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CAPÍTULO III – METODOLOGIA

3.2. População e amostra

De acordo McMillan e Schumacher (2006) “a população é um grupo de elementos ou de casos, seres, indivíduos, objectos ou eventos, que estejam em conformidade com critérios

específicos” (p. 119). Hill e Hill (2002) acrescentam que “a população é o conjunto total dos

casos sobre os quais se pretende retirar conclusões” (p. 41).

No presente estudo a população é constituída por todos os professores de Matemática do ensino secundário que leccionavam em Timor-Leste no ano lectivo 2009/2010, num total de 252 professores, que se distribuem pelos vários distritos que existem em Timor-Leste.

A amostra é uma parte dos membros da população e é tomada com a intenção de representar a população de que foi extraída. De acordo com McMillan e Schumacher (2006),

Na amostragem probabilística os sujeitos são extraídos de uma larga população de modo que a probabilidade de seleccionar cada membro da população é conhecida. Este tipo de amostragem é conduzido para fornecer estimativas do que é verdadeiro para uma população a partir de um pequeno grupo de sujeitos (amostra). (p. 119) Por outro lado, para Sapsford e Jupp (1998)

Uma amostra é um conjunto de elementos seleccionados de algum modo de uma população. O objectivo da amostragem é não só economizar tempo e esforço, mas também obter estimativas consistentes e imparciais da população em relação ao que está a ser investigado. (p. 23)

Hill e Hill (2002) consideram que se “a amostra dos dados for retirada do universo de modo que seja representativa desse mesmo universo, é possível aceitar, com razoável confiança, que as conclusões obtidas utilizando a amostra possam ser extrapoladas para o universo” (p. 42).

Partindo das observações anteriores, seleccionámos para amostra do presente estudo os professores do ensino secundário que leccionavam a disciplina de Matemática em alguns distritos das três regiões de Timor-Leste, tendo em conta o número de professores de Matemática do ensino secundário dessas regiões. Especificamente, nas regiões com maior número de professores de Matemática do ensino secundário seleccionámos mais distritos, resultando no distrito de Baucau, representando a região 1, os distritos de Díli, Aileu e Manatuto, representando a região 2, e o distrito de Liquiça, representando região 3 (ver Tabela 13).

Tabela 13 − Amostra do Estudo

Região Distrito Nº de professores Região 1 Baucau 15 Região 2 Díli 60 Manatuto 8 Aileu 6 Região 3 Liquiça 6 TOTAL 95

Seguidamente, em cada distrito, foram escolhidos a maioria dos professores, perfazendo o total de 95 professores para dimensão da amostra. No momento de administração do questionário, os professores encontravam-se a frequentar uma reciclagem de Capacitação dos Professores. Esta formação decorreu nos distritos de Baucau, Díli e Maliana, entre os meses de Setembro e Dezembro de 2009.

Nos distritos de Baucau e Díli, em virtude do elevado número de professores, foram seleccionados 15 professores no distrito de Baucau e 60 professores no distrito de Díli, para representar todos os professores que leccionavam nesses distritos no ano lectivo 2009/2010. Já

no caso dos distritos de Manatuto, Aileu e Liquiça foram escolhidos todos os professores de

Matemática desses distritos para integrarem a amostra do estudo.

Os dados usados no estudo foram recolhidos junto de professores pertencentes a 27 escolas secundárias distribuídas pelos cinco distritos referidos, que constam da Tabela 14.

Tabela 14 – Escolas, por distrito, onde foram recolhidos os dados

Distritos Total escolas

Baucau 5 Díli 14 Manatuto 3 Aileu 2 Liquiça 3 Total 27

Relativamente aos 95 professores indicados na Tabela 13, que participarem neste estudo, a maioria leccionava em escolas públicas, seguindo-se o número de professores que leccionavam em escolas católicas e, por fim, os seis professores que leccionavam numa escola privada (ver Tabela 15).

Em termos da variável sexo, 57 (60%) professores eram do sexo masculino e 38 (40%) professores do sexo feminino.

Tabela 15 – Número de professores (em %) da amostra segundo o tipo de escola

Tipo de escola Nº de professores (%)

Pública 60 (63,2)

Católica 29 (30,5)

Privada 6 (6,3)

Na Tabela 16 apresenta-se a distribuição dos professores da amostra segundo as suas habilitações académicas. No caso de todos os professores que eram finalistas universitários, eles estudavam no Departamento de Matemática, da Faculdade de Ciências da Educação da Universidade Nacional de Timor Lorosa’e.

Tabela 16 – Número de professores (em %) da amostra segundo as habilitações académicas

Habilitações académicas Nº de professores (%)

Licenciatura em Matemática 22 (23,2)

Licenciatura em outras disciplinas 8 (8,4)

Bacharelato em Matemática 23 (24,2)

Bacharelato em outras disciplinas 20 (21,0)

Finalistas de cursos universitários 22 (23,2)

Por observação da Tabela 16, verifica-se que, apesar de existir uma percentagem considerável de professores de Matemática que não eram detentores de uma habilitação

académica na área da matemática (29,4%), a maioria dos professores era detentor de formação académica (concluída ou em vias de conclusão) na área de matemática (70,6%).

Em termos de idades, verifica-se pela Tabela 17 que cerca de metade dos professores tinha uma idade compreendida entre os 30 e os 39 anos (inclusive).

Tabela 17 – Número de professores (em %) da amostra segundo a idade

Idade (anos) Nº de professores (%)

24 – 29 39 (41,0)

30 – 39 49 (51,6)

40  7 (7,4)

A grande maioria dos professores eram relativamente novos, tendo 88 (92,6%) professores a idade 39 anos ou menos, variando as suas idade entre o mínimo de 24 anos e o máximo de 45 anos, com média de idades de 31,7 anos e desvio padrão de 4,90 anos.

Também todos os professores tinham pouca experiência de ensino, destacando-se que 57 (60,6%) professores tinham entre 1 e 4 anos de tempo de serviço, como se constata pela Tabela 18.

Tabela 18 – Número de professores (em %) da amostra segundo o tempo de serviço

Tempo de serviço (anos) Nº de professores (%)

1 – 4 57 (60,0)

5 – 8 31 (32,6)

9  6 (6,3)

Não respondente 1 (1,1)

O tempo de serviço dos professores variava entre o mínimo de 1 ano e o máximo de 10 anos, com média de 4,4 anos e desvio padrão de 2,11 anos de tempo de serviço.

Em relação ao número de alunos das escolas, verificou-se uma grande variação, entre o

mínimo de 327 alunos e o máximo de 1447 alunos, com x 621,2 e s 298,41. Já quanto

ao número de alunos que cada professor se encontrava a leccionar, no ano lectivo 2009/2010, verificou-se também uma grande variação, entre o mínimo de 59 alunos e o máximo de 281

Relativamente aos anos de escolaridade que os professores se encontravam a leccionar, a

grande maioria dos professores, 78 (88,1%), ensinava apenas um ano de escolaridade1 (ver

Tabela 19).

Tabela 19 – Número de professores (em %) da amostra segundo os anos de escolaridade que se encontravam a leccionar

Anos de escolaridade Nº de professores (%)

10º ano (apenas) 29 (30,5) 11º ano (apenas) 28 (29,5) 12º ano (apenas) 21 (22,1) 10º e 11º anos 6 (6,3) 10º e 12º anos 3 (3,2) 11º e 12º anos 5 (5,2) 10º, 11º e 12º ano 3 (3,2)

O número de turmas que os professores se encontravam a leccionar no ensino secundário variava entre três e cinco, verificando-se que 37 (38,9%) professores leccionavam três turmas, 50 (52,6%) professores leccionavam em quatro turmas e 8 (8,4%) professores leccionavam em cinco turmas dos alunos, com a média 3,7 turmas e o desvio padrão de 0,61 turmas.