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O Plano de Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio do Centro

Capítulo 2. O Plano de Curso da Educação Profissional e o Currículo de História

2.2 O Plano de Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio do Centro

Para Libâneo (1994) a aprendizagem para ser efetivada necessita de uma coordenação e considera que a aprendizagem organizada

é aquela que tem por finalidade específica aprender determinados conhecimentos, habilidades e normas de convivência social. Mesmo que essa aprendizagem possa ocorrer em diversos lugares, é na escola que ela é organizada e selecionada, a partir da escolha das melhores condições para a transmissão e assimilação de conhecimentos e habilidades. Esta organização intencional, planejada e sistemática das finalidades e condições da aprendizagem escolar é tarefa específica do ensino. (1994: 79)

Neste sentido, a versão mais atual do Plano de Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio data do primeiro semestre de 2018 (originalmente foi elaborado em 2012), contendo 203 páginas e 9 capítulos, contempla a habilitação completa com 3819 horas de carga horária, acrescentando se ainda mais 120 de Trabalho de Conclusão de Curso, e suas formações parciais: ao final da primeira série o estudante obtém com 1307 horas de estudo a qualificação profissional técnica de nível médio de Auxiliar Administrativo e ao final da segunda série com 2579 horas a qualificação profissional técnica de nível médio de Assistente Administrativo. Isso permite que o aluno que não finalize o ensino na forma de ETIM, possa ao final de cada série cursada ter uma qualificação profissional (que não depende da escolaridade do ensino médio completo como o técnico está vinculado).

O capítulo 1 do Plano do Curso Técnico de Administração abrange a justificativa e objetivos: o curso justifica-se pela atuação do administrador ser bastante ampla e atuar em diferentes empresas (fabril, comercial, serviços, agronegócios) e áreas como a comercial, logística, financeira, compras e recursos humanos. O técnico em Administração atua no gerenciamento dos recursos financeiros, materiais e humanos. Segundo o documento

Administrar significa ter de determinar uma direção o tempo todo: onde investir, quem contratar, que posicionamento adotar no mercado, como promover a organização e escolher os parceiros ideais. Nessa profissão, seja em organizações públicas, mistas ou privadas, é necessário tomar decisões constantemente. Por isso, não basta o bom senso, é preciso preparo, conhecimento, determinação, liderança e dominar métodos e técnicas de trabalho em equipe (2018:6)

Destaco aqui a necessidade de constante preparo e conhecimento citados para tomada de decisões, pois este profissional precisa se atualizar sempre, estar em consonância com tendências na administração. Ele é responsável, por exemplo, por deliberações e posicionamentos, organizando o trabalho e orientando os demais funcionários.

Na página seguinte enfatiza que “os processos educacionais devem preparar o profissional para a mobilidade permanente entre ocupações numa mesma empresa, entre diferentes empresas e, até mesmo para o trabalho autônomo” assim objetivando formar profissionais com competências que lhes possibilite enfrentar os desafios relativos às transformações sociais e no mundo do trabalho e ao mesmo tempo conscientes de suas responsabilidades ética e social, comprometidos com o bem-estar da comunidade, compreendendo o contexto socioeconômico e humano e buscando construir uma sociedade mais justa, igualitária e ética. Assim, percebemos que o documento preza pela formação de um profissional que se adapte as transformações sociais constantes, inclusive do trabalho e que aja eticamente visando um bem estar coletivo.

Os requisitos de acesso ao curso são tratados ainda no capítulo 2: por meio de prova (processo seletivo também chamado de vestibulinho) para os concluintes do Ensino Fundamental ou equivalente. O edital é divulgado através de Diário Oficial com os requisitos para ingresso na primeira série, número de vagas e sistemática do processo. Para as demais séries, o ingresso pode se dar por avaliação de competências adquiridas no trabalho, aproveitamento de estudos ou reclassificação, desde que hajam vagas remanescentes, sendo um processo feito na própria unidade escolar através da avaliação de candidatos por uma comissão de professores designada pelo Diretor da escola e conduzida pelas normas de um edital próprio.

O terceiro capítulo do Plano trata do perfil profissional de conclusão: é uma descrição das atribuições e das competências do profissional de uma área técnica, fundamentado no Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos do MEC. Para o Etim de

Administração, ao final do curso o técnico pode atuar em Instituições públicas, mistas, privadas e do terceiro setor sendo

o profissional que adota postura ética na execução da rotina administrativa, na elaboração do planejamento da produção e materiais, recursos humanos, financeiros e mercadológicos. Realiza atividades de controles e auxilia nos processos de direção utilizando ferramentas da informática básica. Fomenta ideias e práticas empreendedoras. Desempenha suas atividades observando as normas de segurança, saúde e higiene do trabalho, bem como as de preservação ambiental. (2018: 11)

Além das competências para o trabalho, ele também é concluinte do Ensino Médio, devendo assim dominar basicamente a norma culta da língua portuguesa e saber usar as diferentes linguagens para se expressar e se comunicar, construir e aplicar conceitos das diferentes áreas do conhecimento de modo a investigar e compreender a realidade; selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados e informações, trabalhando-os de modo contextualizado para enfrentar situações- problema e tomar decisões; argumentar consistentemente; planejar, executar, acompanhar e avaliar projetos e elaborar propostas de intervenção solidária na realidade.

Para as qualificações referentes ao primeiro e segundo ano, a formação de Auxiliar Administrativo permite a execução de serviços de apoio nas organizações em diversas áreas: atendimento a clientes e fornecedores, atuar no processo de comunicação organizacional tratando de documentos variados ou na elaboração de planejamento empresarial e nas estratégias de marketing. Já o Assistente Administrativo pode executar rotinas de apoio ao setor de Recursos Humanos, preparar planilhas e executar operações contábeis. Essas atribuições condizem aos conhecimentos adquiridos nos componentes curriculares das duas primeiras séries do ETIM de Administração.

Essa composição da organização curricular é tratada no quarto capítulo. Ela é composta por uma Matriz Curricular contemplando os componentes curriculares da Formação Geral (Ensino Médio) e os componentes curriculares da Formação Profissional (Ensino Técnico). 22

22 Divisões do currículo que organizam o desenvolvimento de temas afins. Compreendem atribuições,

responsabilidades, atividades, competências, habilidades e bases tecnológicas – além de sugestões de metodologias de avaliação, de trabalhos interdisciplinares, de bibliografia de ferramentas de ensino aprendizagem – direcionadas a uma função produtiva. São elaborados com base nos temas

Os componentes da Formação Geral são direcionados para diferentes dimensões da vida do educando, contemplando

• o desenvolvimento do aluno em seus aspectos físico, intelectual, emocional e moral;

• a formação da sua identidade pessoal e social;

• a sua inclusão como cidadão participativo nas comunidades onde atuará; • a incorporação dos bens do patrimônio cultural da humanidade em seu acervo cultural pessoal;

• a fruição das artes, da literatura, da ciência e das tecnologias;

• a preparação para escolher uma profissão e formas de atuar produtiva e solidariamente na sociedade;

• a aquisição de bases científicas requisitadas pelas bases tecnológicas que constituem a organização curricular da parte técnica. (2018: 23-24)

Na Formação Profissional para cada componente as competências são específicas e são bem definidas através de uma lista de bases tecnológicas (conteúdos) a elas correspondentes.

Abaixo está o modelo de Matriz Curricular do ETIM Administração. Nele pode-se notar a determinação dos componentes e suas cargas horárias (hora-aula e hora-relógio), certificados e diploma e observações pertinentes como a carga horária semanal máxima. Esse documento, em forma de quadro representativo, aprova a instauração de uma habilitação profissional técnica de nível médio em uma determinada Unidade Escolar, em determinado semestre ou ano letivo, a partir de uma legislação e a responsabilização de um Diretor de Escola e de um Supervisor Educacional.

Ilustração 6: Matriz Curricular do ETIM Administração

apresentados no Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos do MEC e de acordo com as funções produtivas do mundo do trabalho. Apresentam carga horária teórica e carga horária prática. Os componentes curriculares são planejados e relacionados a uma família de titulações docentes (Engenharias, Tecnologias, Ciências), para que somente profissionais habilitados possam ministrar as aulas. (ARAÚJO,2018,24)

Fonte: Plano de Curso, 2018: 26

Nesta matriz vemos a carga horária de 80 horas aula por ano letivo na disciplina de história, ou seja, duas aulas semanais de 50 minutos cada que resulta em um curso, ao final das três séries, de 212 horas. Em um curso da área de Humanas como Administração, essa carga se iguala a disciplinas como física ou biologia, mas é metade da carga de outras matérias como matemática, mesmo que ainda tenham

no curso outros componentes afins desta como cálculos financeiros, gestão financeira ou custos.

O CEETEPS trabalha com os conceitos de competências, habilidades, valores e atitudes, e dentro do Plano de Curso estes são explicitados de duas formas já anteriormente citadas: para os componentes curriculares da base comum, há uma lista desses conceitos que devem ser trabalhados em diversas disciplinas e, separadamente, os temas que devem ser contemplados ao longo do curso. Para a instituição a competência profissional é a ação de articular e mobilizar valores, conhecimentos e habilidades para a resolução de problemas, cotidianos ou inusitados com uma atuação transformadora. Para ser competente é necessário desenvolver habilidades e se apoiar em suportes teóricos. Um estudo baseado apenas em aquisição de conhecimentos irá gerar dificuldades para solução de problemas e para a flexibilidade de atuação; um trabalho pedagógico direcionado apenas ao desenvolvimento das habilidades, de forma mecânica, não prepara para a flexibilização nem de solução de problemas. É necessário adotar um parâmetro para desenvolvimento de competências, que engloba a capacidade de aprendizado e mudança contínuos. (Araújo, 2018). Entre as competências previstas para o último de formação, aponto como exemplo extraído do Plano de Curso para esclarecimento:

Competência: Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e comunicação, em situações intersubjetivas, adequando-as aos contextos diferenciados dos interlocutores e das situações em que eles se encontram.

Habilidades: 1. Perceber a pertinência da utilização de determinadas formas de linguagem de acordo com diferentes situações e objetivos,

2. Colocar-se no lugar do interlocutor ou do público alvo e adequar as formas e meios de expressão às suas características específicas.

Valores e atitudes: a) Valorização do diálogo, b) Respeito às diferenças pessoais,

Competência: Compreender e avaliar a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas na vida dos diferentes grupos e atores sociais e em suas relações de: a) convivência; b) exercício de direitos e deveres de cidadania; c) administração da justiça; d) distribuição de renda; e) benefícios econômicos etc. Habilidades: 1. Articular conhecimentos de diferentes naturezas e áreas numa perspectiva interdisciplinar,

2. Traduzir os conhecimentos sobre a pessoa, a sociedade, a economia, as práticas sociais e culturais em condutas de indagação, análise, problematização e protagonismo diante de situações novas, problemas ou questões de diferentes tipos, 3. Identificar a presença ou ausência do poder econômico e político na informação e transformação dos espaços.

Valores e atitudes: a) Valorização das contribuições do conhecimento científico na construção das identidades pessoais e sociais, na construção de propostas de vida e nas escolhas de forma de intervir na realidade social. (Plano de Curso, 2018)

Nota-se que através desse conjunto (competências, habilidades, valores e atitudes) o professor se vê provido de contribuições para planejar suas atividades, não apenas com base no seu conteúdo, mas com foco nos objetivos de aprendizagem e elementos para avaliar seus alunos e sua metodologia, revendo suas ações, se necessário, de forma a atingir seus objetivos e utilizar para isso os meios pedagógicos necessários.

Após essas explanações sobre o Plano de Curso, são indicados os temas para os componentes curriculares. Percebe-se que a disposição dessa indicação de temas é diferente para as áreas de formação geral e técnica. Enquanto o docente da formação geral pode adaptar a sua escolha de competências, habilidades e atitudes, isso não ocorre na formação técnica. Uma outra especificidade das disciplinas de formação geral, que forem ministradas em mais de um ano, é que apesar da indicação por série, o docente terá ao final do plano, uma listagem com esses temas apontados e a indicação que, a critério do professor, esses temas podem ser ensinados em outra ordem ou série e até mesmo trabalhados em mais de um período letivo.

Fonte: Plano de Curso, 2018,92.

Como o quadro acima indica, são orientados os temas, a carga horária e em alguns componentes a associação com conhecimentos de outras disciplinas. A ordem a ser estudada, competências a serem desenvolvidas, avaliações e metodologias estão a critério do docente direcionados para a aprendizagem de suas turmas, processo que é acompanhado por um coordenador de curso. O coordenador verifica o alinhamento do Plano de Trabalho Docente (PTD) com o plano de curso e os registros em diário de sala que demonstram o cumprimento das ações planejadas, além do desempenho dos alunos nos componentes curriculares.

Já as disciplinas de cunho técnico são dispostas de maneira diferente, pois no seu quadro há explicitamente os temas (bases tecnológicas) e as habilidades que devem ser trabalhadas ao longo do curso e suas competências, além da carga horária indicada para teoria, para a prática e se há ou não divisão de turmas23.

Ilustração 8: Quadro indicativo das competências, habilidades e bases tecnológicas de um componente curricular técnico

23 A divisão de classes em turmas é a “distribuição da quantidade de alunos, em duas ou mais turmas, quando

da necessidade de utilizar outros espaços além dos espaços convencionais da sala de aula, como laboratórios, campos de estágio, empresas, áreas de atendimento de Saúde, indústrias, fábricas entre outras

Fonte: Plano de Curso, 2018,100.

O capítulo quatro do Plano do Curso de Administração segue discorrendo sobre a metodologia de integração, os princípios pedagógicos, os procedimentos didáticos, o Trabalho de Conclusão de Curso, o estágio e a prática profissional, a metodologia de Elaboração e Reelaboração Curricular e Público-alvo da Educação Profissional com o enfoque pedagógico e outros. Dentre estes, os três primeiros merecem destaque por ainda não terem sido mencionados e pela relevância dos tópicos para esta pesquisa.

Segundo o documento, o processo de ensino-aprendizagem deverá priorizar a conexão entre a Formação Profissional (Ensino Técnico) e a Formação Geral (Ensino Médio) para trabalhar as competências conjuntamente, de tal modo que elas se complementem e se relacionem, por meio de projetos interdisciplinares e de diferentes tipos de atividades, de modo a integrar o ensino. Os componentes curriculares da Formação Geral devem prover a Formação Profissional com as Bases Científicas (conhecimento da formação comum) necessárias ao desenvolvimento das Bases Tecnológicas (conhecimento da área técnica) requisitadas pela formação profissional: uma possibilidade é a análise de contextos (através do estudo da história, geografia, sociologia) para a aplicação de projetos e a comparação entre diferentes linguagens, literaturas, manifestações artísticas urbanas e rurais para o conhecimento das sociedades humanas e ampliação do horizonte cultural dos alunos, que refletirão nas suas ações profissionais.

Quanto aos princípios pedagógicos, são listados: a leitura crítica da realidade e inclusão construtiva na sociedade da informação e do conhecimento (são os pressupostos de um tratamento inteligente e construtivo das informações disponíveis e possíveis de produzir conhecimento), a aprendizagem como processo de construção coletiva (pautado num ambiente de relações de respeito mútuo e percepção da realidade sob outros enfoques, com a incorporação de conhecimentos trazidos por grupos contrários), compartilhamento da responsabilidade do ensino- aprendizagem por professores e alunos (a efetivação da aprendizagem dependerá não apenas do professor, mas dos estudantes se responsabilizarem também por ela, discutindo propostas, aceitando os desafios, utilizando os recursos que lhe foram oferecidos, mobilizando suas capacidades pessoais e relacionando-se com o professor, para atingir as metas estabelecidas por meio da gestão participativa da aprendizagem), respeito à diversidade, valorização da subjetividade e promoção da inclusão, ética de identidade, estética da sensibilidade e política da igualdade (reconhecimento da sua própria identidade e a do outro), autonomia e protagonismo (presença do professor-orientador como mediador nas atividades e ações que possibilitarão ao educando descobrir e aplicar as teorias, as técnicas e as tecnologias de ensino-aprendizagem e, posteriormente, dominá-las), contextualização do ensino- aprendizagem (pontes entre a teoria e a prática), interdisciplinaridade e transdisciplinaridade (na interdisciplinaridade, os diversos conhecimentos sobre um

objeto dialogam entre si, questionando, complementando, aprofundando ou esclarecendo-se uns aos outros, na transdisciplinaridade as fronteiras de uma determinada área ou campo de atuação são ampliadas, com a incorporação de outras possíveis leituras da realidade e de conhecimentos, informações, abordagens e instrumentos diversos), problematização do conhecimento (problemas que devem ser apresentados e solucionados, inseridos em uma determinada situação considerando- se o conjunto de elementos, circunstâncias e características da situação em que ele acontece), trabalho por projeto no desenvolvimento e na avaliação do ensino- aprendizagem.

Para tanto, entre os procedimentos didáticos- que deverão ser diversificados- sugeridos estão a elaboração de projetos técnicos interdisciplinares; pesquisas de campo e seminários de apresentação de resultados; experimentos laboratoriais; relatos orais e relatórios escritos; escrituração de diário de bordo ou outras modalidades de registro de atividades; pesquisas em livros, sites, jornais e outros; trabalhos em equipe; grupos de estudo, de discussão e debate; dramatizações; exposições de fotos; objetos; textos; estudos de caso; aulas expositivas; elaboração de manuais, cartilhas educativas, jornais murais, jornais impressos, cartazes, vídeos, histórias em quadrinho; exibição de filmes seguida ou precedida de debates e jogos, gincanas, campeonatos, festivais. Deste modo, o leque de oportunidades de aprendizagem se amplia: a diversificação de metodologias aumenta a possibilidade de uma aprendizagem ativa, em que o aluno não é um receptáculo de informações, mas sujeito ativo na construção de seu conhecimento.

O capítulo cinco mostra como é possível fazer o aproveitamento de alguns conhecimentos para eliminação de disciplinas: através da comprovação da realização do componente em outra qualificação profissional, ou pela realização de cursos de formação inicial e continuada, por experiências adquiridas no trabalho ou por outros meios informais mediante avaliação do aluno. Essa avaliação deve ser feita por uma comissão de professores, designada pela Direção da Escola.

O sexto capítulo do Plano de Curso descreve os critérios de avaliação da aprendizagem. Segundo o Plano, a avaliação deve ser um

processo contínuo e permanente com a utilização de instrumentos diversificados – textos, provas, relatórios, autoavaliação, roteiros, pesquisas, portfólio, projetos, etc. – que permitam analisar de forma ampla o desenvolvimento de competências em diferentes indivíduos e em diferentes situações de aprendizagem. (Plano de Curso, 2018, 148)

O conjunto de avaliações subsidia as decisões dos Conselhos de Classe e das Comissões de Professores sobre processos regimentalmente previstos de classificação, reclassificação e aproveitamento de estudos, além de orientar os processos de recuperação e progressão parcial. As menções resultantes do processo avaliativo são assim definidas:

Tabela 5: Quadro de menções e suas definições

Fonte: Plano de Curso, 2018,

É aprovado o aluno com menções MB, B ou R e a frequência mínima de 75% ao final de cada período letivo (uma menção final, baseada nas bimestrais, é atribuída ao estudante registrando seu desempenho em determinando componente curricular ao longo do período: se esta for insatisfatória, o aluno estará reprovado na disciplina). O Conselho de Classe, reunido ao fim do semestre, definirá a aprovação ou retenção do estudante, podendo este ser promovido para a etapa seguinte com até três disciplinas em Progressão Parcial, exceto na série final, em que este aluno é considerado reprovado.

Finalizando, o capítulo sete lista os materiais que devem compor os laboratórios da escola e bibliografia básica para os cursos técnicos; o capítulo oito é sobre as titulações docentes para cada componente curricular e o tema nove reitera as formações (qualificação e técnica) já citadas adquiridas ao final de cada série. Após, os anexos incluem a aprovação do plano pela Supervisão Educacional da instituição e matrizes curriculares anteriores.

O Plano de Curso é um documento básico para docentes e discentes que desejam conhecer o perfil da habilitação, além disto é alicerce para outro documento utilizado no CEETEPS, o Plano de Trabalho Docente (PTD) preenchido no início de cada período letivo e que é norteador das práticas pedagógicas: é nele que o docente registra as competências, habilidades, valores e bases tecnológicas de seu componente curricular, cronograma de atividades, além dos processos de avaliação e recuperação, projetos e indicação bibliográfica.

O Plano de Curso de Administração orienta e não delimita as ações pedagógicas a serem realizadas, propondo diferentes caminhos para a aprendizagem.