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Ponto de Equilíbrio Econômico

No documento apostila de custo (páginas 62-68)

CUSTO REAL ( ) CUSTO-PADRÃO Variação entre o custo real e o custo-padrão

4.2.2 Ponto de Equilíbrio Econômico

A utilização do Ponto de Equilíbrio Econômico é possível quando se tem determinado o lucro desejado, ou seja, é o nível de vendas/receitas onde se “cobre” todos os custos e despesas e o retorno do investimento ou custo de oportunidade do capital próprio.

Fórmulas:

► Ponto de Equilíbrio Econômico – Quantidade (único produto) PEE-Q = (CDF + LUCRO) / (PVU – CDVU)

► Ponto de Equilíbrio Econômico – Reais (único produto) PEE-$ = (CDF + LUCRO) / [1 – (CDVU / PVU)]

► Ponto de Equilíbrio Econômico – Reais (vários produtos) PEE-Q = [(CDF + LUCRO) / (RT – CDVT)] X RT

Ponto de Equilíbrio Financeiro

No Ponto de Equilíbrio financeiro é apresentado o nível de vendas/receitas necessários para reembolsar o caixa da empresa. O reembolso refere-se a cobrir todos os custos e despesas que exigem desembolsos (pagamentos ou promessas de pagamentos) por parte da empresa. Neste nível é apresentado o equilíbrio financeiro, ou seja, o fluxo de recursos necessários para a continuidade operacional da empresa sem que haja a dependência de recursos de terceiros.

Fórmulas:

► Ponto de Equilíbrio Financeiro – Quantidade (único produto) PEF-Q = (CDF – DEPRECIAÇÃO) / (PVU – CDVU)

► Ponto de Equilíbrio Financeiro – Reais (único produto) PEF-$ = (CDF – DEPRECIAÇÃO) / [1 – (CDVU / PVU)] ► Ponto de Equilíbrio Financeiro – Reais (vários produtos) PEF-$ = [(CDF – DEPRECIAÇÃO) / (RT – CDVT)] X RT

Exercício proposto

As empresas Cascata e Cachoeira são as únicas que atuam no mercado de água mineral na região de Paraguaçu Paulista e onível de qualidade dos produtos são equivalentes.

A Cascata possui instalações fabris modernas, bastante automatizadas, e utiliza tecnologia de ponta; já na Cachoeira a tecnologia é de base e o processo de produção convencional, intensivo em mão de obra.

O mercado consome cerca de 200.000 garrafas de água mineral por mês e a participação é de aproximadamente de 50% para cada empresa, pois ambas praticam o preço por garrafa: R$ 1,00.

Cascata Cachoeira

Capital investido 4.000.000 2.500.000

Custos e despesas fixas mensais 30.000 26.000 Custos e despesas variáveis por unidade 0,25 0,35

Pede-se para calcular:

a) Calcular o Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) em unidades (q) e em valor ($) para a Cascata;

b) Idem para a Cachoeira;

c) A variação do Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) de cada empresa, no caso de haver um aumento de 25% no preço de vendas de ambas.

Formação de preço de venda

São bastante importantes e interessantes as discussões sobre o processo decisório nos aspectos ligados à administração de preços de venda e sobre o dilema de compra ou produção de determinados itens. E bem mais fáceis se tornam quando analisados sob a luz do Custeio Variável.

Fixação do preço de venda

É generalizada a ideia de que uma das finalidades da Contabilidade de custos é o fornecimento do preço de venda. Vamos aqui discutir um pouco sobre se é possível isso ou não e se essa ideia pode mesmo ser aceita de forma incontestável.

Para administrar preços de venda, sem dúvida é necessário conhecer o custo do produto; porém essa informação, por si só, embora seja necessária, não é suficiente.Além do custo, é preciso saber o grau de elasticidade da demanda, os preços de produtos substitutos, a estratégia de marketing da empresa etc.; e tudo isso depende também do tipo de mercado em que a empresa atua, que vai desde o monopólio ou do monopsônio até a concorrência perfeita, mercado de commodities etc.

O importante é que o sistema de custos produza informações úteis e consistentes com a filosofia da empresa, particularmente com sua política de preços.

Considerando-se esses aspectos citados, os preços podem ser fixados: com base nos custos, com base no mercado ou com base numa combinação de ambos.

Formação de preços com base em custos

Nesta forma de calcular preços – preços de dentro para fora -, o ponto de partida é o custo do bem ou serviço apurado segundo um dos critérios estudados: Custeio por absorção, Custeio Variável etc. Sobre esse custo agrega-se uma margem, denominada markup, que deve ser estimada para cobrir os gastos não incluídos no custo, os tributos e comissões incidentes sobre o preço e o lucro desejado pelos administradores.

Suponhamos uma situação bastante simples que apresente os seguintes dados (custeio por Absorção):

 Custo unitário: $ 8

 Despesas Gerais e Administrativas (DGA): 10% da receita bruta (*)  Comissões dos vendedores (COM): 5% do preço de venda bruto  Tributos (IMP) incidentes sobre o preço de venda: 20% bruto  Margem de lucro desejada (MLD): 5% sobre a receita bruta (*) Trata-se de despesas operacionais fixas; o percentual é uma estimativa. O markup seria, então, calculado da seguinte forma: DGA = 10%

COM = 5% IMP = 20% MLD = 5%

Total = 40% sobre o preço de venda bruto = markup

O preço de venda (PV) será o custo acrescido de 40% do PV: PV = $8 + 0,4 PV PV – 0,4PV = $8 0,6PV = $8 PV = $8 0,6 ou PV = $8 (1 – 0,4) PV = $13,33

Por esse método o preço de venda seria fixado em $ 13,33.

Esse preço de $13,33 seria, então, uma referencia, sujeita a ajustes – para mais ou para menos – de acordo com as condições de mercado e com negociações específicas com cada cliente, talvez transação a transação.

Algumas observações importantes:

 O custo deve ser de reposição (ver Capitulo 21), a vista, e em moeda corrente. Assim, o preço calculado também é para venda a vista;  Para calcular preços de venda a prazo, é necessário embutir os

encargos financeiros correspondentes;

 Se o critério de custeio for o Variável, então o markup terá que ser acrescido de um percentual estimado para cobrir os custos fixos de produção, não incluídos no custo do produto;

 Se os vendedores tiverem vinculo empregatício com a empresa, então o percentual de comissão deve incluir os encargos sociais;  Os tributos a considerar são os incidentes direta e proporcionalmente

sobre a receita, como ICMS, PIS, Confins, ISS, CPMF etc.;

 Lucro desejado pode ser expresso de várias outras formas, inclusive em valor absoluto, tornando-se por base o capital investido, o custo de oportunidade etc.

Esse método de calcular preços com base em custos é muito utilizado pelas empresas, porem apresenta algumas deficiências, como: não considerar, pelo menos inicialmente, as condições de mercado, fixar o percentual de cobertura das despesas fixas de forma arbitrária etc.

Exercício proposto

A indústria de móveis Pica-Pau produz móveis para escritório sob encomenda. Para preparar orçamento para os possíveis compradores, a empresa estima os custos que deverão ser incorridos e calcula o preço de venda, utilizando um markup de 35% sobre o próprio preço de venda.

No inicio de determinado mês, recebeu, de clientes diferentes, três pedidos de orçamento para possíveis encomendas de mesas para computador: 160 grandes, 92 médias e 95 pequenas.

É normal haver perda de algumas unidades no processo de produção; por isso a empresa pretende iniciar as ordens com as seguintes quantidades: 165,95 e 98, respectivamente.

III) Outros Custos:

Considerando que além desses custos o preço deve ser suficiente para I) Matéria Prima:

II) Tempo de produção requerido por unidade de produto:

cobrir:

 Tributos sobre a receita: 20%;  Comissão dos vendedores: 5%; e  Margem bruta de lucro: 10%. Pede-se para calcular:

a) o preço de venda a encomenda das mesas de computador grandes, rateando todos os custos indiretos à base de horas maquina;

b) idem, das médias; c) idem, das pequenas;

d) o preço de venda a encomenda das mesas de computador grandes, rateando todos os custos indiretos à base de horas de mão de obra;

e) idem, das médias; e f) idem, das pequenas.

Custos Fixo Variável

Supervisão da Produção $ 2.250

Depreciação dos Equipamentos $ 1.600

Energia Elétrica $ 2/hora-máquina

Mão de Obra Direta $ 10/hora de MOD

Outros $ 14.150 $ 8/hora-máquina

Produtos Tempo de MOD Tempo de Máquina

Grandes 1,4 hmod 1,8 hm Médias 1,0 hmod 1,4 hm Pequenas 1,0 hmod 1,0 hm Produtos $ Grandes 4.950 Médias 2.375 Pequenas 1.764

Bibliografia

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2010.

LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: planejamento, implantação e controle. São Paulo: Atlas, 2002.

BRUNI, Adriano L., FAMÁ, Rubens. Gestão de Custos e Formação de Preços. São Paulo: Atlas, 2004.

NAKAGAWA, Masayuki. Custeio Baseado em Atividades. São Paulo: Atlas, 2001.

SILVA, S, Karla; Gestão de Custos Disponível

em<http://www.colegiolusiadas.com.br/lusiadas/media/kunena/attachments/43/5 .GestaodeCustos.pdf Acessado em 07 de Janeiro de 2013.> Acesso em 14 Janeiro de 2013

III ENCONTRO CIENTÍFICO E SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃOUNISALESIANO.

No documento apostila de custo (páginas 62-68)

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