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IDENTIFICAÇÃO:

ANO: Anos Iniciais, Anos Finais e Ensino Médio PROFESSORAS: Daieli Althaus e Josiane Eugênio ANO LETIVO: 2019

DISCIPLINA: Educação Especial

1. OBJETIVO GERAL DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)

Propiciar condições em caráter complementar e/ou suplementar, possibilitando o desenvolvimento da autonomia dos estudantes público-alvo da Educação Especial, colaborando na construção do seu aprendizado, por meio do quadro de recursos de acessibilidade e de estratégias que visem à eliminação de barreiras e contribua para a sua plena participação na sociedade.

1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Identificar e conhecer as barreiras arquitetônicas, atitudinais e curriculares que possam impedir ou impossibilitar o desenvolvimento dos estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista ou Altas habilidades/Superdotação;

 Identificar as necessidades educacionais específicas de cada estudante, definindo recursos que visem complementar e/ou suplementar o desenvolvimento dos estudantes na sala de aula comum;

 Organizar o tipo e o número de estudantes em cada atendimento na Sala de Recursos Multifuncionais;  Proporcionar enriquecimento curricular aos estudantes com altas habilidades/superdotação, utilizando-se e

valorizando as múltiplas inteligências;

 Trabalhar com o ensino do português, na modalidade escrita, para estudantes surdos numa perspectiva bilíngue;

 Possibilitar ações pedagógicas no AEE que valorizem a solidariedade, alteridade, respeito e ações colaborativas;

 Realizar ações pedagógicas no AEE que visem a autonomia e a independência de cada estudante;

 Contribuir no suporte pedagógico aos docentes em assuntos referentes à Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva;

 Ensinar a utilizar a tecnologia assistiva de modo a ampliar as habilidades funcionais do estudante (que necessita), promovendo a sua autonomia e participação;

 Orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados por cada estudante;

2. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

O Atendimento Educacional Especializado, na perspectiva da Educação Inclusiva, assume um caráter de suporte e apoio à educação regular, por meio do atendimento à escola, ao professor da classe regular e ao estudante. Tem como objetivo oferecer aos estudantes que frequentam a Sala de Recursos Multifuncional ensino de conteúdos específicos, estratégias e utilização de recursos pedagógicos e de tecnologia diferenciados muitas vezes, não existentes na classe regular, que são fundamentais para garantir a sua aprendizagem e acesso ao currículo comum. São exemplos desses elementos específicos: o código braile, o uso da reglete e do soroban, a Língua Brasileira de Sinais, a Comunicação Alternativa, as estratégias cognitivas diferenciadas etc. Acrescenta-se ainda o ensino sobre o uso de materiais e recursos pedagógicos adaptados e alternativos que favorecem a aprendizagem do cálculo, da comunicação, da leitura e da escrita. As habilidades desenvolvidas pelo estudante com deficiência nas salas multifuncionais são imprescindíveis para garantir o acesso ao currículo da classe regular. Favorecem a eliminação ou conseguem minimizar as barreiras de comunicação, compreensão, locomoção, entre outras que dificultam ou impedem a apropriação, pelo sujeito, dos conteúdos desenvolvidos pela escola.

3. METODOLOGIA

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) será realizado na Sala de Recursos Multifuncional do Colégio de Aplicação, em horário contrário ao da classe regular, pelas professora(s) da Educação Especial, as quais, por meio do Plano de Atendimento Individualizado – AEE buscarão estratégias pedagógicas que visem complementar e/ou suplementar o trabalho desenvolvido na sala de aula comum. Diante disso, o trabalho será desenvolvido com toda a rede de profissionais que atendam os estudantes público-alvo da Educação Especial. Esse trabalho acontecerá de forma transversal ao ensino

 Proporcionar aos estudantes um trabalho complementar específico, para que possam superar e/ou compensar as limitações causadas pelos seus comprometimentos sensoriais, físicos, intelectuais ou comportamentais, desenvolvendo e explorando ao máximo suas competências e habilidades;

 Promover trocas de experiências e de saberes, bem como, informar e orientar os pais, professores e demais profissionais envolvidos sobre o atendimento na Sala de Recursos Multifuncionais, em especial sobre o desenvolvimento do estudante e seus aprendizados;

 Estabelecer articulação com os professores da classe comum de cada estudante que frequenta o Atendimento Educacional Especializado em parceria com os profissionais que compõe a equipe multidisciplinar da escola, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade, bem como, das estratégias pedagógicas que promovem a participação do estudante nas atividades escolares.

comum com o objetivo de possibilitar aos estudantes o desenvolvimento de habilidades que possam contribuir com as aprendizagens da sala de aula e para sua vida.

4. AVALIAÇÃO

Refere-se à avaliação das condições do estudante, suas limitações, competências, dificuldades e habilidades, para se garantir a acessibilidade curricular. Dentro da avaliação geral do estudante, há perguntas sobre a sua saúde geral, as quais são importantes, pois comprometimentos nesse âmbito podem provocar, entre outros, problemas de ausência, distração e comportamento. No item que trata da identificação das necessidades educacionais especiais dos estudantes, são coletados dados a respeito de exames, laudos e avaliações diagnósticas até então realizados no que concerne à identificação da condição auditiva, visual, física, motora, comportamental, bem como quais recursos são necessários para se garantir a acessibilidade curricular. O último item da Avaliação do estudante trata da avaliação do desenvolvimento do estudante, abarcando três áreas: cognitiva, motora e pessoal/social. Na área cognitiva, são avaliadas as competências e as dificuldades relacionadas aos aspectos perceptuais ligados à visão, audição, habilidade motora, tátil e sinestésica, além da noção espacial e temporal. É avaliada igualmente a capacidade de manter atenção, como: seleção e manutenção de foco, concentração, compreensão de ordens e identificação de personagens. A memória é avaliada considerando-se a memória auditiva, visual, verbal e numérica, enquanto a avaliação da linguagem analisará as potencialidades e as dificuldades apresentadas pelo estudante, quanto à compreensão da língua oral, à expressão oral, à leitura, à escrita e ao uso de outros sistemas linguísticos (libras, comunicação alternativa, braile etc.) e de diferentes formas de representação simbólica. Ainda na área cognitiva, é avaliado o raciocínio lógico do mesmo, levando-se em conta: a compreensão de relações de igualdade e diferença, o reconhecimento de absurdos e capacidade de conclusões lógicas; a compreensão de enunciados; a resolução de problemas cotidianos; a resolução de situações-problema, a compreensão do mundo que o cerca, a compreensão de ordens e de enunciados, a causalidade, a sequência lógica etc. Quanto à avaliação da função motora, são consideradas as competências e dificuldades em relação à postura corporal e locomoção, manipulação de objetos e combinação de movimentos, lateralidade, equilíbrio, orientação espaçotemporal e coordenação motora. Já na área emocional, afetiva e social, é avaliado o estado emocional do estudante, sua capacidade de reação à frustração, se apresenta comportamentos característicos de isolamento ou medo; seu nível de interação, capacidade de cooperação e manifestação de afetividade.

4.1 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO:

 Pareceres pedagógicos dos professores da classe comum de cada estudante em atendimento no AEE;  Observações pontuais do estudante em diferentes espaços na escola;

 Relatórios semestrais de cada estudante em atendimento na Sala de Recursos Multifuncionais evidenciando seus avanços e necessidades, bem como avaliando à funcionalidade e aplicabilidade dos recursos pedagógicos utilizados individualmente, tanto no AEE, como na sala de aula e nos demais ambientes do colégio.

5. REFERÊNCIAS:

BRASIL. RESOLUÇÃO Nº4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009. Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, no Atendimento Educacional Especial/MEC. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf. Acesso em 26 de fevereiro de 2016.

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