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Assistência Social

2. A Política de Assistência Social na cidade de São José do Rio Preto

Apesar da LOAS ter sido promulgada em dezembro de 1993, observa-se a princípio um descompasso entre a promulgação da referida Lei e o funcionamento do Conselho Municipal de Assistência Social em São José do Rio Preto, que foi criado em 14 de dezembro de 1995.

A exigência da Lei, colocou como condição para o repasse dos recursos do governo Federal para os Estado e Municípios, a necessidade da existência do Conselho, do Fundo, do Plano Municipal de Assistência Social (art.30 da LOAS) e clareza no processo de descentralização, no tocante das instâncias governamentais, que auxiliaram o início do funcionamento do Conselho Municipal de Assistência Social, no caso de São José do Rio Preto.

Desde 1995, o Conselho Municipal de São José do Rio Preto foi implantado passando, inicialmente, por um processo de sistematização das documentações, o que veremos com mais clareza no próximo item deste capítulo.

No início as dificuldades eram sentidas no entendimento das questões trazidas para debates, tanto por parte das entidades governamentais como das

não governamentais. Questões preocupantes como: funções dos conselheiros, cadastramento de entidades, discussões sobre o Fórum de Assistência Social. O amadurecimento dessas questões permitiu a devida implementação do Conselho.

Desde sua implantação até os primeiros meses de 1999, a Política de Assistência Social da cidade se desenvolveu com recursos oriundos do governo federal, repassados para as entidades sob forma de convênio.

As propostas colocadas nos Planos municipais de Assistência Social , não eram operacionalizadas uma vez que Estado e Município não cumpriam sua parte no tocante a alocação de recursos. Além disso, não conseguiu garantir um orçamento municipal, um percentual que fosse destinado à Assistência Social. Somente a partir de 1999 ela conta com recursos oriundos do Estado, ainda com uma série de critérios estabelecidos pelo CNAS para aprovação dos projetos apresentados no Conselho.

Hoje, o Conselho está montando uma equipe de monitoramento para fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento dessa política. A experiência do Conselho em São José do Rio Preto, por ser paritário, tem sido importante para a Política de Assistência Social se firmar no município.

A municipalização da Assistência Social com a transferência da gestão para os municípios, trouxe vantagens. Houve fortalecimento do poder local e participação da população.

O atendimento às necessidades fundamentais da população empobrecida e excluída dos bens e serviços não pode mais ser encarada como política de socorro, filantropia, caridade, clientelismo político, troca de favores. O assistencialismo deve ser substituído pela noção de cidadania, que implica uma política de seguridade, devendo atuar em parceria com a saúde, a previdência social e a educação.

O que ocorre no município de São José do Rio Preto são ações isoladas, desenvolvidas desordenadamente e com objetivos distintos. As ações acabam ficando a cargo de entidades filantrópicas e de assistência. Os problemas são

postergados para um futuro que nunca chega e acumulam-se, insolúveis, nas portas das instituições.

Os problemas sociais do município são graves, e teimam em se mostrar recorrentes. Embora, conceitualmente o Conselho Municipal de Assistência Social busque estabelecer a efetiva atuação em redes, distribuídas pelas áreas em que a cidade foi dividida, a prática comprova uma corrente contrária. As citadas ações isoladas, fruto da falta de unidade, e mais, da falta de interesse das entidades na erradicação do problema, jogam por terra as tentativas um tanto tímidas impetradas pelo Conselho.

Acaba vencendo um certo corporativismo, mas este dentro de cada instituição, pois elas vivem um eterno dilema: atacam os problemas sociais, mas a dosagem de suas ações é ínfima. Se solucionarem o problema, deixam de ser necessárias. Como não querem desaparecer, fazem da continuidade das dificuldades que perseguem a condição para se tornarem, enquanto entidades, duradouras e necessárias.

Passaremos a listar todas as entidades assistenciais da cidade de São José do Rio Preto (públicas e/ou privadas) as quais atuam em programas sociais voltados para a população do município e estão separadas por áreas, ou segmentos sociais. As entidades arroladas que são cadastradas no CMAS, aparecerão com destaque. As que receberam verbas estaduais neste ano de 2000 aparecerão no final da lista.

2.1 Guia de Programas e Recursos Assistenciais3 em São José do Rio Preto

Segmento Assistência Social Geral

Área I - Associação Espírita “A Caminho da Luz”; Associação Beneficente; Espírita “Joana de Angelis”; Instituto Espírita Nosso Lar; Gatasa –

3

Guia de programas e recursos assistenciais – Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto – Secretaria Municipal do Bem Estar Social.

Grupo de Apoio Toxicômano Santo Antônio; Centro Social do Bairro Eldorado; Conexão Paz; Grupo Espírita e Centro Social “Caminheiros do Além”; Grupo Espírita de Assistência Social Paulo Tarso; ASSAE – Associação Solo Sagrado de Amor Exigente; Associação Anti-Alcoólica do Santo Antônio; Centro Espírita Francisco Cândido Xavier; Programa Resgatando a Cidadania – SMBES; Cáritas Paroquial Sagrado Coração de Jesus; Centro Espírita “Ide Pregai”; Sociedade de Amigos Protetores das Crianças do Solo Sagrado; Associação de Proprietários de Todos os Santos; Serviço Social da Paróquia do Bom Jesus Pastor e São Sebastião; Centro Social do Bairro Eldorado.

Área II – Fundação Mamãe Feliz; Centro Comunitário Paroquial Vila Maceno; Grupo Espírita Irmã Consuelo; Associação Espírita Rogério Villar; Associação Espírita Cirinéia; Grupo Espírita Irmã Cacilda; Casa do Caminho; Grupo de Apoio Toxicômano e Alcoólatra de Fátima – GATAF; Associação de Recuperação do Alcoólatra; Grupo Espírita Bezerra de Menezes; Grupo de Mulheres; Associação Espírita Treze de Maio; Área III – Centro Espírita Francisco de Assis; BETEL – Movimento de Recuperação Toxicômanos; Centro Social Vila Toninho; Paróquia Santa Edwirges (Grupo dos Vicentinos); Centro Espírita Luiz Gonzaga; Conselho Central de São José do Rio Preto da sociedade São Vicente de Paulo.

Área IV – Centro Social Parque Estoril; Associação Anti-Alcoólica Araraquarense SJRio Preto; Arquiconfraria Imaculado Coração Maria; SESI – Serviço Social da Indústria; Centro Social Santa Cruz.

Área V – Centro Espírita Orvalho de Luz; Associação Cristã Projeto de Vida/Igreja.

Área VI – Centro Espírita Rodrigo Lobato; Associação Espírita Irmão Gerônimo; Grupo Espírita “Irmãos de Luz”; Parque Frederico Ozanam; Obra Assistencial da Basílica Aparecida – OBA; Associação Espírita Allan Kardec; Paróquia Santa Terezinha para pastorais: criança, social, educação; Instituto Santo Antônio.

Área VII – Associação de Beneficência “Espírito Consolador”; Grupo Espírita André Luiz; Serviço Social da Redentora; Albergue Noturno “Protetor dos Pobres”; Fundação Riopretense de Assistência Social – FRAS; GADA – Grupo de Amparo ao Doente de AIDS; N.A. “Neuróticos Anônimos”.

Segmento Associação de Moradores

Área I – Associação de Moradores do Solo Sagrado; Sociedade Amigos do Bairro Macedo Telles I; Força Jovem do Bairro Maria Lúcia; Associação de Moradores do Bairro Santo Antônio; Associação de Moradores Projeto do Amanhã; Associação dos amigos do Bairro Ana Célia.