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7.1 Programas, projetos e ações

7.2.6 Plano de manutenção

O plano de manutenção deverá ser composto por um conjunto de atividades que visem à preservação do desempenho, da segurança e da confiabilidade dos componentes do sistema de drenagem, de forma a prolongar sua vida útil e reduzir os custos de manutenção.

O plano de manutenção deve ser configurado pelos seguintes pontos essenciais:

Organização da manutenção – planejada de acordo com o porte e complexidade do sistema de drenagem do município.

Arquivo técnico do sistema de drenagem – composto por documentos de projeto e construção, incluindo memoriais descritivos, memoriais de cálculo, desenhos e especificações técnicas. Esse arquivo deve ser permanentemente atualizado.

Cadastro dos componentes do sistema de águas pluviais – composto pelo levantamento de todos os componentes e sistemas abrangidos pelo plano de manutenção, incluindo identificação, descrição e localização. Esse cadastro deve ser permanentemente atualizado.

Para o bom funcionamento e efetivação dos serviços de manutenção, o plano deverá prever uma série de elementos, tais como:

 Central de atendimento - visa atender às necessidades de intervenção, mediante solicitação.

 Cadastramento do sistema - essencial para a programação e execução da rotina de manutenção.

 Diagnóstico - essencial para a identificação de pontos críticos (Produto 3 – elaborado e apresentado pela FUNEC ao município).

 Planejamento operacional - distribuição das atividades ao longo do tempo em função da disponibilidade de recursos.

 Programação de serviços - consiste na definição de quem irá fazer, como e quando, mediante as necessidades do sistema.

 Execução da manutenção:

o Inspeção – trata-se do acompanhamento das condições dos equipamentos do sistema de drenagem permitindo, desta forma, prever as necessidades de ajustes ou reparos.

o Manutenção preventiva – a partir dos dados obtidos nas inspeções, serão planejadas as ações com o objetivo de eliminar os defeitos e as irregularidades

constatadas.

o Manutenção corretiva – visa restabelecer o padrão operacional do sistema de drenagem em virtude de falhas ou necessidades detectadas pela inspeção, manutenção preventiva ou pela própria população.

o Operação – consiste nas atividades específicas de funcionamento, acompanhamento, leitura de dados, pequenos ajustes e atividades de conservação nos equipamentos do sistema.

 Controle da manutenção - deverá ser realizado através da emissão de relatórios operacionais.

7.2.6.1 Procedimentos e rotinas

Os procedimentos e rotinas têm como objetivo estabelecer as diretrizes gerais para a execução de serviços de conservação e manutenção do sistema de drenagem do município.

Os serviços de conservação e manutenção correspondem às atividades de inspeção, limpeza e reparos dos componentes do sistema de drenagem, que deverão ser executadas de acordo com o plano de manutenção, baseado em rotinas e procedimentos periodicamente aplicados nos equipamentos do sistema. O Quadro 37 apresenta os procedimentos de “inspeção” para as estruturas do sistema de drenagem, suas rotinas e as respectivas frequências mínimas de execução das atividades.

Quadro 37: Procedimentos de inspeção para as estruturas do sistema de drenagem

Estrutura Rotina Frequência Mínima

Sarjetas

Inspecionar os pontos de acesso a sarjetas ou bocas de lobo. Atenção especial deve ser dada aos danos ou bloqueios.

A cada 60 dias. Inspecionar revestimento das estruturas para determinar

quaisquer danos e deteriorações.

Procurar por obstruções causadas por acúmulo de resíduos, sedimentos, vegetação, obras civis ou acessos às garagens.

Bocas de lobo, bueiros, galerias e

canais abertos e fechados.

Inspecionar os pontos de acesso, verificando obstruções no gradeamento.

A cada 60 dias. Inspecionar revestimento das estruturas para determinar

quaisquer danos e deteriorações.

Procurar por obstruções causadas por acúmulo de resíduos e sedimentos internamente.

Inspecionar o gradeamento a fim de verificar a facilidade ao acesso interno.

Corpos hídricos

Inspecionar o canal do corpo hídrico quanto à presença de galhos, sedimentos, resíduos urbanos ou qualquer tipo de elemento que provoque o bloqueio do mesmo.

A inspeção deve ocorrer trimestralmente nos

meses de baixa pluviosidade e mensalmente nos meses

de alta pluviosidade. Fonte: adaptado de SMDU (2012)

O Quadro 38 indica as estruturas que devem ser submetidas à limpeza, suas rotinas e frequência e o Quadro 39 mostra os procedimentos de manutenção das estruturas, suas rotinas e frequência mínima de execução das atividades.

Quadro 38: Procedimentos de limpeza para as estruturas do sistema de drenagem

Estrutura Rotina Frequência Mínima

Sarjetas Limpar sedimentos acumulados

e resíduos sólidos. Diariamente, de forma contínua. Bocas de lobo, bueiros, galerias

e canais abertos e fechados.

Limpar sedimentos acumulados e resíduos sólidos.

A cada 60 dias, com a devida atenção nos períodos de chuvas.

Corpos hídricos

Limpar sedimentos, resíduos sólidos e outros detritos acumulados.

Limpar quando a inspeção detectar necessidade e principalmente antes dos meses de alta pluviosidade.

Fonte: adaptado de SMDU (2012)

Quadro 39: Procedimentos de manutenção para as estruturas do sistema de drenagem

Estrutura Rotina Frequência Mínima

Sarjetas Reparar / Substituir elementos danificados. Refazer revestimento.

Quando verificada a necessidade durante a inspeção.

Bocas de lobo, bueiros, galerias e canais abertos e fechados.

Reparar / Substituir elementos danificados. Refazer revestimento.

Adequar o gradeamento.

Quando verificada a necessidade durante a inspeção.

Corpos hídricos Reparar canal do corpo hídrico obstruído ou danificado.

Quando verificada a necessidade durante a inspeção.

Fonte: adaptado de SMDU (2012)

7.3 Ações para emergência e contingência

No Prognóstico foram apresentados os eventos de contingência/emergência, sendo os mesmos desmembrados em operacional, de gestão, gerenciamento e imprevisíveis. O Quadro 40 apresenta em síntese, as ações de emergência e contingência apresentadas no Produto 4.

Quadro 40: Ações de Emergência para o Eixo Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais

OCORRÊNCIA ORIGEM PLANO DE EMERGÊNCIA/CONTINGÊNCIA

Alagamentos localizados

Boca de lobo e ramal assoreado/entupido ou subdimensionamento da rede existente.

Comunicar à Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros - CBMMG sobre o alagamento das áreas afetadas, acionar o socorro e desobstruir redes e ramais;

Comunicar o alagamento à Secretaria Municipal de Obras (SMO), responsável pela limpeza das áreas afetadas, para desobstrução das redes e ramais;

Sensibilizar e mobilizar a comunidade, através de iniciativas de educação ambiental, como meio de evitar o lançamento de resíduos nas vias públicas e nos sistemas de drenagem.

Deficiência no engolimento das bocas de lobo.

Promover estudo e verificação do sistema de drenagem existente para identificar e resolver problemas na rede e ramais de drenagem urbana (entupimento, estrangulamento, ligações clandestinas de esgoto, etc.) Secretaria Municipal de Obras (SMO).

Deficiência ou inexistência de emissário.

Promover reestruturação/reforma/adaptação ou construção de emissários e dissipadores adequados nos pontos finais dos sistemas de drenagem urbana (Secretaria Municipal de Obras (SMO).

Processos erosivos

Inexistência ou ineficiência da rede de drenagem urbana;

Inexistência ou ineficiência de emissários e dissipadores de energia;

Inexistência de APPs/áreas desprotegidas.

Executar obras de contenção de taludes e aterros.

Ocupação Irregular. Remoção de moradores das áreas de risco. Falta de abrigo para a população

afetada por inundações e/ou morando em áreas com risco de deslizamentos

Eventos climáticos extremos. Cadastro das famílias atingidas, transporte, manutenção e organização de abrigos e provisão de alimentos, água potável e serviços básicos de saúde, através do SMO.

8 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA O EIXO

INSTITUCIONAL