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inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

XLVII - não haverá penas:

[...]

b) de caráter perpétuo;

O principal ponto trazido no artigo 5º da Constituição Federal é a previsão do direito à igualdade como um dos pressupostos para proibição da pena de caráter perpetuo.

Ocorre que, é necessário tratar os iguais igualmente e os desiguais desigualmente, na medida de sua desigualdade. Dessa forma, fica claro a impossibilidade de darmos aos “serial killers” o mesmo tratamento dado ao homem normal, de acordo com o homem médio, tendo em vista que por ele vidas são tiradas sem qualquer motivo e com eles na sociedade a nossa segurança fica cada vez menor, até mesmo porque o Estado não tem qualquer condição de nos proteger o tempo todo e em todos os lugares.

Mesmo falando em prisão perpetua a melhor alternativa não seria coloca-los em presídios comuns junto aos outros sentenciados.

Faz-se necessária a criação de estabelecimentos exclusivos para esses assassinos, pois apenas dessa forma eles não permaneceriam junto aos outros sentenciados.

A melhor alternativa seria que nesses estabelecimentos próprios eles ficassem isolados, porque dessa forma não teriam contato com mais pessoas, impossibilitando que passado o período de calmaria voltassem a cometer novos crimes.

Importante frisar também a necessidade de mantê-los sempre em observação e quando mais nervosos e agitados sob efeitos de remédios capazes de acalma-los.

De acordo com Genival Veloso França (2011, p. 499):

Como a grave alteração de conduta é-lhes disposicional (constitucional), significa serem incorrigíveis os psicopatas. Logo, as personalidades psicopáticas nascem, vivem e morrem psicopatas.

Esses assassinos desconhecem os valores de uma sociedade e desconhecem ainda mais preceitos básicos de uma convivência humana respeitosa.

São chamados de “personalidades anti-sociais”.

Quando presos, às vezes dão a sorte de conseguir convencer um ou outro psiquiatra acerca de sua estabilidade mental, obtendo êxito em ter a liberdade, mas assim que soltos, voltam a cometer os mesmos crimes, de forma muito parecida com os que já havia cometido, ou então com ainda mais crueldade e dessa vez, se preocupam em não cometer os mesmos erros que os levaram a prisão, e é assim que ensina Elizabeth Campos (2004 p. 92) apud Fernando Alvarez (2004, p. 56):

Um homem que sonha desde a infância com sevícias sexuais e vingança sobre a sociedade não pode ser ressocializado, ele continuará a pensar nos crimes que ele vai cometer e naqueles que ele já cometeu. A prisão não mudará nada em sua vida.

Essa afirmativa pode ser comprovada por inúmeros histórias. Dentre elas podemos citar o caso de Edmund Kemper. No inicio dos anos 70, quando ele tinha 14 anos ele foi internado nos EUA, em razão de ter assassinado os seus avós.

Foi solto ao completar 21 anos, obtendo laudo psiquiátrico favorável. Depois disso, acabou por assassinar, decapitar e mutilar seis estudantes, e ainda sua mãe e sua melhor amiga, além de algumas vezes violar os corpos (ROLAND, 2009, p. 102).

Não só por esse, mas por tantos outros motivos é imprescindível que a policia e os promotores responsáveis os punam devidamente já que a cada minuto perdido é uma vida a menos na sociedade.

5 CONCLUSÃO

A realização deste trabalho nos dá uma visão da necessidade de aprofundamento neste tema.

Percebe-se que todo o sistema jurídico possui uma deficiência em estabelecer quem é ou pode ser considerado um “serial killer”, uma vez que existem diversos conceitos a redor do mundo jurídico e médico, mas sem nenhum parecer final, portanto, a maior prioridade é chegar a uma conclusão sobre isso.

Caberia ao legislativo definir juntamente à medicina legal qual a melhor interpretação à ser utilizada como modelo padrão para o diagnóstico deste, porém, é muito árduo pensar nisso e não se pode esquecer que estamos falando de um ser humano, com várias classificações.

Para a Medicina Legal notamos a vontade quase que sacerdócio de querer curar e salvar, levando o profissional ao romantismo de seu juramento profissional, mas é necessário lembrar que algumas coisas simplesmente não tem cura ou solução.

Outra preocupação está no local onde se poderia instalar esses indivíduos, semi-imputáveis perante a lei.

Antigamente ouvia-se falar em manicômios jurídicos, estes nada mais eram que depósitos para pessoas com comportamentos que fogem do padrão da sociedade. Elas eram colocadas nestes lugares por ordem do sistema judiciário e muitas vezes a pedido de seus familiares, sem qualquer protocolo humanizado de acolhimento e eram praticamente esquecidas sem nenhum tipo de auxilio ou tratamento, sem previsão ou tentativa de recuperação, compravam apenas a entrada, sem saber se um dia sairiam.

É realmente de extrema importância aprofundar nesse tema, que com a mesma voracidade de uma faca de dois gumes o individuo diagnosticado positivamente como um assassino em série sai da lamina do jurídico e passa a caminhar para o lado da saúde publica infelizmente sucateada em nosso pais.

Qual a competência da medicina legal em todo esse processo? Será que estamos preparados para aplicar os testes de QI corretamente? Teremos peritos capazes de reconhecer os riscos sociais que o individuo foi exposto ao longo de sua vida para chegar ao ponto que chegou, e que em alguns casos interferem para a eclosão de seu problema seja ele de natureza intrínseca ou extrínseca? Será que todo o processo de anamnese será realizado de forma fidedigna e imparcial como deve ser e estar previsto na lei?

Ficam algumas dúvidas que se relacionam diretamente com a conceituação do tema e sua construção em todo o processo histórico, apesar de serem milenares os estudos estão apenas começando.

Vários vieses foram estabelecidos e com certeza ainda serão encontrados, mas faz parte da analise e a construção de conceitos que são definidos por estruturas, conjunturas e fatos depois de muitas discussões, fóruns e entendimento sobre o tema.

Este tema além de fascinante do ponto de vista jurídico deve ser oferecido a todos os profissionais que um dia certamente lidarão direta ou indiretamente com isso: assistentes sociais, enfermeiros, médicos, profissionais da segurança publica, psicólogos, dentre outros que estão na ponta do sistema e que sem duvidas precisarão dar inicio a esse diagnostico quando observarem algo de estranho na primeira infância até o desenvolvimento maduro do individuo.

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Acesso em: 17 de Agosto de 2016.

ANEXOS

Anexo A – Pedrinho Matador2

Pedro Rodrigues Filho, vulgo Pedrinho Matador, nascido em Santa Rita do Sapucaí (MG), em 1954 é um psicopata, considerado o maior serial killer brasileiro.

Matou pela primeira vez aos 14 anos e seguiu matando, hoje é considerado culpado de mais de 100 homicídios, incluindo o do próprio pai. Cerca de metade de suas vítimas foram mortas dentro dos presídios pelos quais passou.

Ainda não respondeu por todos os crimes, mas já foi condenado a quase 400 anos de prisão, a maior pena privativa de liberdade já aplicada no Brasil.

1ºcrime

Pedrinho nasceu com o crânio ferido, resultado de chutes que o pai acertou na barriga da mãe durante uma briga. Conta que teve vontade de matar pela primeira vez aos 13 anos. Numa briga com um primo mais velho, empurrou o rapaz para uma prensa de moer cana. Ele não morreu por pouco.

Aos 14 anos ele matou o vice-prefeito de Alfenas (MG), por ter demitido seu pai, um guarda escolar, na época acusado de roubar merenda escolar. Depois matou outro vigia, que supunha ser o verdadeiro ladrão. Refugiou-se em Mogi das Cruzes (SP), onde começou a roubar bocas de fumo e a matar traficantes.

Conheceu a viúva de um líder do tráfico, apelidada de Botinha, e foram viver juntos. Assumiu as tarefas do falecido e logo foi obrigado a eliminar alguns rivais, matando três ex-comparsas. Morou ali até que Botinha foi executada pela polícia. Pedrinho escapou, mas não deixou a venda de drogas. 'Contratou' soldados e montou o próprio negócio.

Em busca de vingança pelo assassinato da companheira, matou e torturou várias pessoas, tentando descobrir os responsáveis. O mandante, um antigo rival, foi delatado por sua ex-mulher. Pedrinho e quatro amigos o visitaram durante uma festa de casamento. Deixaram um rastro de 7 mortos e 16 feridos. O assassino ainda não tinha completado 18 anos.

2 Conteúdo retirado na íntegra da internet: Ficha Criminal: Pedrinho Matador. Disponível em:

fichacriminal.blogspot.com.br/2011/08/Pedrinho-matador.html

Ainda em Mogi, executou o próprio pai numa cadeia da cidade, depois que este matou sua mãe com 21 golpes de facão. A vingança do filho veio com atos de canibalismo: além das facadas, arrancou o coração do pai e comeu um pedaço.

Pedrinho pisou na cadeia pela primeira vez em 1973 e ali viveu toda a idade adulta. Em 2003, apesar de já ter sido condenado a 126 anos de prisão, esteve para ser libertado, pois a lei brasileira proíbe que alguém passe mais de 30 anos atrás das grades. Mas, por causa de crimes cometidos dentro dos presídios, que aumentaram suas penas para quase 400 anos, sua permanência na prisão foi prorrogada pela Justiça até 2017 Pedrinho contava com a liberdade para refazer sua vida ao lado da namorada, uma ex-presidiária cujo nome ele não revela. Eles se conheceram trocando cartas. Depois de cumprir pena de 12 anos por furto, ela foi solta e visitou Pedrinho no presídio de Taubaté.

Por ser contra a violência e abuso sexual contra mulheres, Pedrinho afirmou: "Vou matar o motoboy", se referindo ao Maníaco do Parque, um estuprador brasileiro, também muito conhecido. Promessa que não foi cumprida...

Certa vez, numa prisão de Araraquara, no interior de São Paulo, degolou com uma faca sem fio o homem acusado do assassinato de sua irmã. "Ele era meu amigo, mas eu tive de matar.

Jurado de morte por companheiros de prisão, Pedrinho é um fenômeno de sobrevivência no duro regime carcerário. Dificilmente um encarcerado dura tanto tempo. Matou e feriu dezenas de companheiros para não morrer. Certa vez, atacado por cinco presidiários, matou três e botou a correr os outros dois. Matou um colega de cela porque 'roncava demais' e outro porque 'não ia com a cara dele. Para não deixar dúvidas sobre sua disposição de matar , tatuou no braço esquerdo: 'Mato por prazer'

Pedrinho é a descrição perfeita do que a medicina chama de psicopata - alguém sem nenhum remorso e nenhuma compaixão pelo semelhante. Os psiquiatras que o analisaram em 1982 para um laudo pericial, escreveram que a maior motivação de sua vida era 'a afirmação violenta do próprio eu'. Diagnosticaram 'caráter paranóide e anti-socialidade'.

Após permanecer 34 anos na prisão, foi solto em 2007. Informações da inteligência da Força Nacional de Segurança indicam que ele foi para Fortaleza, no Ceará. Porém seu paradeiro na capital cearense é desconhecido desde então.

ANEXO B – Francisco de Assis Pereira: O “maníaco do parque”3

Infância e alegações de abusos

Francisco de Assis Pereira nasceu no ano de 1967 no estado de São Paulo.

Segundo ele, em depoimentos concedidos na época em que foi preso, ele tivera uma infância difícil. Preso, o motoboy afirmou que havia sido abusado por uma tia materna, o que o fez desenvolver uma “fixação por seios”. Já mais velho, teria sido assediado por um patrão, passando então a ter relações homossexuais. Pereira disse ainda que teve uma namorada gótica que quase arrancou seu pênis com a boca. Por causa desse episódio, ele passou a sentir dor nas relações sexuais – fato confirmado por suas vítimas que sobreviveram.

Modus Operandi

Pereira abordava suas vítimas - todas mulheres jovens - na rua, em locais como pontos de ônibus. Ele se apresentava como agente de modelos, cobria as mulheres de elogios e propunha uma sessão de fotos no meio da natureza. Convencidas da história, as mulheres subiam na garupa da moto de Pereira, que seguia direto para o parque do Estado, uma área de 550 hectares que ele conhecia bem. Uma vez isolados no meio da mata, o motoboy estuprava e matava suas vítimas por estrangulamento. No julgamento, ele afirmou que, ao usar as mãos para matar uma de suas vítimas enforcada, ele não precisou fazer força, pois ela “morreu de susto”.

Descoberta dos Crimes

No dia 4 de julho de 1998, um rapaz embrenhou-se na mata do parque à procura de uma pipa e encontrou dois cadáveres em decomposição. A polícia foi avisada e localizou outros dois corpos. Os investigadores concluíram então que as quatro mortes deveriam ser obra da mesma pessoa, que também teria feito outras duas

3Conteúdo retirado na íntegra da internet: Francisco de Assis Pereira: “O maníaco do parque” | Noite Sinistra. http://noitesinistra.blogspot.com.br/2015/10/francisco-de-assis-pereira-o-maniaco-do.html#.WAEOOOUrLMw

vítimas, cujos cadáveres haviam sido encontrados anteriormente. As seis mulheres tinham cabelos longos e escuros. Quase todos os corpos estavam despidos e com as pernas abertas, o que evidencia a violência sexual, e foram localizados dentro de um raio de 200 metros.

Investigações

Em meio às investigações, a polícia encontrou três mulheres que haviam registrado tentativas de estupro no parque. Com base nos depoimentos, foi feito um retrato falado do suspeito. Ao ver o desenho, um homem ligou para a polícia dizendo ter o número do telefone de alguém muito parecido. A informação levou os policiais até uma empresa de transportes no Brás. Ao chegarem ao local, no dia 15 de julho, descobriram que Pereira morava e trabalhava lá como motoboy. Porém, três dias antes da visita da polícia, ele havia sumido, deixando um jornal com o retrato falado do maníaco do parque e um bilhete: “Infelizmente tem de ser assim, preciso ir embora. Deus abençoe a todos.” No local, mais evidências foram encontradas.

Fragmentos da carteira de identidade de uma das vítimas estava dentro de uma privada, entupida por restos de papéis queimados. A polícia passou a procurar por Pereira, tido como principal suspeito. Em 1995, ele já havia sido preso por tentativa de estupro em São José do Rio Preto, mas pagou R$ 80 de fiança e foi libertado por ser réu primário.

O maníaco é preso

Após 23 dias foragido, o motoboy foi encontrado em Itaqui, no Rio Grande do Sul.

Nesse período, ele se tornou suspeito de oito homicídios – outros dois corpos foram encontrados no parque. Logo após sua prisão, Pereira disse ter matado nove mulheres. Em seguida, orientado por sua advogada, afirmou ser inocente, mas acabou voltando atrás e confessou que tinha matado dez mulheres. O motoboy mudou várias vezes o número de pessoas que ele teria assassinado. Em 2001, disse ter assassinado 15 mulheres. Os policiais se impressionaram com a capacidade de convencimento de Pereira, já que as jovens subiam em sua garupa persuadidas por sua conversa, sem coação. Logo após sua prisão, a perita da

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