• Nenhum resultado encontrado

2.2. Histórico sobre a evolução da Administração Pública no Brasil

2.2.1. Plano Diretor da Reforma do Estado

como Ciência Jurídica * Legalismo 1. Estado Administrativo 2. Administração para o Desenvolvimento 3. Estado Intervencionista Administração Pública como Ciência Administrativa 1930-45 * Racionalização 1946-64 * Desenvolvimentismo 1965-79 * Racionalidade e Competência técnicas Mobilização Social Administração Pública

como Ciência Política

* Democratização * Conflito de interesses * Recursos escassos Redefinição do papel do Estado Administração Pública como Administração Pública

* Capacidade política aliada à competência técnica Períodos Contexto Institucional Paradigmas Fases Características do Campo de AP

    

1900-29

1930-79

1980-89

1990-....

Estado regulador-liberal Administração Pública

como Ciência Jurídica * Legalismo 1. Estado Administrativo 2. Administração para o Desenvolvimento 3. Estado Intervencionista Administração Pública como Ciência Administrativa 1930-45 * Racionalização 1946-64 * Desenvolvimentismo 1965-79 * Racionalidade e Competência técnicas Mobilização Social Administração Pública

como Ciência Política

* Democratização * Conflito de interesses * Recursos escassos Redefinição do papel do Estado Administração Pública como Administração Pública

* Capacidade política aliada à competência técnica

QUADRO 2.5 - Evolução da Administração Pública no Brasil Fonte: KEINERT (1994: 43).

2.2.1 Plano Diretor da Reforma do

Estado

Segundo Torres (2004), a discussão sobre práticas eficientes de Administração Pública é retomada no País em 1995 com a elaboração e publicação de um plano, denominado Plano Diretor da Reforma do Estado. Diante de uma máquina pública dotada de incapacidade administrativa e operacional, foi criado o Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado

(MARE)7 e determinada a elaboração do documento, com os objetivos de estabelecer diretrizes e criar condições para mais uma reforma da administração pública brasileira.

Aprovado na reunião da Câmara da Reforma do Estado - órgão composto pelos ministros da Casa Civil, Administração Federal e Reforma do Estado, Trabalho, Fazenda, Planejamento e Orçamento e Estado-Maior das Forças Armadas - em setembro de 1995, o Plano Diretor da Reforma do Estado procurou definir as bases de um novo modelo de desenvolvimento, capaz de estabilizar e assegurar o crescimento sustentado da economia brasileira (Torres, 2004).

O documento defendia o fortalecimento do Estado através de bases modernas e racionais e conceitos atuais de administração e eficiência, voltadas para a descentralização e o controle de resultados. Esses objetivos, se alcançados, permitiriam que fossem implementadas ações reguladoras e promoções de serviços básicos e políticas sociais eficazes, baseadas nos princípios de qualidade e produtividade (Brasil, 1995).

7 A Secretaria da Administração Federal ganhou status de Ministério (Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado) após a eleição de Fernando Henrique Cardoso (BRESSER PEREIRA, 2001).

Aumentar a governança do Estado, ou seja, sua capacidade administrativa de governar com efetividade e eficiência, voltando a ação dos serviços do Estado para o

atendimento dos cidadãos.

Limitar a ação do Estado àquelas funções que lhe são próprias, reservando, em princípio, os serviços não-exclusivos para a propriedade pública não-estatal, e a produção de bens e serviços para o mercado para a iniciativa privada.

Transferir da União para os estados e municípios as ações de caráter local: só em casos de emergência cabe a ação direta da União.

Transferir parcialmente da União para os estados as ações de caráter regional, de forma a permitir uma maior parceria entre os estados e a União.

Aumentar a governança do Estado, ou seja, sua capacidade administrativa de governar com efetividade e eficiência, voltando a ação dos serviços do Estado para o

atendimento dos cidadãos.

Limitar a ação do Estado àquelas funções que lhe são próprias, reservando, em princípio, os serviços não-exclusivos para a propriedade pública não-estatal, e a produção de bens e serviços para o mercado para a iniciativa privada.

Transferir da União para os estados e municípios as ações de caráter local: só em casos de emergência cabe a ação direta da União.

Transferir parcialmente da União para os estados as ações de caráter regional, de forma a permitir uma maior parceria entre os estados e a União.

QUADRO 2.6 - Objetivos globais do Plano Diretor da Reforma do Estado Fonte: Adaptado de BRASIL (1995: Não paginado).

De acordo com o Plano, Estado e mercado são definidos como duas instituições centrais, responsáveis por coordenar os sistemas econômicos. Esse arranjo entra em desequilíbrio com o enfraquecimento das funções de regulação e coordenação do Estado e com sua incapacidade de implementar políticas públicas (Brasil, 1995).

A recuperação da governança8 e o fortalecimento das funções de regulação e coordenação do Estado seriam alcançados através da transferência de determinadas atividades para o setor privado (redução do papel do Estado como executor ou prestador direto de serviços) e “[...] descentralização vertical, para os níveis estadual e municipal, das funções executivas no campo da prestação de serviços sociais e de infra-estrutura” (BRASIL, 1995, Não paginado).

8 Nesse trabalho, adota-se a definição de Araújo (2002) para o termo. Segundo o autor, governança significa a capacidade financeira, gerencial e técnica que determinado governo possui para formular e implementar suas políticas.

Fontes da crise Descrição Propostas

Fiscal Perda do crédito por parte do Estado e pela poupança pública, que se torna

negativa.

Se caracteriza pela estratégia de substituição de importações nos países de terceiro mundo (onde se inclui o Brasil).

Esgotamento da estratégia estatizante de intervenção do Estado

Superação da forma de

administrar o Estado Superação da “Administração Pública Burocrática”.

- Ajustamento fiscal duradouro - Reformas econômicas orientadas para o mercado

- Reforma da Previdência Social - Inovação dos instrumentos de política social (maior abrangência e melhoria de qualidade dos serviços sociais)

- Reforma do Estado com o objetivo de recuperar sua governança

Fontes da crise Descrição Propostas

Fiscal Perda do crédito por parte do Estado e pela poupança pública, que se torna

negativa.

Se caracteriza pela estratégia de substituição de importações nos países de terceiro mundo (onde se inclui o Brasil).

Esgotamento da estratégia estatizante de intervenção do Estado

Superação da forma de

administrar o Estado Superação da “Administração Pública Burocrática”.

- Ajustamento fiscal duradouro - Reformas econômicas orientadas para o mercado

- Reforma da Previdência Social - Inovação dos instrumentos de política social (maior abrangência e melhoria de qualidade dos serviços sociais)

- Reforma do Estado com o objetivo de recuperar sua governança

QUADRO 2.7 - Diagnóstico da crise do Estado Fonte: Adaptado de BRASIL (1995: Não paginado).

Documentos relacionados