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Damares assessora, atualmente, a CPI dos maus tratos contra crianças e adolescentes. A advogada estará em Divinópolis hoje para abordar o assunto no Seminário de Capacitação de Agentes pela Vida, que ocorre das 9h às 13h no auditório vermelho da Faculdade Pitágoras.

-O objetivo maior é mostrar o que está acontecendo com a infância por meio de estatísticas. Também iremos expor a necessidade de uma rede de proteção a infância. Todos terão de se unir: igreja, sociedade, imprensa, instituições públicas e privadas. Teremos de engolir as nossas diferenças e entender que o que nos une é maior: a infância. O tema deverá estar no debate político da próxima eleição. Ouvimos falar de economia, fronteira, privatização, mas não se ouve falar de infância. Precisamos exigir dos nossos representantes uma postura bem clara sobre a infância no Brasil-explicou.

Números

De acordo com Damares, os números sobre a infância no país são assustadores.

- O Brasil recebeu o titulo de pior país da América Latina para se criar meninas. Um dos critérios usados foi o abuso. Uma em cada três meninas é abusada sexualmente até os 18 anos de idade, de alguma forma. Isso é apavorante. Um terço das meninas significa um terço das mulheres. Uma mulher abusada é uma mulher infeliz, destruída- alertou.

Ainda de acordo com a assessora, pesquisas apontam que, em todo o mundo, a criança brasileira é a que mais tem medo de violência. Além disso, segundo Damares, a criança brasileira é a mais estressada do mundo.

- Há países na Europa que ficam meses no escuro sem ver o sol, as crianças ficam trancadas em casa e as brasileiras são mais estressadas? Há algo muito errado com a criança no Brasil. Outro dado que temos nos assustado muito é que o Brasil tem o titulo de quarto país no mundo com mais casamentos infantis, só perdemos pra Índia, Bangladesh e Nigéria. E todos acham que isso acontece principalmente em países muçulmanos – disse.

Sinais

Segundo a assessora, as crianças mandam sinais, por meio de desenhos, pro exemplo, quando estão sendo abusadas sexualmente.

- Quando a criança é abusada começa a desenhar sempre um homem com cara de monstro e ela

acuada, ou um homem muito grande e ela muito pequena, ou ainda a mãe muito grande e ela muito pequena, quando a criança começa a desenhar com frequência ela na cama e sempre um adulto com ela, podem ser alguns sinais- explicou.

Além disso segundo Damares, há uma técnica com bonecos que permite identificar se s criança está erotizada.

- Dando bonecas e bonecos para as crianças brincarem, observando a forma que elas tocam e fazem os bonecos se tocarem, é possível observar se a criança está erotizada ou não. Muitas crianças que são abusadas ficam erotizadas. - alertou.

De acordo com a assessora, o fator mais nítido que possibilita reconhecer se a criança está sendo abusada é a mudança de comportamento.

-Há um quebrantar no olhar, muitas perguntas sobre a questão sexual. Além disso, muitas crianças que são abusadas acabam se masturbando em excesso. Há, ainda, a demonstração de medo, o sono perturbado, a falta de apetite e o baixo rendimento na escola. Tudo se compromete - disse.

Temas

O abuso de bebês, a automutilação de crianças e adolescentes, os tratos em escolas, os maus-tratos conta crianças indígenas, o suicídio e o trabalho infantil também serão temas abordados por Damares no evento.

- Ainda temos mais de um milhão de crianças no Brasil trabalhando- disse.”

(http://agora.com.vc/noticia/criancas-abusadas-dao-sinais-alerta-especialista/ )

O que nos causa perplexidade é que enquanto Dra Damares Alves era “Assessora Parlamentar” e “Ativista Pró Criança” seu discurso era “acalorado”, “agressivo”, “impactante” e “desafiador”.

No transcorrer dos trabalhos os Autores intensificaram não só a questão legal dos processos, mas “mergulharam” no Projeto de Lei e na Justificativa afim de que encontrasse respostas porque a Lei ao invés de proteger a criança estava promovendo morte infantil intrafamiliar.

Foi então que se ateram ao nome “Richard Gardner” que como “ponto de partida” levaria a conclusão que a Lei 12.318/2010 era uma Lei Pró-Pedofilia.

No site “Compromisso e Atitude”, a ilustre Juíza Teresa Cristina Cabral que atua na Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (COMESP) do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo assim esclareceu que:

“O primeiro grande problema em relação à lei aparece já na teoria que a embasou: o médico norte-americano Richard Gardner, que cunhou a ‘síndrome de alienação parental (SAP)’, fez carreira defendendo acusados de abuso sexual nos tribunais e sua teoria não encontra prestígio no meio científico. A SAP não é reconhecida pelos manuais da área, como o Manual do Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM- IV e DSM- V) da Associação Americana de Psiquiatria, e foi rejeitada por essa entidade e também pela Associação Espanhola de Psiquiatria, de acordo com publicação da União pela Defesa da Infância (Unidi). A mesma publicação ressalta que Gardner chegou a afirmar no livro “True and False Accusations of Child Abuse” que o relacionamento sexual entre crianças e adultos deveria ser visto com mais naturalidade, sendo, por isso, associado à defesa da pedofilia.

Existência da síndrome de alienação parental é controversa e induz confusão entre luto e alienação

Apesar das controvérsias que a atravessam, de sua concepção à aplicação, no Brasil, porém, a Lei 12.318/2010 encontrou grande eco no campo da Psicologia e do Direito. Os motivos para essa aceitação variam muito segundo as fontes consultadas. A síndrome, por exemplo, induz uma confusão entre o trauma e a raiva que frequentemente estão presentes em processos de separação com uma suposta prática de alienação. Richard Gardner cunhou essa expressão porque começou a receber pedidos para fazer laudos de pessoas que estavam sendo acusadas de abuso sexual ou de agressão, de violência doméstica. Então, Gardner fez uma engenharia: criou um conceito que tira a questão do abuso da responsabilidade do abusador e leva para outra área, que é essa área que ele chamou de ‘alienação parental’. Quando termina uma relação há um período de dor, em que até aquele que pediu o divórcio sofre, porque ali morre um sonho, morre um projeto de família, morrem muitas coisas. Então,

as pessoas, enlutadas, ficam raivosas, elas querem achar um culpado para aquilo. Por isso é comum encontrar casais recém-separados em que um fala mal do outro, em que um culpa o outro pelo fim da relação. Isso faz parte da dinâmica emocional da separação. É importante entender que não é porque uma pessoa está nesse período de luto pós-separação que ela vai inventar uma acusação de abuso sexual”.8

Até 2016 só existiam apenas 02 trabalhos em português que alertava o perigo do uso da “SINDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL” cunhados nos Estudos de Gardner, são eles:

1- “DUAS ABORDAGENS, A MESMA ARROGANTE IGNORÂNCIA: