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Platéia: borboletinha tá na cozinha prá fazê ( )

CAPÍTULO IV METERIAL E MÉTODO

Situação 4: (auto-encadeamento) explanandum e explanans produzidos por um mesmo interlocutor

39. Platéia: borboletinha tá na cozinha prá fazê ( )

((então, diante da postura de C5, as crianças da platéia começam a cantar uma

música))

Comentários:

Durante este breve episódio, o que A parece buscar é o entendimento entre as

crianças para representarem, com seus fantoches, uma dramatização acerca do tema

Nestes termos, as crianças se mostram coniventes, para trabalharem juntas, ao

partilharem movimentos cúmplices, com retomada das mesmas ações e das mesmas

réplicas, mas não se mostram coniventes acerca do tema a ser tratado (sapo), como

podemos observar nos turnos (6), (7), (8), (9), (12), (13), (14), (15), onde vislumbramos

a tutela de negociação de tema.

Assim, explanandum e explanans são utilizados pelos interlocutores em

resposta a questões que não apresentam o morfema “por que”, como por exemplo nos

turnos (7), (9), (13), (15).

Sendo que, ainda nos turnos (7) e (9) temos encadeamentos monológicos com

apoio em ações de cenas, que podemos chamar de virtuais (nadando na piscina dele ;

ele nada na lagoa dele). A imaginação concretiza-se através do léxico ‘nadar’, sem o

apoio em qualquer cenário real. É o que Flavell (op. cit.) coloca-nos como sendo o

estágio mais complexo do jogo de faz-de-conta.

As réplicas continuam dentro do jogo. Nos turnos (21), (23), (25) L parece tentar

dominar a cena, mas quem se coloca é E nos turnos (20), (22), (24), (26), Sendo que no

turno (22) temos um encadeamento monológico e em (23) um encadeamento reativo.

Em (27), C4 passa o turno para C5, e quem interage, no decorrer do evento, é A,

que faz uso da tutela de conduta-participação.

As crianças brincam, dentro de um cenário imaginário, e concretizam o

pensamento através da linguagem verbal e não-verbal, mostrando-nos suas CEJs, suas

estratégias de persuasão.

Enfim, elas mostram-nos os resultados das dinâmicas interativas observadas nos

e, segundo Garvey e Berndt (1977), os jogos de ficção coletivos exigem dos seus

participantes competência comunicativa e representações sociais comuns.

Diante dos dados analisados, retomamos aqui, no quadro 4, as intervenções do

adulto (A) no jogo simbólico:

Quadro 4

Tipos de tutela simbôlica do adulto no jogo de ficção

Tutela simbólica 1ª etapa

nº de ocorrência % 2ª etapa nº de ocorrência % Sustentação da atividade da criança 10 28% 06 40% Co-elaboração 03 8% 0 0% Conduta-participação ou ampla 18 50% 06 40% Conduta-estrita 02 6% 0 0% Negociação do tema 03 8% 03 20% Nº total de ocorrências 36 100% 15 100%

De maneira geral, notamos que nos dois momentos de coleta de dados, as CEJs

aparecem durante o processo de interação: criança-adulto, criança-criança, criança-

boneco, boneco-boneco e mostrou-nos que a intervenção do adulto, no jogo simbólico, é

muito maior na primeira etapa do que na segunda etapa ( 36 ocorrências na 1ª etapa e 15

ocorrências na 2ª etapa), o que nos leva a inferir que tenha funcionado mais como

estímulo e exercício de uma série de atividades reflexivas na criança, no momento da

descentração, isto é, da passagem da ficção para o real.

Quadro 5

CEJs que brotam da primeira e segunda etapas

Tipos de CEJs Primeira etapa Segunda etapa

meninos e meninas Nº de ocorrência % nº de ocorrência %

explanandum e explanans divididos entre os interlocutores (adulto- criança; criança-criança) 25 62% 19 39% Auto-encadeamento 02 5% 03 6% encadeamento reativo 07 18% 18 36% encadeamento monológico 06 15% 09 18% nº total de ocorrências 40 100% 49 100%

Ao refletirmos sobre a teoria de (1) Piaget (1999), que defende o ponto de vista

da maturação cognitiva da criança como responsável pelo maior ou menor desempenho

no processo de compreensão e produção de conceitos, concluímos que é através da

ação que a criança constrói seu pensamento, seu conhecimento; (2) Vygotsky (1991),

admite que o social desempenha um papel no desenvolvimento da criança, um papel

enfatizado, quando o autor propõe as noções de “mediação e zona de desenvolvimento

proximal”, isto é, quando a criança aprende inicialmente em cooperação com outro,

depois sozinha; e (3) a teoria de Wallon (1989), que defende o fato da gênese da

inteligência ser genética e organicamente social, ou seja, o ser humano é

atualizar (conforme Dantas, 1990). Logo, podemos inferir que o desenvolvimento da

criança é resultado tanto da maturação quanto das condições oferecidas pelo ambiente ,

em que ela vive.

Nesta direção, podemos perceber que o número de CEJs é relevante nas duas

etapas. Contudo, as CEJs espontâneas aparecem em maior número na segunda etapa,

quando considera-se que explanandum e explanans, divididos entre os interlocutores,

destacam-se na primeira etapa.

No quadro 6, retomanos as CEJs resultantes da conivência.

Quadro 6 A conivência conivência

CEJs – meninos e meninas

Nº de ocorrências % conivência com o adulto 10 53% conivência com outra criança 09 47% Nº total de ocorrências 19 100%

Os resultados mostram a conivência presente, no momento de partilha do prazer

conversacional, tanto entre criança-adulto, quanto entre criança-criança.

Nesta atividade, as crianças mostram que podem realizar experiências comuns,

partilhar emoções e sentimentos, compreender e entrar em negociação com o outro. É,

através desta cumplicidade mútua com o adulto e com outra criança, que vão se

No quadro 7, retomamos as CEJs observadas durante o jogo simbólico.

Quadro 7

As CEJs que brotam das CSs

Condutas simbólicas (CSs) CSs ____________________ nº de ocorência % CEJs _________________ nº de ocorrências % substituição: atribuição de significações a um objeto. 06 8% 06 10%

Idéia de ficção ou idéia teatral: evento ou estado expresso pela ação e/ou pela linguagem constitutiva da história. 49 66% 46 77% coordenação intra ou interindividual: condutas simbólicas sucessivas religadas em relação ao tema (fazer o boneco cair, sair de cena, brincar, andar etc)

19 26% 08 13%

Nº total de ocorrências 74 100% 60 100%

Aquí, os resultados mostram-nos que o jogo simbôlico tem uma contribuição

muito expressiva para o surgimento das CEJs.

A dramatização constitui, assim, mais do que um objeto da própria atividade,

CONCLUSÕES

Este é o momento de (re)afirmar ou (re)pensar as intenções e comentar o

resultado de nossa pesquisa.

Um caminho possível seria retomar as questões que nortearam o

desenvolvimento de cada capítulo.

1ª questão: inicialmente faremos uma reflexão sobre o porquê e quando as

crianças explicam.

(a) Verificamos que a etapa de construção de fantoches é importante para o

aprendizado, no que diz respeito ao compartilhar e desenvolver saberes, onde temos

mais explicações do tipo não espontâneas: o adulto induz as produções de explanantia

nas crianças, quando este introduz múltiplas questões, que configuram a organização

dominante do discurso e estão ligadas à exploração dos personagens pela criança,

proporcionando um exercício cognitivo e exercitando habilidades comunicativas.

(b) Na etapa de utilização de fantoches industrializados, a intervenção do adulto

no jogo de ficção é menor, as CEJs espontâneas aparecem, entre as crianças, durante o

processo de teatralização, mostrando-nos sua capacidade de interagir, improvisar, criar,

enfim, de mostrar seu mundo simbólico e seu imaginário através da linguagem.

(c) Os encadeamentos do tipo monológico, reativo e os auto-encadeamentos

identificados no discurso dos sujeitos, acabam desencadeando um contexto reflexivo, no

sentido de busca de solução de algum impasse criado, seja pelo adulto ou pela criança.

Paralelamente, o tipo ou a maneira de desenvolvimento da segunda etapa,

favorece a presença menor da intervenção do adulto, e contribuem para o florescimento

de um número maior de CEJs do tipo espontâneo no discurso da criança.

Portanto, neste contexto, não podemos valorizar uma etapa em detrimento da

outra. A CEJ é uma conduta eminentemente social, amplamente dependente das

condições de comunicação e interlocução, igualmente tributária de um desenvolvimento

de saber-fazer e de saberes sociocognitivos.

2ª questão: em seguida, somos levados a pensar no potencial pragmático das

CEJs., isto é, como as crianças agem sobre a linguagem, quando fornecem explicações

para o outro. É neste momento que repensamos as condutas simbólicas, com base em

três itens.

(a) O processo de imaginar, criar uma dramatização, onde os personagens

animais se tornam protagonistas de uma história livre, em que a criança é convidada a

colocar-se diante de outras crianças e a usar os fantoches, exige muito mais delas, na

medida em que precisam ter um certo controle sobre a encenação narrativa, para que

possa ocorrer efetivamente o jogo teatral. Ela está diante de uma platéia, buscando a

convivência com seu parceiro de atuação ou com seu público.

(b) O uso de personagens “fantoches” possibilita e permite o exercício de

fantasias e favorece a prática de liberdades, uma vez que elementos da trama são

extraídos da história pessoal da criança e são vividos no plano do imaginário.

(c) Paralelamente, constatamos também que a criança através do imaginário,

além de ampliar suas possibilidades de interação e de partilhar significações com o

outro, acaba criando vínculos entre o mundo e ela.

Este conjunto de fatos nos mostra como é importante que, no currículo escolar, o

Nestes termos, longe de propor uma metodologia de aprendizado de forma meramente

tradicional, estamos preocupados com o aluno vivo, que possa estar preparado para a

vida e não para o mero acúmulo de informações, que experiências na escola tenha

significações no mundo da criança, e que esse mundo também seja visto e praticado

dentro da escola.

Assim, a postura acadêmica do professor deve garantir a agilidade do aluno.

Algo deve ser feito para que possa ampliar seus referenciais de mundo e trabalhar,

simultaneamente, com todas as linguagens (escrita, sonora, dramática, corporal, etc).

Neste sentido, defendemos a idéia de que os jogos de ficção são instrumentos

estruturantes no desenvolvimento das crianças pequenas, levando-as a refletir sobre o

mundo social e a adquirir um certo número de conhecimentos psicossociais e

lingüísticos. Além disso, sabemos que a atividade simbólica partilhada enriquece o

imaginário, e permite à criança aguçar o raciocínio, aprimorar sua comunicação, no

confronto com o outro, etc.

Como sugere Flavell (1999: 71), “o faz-de-conta pode auxiliar no

desenvolvimento social e sócio-cognitivo, bem como no crescimento no sentido mais amplo. (...) pode ser um precursor para o entendimento da mente (...)”.

Sem dúvida, este trabalho servirá como ponto de partida para a abertura de

outras trilhas. Assim, na seqüência, são vislumbradas algumas questões pertinentes, em

termos de engajamento com pesquisas futuras:

a) os encadeamentos monológicos, ou auto-encadeamentos, fornecem

pistas valiosas para compreendermos a mente da criança;

b) no jogo de ficção, a criança é encorajada a exprimir suas intenções,

Finalmente, na 3ª questão, constatamos que a situação de interação no jogo com

fantoches favorece sim o desenvolvimento e/ou a produção discursiva infantil, na

medida em que se instaura uma conivência global ou discursiva , ou melhor, uma

interação entre sujeito/discurso/explicação.

Portanto, a atividade lúdica praticada pela criança reúne forças inesgotáveis nos

mais diferentes domínios. O exame atento das produções infantis no jogo de ficção e no

quadro de conivência confirma a aptidão teatral da criança.

Ainda no que concerne à linguagem oral, e de acordo com Melo (2003), quanto

mais a criança puder falar em situações diferentes, como contar o que lhes aconteceu em

casa, contar histórias, explicar um jogo, por exemplo, mais poderá desenvolver sua

capacidade comunicativa de maneira significativa.

Enfim, o presente trabalho nos leva a fazer algumas projeções de caráter prático

sobre a utilização da CEJ em jogo de ficção pela criança em idade pré-escolar.

Uma primeira projeção é de que ela deve ter significado para essas crianças, ou

melhor, deve ser algo de que necessitam para o desenvolvimento geral e deveria ser

praticada nas escolas.

Uma segunda projeção é de que os jogos teatrais entre crianças e adulto,

deveriam ser um componente curricular permanente nas escolas.

Uma terceira projeção é a necessidade de haver mais trocas intersubjetivas no

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