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Observações:

1. As Planilhas Analíticas Geral com detalhamento dos itens que compõem os serviços definidos no Orçamento

acima e seus respectivos custos, disponibilizada pela área de engenharia dos CORREIOS /DR/SPM para este

processo licitatório estão disponíveis no sistema Licitações-e, apartadas do Edital, como

“CDD_VilaPires_Planilha_em_branco.xls”.

2. Poderão ser empregadas marcas similares de qualidade igual ou superior àquelas referenciadas nas planilhas,

mediante aprovação da FISCALIZAÇÃO da CONTRATANTE. * * * * *

ANEXO 5 BDI (BONIFICAÇÃO E DESPESAS INDIRETAS)

1) ESCLARECIMENTOS SOBRE A COMPOSIÇÃO DO BDI:

Custos diretos são aqueles que podem ser associados aos aspectos físicos da obra ou serviço, detalhados no projeto, bem

como ao seu modo de execução, determinados pela organização operacional e pela infraestrutura necessária. São, portanto, aqueles relacionados aos materiais e equipamentos que comporão a obra ou serviço, além dos custos operacionais e de infraestrutura necessários para sua transformação no produto final, tais como mão-de-obra (salários, encargos sociais, alimentação, alojamento e transporte), logística (canteiro, transporte e distribuição de materiais e equipamentos) e outros dispêndios derivados, que devem ser discriminados e quantificados em planilhas.

Despesas Indiretas compreendem todas aquelas não alocáveis diretamente à execução da obra ou serviço. São

decorrentes das necessidades e obrigações do executor e não diretamente do projeto. Para que haja maior confiabilidade na análise de orçamentos e se evite distorções de preços, o correto é que sejam incluídos à parte aqueles itens que não possam, de forma alguma, ser incluídos na planilha de custos, por não estarem relacionados diretamente à obra ou ao serviço que está sendo prestado. Tais “despesas indiretas”, acrescidas da Bonificação ou Lucro, comporão o valor final do BDI (em %) que será aplicado a todos os itens da planilha orçamentária de custos diretos para a obtenção do preço final da obra ou serviço que se está contratando.

1.1. ITENS QUE PODERÃO FAZER PARTE DA COMPOSIÇÃO DO BDI:

a) Riscos ou Eventuais: procura considerar neste componente do BDI eventuais imprevistos de ordem operacional nas

obras, e eventuais falhas nos projetos e especificações.

O Instituto de Engenharia conceitua a taxa de risco do empreendimento como aquela que se aplica para empreitadas por preço unitário, preço fixo, global ou integral, para cobrir eventuais incertezas decorrentes de omissão de serviços, quantitativos irrealistas ou insuficientes, projetos mal feitos ou indefinidos, especificações deficientes, inexistência de sondagem do terreno, etc.

O Instituto de Engenharia conceituou o risco para obras comuns, sob a ótica do empreendedor. Mas este conceito não se aplica integralmente às obras regidas por contratos administrativos.

Para a realização desses contratos, é necessária a existência prévia de projeto básico pelo qual os licitantes devem se orientar assumindo os riscos da avaliação e precificação do projeto, dada por preços unitários e quantitativos especificados. Conforme definido no art. 6º, inciso IX, da Lei n.º 8.666/1993, o projeto básico deve contemplar o conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução. Cumpridos esses requisitos, a necessidade de modificações decorrentes de projetos mal feitos ou indefinidos torna-se mínima (praticamente inexistente). Nos contratos administrativos, a obra é pactuada pelos quantitativos do projeto e os custos unitários estabelecidos. Quaisquer alterações dependerão de revisão do contrato, a ser aprovada pela Administração, não incorrendo o executor em riscos de quantitativos.

Entretanto, há situações não previstas em projetos, que podem repercutir no custo da obra e deverão ser arcadas pelo contratado. Por exemplo: perdas excessivas de material devido à quebra ou retrabalho, perdas de eficiência de mão-de-obra, greves, condições climáticas atípicas, dentre outros. A taxa de riscos é determinada em percentual sobre o custo direto da obra e depende de uma análise global do risco do empreendimento em termos orçamentários.

O que puder ser previamente convencionado no contrato ou ensejar solicitação de reequilíbrio econômico-financeiro não deverá ser enquadrado no BDI.

b) Administração Central: Toda empresa possui uma estrutura administrativa com custo e dimensão próprios. A sua

representação no BDI de uma obra é definida estabelecendo em que proporção esse custo é apropriado como despesa de uma obra. Pode ser de forma integral, quando a empresa executa apenas uma obra, de forma parcial, na hipótese de rateio entre várias obras executadas pela empresa ou, até mesmo, não ser apropriada em uma obra específica, caso a empresa tenha como alocar esses custos em outras atividades.

c) PIS (Programas de Integração Social) e COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social):

trata-se aqui de contribuições que incidem sobre o faturamento da empresa independente da atividade por ela exercida. A partir de fevereiro de 1999, com a edição da Lei n° 9.718, de 27/11/1998, as bases de incidências do PIS e da COFINS passaram a contemplar não somente a receita bruta de vendas e da prestação de serviços, mas também as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica, independente de sua classificação contábil.

A alíquota do PIS manteve-se em 0,65% e a alíquota da COFINS passou de 2% para 3%, calculadas sobre as referidas receitas.

Pela Lei n.º 10.637, de 30/12/2002, foi estabelecido o sistema não cumulativo para o cálculo do PIS, passando a contribuição a incidir sobre o valor agregado em cada etapa do processo produtivo. A alíquota do tributo passou de 0,65% para 1,65%.

Pela Lei n° 10.833, de 29/12/2003, a apuração não-cumulativa foi estendida também para a COFINS, com alteração da alíquota de 3% para 7,6%.

As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado e as optantes do Simples não se enquadram no sistema não-cumulativo.

O sistema não-cumulativo possibilita efetuar descontos de créditos obtidos pela empresa, sobre os valores resultantes da aplicação das novas alíquotas.

A legislação discrimina os dispêndios que podem gerar esses créditos (dentre eles bens adquiridos para revenda; bens e serviços utilizados como insumos na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda; despesas como aluguéis, energia, etc.). Os dispêndios que não estão previstos nesta legislação (dentre eles, custo de mão-de-obra, tributos e lucro, por exemplo) não irão gerar créditos.

Não há como enquadrar o PIS e a COFINS como custos de produção, pois não são gastos obtidos no processo de obtenção dos serviços ou bens que estão sendo executados.

São, portanto, despesas indiretas. O cálculo desses tributos, como demonstrado, está relacionado com a empresa e com suas receitas, não sendo consequência direta do projeto e da execução da obra e, sim, da receita dela resultante, confirmando o caráter de despesa indireta.

O art. 8º da Lei nº. 10.637/2002 e o art. 10 da nº. Lei 10.833/2003 apontam as pessoas jurídicas e receitas que permanecem sujeitas ao regime cumulativo. Dentre elas, destacam-se as receitas decorrentes da execução por administração, empreitada ou subempreitada de obras de construção civil, até 31/12/2015 (Lei nº. 12.375/2010). Assim, as obras de construção civil, permanecem sujeitas ao regime cumulativo, ou seja, contribuem para o PIS e a COFINS utilizando as alíquotas de contribuição de 0,65% e 3,00% do faturamento bruto, respectivamente.

d) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS): de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem

como fato gerador a prestação de serviços relacionados na lista anexa à Lei Complementar n.º 116/2003, de 01/08/2003, mesmo que tais serviços não se constituam atividade preponderante do prestador do serviço. O contribuinte do ISS é o prestador do serviço (art. 5º da LC n.º 116/2003). O art. 3º da LC n.º 116/2003 estabelece que o serviço se considera prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses relacionadas nos itens I a XXII do citado artigo, que indicam o local onde o imposto será devido.

Conforme o art. 7º da LC n.º 116/2003, a base de cálculo do imposto é o preço do serviço, nela não se incluindo o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços previstos nos itens 7.02, 7.05, 14.01, 14.03 e 17.11 da lista de serviços anexa à lei.

Especificamente, no item 7.02 da lista de serviços anexa à lei, consta: “execução, por administração, empreitada ou subempreitada,

de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS").

Especificamente, no item 7.05 da lista de serviços anexa à lei, consta: “reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes,

portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS)”.

Especificamente, no item 14.01 da lista de serviços anexa à lei, consta: “lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga,

conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).”

Especificamente, no item 14.03. da lista de serviços anexa à lei, consta: “recondicionamento de motores (exceto peças e partes

empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS).”

O ISS é calculado apenas sobre os serviços prestados. Deve-se adotar aquele estipulado pela legislação tributária de cada município, cuja inexistência obsta a cobrança do imposto. Na maioria dos municípios a alíquota é de 5% (cinco por cento). Como não incide sobre materiais, equipamentos e subempreitadas, alguns municípios simplificam tal tributo aplicando uma redução de 40% (quarenta por cento) na base de cálculo. Não sendo este o caso, quando da elaboração do orçamento estimativo de cada contratação específica, deve-se apurar o percentual correspondente aos serviços em relação ao valor total da obra ou do serviço, aplicando sobre o percentual apurado a alíquota de ISS vigente no município onde se realizará a obra ou o serviço.

Por exemplo, se a alíquota de ISS do município aplicável à contratação desejada for de 5% e a parcela correspondente aos serviços representar 60% do valor total da obra, deve-se considerar neste item do BDI o percentual de 3% (pois: 60% x 5% = 3%).

Na licitação, a composição do BDI apresentada pelas licitantes proponentes deverá ser devidamente analisada, de forma a confirmar se as alíquotas de ISS indicadas nas propostas correspondem àquelas efetivamente praticadas pelo município, bem como se estas estão incidindo somente sobre a parcela de serviços do preço total ofertado.

O art. 88 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, com a redação dada pela Emenda Constitucional n.º 37/2002, fixou a alíquota mínima do ISS em 2% (dois por cento), ao passo que a alíquota máxima foi fixada em 5% (cinco por cento) pelo art. 8º, II, da LC n.º 116/2003. Os municípios gozam de autonomia para fixar as alíquotas do ISS, desde que respeitados esses limites.

O ISS é um tributo que deve ser considerado como despesa indireta, pois não decorre da especificação do projeto ou da execução da obra e, também, é subsequente a esses custos diretos, pois nas faturas da obra, base de cálculo do ISS, englobam as parcelas correspondentes aos custos diretos e indiretos.

Obs.: Em relação ao percentual do ISS é necessário identificar na legislação do município onde será realizada a obra a alíquota prevista, bem como a base de cálculo, que pode ser reduzida seja pela aplicação de um redutor, prevista na própria legislação, ou pela exclusão dos valores dos materiais do preço da obra ou serviços de engenharia, conforme estabelecido no Inciso I do Parágrafo 2º do Art. 7º da Lei Complementar nº. 116/2003.

e) Desoneração de tributos – Empresas do Setor de Engenharia, Arquitetura e Construção Civil – Acórdão TCU 2293/13 – Plenário.

A Lei nº 12.715, de 17/09/2012 (DOU de 18/09/2012), entre outras providências alterou, em seu art. 55, os arts. 7º a 10 da Lei nº 12.546/11, que institui o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (REINTEGRA), conhecido também como “Plano Brasil Maior”.

Com a publicação da Lei nº 12.844/13 (DOU de 19/07/2013 – Edição Extra), a Lei nº 12.546/11 sofreu outra alteração. Dentre as alterações, houve a inclusão dos setores da construção civil e do comércio varejista, cuja contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento foi substituída pela contribuição sobre a receita bruta.

Assim, a contribuição previdenciária de 20%, calculada sobre o total da folha de pagamento de empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais foi substituída pela aplicação de alíquota específica sobre o valor da receita bruta. Para os fins da contribuição substitutiva, de acordo com o inciso VIII do art. 9º da Lei nº 12.546/11, considera-se empresa a sociedade empresária, a sociedade simples, a cooperativa, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406/02 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso.

Convém ressaltar que as referidas contribuições têm caráter impositivo aos contribuintes e deverão ser apuradas e pagas de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica (art. 4º e § 1º do art. 5º do Decreto nº 7.828/12).

Assim temos que de 01/11/2013 a 31/12/2014, deverá ser observada a alíquota de 2% sobre o valor da receita bruta para as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0 (inciso IV do art. 7º da Lei nº 12.546/11 acrescido pela Lei nº 12.844/13).

Grupos Descrição CNAE

412. Construção de Edifícios

432. Instalações Elétricas, Hidráulicas e outras Instalações.

433 Obras de Acabamento.

439 Outros Serviços Especializados para Construção.

Os orçamentos de licitações em obras e serviços de engenharia devem considerar a desoneração instituída pela Lei 12.844/2013, que possibilita a redução de custos previdenciários das empresas de construção civil, pois a desoneração impacta diretamente e significativamente nos encargos sociais sobre a mão de obra, aplicável ao objeto da contratação, constituindo-se 20% a menos a serem aplicados sobre os custos de todos os operários. Ao mesmo tempo como medida compensatória, deve-se incluir 2% sobre o lucro relativo à Contribuição Previdenciária sobre a Renda Bruta (CPRB), a ser incluída diretamente no BDI. A fixação de valores em contrato que desconsidere tal dedução caracteriza sobrepreço.

e.1.) Desoneração da folha de pagamento – Empresas optantes pelo SIMPLES Nacional.

A Receita Federal do Brasil (RFB), por meio da Solução de Consulta nº 35, de 25/03/2013, manifestou-se no sentido de que às empresas optantes pelo SIMPLES Nacional, tributadas na forma dos Anexos I e III da Lei Complementar nº 123/06, não se aplica a contribuição previdenciária substitutiva incidente sobre a receita bruta prevista na Lei nº 12.546/11. A referida contribuição sobre a receita bruta será devida pelas MEs e EPPs optantes pelo SIMPLES Nacional que recolhem as suas contribuições previdenciárias com base no Anexo IV da Lei Complementar nº 123/06, entre elas, as de construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores, desde que a atividade exercida esteja inserida entre aquelas alcançadas pela contribuição substitutiva e sejam atendidos os limites e as condições impostos pela Lei nº 12.546/11, para sua incidência.

De acordo com os incisos I a VIII do art. 13 da Lei Complementar nº 123/06, a opção pelo Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação em substituição aos valores devidos segundo a legislação específica de cada tributo, dos seguintes impostos e contribuições:

I – Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);

II – Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), excetuados os incidentes na importação de bens e serviços; III – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);

IV – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), excetuados os incidentes na importação de bens e serviços;

V – Contribuição para o PIS/PASEP, excetuados os incidentes na importação de bens e serviços;

VI – Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212/91, excetuando-se as ME’s e EPP’s que se dediquem às atividades de prestação de serviços de construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores, e também as ME’s e EPP’s que se dediquem às atividades de prestação de serviços de vigilância, limpeza ou conservação;

VII – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS);

VIII – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

As empresas optantes pelo SIMPLES Nacional, que exercem atividades enquadradas no Anexo IV da Lei Complementar nº 123/06 (ME’s e EPP’s que se dediquem às atividades de prestação de serviços de construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores, e também as ME’s e EPP’s que se dediquem às atividades de prestação de serviços de vigilância, limpeza ou conservação) estão sujeitas à Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) e devem efetuar o recolhimento de acordo com as regras segundo a legislação aplicável aos demais contribuintes e responsáveis.

e.2.) Prestação de Serviço mediante Cessão de Mão de Obra – Retenção Previdenciária.

O art. 31 da Lei nº 8.212/91 determina que a empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% do valor bruto da nota fiscal ou da fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 do mês

subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia.

Contudo, na contratação de empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0., para a execução dos serviços mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei nº 8.212/91, a empresa contratante deverá reter 3,5% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços.

f) Despesas Financeiras: são gastos relacionados ao custo do capital decorrente da necessidade de financiamento exigida

pelo fluxo de caixa da obra. Estão relacionadas, portanto, à defasagem entre a data do efetivo desembolso e a data da receita correspondente.

g) Bonificação ou Lucro: representa o lucro líquido projetado. 1.2.) ITENS QUE NÃO DEVEM COMPOR O BDI:

As despesas a seguir relacionadas não fazem parte do cálculo do BDI a ser adotado nos orçamentos estimados em planilhas de quantitativos e preços unitários dos CORREIOS , seja por sua imprevisibilidade, seja pela dificuldade de comprovação ou estimação, seja ainda pela sua natureza que não se adéqua ao conceito de despesa indireta.

a) IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSSL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido): O IRPJ e a

CSLL são tributos que têm como fato gerador a obtenção de resultados positivos (lucros) pelas empresas em suas operações industriais, comerciais e de prestação de serviços, além do acréscimo patrimonial decorrente de ganhos de capital (receitas não-operacionais). A base de cálculo do IRPJ e da CSLL é o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao período de incidência, e deve ser determinado observando-se a legislação vigente na data da ocorrência do fato gerador.

Quanto à sua natureza, esses tributos são classificados como tributos diretos. Há tributos que permitem a transferência do respectivo encargo financeiro para terceiros, e outros que não permitem. Este fenômeno é chamado de repercussão econômica dos tributos, ou seja, o contribuinte de direito ao pagar o tributo sofre um ônus econômico que procurará transferir a outra pessoa, o contribuinte de fato. Este, ao suportá-lo, consuma o fenômeno da trajetória do ônus econômico do tributo, isto é, sua repercussão. A repercussão econômica do tributo é um critério utilizado por grande parte da doutrina especializada, pela quase totalidade da jurisprudência dos tribunais superiores pátrios, e, sobretudo, pelo legislador do Código Tributário Nacional para classificação dos tributos como diretos ou indiretos.

A SRF no estudo “Carga Tributária sobre os Salários”-

http://www.receita.fazenda.gov.br/Historico/EstTributarios/cargatributaria/default.htm explicita que o IR é

um tributo direto: “Embora a lei que institua o tributo defina, entre outras coisas, o fato gerador e o sujeito passivo da obrigação tributária,

persiste o problema da identificação do real receptor da carga tributária. Seguiremos, aqui, a abordagem usualmente adotada em que os tributos considerados indiretos são integralmente repassados aos consumidores finais de bens e serviços. (...)

Os conceitos de tributação direta e indireta utilizados de forma recorrente no texto devem ser assim entendidos: Tributação Direta: refere-se às incidências tributárias que guardam relação direta com a renda do contribuinte. (...)

Tributação Indireta: refere-se às incidências tributárias que não visam a fonte de renda do contribuinte, gravando a circulação de mercadorias, a prestação de serviço ou o faturamento das empresas. (...)

Entretanto, ao considerar a abordagem aqui adotada, e para captar com maior precisão os efeitos reais da tributação direta e indireta, deve-se

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