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Planificação das Aulas Assistidas Consiste na planificação de cada aula, prevista para o referido ano

lectivo. É onde se definem todos os pormenores essenciais à sua execução, tais como: sumário; novos conceitos a ser leccionados, conceitos pré-requeridos, encadeamento adequado; objectivos que os alunos deverão atingir; estratégias (ou a suas descrições); introdução mais apropriada (motivação, paralelismo com outros conteúdos, trabalho de grupo, sugestão da actividade); tipo de exercícios, grau crescente de dificuldade; materiais necessários à aula; linguagem específica a utilizar, observações pertinentes, momentos de questionação/avaliação; tempo a distribuir pelas diversas tarefas e referências pedagógicas.

É fundamental que, o professor tenha sempre presente uma visão de conjunto e da inter-relação dos elementos constituintes do programa, de modo que cada situação de ensino-aprendizagem constitua uma peça de um todo.

Por fim, as actividades finais, poderão ser a execução de exercícios, tarefas, ou actividades recreativas, interactivas para que possam, de alguma forma, aplicar os seus conhecimentos, recapitular os conteúdos apreendidos.

As estratégias de leccionação dependem da disciplina a leccionar, assim para Geometria Descritiva – A, seguimos o método das teorias behavioristas da aprendizagem, que consideram que, o homem é fundamentalmente um organismo que responde por estímulos exteriores de um modo mais ou menos automático e fortuito. Entendem a aprendizagem como uma forma de condicionamento, resultado de uma associação entre estímulos específicos e reacções específicas, susceptíveis de serem reforçadas até à optimização. São teorias que, realçam o «saber fazer», o comportamento exterior, observável e susceptível de ser medido. Baseiam-se no comportamento exterior do aluno e na análise minuciosa da estrutura da tarefa a aprender, considerando o educando como um recipiente passivo e moldável. Associando estes princípios, as técnicas de ensino que permitem concretizá- los na sala de aula, podem-se referir: exercícios de repetição, ensino programado, demonstração de actividades a imitarem, etc.

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O processo de ensino aprendizagem, centrado nas UD (Unidades Didácticas), privilegia os conteúdos programáticos, ou seja, a componente de ensino, tendo como elemento fundamental a acção pedagógica do professor. É ele o possuidor dos saberes, dos conteúdos, que pretende transmitir aos alunos. Ao planeá-las, o professor tem como objectivo principal, fazer com que o aluno adquira essas matérias. Vai fazê-lo planeando cuidadosamente a sua acção de modo, a transmitir os seus conhecimentos aos alunos, organizando-os e estruturando-os cuidadosamente, verificando por fim os efeitos do seu trabalho. Também há, unidades que são organizadas em torno de conteúdos, sem que, no entanto, se tente estruturar as aprendizagens. O professor, procura neste caso, planear estratégias que convidam o aluno á investigação, à descoberta e á realização de tarefas que o levem a aprender esse conteúdo.

Relativamente à disciplina de Oficina de Artes, a metodologia a utilizar é distinta da de Geometria Descritiva – A. Apesar de serem duas disciplinas OA e GD – A iminentemente práticas os seus objectivos e finalidades, são distintos.

“A verdadeira educação começa quando se abordam inteligentemente problemas autênticos, se pensa neles e se faz qualquer coisa para os resolver (...) e é na vida real que esses problemas abundam.”70

A partir dos anos cinquenta do século XX, as posturas referidas, começaram a ser questionadas pelo surgimento das teorias cognitivistas que se podem subdividir em dois subgrupos: a teoria

da forma ou da configuração “Gestalt” e a teoria de campo. A

primeira surge da reacção contra a visão mecanicista dos psicólogos behavioristas; os seus autores defendem que “o sujeito interpreta e organiza o que se passa á sua volta em termos de conjuntos e não de elementos isolados. A experiência do mundo é assim percebida e organizada em estruturas, em formas completas, em esquemas de acção e em configurações totais, sendo que o todo é algo mais do que a soma das partes, ou seja, a solução para um problema surge porque o sujeito compreende a

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relação entre os diferentes elementos da situação no seu conjunto e não como reacções de formas isoladas a estímulos isolados. Na segunda teoria – teoria de campo considera-se que, a aprendizagem se realiza num campo de acção, em que um conjunto de factores interfere e condiciona o comportamento de uma pessoa numa determinada situação. Para os psicólogos destas teorias, a aprendizagem não se baseia em associações de tipo estímulo resposta, mas consiste numa mudança na estrutura cognitiva do sujeito ou na maneira como ele percebe, selecciona e organiza os objectos e os acontecimentos e lhes atribui significado. Nesta perspectiva, o aluno não é um ser passivo, puro receptor de estímulos exteriores, mas um agente activo, capaz de criar o seu próprio mundo e de encontrar uma evolução contínua, como resultado da experiência que vai adquirindo. A aprendizagem situa-se entre dois pólos. Temos, por um lado, as experiências anteriores e por outro os fins que o sujeito pretende atingir. Ela surge como uma actividade funcional, exploradora, imaginativa e criadora, assente no processo altamente selectivo da percepção e da atribuição de significado aos objectos e aos acontecimentos no contexto, na situação em que se encontram e na sua relação com os fins que o sujeito se propõe alcançar. Implica uma alteração interior do sujeito e não será significativa se for meramente imposta do exterior. “Deverá ser, em suma, o

reflexo de uma mudança interior, cognitiva, baseada na experiência do sujeito, nas suas expectativas e na sua interacção com o meio.”71

A abordagem cognitivista da educação está presente no programa da disciplina de Oficina de Artes que, tem subjacentes os princípios das teorias cognitivistas de psicopedagógicos como Ausubel, Piaget e Bruner que não andam longe das preocupações expressas pelos adeptos da psicologia da forma e do campo. Cada um de nós tem as suas próprias estruturas mentais, que cada um aprende à sua maneira, ao seu próprio ritmo e tem as suas necessidades de aprender. Aprendemos sobretudo a partir

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de coisas e não apenas de palavras e temos de conversar uns com os outros para nos desenvolvermos.

Estes psicólogo chama a atenção dos educadores para os assuntos a aprender, ele pretende que estes sejam apresentados tendo em conta o ponto de vista da criança que se ensina e não a maneira como nós os adultos temos, compreendemos o conhecimento.

1.º Período 1ª Aula assistida

Oficina de Artes

23/ 09 / 2009

O objectivo da aula era: Introdução ao Elemento Estruturante da Linguagem Plástica: O Ponto72. A reinterpretação de uma obra mediante a alteração dos elementos estruturais da linguagem plástica que a definem. A abordagem deste conteúdo permitiu motivar os alunos à participação / intervenção de forma empenhada. Esta aula foi bastante participativa tendo os alunos elaborado comentários e ou colocadas questões, deixando transparecer que não dominavam bem este assunto, mas que estavam interessados em se envolverem nos conteúdos abordados.

Plano de Aula