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No âmbito do factor ambiental ruído, o principal objectivo do plano traduz-se na premissa de redução dos níveis de ruído nas zonas residenciais e zonas de lazer – cumprimento dos níveis de ruído impostos para as zonas sensíveis e mistas pelo Decreto-Lei n.º 9/2007, de 7 de Janeiro, designadamente através da implementação de medidas de minimização do ruído.

Assim, importa referir que a população afectada por ruído ambiente exterior, ou seja, a população exposta a diferentes níveis de pressão sonora, incluindo níveis superiores aos limiares de incomodidade, de acordo com os dados disponíveis, que se reportam ao Mapa de Ruído elaborado no âmbito do processo de revisão do PDM, corresponde a:

Zona sensível:

Período global de 24h (Lden) – cerca de 5% (4,97%); Período nocturno (Ln) – cerca de 10% (9,57%); Zona Mista

Período global de 24h (Lden) – cerca de 9% (8,61%); Período nocturno (ln) – cerca de 20% (20,16%).

A actualização dos valores referentes à percentagem de população exposta a níveis de ruído superiores aos definidos no Regulamento Geral do Ruído será efectuada a cada 5 anos, por obrigatoriedade legislativa de revisão das cartas de ruído ao fim do período referido.

O indicador “Área afectada por níveis sonoros acima dos limites legais - Período diurno e período nocturno”, previsto igualmente neste tema, não é objecto de apresentação de dados pelo facto de até esta altura não ter sido possível reunir a informação de base necessária.

Para este sub-tema definiu-se também como indicador o número de queixas recebidas relativamente ao ruído

automóvel. Assim, durante 2009, a Câmara Municipal recebeu um total de 6 queixas relativas ao nível de ruído

provocado pelo tráfego, enquanto, em 2010, apenas foram recepcionadas na Autarquia um total de 3 exposições, indo de encontro à meta definida de redução do número de queixas recebidas.

Como medidas de minimização do ruído encontra-se em desenvolvimento a 1ª Fase do Plano Municipal de Redução do Ruído. Assim, ainda não foram implementadas medidas de redução do ruído uma vez que só recentemente foram definidas as zonas de conflito.

No que diz respeito à poluição atmosférica considerou-se como indicador a avaliação da qualidade do ar, designadamente a evolução do número de dias com índice da qualidade do ar Muito Bom, Bom, Médio, Fraco e Mau. No concelho da Maia, e no âmbito do projecto Rede de Medida da Qualidade do Ar da Área Metropolitana do Porto, encontram-se instaladas um conjunto de estações de monitorização da qualidade do ar – cuja responsabilidade de recolha e tratamento de dados é cometida à CCDRN – que afere os valores de poluentes como o monóxido de azoto, o dióxido de azoto, o monóxido de carbono, dióxido de enxofre, ozono, chumbo e partículas, responsáveis por problemas de qualidade do ar e essencialmente associados ao tráfego automóvel.

As estações de monitorização da Qualidade do Ar do município estão integradas na zona do Porto Litoral, pelo que, relativamente à qualidade do ar apresenta-se a evolução do número de dias com índice da qualidade do ar Muito Bom, Bom, Média, Fraca e Má dos dados disponíveis desde 2001 até 2010 para esta zona, cujo índice resulta da média aritmética calculada para cada um dos poluentes medidos em todas as estações da rede.

Em 2010 verificou-se um crescimento acentuado do n.º de dias com o índice de qualidade do ar Bom e Muito Bom, relativamente aos anos de 2001 e 2002, pese embora o ligeiro decréscimo em relação a 2008 e 2009. Em 2010, correspondeu a cerca de 68% o n.º total de dias com índice de qualidade do ar Muito Bom ou Bom.

Fonte: www.qualar.pt Figura 16. Índice de Qualidade do Ar

No que diz respeito ao indicador emissão de gases com efeito de estufa será apresentado o valor relativo à avaliação das emissões de gases com origem antropogénica que contribuem para o efeito de estufa (apresentação do n.º total de excedências desagregadas por poluente e estação existente no concelho da Maia).

No que se refere ao n.º total de excedências pela totalidade dos poluentes observa-se um crescimento do n.º de excedências. Em 2008 observou-se um total de 169 excedências e, em 2009, esse valor foi já de 192.

Numa desagregação por poluente e estação, durante o ano de 2008, registaram um total de 45 excedências ao nível do poluente Partículas < 10; 10 excedências no poluente Dióxido de Azoto e 114 excedências no poluente Ozono (neste último caso apenas 22 excedências no limiar de protecção à saúde humana).

Estação N.º Excedências - 2008 N.º Excedências - 2009

PM 2.5 SO2 PM 10 NO2 CO O3 PM 2.5 SO2 PM 10 NO2 CO O3

Vermoim - 0 28 (a) 0 0 7 (b) 6 (c ) 42 (d) - 0 35 (a) 0 0 11 (e ) 11 (b) 13 (c ) 5 (f) 50 (d) V. N. da Telha - 0 17 (a) 0 0 4 (b) 5 (c ) 50 (d) - 0 11 (a) 0 0 3 (b) 3 (c ) 40 (d) Águas Santas - 0 - 10 0 - - 1 (g) - 9 (g) 0 0 Total - 0 45 10 0 114 - 1 46 9 0 136 Excedências Máx. 35 18 25 35 18 25 (a)

(a) - Protecção da saúde humana - Base Diária

(b) - Protecção saúde Humana - Base Octo-Horária (Directiva 2002/3/CE) - 25 excedências máximas permitidas (c ) - Protecção saúde Humana - Base Octo-Horária (Portaria 623/96)

(d) - Protecção da Vegetação - Base Diária

(e ) - Protecção Saúde Humana - Base Horária - Limiar de Informação à População (f) - Protecção da Vegetação - Base Horária

(g) - Protecção Saúde Humana - Base Horária (Dl 111/2002)

Fonte: www.qualar.pt

Quadro 49. N.º de excedências por poluente22 - 2008 e 2009

Já em 2009, registaram um total de 46 excedências ao nível do poluente Partículas < 10; 18 excedências no poluente Dióxido de Azoto e 136 excedências no poluente Ozono (neste último caso apenas 22 excedências no limiar de protecção à saúde humana). Contudo, quer em 2008 quer em 2009, em nenhuma das situações o valor de excedências dos diferentes ultrapassou o valor máximo de excedências permitido na respectiva legislação para a protecção da saúde humana.

i. Riscos Tecnológicos

Os Risco Tecnológicos no concelho da Maia estão maioritariamente associados a acidentes decorrentes da actividade industrial e do transporte de matérias perigosas, mão se verificando a existência de riscos naturais significativos. Como é sabido, o território do Concelho da Maia, compreende em si mesmo áreas consideráveis de implantação de actividade industrial. No que diz respeito à sua tipologia, esta actividade é bastante heterogénea e à qual poderão ser atribuídos diversos níveis de risco quer para o homem quer para o ambiente. Havendo registo de acidentes decorrentes desta actividade, os mesmos não se poderão considerar de grande magnitude, tendo os seus efeitos alguma preponderância devido à proximidade entre algumas actividades industriais e as zonas residenciais.

Assim, e de acordo com informação prestada por parte do Serviço Municipal de Protecção Civil da Maia, durante 2009 registaram-se apenas três acidentes viários envolvendo veículos que transportavam substâncias perigosas, sem grande magnitude e impacte no território e no ambiente, tendo-se registado o mesmo número de acidentes em 2010, num total de 6 acidentes.

No que diz respeito aos acidentes industriais, em 2009, verificaram-se três incêndios em unidades industriais, os quais tiveram todos lugar na Zona Industrial da Maia I, enquanto, em 2010, apenas se registaram dois acidentes industriais.

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