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Plano de discagem

No documento Administração de Videoconferência (páginas 81-84)

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Funções do plano de discagem:

1 Permitir facilidade e flexibilidade para discagem.

1 Garantir que chamadas para fora da área e país possam ser facilmente encaminhadas. A discagem da rede de telefonia convencional brasileira, por exemplo, inclui os prefixos: 1 0 – chamadas para fora da área.

1 00 – chamadas para fora do país. Figura 3.2

Exemplo de numeração para três terminais.

Ad m in is tr aç ão d e V id eo co nf er ênci a

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Qualquer tipo de discagem, por exemplo abreviada ou hiper abreviada, deve ser definida no plano de discagem. No H.323, os planos de numeração de discagem são implemen- tados no gatekeeper.

Enquanto o plano de numeração define como será a atribuição de identificadores aos termi- nais, o plano de discagem define como será feita a discagem entre estes terminais. Uma das preocupações é garantir que chamadas para áreas externas (fora da região, fora do estado, fora do país etc.) sejam facilmente encaminhadas. Essas ligações externas normalmente são identificadas por prefixos durante a discagem. Na telefonia convencional brasileira, por exemplo, discagens para outras áreas são identificadas pelos prefixos 0 e 00. Exemplos: 1 Para chamar um terminal de dentro da rede (4 dígitos): 1234 (interpretação feita pelo PABX). 1 Para chamar um terminal de uma rede remota dentro da cidade: 3333 1234.

1 Para chamar um terminal de uma rede remota dentro do país: 0 51 3333 1234. 1 Discar para um terminal de uma rede fora do país: 00 55 51 3333 1234.

No plano de discagem também são definidos outros tipos de discagem, como a discagem abreviada ou hiper abreviada, que facilitam as chamadas entre terminais:

1 Discagem abreviada – discagem local de 8 dígitos, utilizada na telefonia convencional. 1 Discagem hiper abreviada – discagem ramal de 4 dígitos, utilizada em PABX.

Redes distintas podem implementar planos de discagem diferentes. A implementação ocorre nos servidores de sinalização, responsáveis pelo roteamento das chamadas. No H.323, os planos de numeração de discagem são implementados no gatekeeper.

Gatekeeper GnuGK

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Implementação de código livre de um gatekeeper H.323 (licença GPL), que provê as diversas funcionalidades de um gatekeeper, entre elas:

1 Autenticação por SQL (BD), RADIUS, arquivos ou aplicações externas. 1 Reescrita de números (plano de discagem e numeração).

1 Modo proxy.

Funciona em diversos sistemas operacionais: Linux, Windows, MacOS X, FreeBSD etc. GnuGK é uma implementação de um gatekeeper que tem base nas bibliotecas PWlib (biblioteca para portabilidade de código, especialmente relacionado à rede, I/O e threads) e OpenH323, esta última uma implementação de código aberto do protocolo H.323. É uma ferramenta de código aberto (licença GPL), flexível e que disponibiliza as diversas funcionali- dades necessárias para um gatekeeper.

Uma das funcionalidades do GnuGK é a autenticação de usuários para controle de admissão. Ele permite autenticação por bancos de dados SQL, servidores RADIUS (Remote Authentication

Dial In User Service), LDAP (Lightway Directory Access Protocol), além de arquivos locais ou

aplicações externas.

O GnuGK também permite reescrita de números, para implementação do plano de nume- ração e discagem, faz o roteamento de chamadas, possui modo full proxy, possibilita controle de banda, suporta segurança por H.235, entre diversas outras funcionalidades. A aplicação funciona em diversos sistemas operacionais, entre eles Linux, Windows, MacOS X e FreeBSD.

Capí tu lo 3 - P lan o d e nu m er aç ão e g at ek ee pe r

Instalação do GnuGK

O primeiro passo para utilização do GnuGK é a instalação da aplicação. A instalação obvia- mente depende do sistema no qual o aplicativo será instalado. O site do GnuGK disponibi- liza versões da aplicação compiladas para diversos sistemas operacionais, incluindo Linux, Windows e MacOS. Para estes sistemas, basta obter os executáveis e instalá-los. O manual do GnuGK possui uma seção de instalação que pode auxiliar este processo. Para sistemas não suportados ou para fazer otimizações/personalizações na aplicação, é possível obter o código-fonte do GnuGK e compilá-lo para o sistema alvo.

No Debian, aplicações podem ser instaladas facilmente com o gerenciador de pacotes

apt-get, que também permite instalar o GnuGK. Esta aplicação instala o GnuGK e todas as

suas dependências (todas as bibliotecas de que ele necessita). Normalmente o comando de instalação no Linux é:

$ apt-get install gnugk

Mais detalhes de instalação e compilação podem ser vistos no manual do GnuGK.

Inicialização do GnuGK

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1 O executável aplicativo chama-se “gnugk”, que possui diversas opções para configuração. Para ver as opções possíveis use o comando gnugk –help.

Exemplo de execução:

gnugk –c /etc/gnugk.ini –o /var/log/gnugk.log –ttt

A execução do aplicativo GnuGK no Linux é feita através do executável chamado “gnugk”. Seguindo a instalação padrão feita com o apt-get no Debian, este executável estará instalado em /usr/sbin. Para executá-lo deve-se estar logado como superusuário (root).

O GnuGK possui diversas opções que podem ser configuradas por linha de comando na execução da aplicação. Para verificar as opções possíveis basta digitar o comando:

gnugk --help

Algumas opções interessantes:

1 [-c arquivo_de_configuração] – especifica o arquivo de configuração que será utilizado (arquivo que será descrito mais adiante).

1 [-o arquivo_de_log] – especifica o arquivo onde será gravado o log da aplicação. 1 [-t] – especifica o nível de debug. Quanto maior o número de -t’s, maior será o nível de

debug. Para a opção de depuração o indicado é o nível de debug 3, ou seja, [-ttt]. Ao ser instalado no Linux, o GnuGK também instala um script que facilita a inicialização e finalização do programa. Este script é instalado em /etc/init.d/gnugk e possui as opções: Iniciar: /etc/init.d/gnugk start

Parar: /etc/init.d/gnugk stop Reiniciar: /etc/init.d/gnugk restart Consulte o manual do

GnuGK em gnugk.org.

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Ao iniciar o GnuGK por este script, ele utiliza algumas configurações padrão especificadas pelo script:

Arquivo de configuração: /etc/gatekeeper.ini Arquivo de log: /var/log/gnugk/gnugk.log

Para ter certeza que o GnuGK está em execução no Linux, é possível executar o comando abaixo que informa se o aplicativo está em execução:

ps -ef | grep gnugk

Se o programa estiver em execução, aparecerá, entre outras informações, uma linha con- tendo o nome e caminho do executável do GnuGK: /usr/sbin/gnugk.

No documento Administração de Videoconferência (páginas 81-84)