático de ciclo e anual (ver anexo 5) que seguira a visão sequencial das temáticas a lecionar apresentadas nas Orientações Curriculares de Geografia para o 3º

Ciclo. Apesar da gestão flexível do currículo permitir ao professor optar por outro tipo

de roteiros, alterando a ordem dos temas, no nosso caso, tendo já o grupo disciplinar da escola optado pela sequência lógica dos temas conforme aparecem nas Orientações

Curriculares de Geografia para o 3º Ciclo, o nosso roteiro seria elaborado de acordo

com essa opção. Para a turma do 11º ano, um Curso Profissional, foram tidas em consideração as diretrizes do Programa de Geografia relativas ao 11º ano como elemento de partida para a conceção do plano anual, fundamental para a estruturação e clarificação das temáticas a abordar.

Este tipo de planificação, elaborada no início do ano letivo, tem como função, em termos de programação letiva, a seleção e distribuição dos conteúdos curriculares e dos objetivos e a descrição e direção geral das atividades em aula e extra aula (visitas de estudo, por exemplo) para cada período. Tratando-se de um plano de grande abrangência temporal que apresenta os diversos aspetos de forma muito generalizada, cada docente deverá adaptá-lo ao contexto específico das suas turmas.

No plano anual para o 8º ano e seguindo os roteiros apresentados, considerámos trabalhar numa lógica integradora por permitir uma maior flexibilização na preparação das aulas. O nosso plano anual foi assim construído a partir do tema agregador “o

Mundo em Movimento”. Os conteúdos programáticos a lecionar encontram-se divididos

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condutor, inteligível e lógico de interligação dos conteúdos. Desta forma, consegue-se agrupar um conjunto de competências a serem desenvolvidas e com expressão operacional através de tarefas presentes no plano anual.

Relativamente ao plano para o 11º ano, optámos por construir um plano anual sequencial. Na elaboração destes documentos, tivemos em conta documentos tais como: o Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências essenciais; Orientações

Curriculares de Geografia do 3º Ciclo; o Programa de Geografia – Componente de Formação Cientifica da disciplina de Geografia; o Projeto Educativo de Escola, o Projeto Curricular de Escola e o Projeto Curricular de Turma.

Começámos pela caracterização da escola e pelo seu enquadramento espacial, apresentado de seguida o calendário escolar, com os diferentes períodos de tempo e as competências que os alunos deveriam atingir ao longo do ano letivo. Posteriormente, apresentámos o Plano Anual da Turma com a referência aos conteúdos a abordar e a sua distribuição pelo ano letivo. Esta escolha não foi realizada de forma isolada: procedeu- se a um planeamento onde a sequência de conteúdos estava prevista de acordo com o ano escolar e com as turmas, garantindo-se assim a coerência e as formas de aplicação ao longo do percurso escolar nas diferentes unidades e, no caso do Curso Profissional, nos diferentes módulos. Foram também apresentadas as estratégias a aplicar na turma e as competências a desenvolver ao longo do ano letivo. Para o Plano Anual do Curso Técnico de Turismo, em particular, foram contempladas as finalidades que se pretendiam atingir e as diferentes modalidades de avaliação a aplicar.

Com a elaboração destes instrumentos de trabalho, pretende-se em primeiro lugar, orientar a nossa prática e por isso algumas das decisões foram já tomadas de acordo com o estilo de planificação adotada. Assim, ao relacionar os diferentes conteúdos, que se cruzam e se completam, com as situações educativas, procurou-se desenvolver nos alunos conteúdos procedimentais e atitudinais, uma vez que cada tema torna inevitável o envolvimento de determinados procedimentos e abre caminho ao desenvolvimento de determinadas atitudes. É de salientar que estes documentos não eram estáticos, sendo possível proceder-se a alterações aquando das nossas práticas na eventualidade de surgir algum imprevisto ou contratempo. De referir que a construção do plano anual de Geografia foi elaborada em conjunto pelo núcleo de estágio, verificando-se a mesma situação em relação às unidades didáticas.

Na disciplina de História, a elaboração da Planificação Anual não foi realizada por nós, mas sim pelo grupo disciplinar de História. Estes documentos foram

51 elaborados, com base no Currículo Nacional do Ensino Básico, nas competências essenciais, no Programa de História do 3º Ciclo, no Programa de História A e o no

Programa de História da Cultura e das Artes. A estrutura destes instrumentos de

planificação é diferente da estrutura de Geografia. São apresentados, nestas planificações, os conteúdos programáticos e a respetiva distribuição ao longo dos três períodos, as competências a desenvolver, as estratégias de aprendizagem, as atividades propostas para as turmas e as modalidades de avaliação. Neste instrumento de planificação são ainda apresentadas as orientações gerais sobre os critérios e parâmetros de avaliação da disciplina de História.

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